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14 | A PUNIÇÃO DE JESUS (O OUTRO JESUS)

— Fiz algumas ligações — a voz de Taylor soava calma no alto-falante do celular. Eden estava ao volante do Lamborghini verde, enquanto logo atrás dela estava Taylor em seu SUV – Acontece que esta senhora, Mercy, tem um forte cartel colombiano por trás de seu negócio. Prefiro ficar fora desta pista, então isso exigirá um tratamento muito delicado em relação à situação. No entanto, acho que se dermos a ela o que ela quer, não há razão para que isso não possa ser resolvido amigavelmente.

— E o que exatamente ela quer?

— Não se preocupe com isso — a mais nova sorriu suavemente do outro lado da linha — Apenas saiba que tudo ficará bem.

Havia uma certeza muito clara na voz de Taylor, e quando Eden estacionou o carro na garagem de Mercy, ela entendeu o porquê. A mais nova tinha um plano, como sempre parecia ter um.

Blanket e Keith haviam se juntado ao caminho no meio da estrada. Eles se encontraram com os dois outros carros no túnel por onde estavam passando antes de contornar a linha do trem, e depois entraram de uma vez na rua perto da garagem de Mercy. Taylor fez uma ligação rápida para os dois e, naquele momento - pouco depois da meia-noite - eles estavam lá, com a remessa para a qual foram direcionados, guardada com segurança na parte de trás da van.

Archie estava choramingando quando ouviu o barulho dos carros. Eden parou o Lamborghini na frente de Mercy, a poucos metros de distância. Ela estava parada, com uma machete na mão, bem perto de um assustado Archie, que estava amarrado pelas mãos, com o rosto coberto por um pano laranja. Mais atrás, Taylor estacionou seu Range Rover, e desceu do veículo, Blanket também estacionou a van, saindo do veículo ao lado de Keith e parando alguns passos atrás de Taylor, só para ter certeza de que estava tudo bem.

— É melhor você ter trazido todo o meu pó — Mercy apontou a machete na direção de Eden, que parou em frente ao Lamborghini. A inglesa acenou para trás de si, dando espaço à mulher para se certificar de que estava tudo certo. Mas ela não se mexeu, pelo contrário, gritou na direção de um de seus garotos, e logo um dos homens estava caminhando até o carro, abrindo-o, contando parte por parte do que deveria estar ali. Ele se virou imediatamente e acenou com a cabeça, depois estendeu a mão, pedindo a chave que ainda estava com Eden. A inglesa entregou sem problemas.

— Sentimos muito — disse Eden.

— Ele diz que é seu irmão — Mercy a ignorou, e apoiou a machete no ombro de Archie, bem perto de seu pescoço — Isso é verdade ou é mais bobagem como a voz estúpida que ele fez durante a tarde?

— Ele é meu irmão. E agora que você tem seu produto, pode deixá-lo ir.

Mercy não pôde deixar escapar a oportunidade, e soltou uma risada irônica, zombando da situação, e deixando mais que claro que nada seria tão fácil.

— Você me roubou — ela apontou novamente a machete na direção de Eden, mas não obteve reação em troca — Tem que haver consequências.

— Eles não sabiam o que estavam roubando — disse Taylor, pela primeira vez em toda aquela troca.

Ela deu um passo à frente, parando bem ao lado do Lamborghini, mas ainda mantendo uma boa distância de Eden, Mercy e Archie – esse último que parecia prestes a se perder completamente, em tamanho desespero. Ele tremia e mesmo com o rosto coberto, era possível ouvir sua respiração irregular e absurdamente alta.

— Quem é você? — Mercy perguntou, sem realmente associar o rosto a nenhum nome.

— Eu sou Taylor Swift — ela deu mais alguns passos à frente, e logo estava bem ao lado de Eden.

Isso pareceu suficiente para a mulher filipina colocar uma nova energia na conversa. Ela ainda estava com raiva, mas aquela era a filha de Scott, e ela sabia – naquele mundo, essa informação importava.

— Saudações ao chefe — Mercy acenou — Certas pistas para certos cavalos. Certas coleiras para certos cães. Você sabe como isso funciona — a mulher riu irritada, e logo em seguida deu de ombros — Você não pode simplesmente devolver o que roubou. Temos pessoas, organizações, concorrência. Eles precisam saber. Causa e efeito. Quero dizer, alguém tem que pagar. 

Mercy colocou a mão no ombro de Archie e percebeu como ele logo pareceu ainda mais inquieto.

— Nós entendemos — disse Taylor — Por isso trouxemos uma oferta de paz.

Ela olhou para trás por um momento e acenou com a cabeça na direção de Blanket. O homem acenou como resposta e logo deu a volta na van e abriu a porta lateral. Ele chamou Keith com um outro aceno de cabeça, e o homem o ajudou a retirar um Tonibler completamente desarmado da van. Suas mãos estavam amarradas e sua boca coberta com fita preta. Keith e Blanket o arrastaram para a frente e o jogaram no chão, praticamente aos pés da cadeira onde Archie estava sentado.

Mercy riu da cena, e foi uma risada muito honesta. Ela apontou a machete na direção de Toni e murmurou algo inaudível, antes de continuar a rir, até parar completamente.

— Como você pode ver, fomos enganados — Eden disse — Agora você o coloca na cadeira, no lugar do meu irmão.

— Eu acredito em, uh... — Mercy fingiu estar pensando, e então encarou Eden nos olhos — Punição bíblica — ela puxou o pano da cabeça de Archie, dando a visão do Hadfield mais velho.

Ele já tinha estado, definitivamente, muito melhor em outras situações. Ali, parecia completamente derrotado. Seus cabelos estavam bagunçados, e o rosto levemente tomado por suor. Archie tinha chorado, e os olhos ainda estavam um pouco vermelhos.

— Eddie. Pelo amor de Deus, pegue... — ele tentou falar, mas gemeu logo em seguida quando sentiu a ponta da arma branca de Mercy tocando seu rosto com cuidado — Ah, Jesus Cristo...

— Se alguém tentar roubar você, basta arrancar um dedo — Mercy moveu a machete para perto do braço de Archie.

— Você não precisa tirar um dedo. Não precisa tirar nada porque, tecnicamente, não tentei roubar nada — ele falou, deixando transparecer seu desespero — Não é verdade, Eddie?

— Você está certo, Archie.

— Se alguém realmente roubou de você... — Mercy deu a volta na cadeira, e logo parou perto de Toni, que se contorceu no chão. Ela apontou sua arma para ele — Quero dizer, a mensagem precisa ser alta e clara.

— Ok. Archie, terminamos aqui — Eden deu um passo para frente, na direção do irmão — Vamos.

— Fique aí, porra!

Mercy não aumentou a voz, mas reforçou o tom irritado, e apontou a machete na direção de Eden, outra vez. A duquesa voltou a dar um passo para trás, muito a contragosto, sentindo a mão de Taylor a puxando para exatamente onde ela estava antes.

— Tudo bem — Eden murmurou, e fez isso na direção do irmão. Ela estava falando com ele, e viu quando Archie se esforçou para não voltar a chorar — Está tudo bem.

— Não basta fazer justiça — Mercy continuou — A justiça precisa ser vista sendo feita. Como um aviso para aqueles que poderão sofrer tentativas no futuro.

— Se isso foi dirigido a mim, prometo que não serei tentado no futuro — Archie garantiu — Eu prometo a você isso. Eu aprendi tantas lições nos últimos dias... você não tem ideia. Eu sou praticamente um novo hom-

Mercy interrompeu o pequeno monólogo de Archie com o barulho de sua arma no chão. Tonibler resmungou algo, ou pelo menos tentou. Ela não o acertou, mas passou a arma tão perto de, que ele mesmo estremeceu. O albanês viu o olhar de Mercy sobre si, e voltou a resmungar atrás da fita grudada em sua boca.

— Ok, mantenha os olhos abertos e você aprenderá uma lição valiosa — Mercy disse isso na direção de Archie, e o Hadfield não pôde fazer nada se não assentir. Ela logo mudou a atenção para Tonibler, e se moveu para o olhar de frente — Ah, vamos ouvir o que você tem a dizer, certo?

Um dos rapazes de Mercy se aproximou de Toni, e puxou, sem cerimônia alguma, a fita em sua boca. O homem parecia desesperado, mas mais do que isso. Ele parecia irritado. Então, forçou uma cuspe na direção de Mercy, e logo em seguida estava emendando um "vai se foder, sua desgraçada", praticamente gritando, para que a mulher o escutasse mesmo.

Aquilo parecia exatamente o que ela estava esperando ouvir. Um segundo depois, e Mercy estava enfiando seu facão em Tonibler, sem se preocupar com o sangue jorrando sobre si, e sobre Archie.

*

Taylor tomou a direção do carro, logo depois de avisar Keith e Blanket que eles estavam liberados assim que terminassem o que tinham para fazer naquele início de madrugada. O carro com o qual Archie tinha ido até lá, junto a Eden, naquela noite, estava estacionando no pátio. Taylor levaria os irmãos Hadfield de volta para casa, mas Blanket iria rebocar o Mercedez-Benz antigo até o Swift Knuckle, deixaria o carro lá por aquela noite, até que Eden pudesse o levar no dia seguinte até qualquer outro lugar, para ver se havia um jeito diante do fato de que ele parecia ter morrido de vez.

De qualquer maneira, o arranjo parecia simples. Eden enfiou o irmão no banco de trás do Range Rover de Taylor, e a mais nova segui pelo estacionamento em direção a saída, mas antes mesmo que pudesse cruzar o portão, escutou o choramingo arrastado de Archie, junto a um pedido para que ela parasse o carro por um momento. Logo em seguida, o mais velho estava abrindo a porta do carro, e se debruçando no chão enquanto se livrava de tudo que tinha no estomago.

— Apesar de algumas pequenas imperfeições, você realmente saiu por cima — Eden comentou, olhando por um momento para o irmão através do retrovisor. Ele parecia longe de terminar aquilo.

— Eu sempre faço isso — Taylor a olhou, de uma maneira bem mais intensa do que talvez tivesse planejado. As duas sustentaram os olhares por alguns segundos, mas logo Eden estava voltando a encarar a vista da frente do carro, enquanto Taylor continuou a falar, puxando um assunto sobre o qual sentiu precisar pontuar — É um trabalho como qualquer outro, você sabe — ela deu de ombros — Às vezes você tem seus dias bons... e você tem seus dias não tão bons também.

— Sim, às vezes você vence — Eden murmurou — Às vezes você vê alguém ser morto com um facão.

— O importante- — Taylor se apressou em dizer — É que você tem mostrado a atitude certa.

— E o que isso prova? — a duquesa voltou a encarar Taylor.

— Isso prova que você tem estômago para isso — ela sorriu gentilmente — O que é mais do que pode ser dito sobre seu irmão.

Parecendo consciente do tempo das coisas, Archie terminou seu "momento" exatamente ali. Ele ainda se apoiou no carro, por um segundo ou dois, mas logo voltou a entrar no assento de trás, fechando a porta e murmurando que tinha terminando, enquanto suspirava cansado.

— Podemos ir para casa agora, por favor, Eddie? — o mais velho pediu, parecendo uma criança fazendo isso.

— Estamos indo para casa, Archie — Eden garantiu.

Archie se ateve ao silêncio por todo o caminho, e Eden também não se moveu para nada além daquilo. Em algum momento, Taylor ligou a rádio do carro, e o som baixo de uma música do Ultravox soou. Mas isso foi o único barulho no espaço pelo resto da viagem.

Mais tarde, quando Taylor estava à frente de Birch, Eden comentou sobre como era tarde demais para que ela voltasse para Londres sozinha. Não precisou de muito convencimento até ter a mais nova caminhando para o andar de cima, em direção ao quarto da duquesa. Mas Eden mesmo, antes de encontrar Taylor, acompanhou Archie até o quarto que ele dividia com Charlotte. A mulher estava dormindo, e Archie não quis fazer barulho, mas antes de deixar a irmã ir, ele chorou no ombro dela, parado diante da porta. Depois balançou a cabeça, dizendo que estava tudo bem, e então sumiu pelo quarto.

*

Na manhã seguinte, tudo parecia um pouco estranho.

Eden acordou muito cedo, e viu pela janela do quarto que a mesa de café da manhã estava sendo montada do lado de fora. Ethan já tinha aparecido, e estava ajustando o lançador de discos. Um minuto depois, e Archie saiu para o jardim, ainda de pijama branco, com um robe azul por cima, mocassim marrom nos pés e uma touca rosa na cabeça.

Na cama, Taylor ainda dormia, mas foi apenas o tempo de Eden seguir para o banheiro, e se enfiar embaixo do chuveiro para que a mais nova despertasse. Logo ela estava indo a encontrar debaixo da água.

Diferente do que tinha acontecido dias antes, Taylor acabou cedendo ao arranjo familiar no café da manhã e lá estava ela, caminhando com Eden em direção à mesa montada no gramado. As duas estavam com as mãos entrelaçadas, mas as soltaram assim que chegaram perto do restante dos Hadfield, como se aquilo fosse um segredo - o que quer que aquilo fosse, na verdade.

Daniel parecia melhor, e estava sentado de um lado da mesa, de frente para sua mãe e sua cunhada. Eden cumprimentou todo mundo, e Taylor fez o mesmo. Depois, a mais nova viu a duquesa puxando a cadeira ao lado de Daniel, acenando para que ela se sentasse. Em seguida, ela serviu para si mesma um pouco de chá com leite, e fez questão de deixar claro que Taylor deveria se sentir a vontade. A mais nova, por sua vez, optou por um copo de café, e enquanto Charlotte e Mary conversavam sobre qualquer coisa, ela escutou Daniel chamando sua atenção.

— Percebi que não tenho levado as coisas tão a sério quanto deveria — o garoto disse, se inclinando um pouco e abaixando a voz, como se não quisesse que Eden, parada logo atrás da cadeira de Taylor, o escutasse — Eu preciso fazer mudanças. Mudanças drásticas.

— Que mudanças?

— Então... — ele sorriu gentilmente — Decidi que só fumarei maconha à noite. Não vai ser mais a primeira coisa que faço quando acordo de manhã. Não vou mais fazer isso quando estou almoçando. Ou depois do almoço. Ou quando como alguma coisa durante a tarde...

— Ah, claro — Taylor fingiu interesse — Mas ainda estamos atrás de um milhão e meio em produto, Daniel.

— Ah sim — Daniel assentiu — Tem isso também. Veja, eu vou me esforçar para pagar essa dívida. Quero dizer, agora estou trabalhando em uma nova variedade híbrida de cannabis, e acho que posso fazer funcionar. E coisa é... — ele imitou um barulho de explosão, um pouco mais contido, mas ainda um barulho de explosão.

— É melhor você voltar ao trabalho então, assim que terminar aqui — Taylor falou — Perdemos um dia inteiro, Danny.

— Eu sei — Daniel sorriu com pesar, até um pouco envergonhado, se lembrando do dia anterior — Hoje eu vou ficar até mais tarde lá embaixo, chefe.

— E eu acho isso ótimo, Daniel — Taylor murmurou, e então sorveu parte de seu café — Acho isso ótimo...

Alguns passos de onde Taylor estava sentada, Archie tinha se posicionado com a mesma arma de sempre, a que usava para treinar. Ethan já estava em sua cadeira, pronto para disparar os discos, mas antes que pudesse fazer isso, Archie pediu um momento, e sumiu em direção a parte de dentro da casa. Mary acompanhou o filho com o olhar, e acenou na direção da filha menos de um segundo depois. Eden puxou a cadeira vaga na cabeceira da mesa, e a arrastou para o lado de Mary.

— Não sei todos os detalhes disso — a mulher mais velha disse, abaixando a voz, para que apenas a filha a escutasse — Mas devo dizer que seu irmão está lidando com toda a situação muito bem.

— Ele te contou?

— Ele comentou assim que me viu, mas não falou mais do que o básico. Parecia um pouco mexido, mas eu estava esperando que ele fosse desmoronar ao ser confrontado com uma experiência de quase morte.

— Tentei mantê-lo fora disso — Eden disse.

— Mas você quase não o fez — Mary retrucou. Ela parecia pronta para dizer algo mais, mas Archie surgiu através da porta. Ele caminhou com passos apressados, e contornou a mesa, apoiando uma das mãos no ombro da irmã.

— Será que podemos...? — o mais velho acenou para frente, e Eden encarou a mãe uma última vez antes de se levantar e caminhar com Archie até o local onde ele costumava dar seus tiros, alguns passos mais distantes de Ethan — Estou muito fodido... Neste ponto, estou perdido, eu acho.

O mais velho ajeitou a arma em sua mão, se certificando de que tudo estava certo, e então suspirou cansado. Ele estava com o ombro colado ao de Eden, a distância realmente mínima, e de perto, parecia muito difícil não reparar como parecia não ter dormido nada nas últimas horas.

— Você está bem, Archie?

— Sim, estou bem — ele tentou soar honesto — Eu só estou, ah... ainda estou um pouco vacilante depois desse assunto com a Madame Chop-Chop. Você sabe, mexeu um pouco comigo, e eu... eu contei para a mamãe. Não tudo, mas contei sobre o cara que... — Archie fez um gesto com a mão, como se simulasse o movimento que tinha visto Mercy fazer em direção ao pescoço de Toni na noite anterior — Aquilo foi terrível, Edechie.

— De qualquer forma, você se saiu bem, Archieden — Eden levou uma das mãos para o rosto do irmão, dando um ou dois "tapinhas" suaves, quase como se estivesse distribuindo aprovação — Muito bem. Mas...

— Claro que tem um "mas" — ele murmurou.

— Sabe aqueles momentos em que eu digo que algo não é uma boa ideia? — ela disse — Ou quando falo que você deve fazer tal coisa de tal maneira.

— E aí eu te ignoro? — Archie perguntou, sem realmente esperar uma resposta — Sim, eu sei.

— E então eu sempre provo que estava certa.

— Sua preocupação com meu bem-estar é comovente — o mais velho comentou, mas com moderação no tom, fazendo soar como uma brincadeira. Eden sorriu levemente.

— Da próxima vez... — ela inclinou o rosto para frente, com a boca ficando mais perto do ouvido do irmão — Apenas me escute.

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