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12 | ANATOLY GIVENCHY ROMANOV

— A verdade é que você está olhando para uma janela muito estreita — Tonibler disse, sentado no banco de trás do carro de Eden. Seu próprio veículo, um Porsche, estava estacionado logo atrás, e eles estavam parados no portão lateral do galpão onde uma operação gigante de carros, não exatamente legal, tomava forma — Este veículo só estará em Londres alguns dias antes de partir. O lugar é administrado por uma senhora chamada Mercy. Ela fez seu nome no mundo dos veículos de luxo altamente modificados e sofisticados. Parte disso é legal. Algumas outras coisas, obviamente, não. Essa é a beleza disso. Ela é conhecida por vender carros usados, então sua equipe não é perigosa nem nada parecida. Mas, ao mesmo tempo, ela não quer que a polícia investigue seus negócios.

— Bem, o que há de tão especial neste carro, então? — Eden perguntou, observando a estrutura do lugar através do vidro abaixado. O vento era frio, mas ela não parecia estar se incomodando. Apesar disso, por qualquer motivo, sua voz parecia um pouco rouca, um tom mais grave, e ninguém realmente reparou, se não Taylor, sentada no espaço do motorista, porque ela e Eden aparentemente tinham trocado os papeis de direção por aquele dia.

Logo mais à frente, o portão principal que levava ao galpão se abriu, e uma Escalade branca entrou, parando alguns metros adiante. A porta se abriu, e uma mulher filipina de cabelos claros, e não tão alta, desceu, marchando com seus saltos em direção ao interior. Ela não parecia ser a pessoa menos extravagante do mundo, era bem o contrário disso. Usava um sobretudo estampado com o que deveria ser pele de cobra, saltos chamativos e uma calça branca com pequenos brilhos dourados. Ela estava de óculos, mas os tirou e então olhou para trás. Por um momento, Eden a imaginou encarando seu carro, ali, exatamente onde estavam, mas o olhar da mulher não passou nem perto.

— Eles querem um Lamborghini Huracan com brilho e acabamento verde e estão querendo pagar um bom dinheiro por isso — Toni praticamente gritou do banco de trás — Então é isso que vamos conseguir. Veja... — ele tocou no braço de Eden, e o olhar que ganhou dela o fez se afastar de imediato. Toni limpou a garganta e tentou organizar seu pensamento — A chave do Lambo está guardada no escritório de Mercy junto com todas as outras chaves. Essa é a parte desafiadora. O resto é fácil. Depois de obter a chave, é só aproximar dessa coisinha aqui — ele estendeu um aparelho que parecia muito com um celular, apenas um pouco maior. Tinha uma tela, e um espaço para que a chave fosse colocada — Você liga por 30 segundos e então... está tudo pronto para zoar — ele riu — É um ataque em dois estágios, ok? Estágio um, roube a chave quando ninguém estiver olhando. Estágio dois, volte para um pouco de Grand Theft Auto.

— Ok... — Eden virou o rosto de lado, olhando para Taylor, mas vendo Toni perfeitamente bem pela visão periférica — Me lembre por que estou fazendo isso e não você, Toni.

— Eu tenho que estar enfiado na cama às seis — Tonibler deu de ombros e nem mesmo pensou antes de se inclinar para trás e levantar o pé direito o máximo que conseguia, mostrando a tornozeleira que estava usando — O GPS envia informações, cara.

— Uma questão — Taylor cortou o momento, e Toni abaixou a perna, se acomodando outra vez, chegando um pouco mais perto, para escutar com atenção o que ela tinha a dizer. Eden manteve o olhar na garota, e então ela continuou — Como você vai clonar a chave com toda essa gente lá dentro?

— Bem, eu acho que preciso criar uma distração.

Eden tinha uma ideia, e parecia até um pouco inconsequente, mas ela também não achava que poderia puxar mais pessoas para aquilo - não mais do que já tinha puxado. Então, tinha Archie que sabia da fazenda embaixo da fazenda, e também tinha Lottie, que sabia da fazenda embaixo da fazenda porque Archie não escondia nada da esposa. Archie era um ponto, mas Lottie era uma distração completa. E foi pensando nela que a duquesa chegou em Birch, pedindo que Sr. Lawrence chamasse o irmão junto da esposa para que se encontrassem na biblioteca.

E lá estavam eles, sentados na biblioteca, com a mesinha de centro separando Archie e Lottie de Eden, com o mais velho parecendo especialmente nervoso. De modo geral, ele já sabia que Eden precisava de um favor, só não tinha muita ideia do que era.

— Obrigado — ele disse — Obrigado, irmã. Sério, isso é... eu... eu... eu não vou te decepcionar, ok? Porque eu sei que tenho sido um pouco... bem, tenho sido um fardo recentemente — Archie estendeu a mão, como se dissesse para Eden que ela não precisava falar nada. Não que ela fosse fazer isso — Não, não, não, não diga nada. Eu fiz uma bagunça, ok? É por isso que significa tanto para mim que você esteja aqui me dando essa oportunidade de retribuir. E eu não vou estragar tudo. Eu farei tudo que você pedir.

— Archie- — Eden tentou dar início a própria frase.

— Eu farei qualquer coisa. Literalmente... qualquer coisa.

— Archie.

— Eu faço o que você quiser.

— Acabou? — Eden disse, e o mais velho acenou, um pouco incerto — Tudo o que você precisa fazer é fingir que quer comprar um carro. É isso. É só fingir que quer comprar um carro.

— Isso é tudo? — ele sorriu, e então, com uma animação desproporcional, continuou — É genial!

— Ok... — Lottie se inclinou, se afastou do encosto do sofá e se aproximou mais da mesa de centro — Qual é o problema por trás disso, Edechie?

Não que fosse um grande segredo, mas pela família havia uma mania - muito chata, se a opinião de Archie estivesse sendo levada em consideração - de todo mundo misturar o nome de Eden com o irmão. Lottie fazia aquilo praticamente todas as vezes que falava com Eden, e Eden sempre devolvia quando queria irritar Archie.

— Nada que você precise saber com tantos detalhes. Mas, importante, Archie — ela focou a atenção no irmão — Você não vai dizer nada. Vai ficar quieto e eu estarei atuando como sua representante.

— Sim — ele balançou a cabeça positivamente.

— Eu vou dizer que queremos fazer um test drive em um veículo — Eden continuou — E o resto é com você, Lottie.

*

Dias antes, a reação de Charlotte à surpresa do velho duque, quanto a herança, tinha sido mínima, e a vida dela continuou como se nada tivesse acontecido. Honestamente, ela não tinha tantas expectativas sobre Archie, e eles viviam bem assim. Em parte, era por isso que Archie a amava tanto. Lottie era do tipo excêntrica que dominava a relação por completo, e Archie nunca tinha nada sobre o que reclamar. Eles viviam bem, sustentados, então ela gostava de apenas fechar os olhos e fingir que não estava vendo nada além dos próprios interesses supérfluos. Mas Eden tinha pedido por um favor, e lá estava ela, se enfiando no que não sabia.

Archie tinha se esforçado bem mais do que realmente precisava. Ele vestiu um terno Gucci, reto, todo preto, e jogou um sobretudo da marca mesma por cima. O sobretudo era azul, e na companhia dos óculos Loewe - um par de óculos escuros e quadrados, com a armação em azul meia noite -, Archie parecia muito um dos caras posh que viviam por Mayfair. Claro, ele era um cara posh, mas tinha sido criado a quilômetros de Londres, e por mais que tivesse o estilo por todos os lugares, sem uma direção realmente exata, ainda incorporava muito do que tinha se acostumado a usar durante os anos de Eton.

— Sem show, Archie. Eu só preciso que você finja por alguns minutos — Eden comentou quando desceu do carro, ali no estacionamento do galpão de Mercy. Tinha ido dirigindo enquanto aguentava Archie no banco de trás, falando bem mais do que ela tinha paciência para escutar.

— Sim, entendi. Sem show, apenas fingindo. Entendo. Certo. Estou bem.

Eden tomou a frente, e viu Archie entrelaçando os dedos à esposa. Eles foram caminhando mais atrás, mas antes que a duquesa pudesse se aproximar da entrada da garagem, a mulher de cabelos claros que comandava o lugar, deixou o pequeno prédio anexo por uma porta de madeira com uma única janela de vidro. Ela parecia estar pronta para ir para outro lugar, mas viu Eden, e não perdeu tempo, logo se aproximou.

— Bem-vinda! — a mulher sorriu em uma falsa gentiliza — Há algo em que eu possa ajudá-la?

— Sim, eu opero um serviço de concierge personalizado para indivíduos de alto patrimônio líquido, como meu cliente — Eden acenou na direção do irmão, que tinha parado alguns passos atrás, fingindo estar analisando o Mini Cooper estacionado ao lado de um antigo Aston Martin — Estamos procurando um veículo de luxo. Algo que se destaca. E meu cliente está disposto a pagar em dinheiro por algo realmente especial.

— Então por que você não vai aos showrooms em Park Lane? — Mercy foi especialmente ácida, mas Eden mal se importou — Eles tem muitos carros especiais , tenho certeza que você pode comprar lá.

— Eles também têm muitas perguntas para serem feitas — ela disse, e pelo sorriso que recebeu da mulher de frente para si, parecia ter dito a coisa certa — Meu cliente valoriza a discrição. Você entende?

— Não, não, não — Archie se aproximou da irmã, arrancando os óculos do rosto e forçando um sotaque que antes não estava ali. Ela soava como um russo, ou pelo menos o que se via de um russo falando inglês nas séries de TV — Nada disso vai funcionar para mim — o mais velho colocou uma das mãos no ombro de Eden, e tentou ignorar o olhar atravessado que recebeu dela — Quando conversamos, Gale, eu disse que queria algo rápido, algo poderoso, mas também suave e leve como um tigre siberiano. Aaah, meu  nome é Anatoly Givenchy Romanov — ele sorriu e estendeu a mão na direção de Mercy, que prontamente ignorou o cumprimento — Hm... e esta é minha esposa, Anastasia — Lottie acenou do fundo.

— Será que podemos-

— Meus critérios são bem específicos, ok? — Archie interrompeu Eden, e viu pelo canto ela revirando os olhos assim que abaixou a cabeça por um momento — Quando coloco a chave e dou partida, quero ouvi-lo rugir.

— Mas você entende que há um prêmio adicional a esse tipo de carro.

— Então aqui está minha resposta para isso, pequena senhora leopardo — ele parou por um segundo e depois continuou, ainda mais enérgico — Foda-se o dinheiro.

Aquela parecia ser a resposta que Mercy estava querendo ouvir. Alguns minutos depois e ela estava abrindo as portas de sua garagem e levando os três até onde os carros disponíveis estavam expostos. Havia apenas três - um deles era o Lamborghini pelo qual Eden estava procurando. Logo ali, realmente verde, e muito chamativo.

— Cada um desses veículos é único. Não sei se a segurança pessoal é uma prioridade para você, mas todos eles podem ser blindados.

— Escute, na minha vida, mocinha engraçada, se você não estiver seguro... — Archie parou ao lado de Mercy quando ela mesma parou e fez uma pausa tão dramática que do fundo, Lottie viu Eden balançando a cabeça e revirando os olhos pela segunda vez — Você está morto.

— Certo... hm, o que você acha desse aqui? — Mercy indicou o carro laranja logo ao lado de uma pilastra.

— Ah, é um McLaren 650S V8 — Lottie murmurou, sem forçar sotaque algum, mas a voz dela saiu tão baixa que o detalhe passou despercebido.

— Não, eu não sei. Este para mim é um pouco... — Archie balançou a cabeça descontente — Não, eu prefiro algo mais sexy.

— E o Lamborghini? — Eden levou a atenção para o carro ao lado. Verde. Realmente muito verde.

— Esse carro não está à venda — Mercy foi direta cortando o assunto.

— Ei, ei, não me desafie, senhora, ok? — Archie fingiu um riso irônico — Você me dá as chaves, eu dirijo o carro. Eu sou sério, mocinha engraçada.

— Esse carro é propriedade de outra pessoa — Mercy reiterou — A McLaren é um carro sério. Você deveria dirigi-lo. Você vai gostar, confie em mim.

Archie se perdeu por um momento. Ele sentiu que precisava dizer algo, mas terminou sem muitas palavras, então encarou a irmã, com as sobrancelhas levemente levantadas, e a viu acenando para o lado com a cabeça, dizendo silenciosamente para que eles se afastassem por um momento. O mais velho levantou o dedo, e murmurou um "espere aí", na direção da mulher filipina. Ele caminhou com a irmã para longe, e os dois pararam de costas, muito perto de onde um cara fazia muito barulho enquanto mexia em alguma parte do que parecia ser uma Ferrari.

— O que há com a voz idiota? — Eden disse, trazendo a voz para baixo, mas reforçando a entonação irritada — Continue assim e eu mato você.

— Eu só pensei que eu poderia entrar no personagem-

— Não estamos na porra de uma peça, Archie.

— Ok, ok... — ele suspirou — Está bem. Mas veja, a pequena senhora leopardo ali atrás, ela me ama.

— E eu não me importo. Olha aqui, sua esposa precisa dirigir a porra do carro, então não estrague tudo, Archie. Aceite o carro laranja, e fim de conversa.

Quando o barulho do motor da McLaren entrou em contato com o espaço, menos de cinco minutos depois daquela pequena conversa, Eden estava lá fora, ao lado de Archie, vendo um dos rapazes de Mercy atrás do volante, levando o carro para o pátio. Lottie estava ao lado de Mercy, e de uma hora para outra, ela parecia muito animada.

— Apenas os mantenha ocupados — a duquesa murmurou para o irmão, e ele acenou concordando.

O homem na McLaren saiu de lá de dentro, e estendeu a chave para Archie, mas ele negou com a cabeça, indicando a direção de Lottie, emendando qualquer besteira naquele sotaque falso, antes de dizer que era sua mulher que estava dirigindo. Lottie alcançou as chaves, e entrou no carro sem nem mesmo esperar um aceno. Ela saiu cantando pneu, e enquanto Archie sorria, Mercy parecia no limite de fazer com quem parassem a Lottie dentro do carro. Eden sabia, e Archie sabia, que Charlotte tinha um bom histórico quando o assunto eram carros - por um tempo, ela tinha corrido, não profissionalmente, mas quase chegou lá. Ela era boa no que fazia, apesar da conexão completamente aleatória. Archie dizia que Charlotte tinha esses dias em que era tomada pela vontade de ter algo novo para fazer. Num dia como esses, ela tinha se enfiado em aulas para se qualificar como carregadora de hospital. Não tinha chegado a trabalhar, mas tinha aprendido um bocado de coisas.

Mercy se ocupou com o desleixo de Charlotte, enquanto Archie parecia cada vez mais animado. Os rapazes que ainda estavam dentro do galpão, saíram assim que Charlotte começou a fazer mais barulho, e logo que Eden reparou como o caminho até o escritório de Mercy estava livre, ela saiu em passos calmos até estar diante da porta, a empurrando com cuidado.

Havia apenas um armário embaixo na sala, e seis gavetas, mas das seis, apenas duas estavam abertas. Por sorte, a segunda do lado direito, de cima para baixo, era a gaveta pela qual Eden estava procurando. Ou talvez sorte não fosse realmente a palavra. O que mais havia na gaveta eram chaves.

Mas o que poderia dar errado, certo? Charlotte estava lá fora, correndo pelo pátio como se fosse Lewis Hamilton, com pneus cantando e rodas patinando, enquanto Eden acionava todas as chaves possíveis, até ver um Lamborghini verde acendendo os faróis. Ela tirou do bolso o aparelho que tinha conseguido com Toni e enfiou a chave lá dentro, esperando pela cópia completa. Então pensou que estava tudo certo, mas foi juntando as chaves que tinha tirado da gaveta e enfiando de volta no lugar que ela acabou reparando no pequeno pano vermelho no fundo da gaveta, com alguma coisa enrolada. Talvez não tivesse sido a escolha mais acertada, mas Eden removeu o pano, e fez isso apenas para encontrar um dedo mindinho decepado, o que era... definitivamente não legal.

O plano estava funcionando como um relógio, mas ver um dedo cheio de sangue na gaveta não era o que Eden tinha esperado como conclusão da coisa toda. Toni tinha dito algo, mas parecia difícil não acreditar que Mercy era, na verdade, muito pior do que ela tinha sido levada a acreditar. Era óbvio que Mercy tinha muito mais coisa acontecendo ali do que dizia, e Eddie estava ali, prestes a roubá-la.

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