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03 | A RAPOSA IMPREVISÍVEL

Archie tinha uma dívida de oito milhões de libras e Eden tinha a difícil tarefa de conseguir esse dinheiro até o fim de semana. No cofre do escritório de Herbert havia dois milhões de libras em dinheiro - e não, Eden não tinha ideia de como esse dinheiro havia sido arrecadado. Mas era dela, assim como tudo o que seu pai havia deixado. Então, de modo geral, ela ainda precisava de...

— Seis milhões de libras.

— Sua herança fez de você uma mulher muito rica, mas isso não significa que você seja exatamente... rica — Osman tentou explicar — Você é rica em ações, mas pobre em dinheiro, Vossa Graça.

Um dia depois da conversa com Archie, Eden ligou para Osman, pedindo que ele retornasse à propriedade, porque ela precisava entender sua situação se quisesse pelo menos tentar resolver a bagunça do irmão. Honestamente, Eden não queria entrar em detalhes sobre por que ela precisava tanto de uma quantia tão grande de dinheiro, mas Osman não era idiota e conhecia Archie muito mais do que gostava de admitir. Se havia algum problema na família, era certo que o problema tinha algo a ver com ele. No ano anterior, Archibald tinha dado entrada em duas reabilitações. Depois, ele tinha quebrado de vez a empresa da família.

— Ok, me diga, por que não houve transações significativas em nenhuma das contas bancárias do meu pai nos últimos cinco anos?

— As despesas pessoais do seu pai foram algo que nunca discutimos.

— Certo — ela assentiu, receosa, como se tentasse ler além do que Osman dizia — E quanto a títulos e ações recentes?

— Não há nenhum.

— Nenhum? — Eden se surpreendeu.

— Pode ter havido questões que... não abordamos de imediato — Osman se corrigiu — Mas, claro, não poderia comentar de antemão.

— Bem, isso é bastante enigmático, Osman.

— Você poderia vender o Gainsborough — o advogado mudou de assunto e apontou para o enorme quadro pendurado atrás de onde Eden estava sentada, logo ali, na cadeira acolchoada do escritório da biblioteca — Mas para chegar ao valor final do que realmente vale, vai demorar um pouco. Alguns bons meses talvez. Embora... — ele se interrompeu — Tenha havido uma... abordagem pouco convencional por parte de um advogado residente em Londres. Seu cliente manifestou interesse em comprar a Birch Manor.

— Assim que alguém morre, os abutres começam a voar ao redor — ela murmurou — Isso é muito brega, não é?

— Hm, de certo — Osman encolheu os ombros.

— Qual o nome dele?

— O potencial comprador deseja permanecer anônimo nesta fase. Mas o advogado dele afirmou que estaria disposto a pagar bem acima do valor de mercado para que tudo fosse concluído o mais rápido possível. Esta poderia ser uma soma significativa, mas, claro, há estoques e ganhos de capital a serem considerados.

Eden ficou em silêncio por um momento. Ela calculou rapidamente o que poderia conseguir vendendo a Birch Manor e ponderou o que poderia conseguir negociando o Gainsbourough com tanta pressa. No final, não parecia haver realmente uma alternativa ao óbvio. O Gainsbouroug não renderia oito milhões de libras, enquanto que a Birch Manor, em valor maior, poderia alcançar quarenta e cinco milhões - jogando baixo.

— Deixe esse comprador saber... — ela apontou na direção de Osman — Que eu estaria disposta a aceitar uma oferta se ele for agressivo e rápido.

— Me perdoe por afirmar o óbvio, mas eu seria negligente em meus deveres se não salientasse que Birch Manor está na sua família há gerações, Vossa Graça.

— Desde 1412 — Eden lembrou, aquele mesmo ano se repetiu em sua mente por anos, já que enquanto crescia, os detalhes da propriedade apareciam em cada nova história que Herbert contava sobre a família Hadfield.

A casa medieval pertencia à família Aldworth de quem, em 1412, Edward Hadfield, quarto conde de Worcester, comprou as mansões de Great e Little Birch. Alguns anos depois, ele deu toda a propriedade a um de seus filhos, Sir Thomas Hadfield, que foi o primeiro a fazer o que seriam muitas alterações significativas na casa original e nas habitações seguindo pela estrada de terra. A história do ducado tomou forma apenas muitos anos depois, quando Edward IV, em 1482, concedeu o título sobrinho-neto de Sir Thomas, Henry Hadfield, 3º Marquês de Worcester, em recompensa por seus serviços aos Yorkistas no Guerra Civil.

Reis e Rainhas visitaram Birch ao longo dos séculos. Charles II ficou na casa principal, assim como William III, ao retornar da Batalha de Boyne. A avó da falecida Rainha Elizabeth II, Rainha Mary, esposa de George V, permaneceu em Birch durante grande parte da Segunda Guerra Mundial, como convidada do marido de sua sobrinha, o 10º Duque de Birch.

E a própria falecida Rainha Elizabeth II era uma visitante regular das provas anuais de cavalos, que costumavam acontecer até finalmente serem encerradas no final de 2010. Na verdade, foi o 10º Duque de Birch quem surgiu com a ideia de realizar um evento em seu campo, em Chelmsford, para que os atletas britânicos pudessem treinar para futuros eventos internacionais. O primeiro evento foi realizado em 1946, apenas um ano depois do fim da Segunda Guerra.

— A propriedade tem muita história — repetiu Osman.

— Mas como eu disse, preciso de dinheiro até o final da semana. Então, marque uma reunião, por favor.

— Entendido — ele assentiu — Farei isso imediatamente.

*

Eden tinha muito em que pensar e, dentre tanto para resolver, decidiu que uma caminhada seria bom. Mas antes disso, lá estava ela, na frente de casa, recebendo o resto das suas coisas que haviam vindo da Turquia - o que, sinceramente, não era muita coisa. Havia três malas de roupas, bem como uma mala de mão com coisas básicas, como o MacBook que costumava carregar por todos os cantos. De resto, ainda havia muita coisa ali em Birch. Seu quarto estava montado da exata forma que tinha deixado quando foi embora, e seu armário ainda estava lotado de roupas que, felizmente, ainda serviam.

Claro, tudo isso deveria ser transferido para o quarto onde os Duques de Birch dormiram por séculos, mas Eden pensou com cuidado sobre a situação incômoda que era dormir no lugar exato em que seu pai tinha - um momento -, morrido. De modo que, ela decidiu apenas trocar de andar, e ficou no segundo, onde havia um quarto mais espaçado, com a vista inteira da propriedade. Um quarto que parecia ter parado no tempo também, mas a casa toda gritava a mesma coisa, então não era nada diferente do habitual. À parte da situação "morte/quarto", Eden também tinha admitido para si mesma que dormir ali exigiria muita paciência, porque o antigo quarto de Herbert era direto a onde Archie vivia - uma ala da casa, parcialmente dividida, com cozinha e sala, e mais um quarto para Archie e Charlotte. Eden tinha prometido resolver as questões do irmão, e era óbvio que ela o amava, até porque também tinha prometido cuidar dele, e fez a promessa para o pai doente, mas isso não significava que ela tivesse um limite infinito de paciência. Ela não tinha.

Mas depois de tudo resolvido, Eden ajeitou a labradora Luna na coleira e caminhou em direção ao lago, que ficava algumas boas milhas seguindo pelos estábulos, mas que, mesmo de longe, ainda dava a vista completa da casa. Sem muita surpresa, a neblina tinha tomado o dia, e ainda era manhã. O tempo estava frio, e Eden tinha se enfiado em calça chino preta, uma camisa de botão branca por baixo do suéter de tricô em vermelho bordô, e um casaco Carhartt em um tom de azul que quase se mesclava com um preto. Nos pés, ela estava usando uma boa Chelsea escura, marrom.

Eden se aproximou do lago, e deixou Luna livre por um momento. O animal não foi longe, e logo estava voltando para se acomodar ao lado da inglesa. Ela alcançou novamente o guia da cadela, e se preparou para seguir caminho, mas o barulho de um carro cortando a grama fina da beira do lago chamou sua atenção. Eden virou o rosto, e viu um Range Rover Sport preto, com os vidros também escurecidos, se aproximando. O carro parou a poucos metros de Eden, desligou o motor, e alguns poucos segundos depois, a porta esquerda do carro, o assento do motorista, se abriu. Uma mulher saiu de lá, e caminhou sem muita cerimônia em direção a nova duquesa de Birch.

Quando Taylor se revelou pela primeira vez, ela definitivamente deixou Eden sem palavras, mas a ideia era essa de qualquer maneira. A loira estava vestindo um sobretudo em cor camelo com gola de pele, e um elegante colete de suéter Fair Isle. Ela tinha feito um aceno ao traje country usado pelos nobres ingleses, porque estava indo conversar com uma duquesa que vivia em Chelmsford, mas a mais nova não deixava de estar menos elegante. Como complemento do visual, Taylor tinha optado por um sapato de salto alto - o que era totalmente algo que ela realmente fazia, já que era uma adepto aos saltos. Sua coleção diversa deixava claro. E ali, com eles, ela ela tinha alcançado a mesma altura de Eden. Com alguns poucos centímetros estendidos além dos 1,78 m que tinha, batendo de frente com os 1,83 m de Eden.

— Lamento a perturbar dessa maneira — Taylor estendeu a mão direita na direção de Eden, depois de tirar dela a luva que estava usando — Mas permita-me apresentar. Eu sou Taylor Swift.

— Como posso ajudá-la, Srta. Swift? — Eden voltou as mãos para o bolso da calça depois do cumprimento, e Luna, que estava ao lado, parecia tão habituada a presença da outra mulher, que apenas se acomodou na grama verde.

— Eu costumava fazer negócios com seu pai — Taylor deu alguns passos para trás.

— Bem, perdoe minha confusão, mas meu pai não era exatamente conhecido por sua perspicácia para os negócios.

— Tenho certos... assuntos que preciso discutir com você.

— Que tipo de assunto?

— Acho que seria mais fácil se eu te mostrasse — ela deu de ombros, e se virou em direção ao carro.

Eden ponderou se a seguia ou não, mas não viu muita escolha diferente daquela. Ela caminhou com Luna e parou ao lado da janela, batendo no vidro. Quando o vidro desceu, Eden se inclinou e perguntou se Luna poderia ir atrás. Um revirar de olhos depois, e um aceno a contragosto logo em seguida, Luna terminou no banco de trás.

Cinco minutos depois, as duas desceram com a cadela perto do enorme galpão posicionado ao lado do curral das ovelhas - onde tinha sido construído dois cercados para as vacas Highland que Herbert mantinha na propriedade. A casa de hóspedes em que Daniel vivia era a apenas dois minutos caminhando dali, e mesmo de longe era possível a ver, com suas paredes bem construídas em pedra, e a aparência de uma típica casinha de campo inglesa.

Taylor tinha estacionado o carro ao lado de um outro carro que estava por ali, e Eden reparou como era o mesmo carro que tinha visto o irmão mais novo dirigindo um dia antes, quando ele estacionou na frente da casa principal - um Defender num tom escuro de verde.

Eden deixou Luna livre, muito porque aquela parte da propriedade era cercada, e o mais longe que a cadela poderia ir era até a cerca de madeira que levava ao caminho por onde ficavam as duas casas de hóspedes e a casa do caseiro. Taylor fez seu aceno para que a mais velha a acompanhasse, e logo em seguida as duas estavam entrando no galpão de paredes vazadas e passando pelo caminho aberto entre os dois cercados de vacas, caminhando até um contêiner azul enorme, posicionado no fundo da área aberta do galpão, onde havia um pequeno trator avermelhado estacionado.

— Eu gostava do seu pai — Taylor comentou — Ele era um verdadeiro cavalheiro. Um pouco excêntrico, mas todos vocês são, pelo que pude reparar. Deve ter sido um choque herdar tudo. A casa. O título.

— Coisas piores que isso aconteceram comigo — Eden murmurou.

— Ele te avisou da receita que obtém com a fazenda?

— Não, ele não fez isso — ela balançou a cabeça negando — Mas não pode ser nada significativo, caso contrário eu saberia disso.

— Depende do que você considera "significativo" — Taylor a encarou de canto de olho. A mais nova travou o passo e parou de frente para o contêiner, no que Eden apenas a acompanhou. Elas estavam em uma distância segura, mas que ainda parecia mínima demais. A duquesa suspirou de maneira forte, e viu o sorriso de lado que Taylor sustentou — Ele estava ganhando £5 milhões por ano. Mais uma participação nos lucros.

— Espere... cinco milhões de libras? — Eden não conseguiu conter a expressão surpresa, mas ela logo se livrou dela — Eu estou imaginando que não foi de iogurtes e hambúrgueres.

— Me siga — Taylor virou o corpo e estendeu a mão em direção a uma fechadura digital que tinha sido colocada no container. Ela digitou uma senha, que Eden mal conseguiu ver, e a porta se abriu.

As duas colocaram os pés para dentro, e tudo que Eden encontrou foi um espaço vazio, mas havia essa abertura no chão, com um puxador aparente, e Taylor acenou para que ela o usasse, como se fosse o mínimo que pudesse fazer. Ela realmente não discutiu além disso, e abriu a porta, dando espaço para que Taylor passasse, a acompanhando no instante seguinte.

Elas desceram alguns degraus de escada, e a atmosfera mudou repentinamente. Eden não era nenhuma idiota, e ela sabia para o que estava olhando, mas um pouco mais de explicação parecia ótimo para aquele momento.

— Que caralho... tá rolando aqui? — a duquesa murmurou.

— O mercado de cannabis no Reino Unido vale mais de seiscentos milhões por ano — Taylor explicou — Agora, conseguimos conquistar uma parcela substancial desse mercado, mas o desafio é encontrar espaço para o cultivo. E foi aí que seu pai entrou. Em troca de uma quantia generosa, ele nos permitiu realizar nossas atividades com a impunidade necessária — ela sorriu gentilmente — Acontece que não existem muitas propriedades de 15.000 acres onde você pode fazer o que quiser sem que ninguém saiba.

E ela não estava errada. Na verdade, o sobrenome Swift não era o único no mercado, mas era o que conseguia se manter sem muitos problemas. Dias antes, a polícia havia descoberto uma fazenda de cannabis em Harrogate. Três semanas antes disso, fecharam uma outra fazenda em Bedford.

Depois do ano anterior repleto de ações policiais e fechamentos de fazendas como aquelas, a polícia dos condados tinham criado números específicos para a coleta de informações sobre possíveis fazendas de cannabis. Eles tinham feito uma cartilha registrando os sinais que deveriam ser observados - basicamente, janelas sempre cobertas, medidas de segurança excessivas, muita condensação e idas e vindas frequentes em horários pouco sociais. Esses eram sinais que precisavam ser apontados. Por toda aquela parte do país, quem mantinha o negócio funcionado era Rei. E o Rei, no caso, era o pai de Taylor.

Eden parou no final da escada, um pouco estática quanto à informação nova, e Taylor deu o tempo que ela precisava. Mas o tempo durou bem um pouco, na verdade. Logo a loira estava virando para a esquerda e seguindo pelo breve espaço que dava à vista da maioria dos corredores de cultivo. O ambiente era iluminado com lâmpadas HQI, de uma cor azulada, beirando o roxo, que era indicada justamente para a fase vegetativa do cultivo. Havia uma outra entrada, marcada por luz vermelha, mas por essa, Taylor passou direto.

A mais nova parou diante da longa mesa onde dez pessoas se dividiam embalando algumas boas caixas de produto. Eden passou o olhar um por um, até parar no garoto na cabeceira da mesa, usando uma touca chilena desajeitada, com parte do cabelo loiro escapando para frente. Daniel estava usando calça de moletom cinza e suéter creme, e ele tinha óculos de grau nos olhos, e parecia tão concentrado no que fazia que mal reparou nas duas figuras se aproximando.

— Como se chama essa aqui, Danny? — Taylor chamou a atenção do garoto quando se colocou a alguns passos dele, e Eden a seguiu, parando de caminhar e olhando o irmão.

— Frisian Duck — Danny respondeu, levantando o pacote recém embalado — Muito popular agora.

— Esse é o Danny — Taylor disse, apontando para o mais novo — Ele é supervisor de produto aqui há... já faz quanto tempo, Danny?

— Há três anos, chefe — ele sorriu e acenou — Oi, Eddie!

— É claro, ele é o seu irmão também — ela murmurou, e se virou na direção de Eden, para a encarar nos olhos — Seu pai não tinha ideia dessa parte dos negócios, mas o seu irmão é muito talentoso.

— Eu vou ignorar isso por enquanto... — Eden acenou na direção do irmão, mas deixou o olhar cair para Taylor — Porque, supondo que meu pai recebesse cerca de... 10% ao ano, o que pareceria justo, este lugar deve estar movimentando mais de 50 milhões por ano.

— Você fez a conta certa.

— E levando em conta que você disse que tem uma fatia substancial do mercado... Nós podemos assumir que "substancial" significa metade ou mais — ela deu de ombros — Isso significa que esta é uma parte muito pequena em uma máquina muito maior. Quero dizer, você deve ter centenas de lugares como este em todo o país.

— Será que... — Taylor agarrou o braço de Eden se um aviso, e saiu a arrastando pelo corredor, até que elas estivessem longe de todos os outros. As duas pararam uma de frente para a outra, na entrada da sala extensa com luz vermelha — Seu pai nunca se preocupou com o funcionamento da operação mais ampla.

— Bem, mas eu não sou o meu pai, e estou muito curiosa.

— Olha... tudo o que você precisa saber é que temos um acordo, e isso significa que, como a nova proprietária, você recebe uma quantia significativa de dinheiro, todos os anos, em troca de nos deixar realizar nossas atividades.

— Bem, o problema é que... talvez eu tenha que colocar a casa à venda.

— Preferimos manter as coisas como estão — Taylor foi direta, e tentou não parecer tão irritada. Um segundo depois ela estava respirando devagar, tentando parecer calma. Isso deixou uma impressão em Eden, que mal conseguiu reparar no que tinha através do olhar da mais nova.

— Ah, claro — Eden deixou a própria ironia escorrer pelos cantos, e Taylor reparou — Sinto muito se isso a coloca em uma posição difícil, Srta. Swift, mas a casa é minha e pode ser que eu não tenha opção.

O olhar de Taylor caiu por sobre Eden, de cima a baixo, como se a analisasse. Ela ficou em silêncio por um segundo, dois, três, ou um pouco mais que isso, até que levantou o olhar e sorriu sem humor algum.

— Eu entendo perfeitamente, Vossa Graça — foi o que ela disse.

— E se eu quisesse renegociar? — Eden aproveitou a oportunidade.

— Se você está falando sério sobre querer vender a propriedade, isso seria... bem, seria um desafio para nós — a mais nova fez um expressão direta, levantando as sobrancelhas e dando de ombros.

— Legalmente vocês não podem fazer nada — ela lembrou.

— Você tem razão — Taylor concordou — Legalmente não podemos fazer nada.

Por uma segunda vez, o silêncio voltou, e a mesma troca de olhares também. Mas dessa vez, foi Eden quem cortou o a situação.

— Isso é uma ameaça?

— Absolutamente não — Taylor negou sem espaço para um segundo pensamento, mas mesmo fazendo isso, o tom que usou parecia tão falso que era óbvio que no fundo ela estava dizendo o contrário — Olha, é muita coisa para levar em conta. Eu posso entender isso. Normalmente neste tipo de situação, certas discussões foram feitas de antemão.

— E normalmente, os herdeiros obstinados, tímidos para o trabalho e com formação em Eton, levam o dinheiro e rolam como bons meninos, gastando tudo, enquanto vocês seguem com isso aqui — ela indicou na direção dos corredores.

— Eu não colocaria dessa forma... — Taylor sugeriu um sorriso de lado — Mas é — ela sustentou o olhar, e Eden também não o desviou, mas não parecia haver realmente mais pontos a serem discutidos. As duas sabiam — Veja, herdeiros são como raposas, e as raposas têm uma natureza previsível. De tempos em tempos, nós encontramos raposas imprevisíveis, e então... bem, dê o mínimo de abertura para essa raposa, e poderá esperar sangue por toda parte. 

— Você está falando sobre mim? — Eden inclinou a cabeça um pouco, e então apertou os olhos por um momento, como se estivesse forçando a vista, para tentar entender o que estava escutando.

— Claro que não — ela sorriu por completo dessa vez — Olha, eu entendo de onde você está vindo, mas se a notícia de que tenho alguém saindo dessa maneira do acordo se espalhar, a situação pode ser interpretada como fraqueza. E se sentirem cheiro de fumaça, é porque definitivamente há fogo. Nós sabemos que isso pode sair caro. Então... estou apenas tentando resolver tudo do jeito certo — Taylor deu um passo para frente, e sem cerimônia alguma levou as mãos ao colarinho do Eden, ajeitando sua roupa por pura impertinência — E eu nunca faço nada bagunçado, amor. De qualquer modo... — ela se afastou — Veja como você se sente depois de digerir tudo isso, e então me ligue.

— Eu não tenho o seu número — Eden murmurou.

— Danny pode cuidar disso — ela garantiu e se virou, fazendo a menção clara de que estava indo embora, mas antes de seguir pelas escadas, olhou para Eden uma última vez — Quer uma caroninha de volta para casa, querida?

— Não, obrigada... — a duquesa terminou revirando os olhos — Eu vou a pé.

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