capitulo 22
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3k de palavras nesse capitulo, aproveitem e surtem muito nos comentários, se quiserem entrar no grupo de leitores me avisem 🫶🏿
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Brooke.
Max.
Depois de meses, apareceu onde estavam, como se não tivesse perdido a metade do jantar. Seu pai não a repreenderia, ele gosta dela, com certeza mais que sua própria filha.
Max.
Ela tem um longo histórico e passado na vida de Brooke. Algo quase imoral para uma criança de 10 anos, lições aprendidas que uma jamais teria a chance de entender.
Tudo começou quando tinha 4 anos e Max passou a cuidar de um bebê sem mãe, e também sem pai. Cuidou como se fosse sua filha de sangue, mas sabia que não teria jeito para a coisa porque tinha a obrigação de nunca e jamais tratá-la com amor ou carinhos, e ao menos saberia como faria isso se não tivesse tais ordens, não tinha jeito pra coisa.
Brooke desde sempre aprendeu que essas duas coisas não chegariam perto de si, não era merecedora de afeto, mas sabia pelo menos como olhar na cara do inimigo e matá-lo.
Max entendeu que a única forma de proteger Brooke de tudo o que poderia vir à tona no futuro, era a ensinando a sobreviver, coisas que não poderia sequer pensar de fazer, mas fez mesmo assim.
Maxine a ensinou que afeto a atrasa, não em diretas palavras, mas em lições árduas; ensinou que um olhar pode botar medo em qualquer pessoa; ensinou a ela se concentrar quando necessário, respirasse fundo e caso tivesse que ter raiva olhar para seu passado, seu pai (não necessariamente), e o imagina-lo em sua frente; a ter um corpo flexível para qualquer situação e a pensar antes de fazer qualquer mínima ação.
E talvez, só talvez, tudo isso apenas agravou a sensação de que dor poderia amenizar sensações que não entendia.
Brooke foi obstruída de toda e qualquer emoção boa que uma criança poderia ter, seus primeiros dias na escolinha só disseram o quão diferente era de todas aquelas crianças felizes e ingênuas.
Lembra-se claramente de como ficava em um canto sozinha e as outras se divertiam, não tinha vontade de se juntar a elas, gostava do silêncio e da calmaria. Nunca soube o porque.
Escondia suas emoções porque era necessário para nunca estiver vulnerável, por mais que ultimamente não esteja conseguindo seguir essa linha de raciocínio, parecendo que em certos momentos seu corpo não a respeita mais, não obedece seu cérebro e comandos.
Tocar na perna de Jason quando percebeu seus olhos alheios a pensamentos e seu corpo tremendo em ansiedade e agonia, se convenceu de que precisava fazê-lo não chamar atenção.
Mas sabe, fielmente, que tudo quem ela é hoje é graças a Maxine e toda falta de atenção do pai.
Brooke sentia que havia algo de errado em
ter Jason ao seu lado e seus pais também, se perguntou o que faziam aqui desde que o viu na porta de entrada.
Porque estavam apenas eles naquele lugar privado, longe dos olhares de outros convidados. Tudo estava muito estranho, apenas para si já que seu pai sabia exatamente o que estava fazendo.
🫀
Jason Hart
Como o anfitrião nos ordenou, saímos daquela tenda e fomos em direção a casa novamente, acompanhados pelos outros convidados que faziam o mesmo.
Entraram ali e percebi que era o momento exato para sair de fininho. Meu coração já se acelerava em expectativa é mais do que nunca odeio essa porra de ansiedade, ela nunca me deixa em paz. É agonizante.
Olho entre as pessoas e percebo que ninguém que estava na mesma mesa que eu, está ao redor.
— A comida estava boa, né? — Minha mãe puxa assunto, percebendo o silêncio entre nós.
— Sim. — Meu pai responde, a puxando para perto.
— Figlio? — questiona.
— Estava bom. — Respondo a olhando nos olhos.
— Não estou falando sobre isso, o que foi?
— Nada, eu só... não tô confortável com essa proposta dele com vocês.
Mamãe se aproxima, tocando meu rosto.
— Não se preocupe, ok? Vai dar tudo certo. — Sorri, não sei se tentando se convencer disso ou apenas eu.
— Ok, eu só preciso ir no banheiro. — Ela assente e me deixa passar.
Ando até um dos garçons e pergunto onde que fica, ele me indica o andar de cima e agradeço aos céus por isso, não teria como subir todas aquelas escadas passando despercebido.
Respiro fundo e subo, mas sou parado quando o mesmo garçom nega com a cabeça e aponta para atrás da escada, onde outra se encontra, uma coberta por penumbra e sombras.
Vou até lá, percebendo que a intenção de não subir na escada principal é não chamar atenção, os únicos que tem o direito são os anfitriões pelo jeito.
Subo as escadas escuras, e entra na longa passagem dos quartos, uma placa aponta para qual é o banheiro, provavelmente dando a entender que se você passar dali as probabilidades de você não ter vindo só pela festa, são grandes.
Tirando a porta que eu deveria entrar, tem mais 3, provavelmente uma sendo o quarto de Faith, outra do pai e o outro sendo o escritório? Não faço ideia.
Olho para cima e não vejo câmeras, e se tivesse provavelmente estariam escondidas, não duvido.
Entro no banheiro e me preparo. Pego meu outro celular no bolso escondido do paletó e ligo a parafernália, um aparelho que eu mesmo fiz e criei com todo esse tempo para, pode se dizer, substituir um computador.
Tem menos funções do que um, mas mesmo assim o suficiente para o que eu preciso agora.
Estou dentro da casa e é fácil conseguir entrar no sistema de segurança deles daqui de dentro, facilitando meu trabalho, digito algumas senhas descobridas na hora e em poucos minutos tenho o todas as câmeras transmitindo pelo meu celular.
Todas minuciosamente escondidas para não serem vistas. Cada uma nomeada pelo cômodo em que se encontra. Consigo ver meus pais daqui, conversando e petiscando, o corredor do segundo andar e duas delas direcionadas em frente a duas portas com o nome de "Brooke's room" e "principal room" provavelmente o de Héctor.
Percebo que nenhuma câmera mostra a outra porta e fico em dúvida se ali deve ser o escritório ou não. Lembro-me que normalmente essas casas tem um sistema que bloqueia as portas e entradas quando necessário, e neles consigo um mapa da casa inteira.
Acesso-o e vejo os quartos e escritório, sendo ele dentro do quarto de Héctor.
Cacete.
Já que estou aqui, vou até o fim.
Faço uma gravação da parte da frente de todos os quartos e do corredor. Fico resetando a mesma imagem para quem quer que esteja assistindo e quando tenho plena certeza de que ninguém está vindo pela imagem real de todos os lugares, saio do banheiro.
Em silêncio e cautela atravesso o corredor para entrar onde sei ser o do Héctor, é o que diz o mapa.
Abro a porta olhando para tudo qualquer canto e atento nas câmeras ao vivo que apenas eu tenho controle agora.
Entro sem saber o que esperar e me dou de cara com um quarto escuro, completamente, as cores vinho e preto se destacam, a janela está fechada e coberta por cortinas nos mesmos tons em um tecido black out.
Vejo uma tranca de digital e senha na outra porta, quase penso que fudeu quando lembro da pequena chave de fenda instalados como aquelas canetas digitais que vinham em celulares antigos, agora é rezar para entrar nos pequenos parafusos.
Pego ela em um sistema de apertar e soltar, e me agacho desparafusando, solto um suspiro de alívio, apenas para conseguir pegar um fio específico e conectar na entrada de fone do celular que na verdade agora é uma entrada de conexão com outros aparelhos, como o caso de agora.
Em segundos consigo entrar no sistema e como a poucas horas Héctor provavelmente entrou no escritório, consigo tipo resetar a mesma função de liberar a passagem e dá certo.
Com meu corpo mais relaxado por ter conseguido. Parafuso o aparelho novamente, não sem antes conectar com um pouco de dificuldade o cabo de volta.
Pensei que ele e aquela mulher estariam nesse escritório, então teria que esperar ambos saírem, mas vi no mapa que tem dois escritório, um no andar de baixo, e outro nesse andar, achei mais certo ter coisas aqui do que no outro, já que tem apenas uma entrada vigiada e segurança de última geração.
Não ligo a luz, ativo a lanterna no meu outro celular e vejo livros e mais livros de capa dura nas prateleiras marrons e no centro a típica mesa cheia de papéis extremamente organizados e um macbook preto.
Ando até onde a tem cadeira acolchoada de couro e a arrasto para o lado, ligando o computador e conectando com um cabo USB o aparelho, logo o computador se desbloqueia automaticamente. Instalei essa ação já sabendo que ele provavelmente não manteria nada em papéis ou livros.
Uma barra aparece em ambos as telas começando a tudo ser copiado para o cartão de memória do meu celular, para depois eu passar tudo para uma pasta única no meu notebook.
Nesse meio tempo não tenho acesso as câmeras, tenho que ser rápido e rezar para processar na mesma rapidez.
Olho para os papéis e leio cada um. Não estou com medo de ter ativado algum sensor porque naquele mesmo mapa mostraria, como mostrou nas entradas que teria sensor de movimentos.
Pego-me tão concentrado que apenas me sobressai quando duas mãos bateram na mesa, ergui meu rosto assustado e Faith estava bem na minha frente com o corpo inclinado para frente.
Ela sai de onde está e vem na minha direção, mesmo tentando sair de onde estou, apenas vou pra trás. Se tornou normal eu estar contra uma parede e ela.
O cheiro do seu perfume entrou em meu sistema tão rápido que mal pude impedi-lo.
Brooke estava bem na minha frente, com aquele vestido longo que abraçava todo seu corpo de forma que me fizesse querer o mesmo, mas não pude já que seu olhos me estancaram no lugar, quase como se tivesse um poder sobrenatural sobre mim, me mantendo ali: preso contra a parede novamente.
— O que acha que está fazendo, Jason? —
sua voz perfurou meus ouvidos, a forma gélida de falar antes não era nada comparado a agora. Quase gaguejei para falar.
— Estava olhando, apenas.
— Jura? Não era isso que parecia.
— Como entrou aqui? — indago meio indeciso se devo ou não continuar falando.
— Você deixou a porta aberta.
Apesar de soar como deboche seu rosto não tomou nenhuma expressão parecida, continuava seria, da mesma forma de quando me encontrou onde não deveria estar.
Minha vontade era calar a boca dela por ser tão intrometida, mas por incrível que pareça não de uma forma convencional.
— O que você quer, Faith?
Sei que peguei em seu ponto fraco, seus olhos vacilam de forma quase imperceptível se não estivéssemos tão próximos.
Seus lábios são mais tentadores daqui, quase me fazendo avançar, mas me contenho.
Amo provocar, mesmo que tenha resultados pequenos, sei que eles são maiores dentro de si.
Ela respira fundo.
— Para de me chamar assim.
Inclino minha cabeça para frente, levemente.
Quase roçando nossos narizes.
— Deveria tomar cuidado, Faith, nem sempre vou fazer o que você manda. — Sorrio de canto.
Apenas sinto o tecido de seu vestido em meu braço e só aí percebo a ação inusitada do meu corpo. A abraçando pela cintura cuidadosamente, como se esperasse um ataque vindo dela, mas nada acontece.
Ela ao menos parece notar o toque, como se estivesse realmente viajando longe com os olhos sobre os meus.
Eles finalmente se desviam para baixo, olhando o tecido preto encostado em minha pele, agora quente, muito quente, e de repente fria, muito fria.
Os sobe novamente, pairando em minha boca antes dos meus olhos.
Desta vez não sou eu que tomo uma iniciativa. Brooke não esperou eu puxá-la mais ainda para perto, ela apenas deu um passo para frente, o suficiente para que seu peito tocasse o meu.
Não toco diretamente sua pele, e não sei que tipo de sensação teria se tocasse.
Respiro fundo.
Uma, duas, três vezes. A vendo fazer o mesmo com mais calma do que esperava, talvez isso para ela não seja nada, não signifique nada mais do que toques estranhos e... apenas estranhos.
Mas estaria mentindo a mim mesmo se dissesse não vejo diferença em seus olhos, antes cheios de suspeitas e raiva, agora me encaram com algo, algo que talvez nunca consiga reconhecer em alguma palavra.
Não sabia o que dizer ou fazer mais.
Alguém que estava acostumado em chegar em mulheres, pegar em seus corpos e beijá-las com intensidade, agora não era mais assim.
Com Faith sempre pareceu diferente, extremamente, não era só chegar, dizer palavras sedutoras ou quente e depois beijar, precisava de algo mais, mas eu não sabia o que.
Ela.
Soube.
De alguma forma.
Ela.
Soube.
Faith Brooke, a fé quebrada em sua tradução mais ao pé da letra de seu nome, desta vez realmente quebrou toda e qualquer regra do tempo, seus olhos mais do que nunca brilharam, brilhos frios que cintilavam ali me olhava com memórias s saudade, tantos sentimentos que não sei como ela simplesmente não explodiu em mil pedacinhos que eu consertaria com prazer, mas não havia nada deles.
Seus dedos mornos subiram lentamente, talvez pensando se devesse ou não fazer tal coisa, até meu rosto, tocando minha bochecha com leveza, com um carinho que eu não sabia poder vir dali. Pressenti qualquer outro movimento pior, mas nada, no fundo soube que era real aquilo, que Faith estaria me tocando por algo mais, em busca de sensações que nunca sentiu.
Dessa vez fora diferente de todas as outras.
Os deslizou com um pouco de medo, mas não pude me mover, com receio de a assustar com algum movimento bruto ou inesperado, espero como das outras vezes. A esperei estar pronta, esperei cada segundo, cada minuto, e talvez cada hora passar enquanto apenas tive sensações inominados com cada toque.
Não esperei mais que isso, não criei uma sequer expectativa.
Aqui poderia ser tudo e nada, então apenas esperei pelo tempo necessário.
Fechei meus olhos, aproveitando choque que tinha em mínimos contatos. Relaxei. Confiei em quem não devia. Me deixei levar mais uma vez por sentimentos. Deixei que me mostrasse coisas de si que não sabia serem possíveis existirem. Brooke era mais que um coração gelado e sua superfície falsa.
Passei a língua em meus lábios, em seguida sentindo algo tocá-los, algo que não eram seus dedos e sim o roçar da sua boca. Esperei. Esperei.
Até o toque se tornar mais forte do que simples atrito quase inexistente.
Fui pego de surpresa, desta vez de verdade, com toda a certeza que eu tinha, mais certeza do que respirar. Foi então que senti os lábios de Brooke se moldarem aos meus, de forma tão...
Algo, tinha algo mais uma vez.
Meu coração queimou no mesmo instante, não nos movemos, permanecemos do mesmo jeito, um beijo sem movimentos.
Sua mão continuava em meu rosto, como um apoio que a fazia lembrar que era eu ali, e seus lábios continuavam a esmagarem deliciosamente os meus.
Fechei os olhos com mais força e minha mão em sua cintura se tornou mais possessa, querendo um pouco mais daquilo. Mas esperei. Esperei o suficiente para me derreter completamente em algo que ainda não sabia o que era e se era mesmo algo e não um sentimento fantasma.
Subi minhas mãos, traçando entre as partes expostas de sua pele e as do tecido, parei em sua costela no mesmo momento em que ela decidiu entre abrir sua boca, me dando passagem para aprofundar pela primeira vez.
Quando nossas línguas se tocaram, quentes e ferventes, choques passaram pelas minhas veias, me senti energizado de alguma maneiras. Agora suas duas mãos me puxavam para mais perto, meu corpo se inclinando sobre o dela ao mesmo tempo que as minhas a puxavam contra mim.
O ar já não entrava com tanta facilidade, mas não paramos, nenhum de nós quis.
Até ela se afastar minimamente, tão ofegante quanto eu. Parecíamos que iríamos nos fundir a qualquer instante.
— Precisamos ir. — Faith pisca um par de vezes, parecendo clarear sua mente, e a minha continuando tão nebulosa, apenas repetindo sentimentos e sensações.
Tudo pareceu mais forte agora, me senti bêbado por um momentos.
Ela não me esperar voltar ao meu comum, me puxa pela mão até o lado de fora do escritório. Só então lembro da porra do celular.
— Não, espera eu tenho que peg- — Sua mão tampa minha boca quando e escutamos vozes próximo demais da porta. Seus olhos não se encontram mais presos nos meus e sim na na única coisa que nos impede de ser vistos.
— Eu não quero saber o que você acha ou não que deve ser feito! — A voz cruel de Héctor soa alta de trás da madeira. — Você vai fazer o que eu mando! A porra dos pacotes precisam ser entregues até a meia-noite.
Ele escuta, acho, o que dizem do outro lado da linha.
— Não me importa! — rosna. — Dá um jeito, e entrega a mercadoria, não vai querer saber o que pode acontecer se não fazer o que estou te mandando!
Héctor parece ter desligado a chamada.
— Resolveu? — A voz feminina de mais cedo soa baixa, depois de escutar as batidas do saltos no piso.
— O que tem que ser resolvido será, Maxine. Não se intrometa nos meus assuntos mais uma vez.
— Não vou. Não me envie nunca mais para longe para resolver essas merdas, Héctor. Você resolve. Não me envolvo com esse tipo de coisa, você sabe.
— Você vai fazer o que eu disser para fazer. — Rosna, seus passos se aproximando dela provavelmente.
— P-Pelo jeito então não terminamos nossos assuntos.
— Não, não terminamos. Vai saber quando terminar. — sua frase soa como ameaça, e sei não ter sido o único a notar.
O som do salto aparece novamente, se afastando da porta e indo pelo corredor.
— Fale para seu capanga pegar a estrada da cidade pra não ser pego pela polícia, acho que você deveria resolver melhor suas responsabilidades, tenho certeza que não gostaria nem um pouco ter seu nome capa do jornal anunciando sua prisão por venda de drogas. —
Posso sentir os pelos do meu braço se arrepiando quando passos pesados se afastam, pisando duro e com raiva.
Minha respiração ficou pesada conforme a conversa se desenrolava e a mão de Brooke parecia ficar mais leve, mas não saia de onde estava.
Seus olhos parecem tão perdidos olhando para o mesmo lugar que não sei se devo ou não dizer alguma coisa.
— Pega seus pais e vão embora daqui, Jason, não olha para trás.
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Por essa vocês esperavam?
Não se esqueçam de votar
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