Capítulo - 95
Tenho os amigos mais pervertidos que eu poderia imaginar em ter. Não sei quem é pior, se Pietro que só pensa em besteira ou Melissa e Eloise que querem me deixar praticamente nua para que possamos descer, enquanto Júlia apenas dá risada desses malucos. Pelo menos agora ela está sorrindo e não com o semblante tão triste e pensativo como estava antes.
- Melissa, eu não irei colocar um biquíni, se nem na piscina eu pretendo entrar. - Reviro os olhos e entrego as peças minúsculas vermelhas, que ela tirou da bolsa, querendo que eu os colocasse.
- Ana, você tem o corpo lindo, sem contar que vermelho vai destacar e muito nessa sua pele branquinha. - Nego com a cabeça e sorrio da careta que ela faz.
- Quantas roupas e biquínis você trouxe, Melissa? - Júlia pergunta espantada, olhando dentro da bolsa de praia que ela colocou sobre a cama, fazendo com que ela dê uma risadinha.
- Sou uma mulher prevenida, Júlia. Além do mais, eu não sabia qual eu iria escolher, então trouxe algumas opções. - Ela dá de ombros e volta a vasculhar dentro da sua bolsa.
- Estou achando que essa sua "prevenção" tem mais haver com a possibilidade de um moreno de olhar marcante e barba serrada, que poderá fazer um estrago nessas suas coxas, enquanto a faz geme loucamente, arrastá-la para uma noite de sexo alucinante. - Pietro fala com a cara safada, deixando-a vermelha.
- Pietro!
- O quê? Não venha me dizer que você não está doida para ver aquele gostoso do Aleksander sem roupas e cavalgar igual uma louca nele? - Agora quem fica vermelha não é apenas a Melissa, pois a Júlia fica com as bochechas rubras também, fazendo-o arregalar os olhos. - Para tudo! Não me diga que você ainda é virgem?!
- Espera que vou pegar um megafone para você gritar mais alto, quem sabe em New York não puderam escutar direito, seu Escandaloso. - Ela joga uma saída de praia nele, fazendo Eloise gargalhar da cara desesperada dela.
- Minha nossa! Temos duas virgens nesse recinto, mas uma eu sei que é safada e tem segundas, terceiras e quartas intenções. - Pietro dá uma piscadela para Melissa, que revira os olhos, mas sem deixar de sorrir. - E a outra se entregou apenas por ficar vermelha e está quase enfiando a cabeça dentro dessa bolsa. - Júlia arregala os olhos e fica ainda mais desconcertada por estar fazendo exatamente isso.
- Vamos deixar a virgindade da Melissa e da Júlia para outro momento, Pietro, pois agora precisamos encontrar alguma coisa para a Ana vestir. - Eloise fala mexendo também na bolsa da Melissa e me olha sorrindo. - Encontrei algo que vai te deixar sexy, ainda mais linda e não é um biquíni, Ana. - Ela pega um maiô preto e arregalo os olhos, negando com a cabeça, pois me deixará praticamente nua.
- Nem pensar! Vestirei apenas um short e uma blusinha e está ótimo. - Começo a caminhar para o closet, mas Melissa e Eloise me seguram, fazendo com que eu volte a me sentar no sofá.
- Nem pense nisso, Ana! - Melissa aponta o dedo para mim e reviro os olhos. - Esse maiô é novo, eu nunca o usei e ficará lindo em você. E, como disse o meu amigo Pietro, hoje vamos causar infartos ou ereções, então vá se trocar e coloque isso, que ficará perfeito.
Sorrio negando com a cabeça, mas pego o maiô e a saída de praia longa em renda preta - com uma fenda lateral que mostrará até o meu útero quando eu andar -, que ela me entregou e vou para o closet me trocar. A combinação realmente ficou linda e apesar de estar me sentindo nua, eu confesso que estou me achando linda e sexy, como diz Eloise.
- Santa Afrodite! Se eu gostasse de boceta, Ana, eu lhe agarraria e lamberia até me lambuzar, mas como não é o caso, vamos ver se o seu Adônis conseguirá se controlar sem arrastá-la para o primeiro ambiente disponível e ter um desejo louco para rezar. - Sinto o meu rosto queimar de vergonha, quando retorno para o quarto, mas não consigo me manter séria com os disparates que Pietro fala.
- Minha nossa, Pietro! - Melissa gargalha, mas também está com o rosto vermelho. - Como você consegue ser tão pervertido desse jeito?
- Muitos anos de prática, Mon Chéri, mas vamos descer que tenho um Apolo para provocar e um Oriental gostoso para conhecer melhor. - Ele dá mais uma piscadela e volta a jogar a camiseta no ombro e assim saímos do quarto.
[...]
No momento que chegamos à área Gourmet eu queria um buraco para me enfiar pela forma que estávamos sendo analisados, principalmente pelo silêncio que se instalou no ambiente de repente. Mas me esqueci de todos e me concentrei apenas em Christian, que me olhava como se quisesse me devorar, fazendo com que o meu corpo ficasse febril e sedento pelo seu toque.
Porém estávamos entre os nossos amigos e por mais que eu quisesse que ele cumprisse o que os seus olhos diziam que queria fazer, principalmente depois de sentir sua ereção ao ter o meu corpo pressionado ao seu, eu precisava fazer com que ele se controlasse e aproveitasse à tarde com os nossos amigos, mesmo que o seu ciúme estivesse evidente pela forma que eu estou vestida, ou melhor, pela falta das roupas que não coloquei.
E, claro que Pietro não perdeu a oportunidade de provocar o Oliver, e pelo visto encontrou alguém à altura dele para o seu plano mirabolante, pois Akira não tem filtro e é tão maluco quanto ele. Porém o clima ficou um pouco tenso, depois que Oliver bateu a garrafa na mesa e se levantou muito irritado. E, por mais que Pietro tentasse fazer piada do rompante do seu Apolo, nós percebemos que ele também ficou incomodado com essa situação.
- Vocês viram que o meu gaydar nunca falha? - Pietro fala convencido, assim que chegamos próximo ao aparador que estão às comidas, mas consigo ver que ele ficou triste com o que aconteceu.
- Lembrando que o seu gaydar apitou com o Caleb, depois com os dois irmãos dele. Então eu acho que o seu sensor pode estar levemente danificado, Irmãozinho. - Eloise dá de ombros e começa a se servir, mas vejo que segura o riso.
- Nossa! Não sabia que você gostava de se fantasiar de megera de vez em quando, Irmãzinha! - Ele faz uma carranca para ela, que acaba gargalhando e se aproxima encostando a cabeça no ombro dele, antes de encarar os seus olhos, depois de se recompor do riso.
- Eu só não quero que você fique ainda pior do que estava, Pietro, pois você pode estar sorrindo, fazendo piadas e sendo o pervertido que é, mas eu tenho certeza que o seu coraçãozinho está doendo por saber que mesmo que Oliver goste de você, ainda assim irá assumir um compromisso com aquela mulher, por ser covarde e não ter coragem de se assumir. - Ele suspira e assente, olhando para Oliver que também mantém o olhar fixo nele, enquanto bebe a sua cerveja, mas ele respira fundo e levanta os seus ombros, dando um sorriso.
- Hoje não quero saber de Advogados em armário, problemas com o coração ou compromissos com loiras aguadas, então vamos aproveitar a nossa tarde e se aquele Oriental gostoso quiser, terá a minha boca todinha para ele. - Ele faz uma cara safada e passa mais uma vez a mão em seu abdômen. - Mas se ele quiser além da boca, não me importo em negociar.
As meninas dão risada e continuam se servindo, retornando em seguida para as mesas, mas eu nego com a cabeça e me aproximo um pouco mais dele, mesmo sabendo que ninguém irá nos escutar por causa da música que está tocando pelas caixas do ambiente e falo em um tom de voz um pouco mais baixo.
- Só... Não faça nada que possa se arrepender depois, Pietro. Se você realmente gosta do Oliver e percebemos que por parte dele também é recíproco, não coloque uma terceira pessoa nessa equação, para que no fim mais alguém possa sair machucado. - Ele me abraça pelos ombros e nega com a cabeça.
- Eu jamais usaria alguém dessa forma, Ana, mas sou solteiro e se o Akira não estiver brincando, não vejo problema nenhum se pudermos nos divertir. - Balanço a cabeça em afirmação, afinal, Akira também é livre e parece realmente ter se interessado nele, além de serem dois adultos que sabem o que devem ou não fazer. - Porém eu deixarei as minhas intenções claras e se mesmo assim ele quiser, eu não ficarei mais pensando em alguém que não tem coragem de ser o que é. - Dou um sorriso contido, por saber que ele está apenas tentando convencer a si mesmo, e assinto, porém ele muda de assunto. - Você percebeu que a Júlia estava bem triste e distante?
- Percebi sim, Pietro, depois que tiver uma oportunidade eu falarei com ela. - Começo a me servir também e vejo que Richard está cortando uma remessa de carnes que já estão assadas.
- Na sexta-feira eu falei com o meu irmão e de certa forma o incentivei a deixar as suas inseguranças de lado e parar de pensar no passado, deixando os "e se" de lado para não atrapalharem o seu presente e ir atrás do que o coração dele estava pedindo para fazer. - Fico pensativa e agora tenho certeza que o motivo para Júlia estar dessa forma tem mesmo a ver com o Edgar. - Mesmo que a Júlia não tenha confirmado, enquanto estávamos no quarto, você acha que eles se encontraram Ana? - Volto a encará-lo e assinto.
- Eu acho que sim, Pietro. - Dou um suspiro e não prolongo o assunto, pois acredito que nem ele e muito menos a Eloise saibam da história que Júlia me contou quando era adolescente. - Depois você poderia, por favor, me enviar o número do celular do Edgar, Pietro? Eu disse que iríamos ser amigos, mas não trocamos nem mesmo os números de telefone. - Ele assente, um pouco confuso, mas apenas sorrio e continuamos a nos servir, e logo voltamos para a mesa.
[...]
A vida é tão inconstante, mas também pode ser surpreendente a maioria das vezes. Há alguns anos eu tinha apenas a tia Ângela, o Padre Lutero e o Tio Marco, dedicando-me apenas aos estudos sem pensar no que viria a ser o meu futuro. Às vezes eu me pegava pensando que a Thaís iria perceber que eu nunca quis roubar o lugar dela como filha e que a sua mãe tinha amor suficiente para nós duas.
Que ela iria ver o quanto estava errada sobre mim e que poderíamos ser como irmãs, pois foi assim que a minha tia nos criou para ser. Mas se ela não quisesse me considerar como a sua irmã, estava tudo bem também, pois poderíamos ser amigas e participar da vida uma da outra. Só que isso não aconteceu e tenho certeza que nunca acontecerá.
Hoje eu percebo isso, apesar de ainda querer ter uma boa relação com ela por causa da minha tia, que eu sei sofrer por essa situação, porque quanto ao amor dela por mim, eu não tenho a menor dúvida, mas tudo seria mais fácil se a sua filha biológica e sua filha do coração se dessem bem.
Eu sempre fui muito sozinha e quis muito ter amigos, o que só foi acontecer depois que nos mudamos para Seattle e conheci o Caleb, a Eloise, o Pietro e o William na Universidade e assim, foram chegando novas pessoas na minha vida, como a Melissa, a Júlia e a Marta, que eu queria muito que estivesse aqui, mas o marido dela, já havia feito planos para eles, e com certeza não faltarão oportunidades num futuro próximo.
Claro que não posso me esquecer do Richard, que se tornou tão especial e que aprendi a amá-lo como o irmão mais velho que eu nunca tive. E não apenas ele, pois com o Caleb não é diferente, apesar de que com aquele irritante debochado, a nossa conexão sempre tenha sido um pouco mais intensa que com os demais. E, foi através deles, que conheci o homem que seria o amor da minha vida, que me faz sentir as borboletas no meu estômago, como se fosse a primeira vez que estivesse o vendo.
Foi com ele que aprendi a ser mais forte, ser mais decidida e não ter medo de dizer o que realmente penso, mas obviamente que não posso deixar de mencionar que tudo isso tenha como base daqueles que me criaram e me ensinaram os valores da vida, como é o caso do Padre Lutero e do Tio Marco.
Sorrio por perceber o quanto estou melancólica, num dia que está sendo tão divertido, mas estou pensando em tudo isso, enquanto observo Christian jogando sinuca, por mais que se irrite muito rápido com o seu irmão gêmeo, com o Akira e com o Aleksander a maior parte do tempo, mas está tão leve e sorridente, que em nada se parece com aquele homem frio, com um olhar carregado e distante, que conheci há três meses.
Observo também Tyler e Nicholas - que tenho a impressão de já tê-lo visto antes, além do dia da Boate, é claro -, os amigos do Caleb, e gostei muito deles, pois são muito divertidos e companhias muito agradáveis. Não tão diferentes de Scott, Diana e Ravi, apesar desse último ser um pouco mais reservado e sério que os demais. Porém não posso negar que dos amigos do Richard, não me sinto muito confortável com a Stella. Há algo nela que não me agrada e não me inspire confiança. E falando nela...
- Olá! - Dou-lhe um sorriso contido, enquanto ela se senta na espreguiçadeira ao meu lado. - Não conseguimos conversar muito, mas eu fiquei curiosa para saber mais sobre você. - Franzo o cenho não entendendo o que ela quer saber, mas ela sorri e parece envergonhada. - Oh, desculpe-me! Eu sou muito curiosa e o Rick é tão reservado, que quase não fala dos irmãos e sua família.
- O Richard não gosta que o chamem por esse apelido.
Falo sem perceber, por me lembrar do dia que Christian estava me contando um pouco da infância deles, mencionando algo sobre isso, pois somente os gêmeos o chamavam assim quando eram pequenos, mas que ele nunca gostou quando outra pessoa o fizesse. O que me foi confidenciado também que nenhum deles gostam, na verdade, pois os seus pais não tinham o hábito de fazê-lo, chamando-os sempre pelos nomes.
- É difícil perder um hábito de muitos anos. - Ela dá uma risadinha, forçada a meu ver, mas não falo nada. - Você é bem próxima deles, não é?
- Deles? - Faço-me de desentendida, mesmo que eu estivesse entendendo a sua pergunta.
- Da família do Rick.
- Não poderia ser diferente, afinal, sou a namorada de um dos irmãos dele. - Dou de ombros, e ela assente.
- Você os conhece há muito tempo? - Não respondo a princípio e fico apenas a encarando. - Pareço estar sendo abusada, não é? Mas é que eu conheço o Rick desde que ele estava na Universidade e nunca mencionou sobre namoradas de nenhum dos seus irmãos, então fiquei apenas curiosa.
- Conheço a família dele há dois anos, mas o meu namoro com o Christian não tem tanto tempo, dois meses para ser exata.
- Nossa! Realmente é pouco tempo mesmo. - Assinto e suspiro discretamente, para não ser indelicada. - Mas você parece ser tão novinha, então conheceu a família do seu namorado ainda na adolescência? Os seus pais não se importaram de você começar a namorar tão cedo?
- Não sou tão novinha assim, Stella. Eu tenho 20 anos, mas não. Os nossos pais sempre foram amigos, então não viram problemas quanto a minha relação com o Christian. - Não aprofundo no assunto, e ela me olha com um brilho estranho no olhar, mas seja o que for que queria me perguntar, resolveu manter para si.
- Eu sempre tive uma curiosidade sobre alguém que se relaciona com uma pessoa que tem um irmão gêmeo, ainda mais idêntico como é o seu caso. - Ela dá outra risadinha, e aguardo que ela faça a pergunta, mas se for outra sem noção como a Carly, não sei se conseguirei ser tão educada como estou tentando ser. - Eles nunca tentaram pregá-la uma peça trocando de lugar? Você já teve medo de confundi-los? - Nego com a cabeça e suspiro, pelo menos não é mais uma louca que tem a fantasia de ir para cama com gêmeos idênticos.
- Por mais que eles sejam idênticos fisicamente, eles são bem diferentes, Stella. Então pelo menos para mim, seria impossível confundi-los.
Claro que aconteceu comigo, mas porque eu não sabia que o meu melhor amigo tinha um irmão gêmeo, porém desde o primeiro momento, eu sabia que havia alguma coisa errada, completo em pensamento.
- Como são diferentes? Olhe só para eles! - Ela aponta para os dois que estão jogando sinuca e volta a me olhar. - Se aquele tirar a barba, com toda certeza seria difícil distingui-los. - Ela aponta para Caleb e dou uma risada verdadeira agora.
- A convivência faz com que você conheça quem é quem, Stella. A forma de olhar de um é mais intensa que do outro, os sorrisos, as expressões faciais e por mais que não pareça, o timbre de vozes também são diferentes. Cada um tem um temperamento e as personalidades são completamente opostas, mesmo que ainda tenham alguns pontos em comum. - Ela assente, dando mais uma olhada nos gêmeos, antes de voltar a me olhar com um sorriso.
- É verdade que gêmeos tem uma conexão diferente? Dizem que até podem sentir o que o outro sente?
- Sim, é verdade.
Ela arregala os olhos por ver que estou falando sério, o que acredito que ela possa ter pensado que eu iria falar que isso é mito, mas logo desvia a sua atenção para Eloise, que está nadando em nossa direção.
- E você? Tem irmãos também?
- Não, eu sou filha única. - Tenho uma irmã de criação, que não me considera como tal, mas não compartilho essa informação.
- Bom... Não vou ocupar mais o seu tempo. - Ela se levanta, no momento que Eloise se aproxima, pegando a sua tolha na outra espreguiçadeira. - Eu vou entrar na piscina um pouco, mas foi muito bom conversar com você, Anastásia. - Ela sorri e sai, deixando-me com Eloise, que parece ter ficado confusa com a saída repentina dela.
- Eu atrapalhei alguma coisa, Ana? - Nego com a cabeça e sorrio.
- Não, ela estava apenas curiosa para me conhecer um pouco mais, mas eu acho que ela estava mesmo é tentando saber um pouco mais sobre o Richard e sua família, isso sim. - Faço uma careta e Eloise dá risada, sentando-se do meu lado.
- Ela é um pouco estranha, além de parecer estar forçando uma aproximação com o Richard.
- Eu também percebi isso, mas confesso que não gostei muito dela, mas eu fui ensinada a nunca julgar uma pessoa antes de conhecê-la, então... - Dou de ombros, pois se eu fizesse isso, Padre Lutero ficaria decepcionado comigo, mas resolvo mudar de assunto. - Você e Pietro têm algum compromisso amanhã, depois que sairmos da Universidade? - Ela pensa por um momento e nega com a cabeça.
- Não. Eu apenas iria com o William procurar um apartamento. - Fico confusa, mas ela sorri. - O meu sogrinho resolveu que está na hora do meu namorado ser independente e ter o seu próprio espaço, por isso resolveu comprar um apartamento para presenteá-lo, antes de voltar para Kansas. - Sorrio e fico feliz por eles, pois alguma coisa me diz que logo teremos um pedido de casamento, mas mantenho o pensamento apenas para mim, até porque posso estar enganada.
- Os meus pais irão sentir a falta dele em casa, mas fico feliz pelo William. - Ela sorri amplamente, mas volto ao assunto novamente. - Então já que vocês não têm compromisso, poderiam ir até a GRS amanhã às 17h00 para conversamos um pouco?
- Ana, você vai me deixar curiosa até amanhã? - Assinto, sem deixar de sorrir da carinha exasperada dela, mas não falarei nada hoje.
- Amanhã vocês ficarão sabendo, mas hoje vamos aproveitar o restante do nosso dia.
- Sua sorte é que sou mais discreta que o Pietro, ou você não continuaria com essa boquinha fechada sem falar a razão para essa "reunião" de amanhã. - Dou risada negando com a cabeça, e ela volta a se levantar. - Vamos para a piscina, Ana, a água está uma delícia.
- Não, pode ir que ficarei aqui.
Ela faz uma careta, por ouvir mais uma vez a minha negação, mas entra na piscina, aproximando-se de Pietro, Melissa e Júlia e acabo sorrindo, pensando se eles irão aceitar o meu convite, o que espero que sim, pois quero muito que funcione a ideia para o novo Ateliê.
[...]
Impossível não dar risada quando Caleb e Aleksander jogaram o Christian na piscina, principalmente por perceber que ele não ficou de fato irritado. Por fim todos resolveram fazer o mesmo e virou uma festa na piscina. E, confesso que fiquei um pouco receosa, quando Christian e Richard me convenceram a fazer o mesmo, mas estando nos braços do meu namorado, senti-me segura para aproveitar junto com eles.
Há momentos em nossas vidas que devemos deixar as responsabilidades e os problemas um pouco de lado para aproveitar o máximo que pudermos junto às pessoas que amamos, pois não sabemos quanto tempo ainda teremos para fazer isso. O que me deixou muito feliz em presenciar o meu namorado, seus irmãos e nossos amigos se divertindo como jovens que são sem a preocupação do que precisará ser resolvido depois.
Quando Pietro sugeriu que jogássemos biribol, eu pensei que ninguém iria levar a sério, além de Caleb, Akira e Aleksander, mas me enganei e logo Richard e Scott armaram uma rede e uma bola de vôlei apareceu mais rápido do que imaginei que seria possível.
Percebi que Richard e Caleb são muito competitivos, mas Pietro e Akira não ficaram atrás, ainda mais quando disseram que iriam ficar no time das meninas, por estarem em menor número, ainda mais depois que Júlia não quis participar da brincadeira, optando em ficar comigo e Christian, que não saiu do meu lado, como disse que faria.
Ravi foi "escalado" para ser o Juiz, enquanto Oliver apenas observava do lado de fora, ainda bebendo uma cerveja, como uma águia pronta para atacar a sua presa, sempre que Akira ou Pietro marcavam um ponto e se abraçavam. Confesso que eu esteja ficando preocupada, pois eu imagino o que ele deve estar sentindo, afinal, mesmo que eu nem conhecesse o Christian direito, só o fato de imaginar que ele fosse o noivo da Bruxa Má do Oeste, doía em meu coração, sem que eu pudesse conseguir controlar.
- O que foi Amor?
Assusto-me com Christian sussurrando em meu ouvido e desvio minha atenção de Oliver, virando-me em seus braços, mesmo com medo de levar uma bolada na cabeça, por ainda estar dentro da piscina, enquanto eles jogam.
- Eu estava observando o Oliver e estou ficando preocupada, ainda mais pela quantidade que ele está bebendo. - Christian olha rapidamente para o amigo e suspira.
- Você também percebeu. - Ele afirma em tom de voz baixo, mas mesmo assim eu confirmo com a cabeça.
- Sim, percebi! E, acredito que você também deve saber a razão para ele estar agindo assim, não é? - Falo no mesmo tom e nos viramos para observar Pietro e Akira, em mais uma comemoração por pontuarem novamente no jogo.
- Mas infelizmente não podemos fazer nada quanto a isso, Baby, o Oliver é cabeça-dura e já percebi que Pietro não pretende facilitar a vida para ele, ainda mais estando com o Akira, que eu tenho certeza ter percebido o que está acontecendo entre aqueles dois. - Espanto-me pela convicção em sua afirmação e arregalo os olhos.
- Então você está querendo dizer que... - Ele sorri de lado e beija os meus lábios rapidamente.
- Exatamente, meu Amor, o excesso de toques, abraços sem motivos e sorrisos fáceis? O Akira está fazendo de propósito por ter entendido e sentido a tensão sexual entre Pietro e Oliver, sabendo existir algo mal resolvido entre eles.
- Ei, Christian! - Olhamos para Akira, que se aproxima e percebo que pararam o jogo. - Acabei de saber que a Dolce Pecatto é do irmão do Pietro e estamos pensando em encerrar a nossa noite na Boate, o que me diz? - Christian suspira e nega com a cabeça.
- Anastásia e eu iremos recusar o convite, Akira.
Ele faz uma careta e vejo Pietro saindo da piscina caminhando na direção dos banheiros, mas alguns segundos depois Oliver se levanta e segue o mesmo caminho. Apenas faço uma troca de olhar com as meninas, que perceberam o mesmo que eu.
- Eu gostaria de ir, vamos Rick? - Stella se oferece, aproximando-se de Richard que trava o maxilar e se afasta delicadamente dela.
- Tenho alguns assuntos a serem resolvidos com os meus irmãos, Stella, fica para outro dia. - Ele impulsiona o corpo na borda da piscina, saindo em seguida, não dando oportunidade para ela insistir no assunto.
- Ana, poderia nos acompanhar até o quarto para pegar as nossas bolsas, por favor?
Melissa me chama, enquanto Eloise e Júlia também começam a sair da água, mas eu apenas assinto, virando-me para Christian, que entende o que pretendo fazer e me levanta segurando em minha cintura, sentando-me na borda da piscina.
[...]
- O que será que está acontecendo dentro daquele banheiro? - Eloise pergunta depois que estamos no quarto de hóspedes, esperando que Júlia termine o seu banho.
- Sinceramente não sei, mas se Pietro ainda não apareceu, é porque eles estão brigando ou se pegando. - Melissa dá de ombros, ainda enrolada na toalha, procurando algo para vestir, entre todas as opções que ela trouxe.
- Oliver passou o dia todo bebendo, só espero que ele não machuque ainda mais o meu irmão. - Eloise nega com a cabeça, dando um suspiro em seguida. - O Pietro nunca se apaixonou por ninguém antes e confesso que eu nunca o vi da forma que ele ficou desde o aniversário dos gêmeos naquela Boate, mas quando ele recebeu a notícia do noivado do Oliver com a tal de Juliet, ele ficou realmente magoado.
- Não vamos nos precipitar, Eloise, afinal, nós não sabemos de fato o que irá acontecer, mas caso seja necessário, estaremos aqui para o Pietro.
- Obrigada, Ana! - Ela me abraça e sorri, fazendo uma careta em seguida ao se afastar. - Vá tomar um banho também, porque você está gelada. - Dou risada, porque realmente estou começando a sentir frio.
- Eu irei sim, não... - Não consigo concluir a minha frase, ouvindo uma batida na porta e em seguida Pietro passa por ela, parecendo um furacão, com o rosto vermelho e os lábios inchados.
- Oliver é um idiota! - Ele parece irritado, mas acaba dando um sorriso sacana. - Um idiota, gostoso, eu devo ressaltar.
- O que aconteceu? - Eloise se aproxima do irmão e fazemos o mesmo.
- Aconteceu que aquele Apolo dos infernos não sabe o que quer da vida. Ele ficou todo nervosinho por causa do Akira, querendo me impedir inclusive de ir a Boate com ele, mas não assume o que realmente está sentindo. - Ele responde exasperado e também decepcionado, enquanto nega com a cabeça e passa a mão em seus cabelos úmidos.
- E o que vocês irão fazer Pietro? - Júlia pergunta e eu nem tinha percebido que ela havia saído do banheiro e já está vestida.
- O Oliver eu não sei, mas eu irei tomar o meu banho e aproveitar com o Akira na Boate do meu irmão. - Ele dá de ombros e nego com a cabeça.
- Mas a julgar os seus lábios inchados e essas marcas vermelhas no seu corpo, podemos afirmar que você e Oliver não ficaram apenas conversando, não é verdade?
Melissa se aproxima ainda mais e toca em uma marca bem vermelha no pescoço dele e também no peito, visível por ainda estar sem camisa, fazendo com que ele mude a sua expressão irritada, para uma safada, em segundos.
- Eu disse que ele é um idiota gostoso e quando quer, a pegada é de outro mundo, quase me fez gozar nas calças, aquele ridículo. - Ficamos em silêncio por um momento, mas não dá para ficar séria com as caras e bocas que ele faz.
- E mesmo assim, você vai sair com o Akira?
- Eu disse que iria aproveitar na Boate do meu irmão com o Akira, Ana! Não que iria transar com ele, apesar de que vontade não me falta, mas depois dos amassos dentro daquele banheiro, não vou conseguir fazer nada com aquele Oriental gostoso.
- É, Irmãozinho. Eu acho que o seu gaydar realmente está ativado em modo máximo. - Eloise nega com a cabeça, fazendo-nos dar risada, mas Pietro apenas dá de ombros e entra para o banheiro.
Enquanto as meninas terminam de se arrumar, eu decido ir para o meu quarto para tomar um banho também. E, antes de entrar para o banheiro, pego o meu celular sobre a mesinha de cabeceira, para ver se há alguma ligação dos meus pais ou da minha tia, porém franzo o cenho vendo a notificação de uma mensagem de um número que eu não conheço.
Fico receosa a princípio, mas resolvo abrir para saber o que possa ser, pois quem sabe não seja um engano, o que não é difícil de acontecer. Mas por alguma razão, eu sinto o meu coração acelerar e não é de uma forma boa e tenho a confirmação das minhas suspeitas, quando começo a ler as poucas palavras escritas, fazendo-me arregalar os olhos e sentir o sangue gelar em minhas veias.
"A Princesinha do Petróleo foi encontrada, mas aproveite o seu curto Reinado, porque o seu fim está bem próximo!".
Tenho que concordar com a Ana, os seus amigos são mesmo pervertidos, mas Pietro ganha em disparada 🤭🤭.
Será o quê que a Stella queria fazendo aquelas perguntas para a Ana 🤔🤔? Sei não viu, fique intrigada 🤔🤔!
E, o que será que aconteceu entre Pietro e Oliver? Bom, pegação sabemos que teve, não é verdade 😏😏? Mas isso saberemos em breve, em Destinos Entrelaçados, Spin-off da Série Destinos 😏😏.
Quem será que mandou essa mensagem para Ana 😱😱? Christian vai surtar sim ou com certeza 😏😏?
PS.: Voltarei amanhã com mais um capítulo do Senhor Gelo, ops, Senhor Surtado 😉😉!
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