Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo - 93

Recompostos da vergonha de sermos interrompidos por Akira, o jantar seguiu muito animado, até o momento que eu insisti no assunto que ouvi quando os rapazes retornaram para casa, o que ocasionou em Caleb se engasgando e Christian me olhando receoso e muito vermelho, enquanto Richard e seu primo não conseguiam segurar as risadas, deixando-me ainda mais curiosa sobre essa história.

Claro que eu não iria criar caso por saber que mais uma vez o meu namorado foi confundido com o seu irmão gêmeo, a ponto da mulher querer arrastá-lo para um provador da Loja que estavam, enquanto Akira buscava por opções de roupas que o agradasse. Completamente confuso e irritado com a situação da qual não estava entendendo nada, Christian viu o momento que Caleb saiu em disparada da Loja com o seu primo no encalço, onde ele passou a entender o que estava acontecendo naquela confusão desagradável, da qual só conseguiu fugir sem ser ainda mais rude, quando Richard o "resgatou" daquele embaraço.

Mas depois de tudo esclarecido, foi impossível não dar risadas com o caso passado, e nem mesmo o Christian manteve sua carranca por muito tempo, entendendo que o que aconteceu entre seu irmão e a "Louca das mensagens" - nome dado por Caleb e isso eu não sei bem a razão -, foi há muito tempo, então o meu melhor amigo e cunhado se livrou de levar mais alguns puxões de orelha e tapas que ainda tenho guardados exclusivamente para ele, se aprontar mais alguma dessas confusões, apesar de eu ter certeza que essa não será a última vez, infelizmente.

Gostei muito de conhecer um pouco mais do Akira, que transmite um humor contagiante, porém a sua capacidade de deixar o meu namorado irritado e também envergonhado é sem igual, rendendo-nos muitas risadas. Porém conheci também o seu lado sério, quando fala do seu trabalho, da sua família e da felicidade pelo o sobrinho que está prestes a nascer, mas eu consegui perceber também, mesmo que ele tentasse não demonstrar, um pouco da mágoa que sente por seus avós, o que acredito que seja a mesma que Christian e seus irmãos sentem por tudo que eles, principalmente a avó, fizeram a Grace e pelo visto, não foi tão diferente com o irmão mais velho dela.

Engenheiro Mecatrônico, especializado em Robótica e Nanotecnologia, Akira começará a trabalhar na Empresa do Richard e segundo ele, mesmo amando Osaka, sua Cidade Natal no Japão, não pretende mais retornar, pelo menos não para morar, decidindo fazer de Seattle, sua nova casa. E, isso deixou Christian e seus irmãos muito felizes, afinal, sentiam muita falta do primo.

- Será que nesse churrasco eu encontrarei um homem ou uma mulher que esteja disposta a se divertir comigo? - Sou desperta das minhas divagações com a pergunta risonha de Akira e franzo o cenho, vendo-o sorrindo largamente. - Estou há tanto tempo na seca que se continuar assim, logo serei confundido com o deserto do Saara. - A risada de Caleb nos leva a sorrir também, quando a compreensão nos bate sobre o que Akira está falando.

- Está tão desesperado por atenção assim, Akira? - Caleb nega com a cabeça, mas continua sorrindo. - Pelo visto o seu prognóstico é mais grave do que pensava, pois o seu caso de bolas azuis estão atingindo o seu cérebro a ponto de estar atirando para todos os lados. - Akira faz uma cara safada e se senta desleixadamente no sofá.

- Ah, Caleb! Para quê eu me prenderei a um gênero se posso me beneficiar de todos eles. - Agora quem fica confuso é o Caleb e Akira dá risada. - Ora, Priminho, eu sou uma pessoa de alma livre e apaixonada, gosto de pessoas, não me importando com gênero ou orientação sexual.

- Então quer dizer que você... É bissexual? - Caleb pergunta confuso, e ele nega com a cabeça, dando um sorriso de lado.

- Eu me determino pansexual, Caleb, pois decidi amar sem reservas, escolhas ou regras impostas pela sociedade. Estou aberto a tudo, desde que haja consentimento e que seja maior de idade. Não me importo em me divertir com uma pessoa que também não se prenda a identidade de gênero. - Mordo no lábio por ver Christian com o rosto corado e Caleb sem palavras pela primeira vez, mas Akira se levanta com a cara mais safada ainda, dá uma piscadela em nossa direção, sentando-se no colo dele, fazendo-o arregalar os olhos, enquanto tem o seu rosto acariciado pelo primo. - O que foi? Está chocado ou interessado?

- Sai de cima de mim, Caralho! - Gargalhamos quando Caleb o joga no chão e Akira se deita, morrendo de rir. - Nada contra as suas... As suas escolhas, mas eu gosto de mulher e vou continuar gostando.

- Parece que você ficou um pouco desconcertado, irmão?

Christian o questiona com um sorriso provocador, mesmo que ainda esteja um pouco corado, e Caleb bufa, revirando os olhos e se levantando do sofá, passando por cima de Akira que continua deitado no chão.

- Ah, fica caladinho aí no seu canto, sua cópia mal feita. - Ele aponta o dedo para o irmão, que dá uma risada abafada, enquanto me aperta em seus braços, e pela primeira vez consigo ver Caleb Grey com o rosto mais vermelho que um tomate. - Eu vou tomar um banho e ligar para o Nicholas e o Tyler, para falar sobre o churrasco, à uma hora dessas, eles devem estar a caminho de casa.

- Eu sabia que esse papo de "Eu gosto de mulher e vou continuar gostando" não passava de um disfarce, pois pelo visto, o seu negócio é um threesome quente e pervertido, não é primo? - Akira fala se levantando do chão, mas Caleb apenas mostra o dedo do meio e sai da sala pisando duro, sem dar uma resposta ao primo que volta a gargalhar.

- O que aconteceu para o Caleb passar por mim pisando duro e subir as escadas resmungando palavras que prefiro não mencioná-las?

Richard, que foi atender a uma ligação, retorna para a sala com confusão estampada no rosto, fazendo Akira se jogar no sofá gargalhando, ainda mais descontrolado, o que é impossível não rir dele.

- Nada... Nada demais, Richard. - Akira tenta falar, mas as risadas o atrapalham. - Eu só descobri que o seu irmão é sensível a certos assuntos. - Ele continua confuso, mas por conhecer o primo e o irmão, tem uma ideia que pode ser besteira, por isso apenas sorri de lado negando com a cabeça e olha para Christian sentado ao meu lado.

- Christian, eu precisarei dar uma saída e é bem provável que eu chegue tarde. Caso a nossa mãe pergunte, diga que fui me encontrar com alguns amigos, tudo bem? - Sinto o humor abandoná-lo à medida que seu corpo fica tenso e quem fica confusa sou eu, quando ele se levanta encarando o irmão.

- O que está acontecendo, Richard? - Seu tom de voz é duro, mas também apreensivo, porém Richard nega com a cabeça, ainda sorrindo e coloca a mão no ombro dele para acalmá-lo.

- Não está acontecendo nada que você precise se preocupar, além do mais, o Akira vai comigo.

- Eu vou? - Ele questiona confuso, mas Richard o encara sério, fazendo-o se levantar rapidamente. - Sim, eu vou. Irei apenas pegar minha jaqueta e estou descendo. - Ele sai da sala em disparada e Christian solta um suspiro frustrado.

- Richard...

- Não se preocupe, eu disse que não iria ocultar mais nada de vocês e não irei, então confie em mim.

- Eu confio, mas... Tenha cuidado! - Richard sorri tão amplamente, como raras vezes acontece, mas assente.

- Agradeço a preocupação, mas não é necessária, então fique tranquilo, meu irmão.

Christian balança a cabeça a contragosto e logo Akira retorna para a sala. E, após se despedirem, saem, deixando-nos sozinhos, mas sentindo a tensão do meu namorado, levanto-me e o abraço, dando um beijo em suas costas e o ouço soltar um suspiro profundo antes de se virar e me envolver em seus braços.

- Por que você está tão preocupado? O Richard não disse que iria apenas se encontrar com alguns amigos?

Ele fica em silêncio por um momento, mas acaba assentindo e pela forma que desvia o olhar dos meus, eu sei que tem algo a mais por trás dessa preocupação dele, porém não irei questionar, pois se fosse algo que ele pudesse compartilhar, tenho certeza que o faria.

- Como foi passar o dia com a sua família?

A pergunta veio acompanhada de uma caricia suave no meu rosto, o que me fez sorrir da súbita mudança de assunto e subimos para o nosso quarto, conversando sobre como foi passar o dia com a minha família e o quanto gostei de conhecer meus avós e tios maternos.

Só que do jeito que começou o assunto se encerrou, pois quando fechei a porta do quarto, fui prensada nela, o que me assustou por um momento, mas vendo o olhar selvagem dele em minha direção, fez com que o meu corpo se aquecesse rapidamente e sem pensar muito - até mesmo porque eu não precisava pensar -, entreguei-me sem reservas em seus braços.

[...]

- Eu tenho vagas lembranças dessa época. - Christian fala de forma preguiçosa, deitado em meu colo, ouvindo as batidas do meu coração, enquanto eu acaricio os seus cabelos. - Eu realmente não havia associado o William ao menininho que conheci quando criança, mas não consigo me esquecer de que o Caleb conseguiu me deixar trancado por alguns minutos no chiqueiro com os porcos, até que Richard apareceu para me tirar de lá. - Ele fala irritado, como se isso tivesse acontecido ontem e não há 20 anos, e eu não consigo segurar a risada, fazendo-o levantar a cabeça e encarar meus olhos seriamente. - Não ria, Anastásia, aquele lugar parecia assustador para uma criança de 6 anos.

- O Caleb realmente foi uma criança terrível, não é? - Ele revira os olhos e volta a se deitar, apertando o braço em torno da minha cintura.

- Foi? Caleb nasceu para atormentar a minha vida e faz isso a cada oportunidade que tem.

- Amor, você reclama, mas não conseguiria viver sem o seu irmão.

- Isso eu não posso negar, pois aquele irritante realmente é a minha outra metade, mas... Apenas no DNA. - Ele volta a levantar a cabeça, aproximando-se para acariciar os meus lábios com os seus suavemente. - Porque a metade da minha alma, a que realmente me completa e me faz ser uma pessoa melhor, é você, Anastásia. - Sinto o meu coração acelerar quando ele fala assim, de forma quase sussurrada e rouca, antes de receber um beijo delicado em meus lábios. - Vamos dormir? Amanhã o nosso dia será agitado.

Apenas assinto embriagada com o seu cheiro, as suas carícias e o calor que emana de seu corpo, parcialmente sobre o meu e sentindo o deslizar de seus dedos, que começaram a subir por minha coxa, levantando a minha camisola no processo. Mas ele logo se afasta e sorri, como se não tivesse feito nada demais, ciente do efeito que sempre causa em mim.

- Christian!

Tento repreendê-lo, antes que eu me jogue novamente em cima dele, fazendo-o dar risada, enquanto se deita em seu lado da cama, mas acabo sorrindo também por vê-lo assim, tão diferente de quando o conheci. Que sempre continha uma tempestade furiosa em seus olhos e que parecia carregar o mundo em suas costas. Um mundo turbulento, que não fazia sentido, como se estivesse prestes a desistir dele e se entregar a dor e a vergonha de tudo que aconteceu no seu passado.

Nego com a cabeça por não querer me lembrar disso, justamente por saber tudo o que ele passou e tento focar apenas em seus olhos brilhantes e face serena, ciente que a cada dia que passa, o meu namorado consegue superar ainda mais o seu passado, mesmo que ainda tenha resquícios dele, insistindo em bater a nossa porta.

- Eu falei com a Tia Ângela sobre o apartamento que o Tio Marco deixou para mim. - Menciono mudando de assunto, no momento que levanto da cama para colocar o celular para carregar, mas não encontro o meu carregador na bolsa.

- E, o que vocês decidiram? Ela pretende ocupá-lo com a Thaís? - Suspiro e nego com a cabeça, abrindo uma das gavetas da mesinha de cabeceira, pois tenho certeza que Christian tem um carregador por aqui.

- Não. Ela disse para eu alugá-lo, pois ela percebeu que passou da hora de se permitir amar novamente e não acha que a Thaís seria a pessoa mais adequada para ficar no apartamento, ainda mais sendo meu.

Franzo o cenho, quando encontro um carregador sob alguns papéis, mas além dele, há também um celular, que tenho certeza não ser do Christian, ainda mais por ser um modelo mais antigo e uma fotografia, que está um pouco amassada.

- Sou obrigado a concordar com a sua tia, Anastásia, a Thaís realmente não me parece com uma pessoa que cuidaria desse apartamento, justamente por ser seu. E, desculpe-me pelo o que irei dizer, mas ela me pareceu uma mulher muito instável, bem diferente da mãe. - Assinto de forma distraída, ainda tentando entender o que é isso e como eu ainda não tinha o visto antes. - O que você está...

Ele começa a falar quando percebe que o meu silêncio se prolongou por alguns minutos e me viro para encará-lo, apenas para vê-lo sentado na cama e ficando pálido, quando percebe os objetos que estão em minhas mãos. O que me deixa ainda mais curiosa para saber o que há neste celular para deixá-lo assim, pois com a fotografia não há nada demais, ainda mais por ser eu, a pessoa a estar nela.

- Por que este celular está escondido entre esses papéis, Christian? - Ele passa as mãos pelo rosto e expira ruidosamente.

- Eu deveria ter dado um fim nessa porra há muito tempo, mas acabei me esquecendo da existência desse celular. - Continuo confusa, mas por alguma razão eu consigo imaginar de quem possa ser.

- Por quê? De quem é este celular? - Pela hesitação em responder a minha pergunta e o seu olhar, que parece perdido por um momento, eu sei a resposta, mas mesmo assim ele confirma minhas suspeitas.

- Era da Débora. - Apenas assinto e baixo o olhar para o objeto em minhas mãos, que agora parece pesar mais do que de fato pesa, mas acabo me assustando quando ele salta da cama, parando na minha frente e pegando o meu rosto entre suas mãos, fazendo-me encará-lo. - Não coloque nada nessa cabecinha, Anastásia, pois se esse celular ainda está nessa gaveta foi apenas porque eu me esqueci de jogá-lo fora, não que o conteúdo dele ou a quem pertenceu signifique alguma coisa para mim, porque não significam.

- Tudo bem, Christian, eu acredito em você. - Ele acaricia o meu rosto com os polegares e sorri de lado, dando um suspiro aliviado. - Eu fiquei apenas curiosa, mas... Por que você o mantém, ainda mais junto a esta fotografia?

Ele apenas fica me encarando por um momento, mas assente a uma pergunta silenciosa e se senta na cama, levando-me a fazer o mesmo, enquanto começa a me contar o porquê dele ter guardado aquele celular por todo aquele tempo, além de levá-lo para onde quer que fosse, mas que desde que nos conhecemos o celular tem permanecido na gaveta.

Padre Lutero sempre me ensinou a entender as situações antes de julgar e fazer o máximo para não cultivar sentimentos ruins contra as pessoas em meu coração, principalmente de quem não está mais presente para poder se defender, mas à medida que ele fala superficialmente o conteúdo do celular, vou sentindo muita raiva da Débora, não conseguindo acreditar que uma mulher tão jovem como ela era, tinha tanta maldade em seu interior, não se importando em machucar a pessoa que se afastou da própria família para ficar ao lado dela. Eu não consigo imaginar até que ponto vai à maldade do ser humano, ainda mais por demonstrar sentir prazer com suas atitudes e ações, sabendo que iria destruir outra pessoa, como ela fez.

Mas me sinto triste na mesma proporção que a raiva tenta me dominar, por imaginar que Christian usava aquele celular, dia após dia, lendo as mensagens inescrupulosas da Débora com o seu amante apenas para se martirizar e provar a si mesmo o quão pouco valia. Acreditando ser merecedor de toda dor que as ações daquela mulher lhe causaram, deixando que a culpa e a vergonha o consumisse, afastando-o ainda mais de quem o amava e estavam prontos para ajudá-lo a seguir em frente e superar aquela terrível traição.

Contudo eu não pude deixar de sorrir por vê-lo com o rosto corado, no momento que me contou sobre a minha fotografia e o motivo dela estar amassada, pois quando ele pediu o levantamento dos meus antecedentes ao Taylor, ele ficou com a foto e passou a dormir com ela, mesmo que tentasse a todo custo não pensar em mim.

- Como disse, eu deveria tê-lo jogado fora, mas foram acontecendo tantas coisas que acabei me esquecendo, além de ter uma mulher linda, corajosa, curiosa e muito destemida que ocupa todos os meus pensamentos, fazendo com que eu não precise pensar em absolutamente nada que não tenha mais nenhuma importância para mim. - Sorrio vendo-o fazer o mesmo.

- Então você não se importaria se eu o jogasse fora ou você mesmo prefere fazer isso? - Ele nega com a cabeça e leva minhas mãos aos seus lábios, beijando-as.

- Não. Faça o que quiser com ele, afinal hoje eu entendo que o conteúdo desse celular só reflete a falta de caráter daquela mulher e apenas isso. - Meu sorriso se amplia por sentir que de fato ele não se importa mais, mas tenho outros planos para este celular, porém ele não precisa saber por enquanto.

- Tudo bem! - Beijo rapidamente os seus lábios. - Então vamos dormir? Amanhã teremos que levantar cedo para organizar tudo antes do pessoal chegar. - Ele assente e me levanto da cama, colocando o meu celular para carregar. Corro até o closet e guardo o celular daquela mulher em minha gaveta, mas quando volto para o quarto, acabo encontrando-o completamente nu deitado na cama. - Christian! Eu disse que iremos dormir! - Tento parecer brava, mas a cara safada que ele está fazendo, faz com que eu morda em meu lábio segurando o riso.

- Nós iremos dormir Baby, mas isso não impede que eu sinta o seu corpo no meu durante toda a noite, sem nada nos atrapalhando. - Nego com a cabeça, mas retiro a minha camisola, subindo na cama e aconchegando o meu corpo no seu, cobrindo-nos com o edredom. - Boa noite, Amor! - Levanto a cabeça do seu peito e recebo um selar demorado em meus lábios.

- Boa noite, meu Amor!

Ele apaga as luzes, envolvendo-me melhor em seus braços e por um momento eu fico apenas contemplando a escuridão do nosso quarto, pensando sobre aquele celular e as trocas de mensagens daquela mulher com o seu suposto amante.

O que eu não posso deixar de pensar também, se Christian não possa ter ficado todo esse tempo, apenas se martirizando com as mensagens depreciativas ao seu respeito, deixando alguma coisa importante passar sem que ele tivesse percebido.

Contudo, prefiro não pensar sobre isso por enquanto e sentindo o seu cheiro, que tanto me acalma, ouvindo a sua respiração que vai diminuindo gradativamente até se tranquilizar e as batidas ritmadas do seu coração, eu me permito relaxar e me entregar ao sono.

[...]

- Vocês marcaram que horas com o pessoal? Que demora da porra!

- Caleb, cala essa boca e continue arrumando essas mesas, antes que eu perca o resto da minha paciência e resolva quebrar a sua cara aqui mesmo.

- Paciência? Que paciência, Christian? Que eu saiba você nasceu sem nenhuma. - Ele revira os olhos e bufa, fazendo com que o irmão respire fundo, tentando se controlar. - Por que estamos arrumando essas mesas mesmo? Ah, é claro! Ideia dessa peste que gosta de colocar todo mundo para trabalhar. - Ele me olha de cara feia, mas apenas sorrio da irritação dele, negando com a cabeça.

- Caleb, reclame menos e trabalhe mais. - Richard olha sério para o irmão, aproximando-se com uma travessa de salada de batatas e colocando sobre o aparador.

- Eu estou com fome, cacete!

- Você está sempre com fome, Caleb. - Christian e Richard falam ao mesmo tempo e sem controlar acabo dando risada desses três.

Desde o momento que eu disse que iríamos fazer esse churrasco por nossa conta, onde tentei até mesmo dispensar a Lola - que insistiu em querer ajudar -, fazendo inclusive o preparo dos acompanhamentos e cuidando da churrasqueira, além de organizar todo o espaço Gourmet, Caleb não parou de reclamar um minuto sequer.

Até mesmo o Akira está na cozinha, neste momento, preparando o tarê, que é um molho japonês levemente adocicado, feito com saquê, molho de soja, gergelim torrado e açúcar. E, segundo ele, é muito consumido com o yakiniku, que nada mais é do que carne em finas fatias, que são grelhadas na hora do consumo, em uma chapa individual em cada mesa, o que é mais conhecido como churrasco japonês, além de sushi, sashimi e temaki.

Diferente de Caleb que desde que tomamos o café da manhã - com Grace e Carrick, que logo saíram para irem à casa dos meus pais - tentou fugir de toda "tarefa" que era designada a ele, precisando que os seus irmãos praticamente o arrastassem para a cozinha para que pudesse cortar os tomates e a cebola para o vinagrete, fazendo-me rir das lágrimas que isso o provocou.

E, apesar das reclamações e do drama em excesso, eu percebi que os três estavam se divertindo, junto com o primo, deixando de serem os homens sérios que são - com exceção de Caleb, é claro -, e aproveitando o momento. Claro que não pude deixar de observar o quanto Richard é habilidoso com uma faca na mão, fazendo o corte das carnes, enquanto o Christian é muito meticuloso e perfeccionista em cada ação.

- Você é a culpada por eu estar trabalhando no meu dia de folga, sua peste. - Dou um grito pelo susto que levei, quando ele me pega, jogando-me em seu ombro.

- Coloque-me no chão, seu troglodita! - Dou um tapa em suas costas, quando ele começa a se afastar e sei o motivo depois de ouvir o grunhido irritado de Christian.

- Caleb! Coloque a Anastásia no chão. Agora!

- Não! Essa peste merece uma lição.

Ouço risadas e procuro de onde vem o som, o que me deixa envergonhada, por ver alguns dos nossos amigos, inclusive os que trabalham com o Caleb no Hospital, chegando à área da piscina e me encontrando nessa situação.

- Caleb! Eu vou te matar!

Ele dá risada, enquanto estapeio as suas costas e antes que eu lhe desse uma mordida, como se adivinhasse o que eu iria fazer, ele me endireita nos braços e sem que eu pudesse pensar em dizer alguma coisa, sou arremessada como se fosse uma boneca, fazendo-me dar um grito e cair nos braços de Christian, que me segura firme, como se eu não pesasse nada.

- Que injustiça, Ana! Você sendo disputada por dois e eu sem nenhum. Oh, vida cruel! - Claro que isso seria dito por Pietro e ouço mais risadas, enquanto Christian encara o irmão como se fosse matá-lo, para logo me colocar no chão.

- Essa cópia mal feita não disputa nada com ninguém, Pietro, ele simplesmente toma e fala que é dele. - Caleb fala com um sorriso debochado e Christian dá um passo na direção dele, que corre e vai cumprimentar os nossos amigos, enquanto dá risada.

- Amor, não fica com essa cara, você sabe que Caleb não tem limites e estava apenas brincando. - Acaricio o seu rosto, tentando fazer a sua carranca diminuir.

- Eu sei, mas isso não me impede de dar uma surra nele depois. - Ele sorri de lado e sei que não está de fato irritado com o seu irmão.

- Só não deixe hematomas aparente Christian, a nossa mãe poderá não gostar. - Richard o incentiva, e ele assente como se fosse mesmo fazer isso, beijando os meus cabelos em seguida. - Mas agora vamos cumprimentá-los, que também estou ficando com fome.

E, é isso que fazemos nos próximos minutos, entre apresentações - quando Akira saiu da cozinha - e cumprimentos, até que todos os nossos amigos tivessem chegado, mas não pude deixar de observar que Júlia estava com os pensamentos distantes e Pietro não estava muito bem, principalmente quando olhava para o Oliver, que tentava fugir de seu olhar sempre que se encontravam, deixando-me intrigada e preocupada, sentindo a tensão entre eles.

Conheci alguns amigos do Richard também, apesar de que o Scott esteve presente no almoço de aniversário do meu cunhado. Ele é muito divertido, diferente do seu amigo Ravi Suresh, que parece ser muito sério, além de observador, estando atento a cada um dos presentes, até que conseguiu se enturmar e interagir, deixando qualquer ressalva que tivesse de lado e aproveitando a companhia que estava muito agradável.

Talvez nem todas fossem tão agradáveis assim, pois Richard ficou um pouco incomodado, quando duas mulheres chegaram, Diana Torres, que parecia um pouco envergonhada ao encarar o meu cunhado e Stella Weiss, que praticamente se jogou em cima dele. Confesso que alguma coisa nessa mulher não me agradou muito, deixando-me um pouco desconfortável pela forma que ela me olhava, além de encarar descaradamente os gêmeos.

- Ana, sua bandida! Além de morar com os gostosos em dobro, com aquela muralha de músculos que parece o Super-Homem, ainda tem uma beldade oriental no pacote e não me contou nada? - Impossível não dar risada com os surtos do Pietro, quando chegamos ao quarto de hospedes, para que as meninas pudessem trocar de roupas e colocar biquínis, mas nego com a cabeça.

- Pietro, o Akira chegou pela madrugada de ontem, então eu não poderia ter falado nada ainda com ninguém, além de que eu o conheci apenas a noite, quando cheguei da casa dos meus pais.

- Que genética dessa família não é? Até o primo, que tem traços orientais, assemelha-se ao trio Grey. Vocês viram que perfeição aquele maxilar quadrado? Ah se eu pudesse, morderia todinho. - Ele se abana, jogando-se dramaticamente no recamier, enquanto Eloise revira os olhos, assim que saiu do banheiro.

- Não sei por que você está falando isso, Pietro, pois que eu me lembre, até ontem você estava chorando por causa de um Apolo de cabelos negros e olhos azuis que não sabe o que quer da vida. - Ele fuzila a irmã, mas vejo que eu estava certa quanto ao motivo da tristeza em seu olhar.

- Espera! - Melissa coloca a cabeça para fora do banheiro, de olhos arregalados. - Você gosta do Oliver?

- Gostar não é bem a palavra, pois o meu irmãozinho está completamente apaixonado pelo Oliver.

- Eloise! - Pietro fala horrorizado, como se isso não fosse verdade, mas ela apenas dá de ombros.

- Pietro, mas isso não faz sentido, o Oliver está...

- Prestes a ficar noivo? Eu sei. - Ele interrompe a frase de Melissa e suspira. - Mas infelizmente não mando no meu coração, que não sabe escolher direito para quem vai brilhar, então agora só posso pegar a minha purpurina, que foi derramada, e tentar colocá-la de volta no lugar, então ficará tudo certo novamente. - Sinto o meu coração doer com a resiliência dele, mesmo que quanto a isso eu não possa fazer nada.

- Parece que não temos tanta sorte sobre as escolhas do coração, não é, Pietro? - Júlia, que estava mais calada que o normal se pronuncia com um sorriso triste.

- O que aconteceu, Júlia? - Ela nega com a cabeça e olha discretamente para Pietro e Eloise, fazendo-me entender que o assunto é sobre o Edgar.

- Não aconteceu nada, está tudo bem, Ana. Só estou um pouco cansada. Eu não consegui dormir direito nas duas últimas noites.

- Júlia, eu sei que você não quer falar nada porque Eloise e eu estamos aqui, mas eu sei que o problema é o meu irmão, não é? - Pietro praticamente afirma, fazendo-a arregalar os olhos e Eloise ficar confusa.

- Como assim o nosso irmão? Vocês se reencontraram, Júlia?

- Eu... Desculpem-me, mas eu não quero falar sobre isso, pelo menos não hoje, tudo bem? - Júlia se levanta e sem esperar resposta, entra no banheiro para colocar o maiô que Melissa insistiu que ela trouxesse.

- E, você, Ana? Não vai colocar um biquíni matador para enlouquecer o seu Adônis? - Pietro faz a pergunta, depois de termos ficado um momento em silêncio, mas nego com a cabeça.

- Não, Pietro. Eu não sei nadar e prefiro não me arriscar entrando na piscina, ainda mais sendo funda como eu já percebi que ela é.

- Ah, não! Pelo menos coloca um short e uma blusinha mais ousada, você está parecendo que vai fazer uma reunião com essa calça e camisa de mangas longas, Ana! - Melissa se levanta e pega a minha mão, para eu fazer o mesmo.

- A Melissa tem razão, Ana! Isso aqui é um churrasco na piscina e vamos arrasar fazendo aqueles homens terem paradas cardíacas ou ereções, o que é melhor ainda. - Damos risada, enquanto Pietro se levanta e tira a camiseta, ficando apenas com uma bermuda vermelha, fazendo Melissa se abanar.

- O que é isso, Pietro? Como você esconde esse corpo embaixo dessas roupas? - Ele passa a mão em sua barriga trincada, sensualizando com caras e bocas.

- Pode olhar Melissa! Mas apenas isso, pois esse tanquinho aqui só pode ser tocado por homens gostosos que sabem apreciar um corpo sarado, porque se você me tocar, eu vou brochar antes mesmo de conseguir ter uma ereção. - Damos risada mais uma vez, só que da careta que ele faz no fim de seu discurso e decido ir para o meu quarto para me trocar, mas antes...

- Ah, Pietro! Se você quer mesmo um homem que sabe apreciar um corpo sarado, eu acredito que o Akira poderá estar disposto a fazer isso.

- Não brinca com coisa séria, Ana! Isso é mesmo verdade?! - Ele arregala os olhos e as meninas também me olham com a mesma cara de espanto, até Júlia está confusa, assim que saiu do banheiro e ouviu o que eu disse, mas eu mordo no lábio segurando uma risada e assinto. - Ah, é hoje que eu faço aquele Apolo encubado perceber que Pietro Johnson pode até estar apaixonado, mas se lamentando pelos cantos, chorando que nem um condenado, jamais.

- Mas não era isso que você estava fazendo até ontem, Pietro? - Eloise coloca as mãos na cintura e o encara com um sorrisinho provocador, fazendo-o revirar os olhos.

- Estar eu estava, mas ele não precisa saber disso, não é verdade? - Ele pisca e pega a camiseta, jogando-a em seu ombro. - Esse será um segredinho nosso, que não precisa ser divulgado, mas agora vai trocar essas roupas puritanas, Ana, que temos alguns homens para provocar.

Nego com a cabeça, mas saio do quarto de hóspedes e caminho pelo corredor pensando o que irei vestir, porque biquíni está fora de cogitação, além do mais, não quero provocar nenhum outro homem que não seja o meu.

Ahhhh! Eu voltei 💃🏻💃🏻💃🏻!

E, estava morrendo de saudades de todas vocês, tanto que não resisti esperar até às 20h00, mas espero que ainda tenha alguém esperando por mim e meus bebês. Então faremos um acordo, o que acham?

É bem simples: eu escrevo, posto e vocês leem, comentem e votem. Simples não é 🤭🤭🤭? Já que estamos com esse acordo firmado, oremos para que nada aconteça no meio do caminho e eu precise dar uma fugidinha do Wattpad de novo, mas enquanto isso, tentarei fazer o meu melhor.

Ahhh! Essa semana sairá o novo cronograma para este fim de Ano, então fiquem "ligadinhas" no meu Livro de Avisos, ok 😉😉😉? E, lembrem-se que todos os recados, comunicados, pausas, cronogramas e novos lançamentos, serão adicionados apenas nele.

Agora estou pensando aqui, Akira é maluquinho da cabeça, não é? Conseguiu deixar Caleb Grey sem palavras e até mesmo envergonhado 🤭🤭.

Mas falando em Caleb, esse gêmeo irritante não consegue deixar de irritar o Senhor Gelo, ops, Senhor Ciumento, não é 🙄🙄? Vou mentir não, adoro!

Eita! Que Ana encontrou o celular da Débora! Pensei que Christian iria surtar, mas estou tão orgulha do meu bebê. Como essa criança cresceu, gente 🤧🤧🤧! Mas o que será que a Ana vai fazer com esse celular?

Alguém me responde o que a Stella foi fazer no churrasco e ainda se jogar em cima do Richard 🙄🙄? Ah, sei não viu. Isso não é nada legal, estou sentindo isso.

Quanto a Júlia e o Pietro estarem tristinhos, terei que dar um jeito quanto a isso, pois gosto dos meus bebês amando e sendo amados.

Mas Pietro está certo, se Oliver não quer, tem quem queira, não é mesmo 😏😏😏?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro