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Capítulo - 89

Ouvir Christian e Caleb conversarem sobre a construção das casas já me tirou várias risadas, ainda mais pela facilidade que meu amigo tem de ser idiota e deixar o seu irmão irritado, apesar de eu saber que ele faz isso de propósito, pois sabe que seu gêmeo tem a paciência muito limitada.

Por outro lado, mesmo se irritando facilmente, com as ideias absurdas do Caleb, Christian está tão leve e também feliz por poder passar esse tempo com o seu irmão, além de parecerem dois jovens – o que de fato são –, discutindo sobre algo que haviam prometido um ao outro ainda na adolescência, o que eu sei que ambos sentiram falta dessa cumplicidade que por um tempo se perdeu.

– Christian, você não disse que nós iríamos decidir juntos como seria esses projetos? – Ele assente e Caleb dá um sorriso de lado. – Acho que o seu conceito é diferente do meu, pois está mais para você decide e eu aceito. Ponto final. – Christian respira fundo e seguro uma risada, pois ele é muito literal, em absolutamente tudo.

– Caleb, eu não irei fazer uma passagem secreta, subterrânea, que ligue uma casa na outra, pelo amor de Deus! – Mordo meu lábio e vejo que Caleb está vermelho, segurando para não rir do irmão que está exasperado com as suas sugestões.

– Então a ideia da pista de kart nem pensar?

– Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, não é? – Ele o fuzila com o olhar e Caleb solta à gargalhada que estava segurando e sem conseguir me controlar faço o mesmo, pois Christian ficou mesmo irritado agora, mas vendo a carranca dele, acabo beijando seus lábios, com vários selinhos, fazendo o seu semblante suavizar.

– Amor, o Caleb está esse tempo todo tentando provocá-lo.

– Filho da...

– Olha a boca, Irmãozinho, e não se esqueça de que somos filhos da mesma mãe. – Ele responde ainda sorrindo, mas sem deixar seu tom provocador de lado.

– Não por opção, isso eu posso garantir. – Christian resmunga e se levanta comigo em seus braços, fazendo-me dar um gritinho pelo susto e grudar em seu pescoço.

– Christian! Coloque-me no chão. – Ele sorri de lado e nega com a cabeça, caminhando para entrar na casa.

– Ei, aonde vocês vão? – Caleb se levanta também, acompanhando-nos.

– Aqui fora está frio e você esgotou minha paciência mais vezes do que eu poderia permitir por um dia, Caleb, além de não termos jantado porque você com seus dramas em excesso fez um belo show ao sair da mesa de jantar. – Ele responde sério, mas vejo a sombra de um sorriso em seus lábios, quando ouve seu irmão bufar e resmungar em seguida, mas entra na casa também.

– Você sabe para onde o Richard foi Christian? – Ele questiona assim que chegamos à cozinha e Christian me coloca no chão, encarando o irmão por um momento.

– Não sei exatamente para onde, mas sei que ele foi atrás de respostas para as dúvidas levantadas durante as reuniões dos últimos dias. – Fico em silêncio e abro a geladeira, pegando as travessas para montar os pratos e aquecer.

– Sobre o psicopata que quer vingança por causa da Débora? – Caleb questiona cauteloso, mas antes que Christian fale alguma coisa, somos surpreendidos por uma voz imponente.

– Que história de psicopata é essa? – Carrick entra na cozinha, acompanhado de Grace, que tem os olhos assustados, não deixando margem para que o assunto seja ignorado. – E não tentem dizer que eu ouvi errado, pois não aceitarei nada menos que a verdade. – Seu tom de voz cortante, faz os gêmeos se encolherem no lugar e se entreolharem, como se fossem dois garotinhos pegos fazendo algo errado.

– Pai, eu conto depois que o Richard...

– Não, Christian! Você vai contar isso agora!

Por um momento fico sem saber o que fazer, mas entrego os pratos para os dois e decido por aquecer o meu também e depois de um suspiro e mais uma troca de olhar entre os irmãos, Christian começa a contar a história de forma resumida e mais simples possível.

Apesar de eu perceber que ele filtrou alguns tópicos para poupar os seus pais, percebi também a forma tranquila e serena na qual ele falou sobre o seu passado – o que não atrapalhou nem mesmo que ele jantasse –, enchendo-me de orgulho por saber que, apesar de ser um assunto no qual o deixa preocupado, tendo em vista as ameaças veladas, não o incomoda mais, pelo menos não no que diz respeito àquela mulher.

Grace horrorizada com tudo que ouviu, levantou-se para abraçar o filho, com os olhos marejados, que tratou de tranquilizá-la, dizendo que está tudo bem e que nada acontecerá, pois Richard estava cuidando de tudo. Ela não ficou muito convencida, mas a confiança no filho mais velho, além de saber que ele faria tudo para proteger os seus irmãos, fez com que ela ficasse um pouco mais tranquila, porém não menos preocupada, obviamente.

Carrick, por outro lado, não deixou de chamar a atenção dos filhos e ainda disse que Richard o ouviria por não ter contado nada a eles, sabendo da gravidade da situação, mantendo-os no escuro sobre tudo que envolvia o filho mais novo.

– Pai, o Richard não tem culpa, pois eu que pedi para que ele não falasse nada, porque eu não queria deixá-los preocupados com algo que já está sendo resolvido. – Christian tenta interceder pelo irmão mais velho, mas seu pai nega com a cabeça.

– Mesmo que você tenha pedido Christian, o que seria natural tendo em vista a sua péssima mania de querer resolver tudo sozinho, não pensando nas consequências que isso poderia ter, mas ele como irmão mais velho tem a obrigação de reportar algo tão sério como isso, pois somos os seus pais. – Vejo Christian engolir em seco e desviar o olhar do pai por um momento, fazendo-me a acreditar que essa sua reação tem algo a mais do que apenas essa história do seu passado, mas que envolve o seu irmão. – E você, Caleb? – Ele se assusta com a pergunta do pai, engasgando com a água que estava bebendo.

– O Caleb também não sabia Pai. – Christian responde pelo irmão, que tenta recuperar o fôlego, mas Carrick continua esperando a resposta dele com os braços cruzados.

– Eu... – Ele respira fundo e olha rapidamente para o irmão, antes de responder. – Eu fiquei sabendo sobre isso apenas essa semana, Pai, mas eu não poderia contar algo que não me pertencia, pois o Christian que teria que se sentir confortável para fazê-lo. O que eu poderia fazer era respeitar o tempo que ele julgasse necessário para dizer a vocês e apoiá-lo no que fosse possível que eu fizesse.

– Claro! Por que eu pensaria que seria diferente, não é mesmo? – Carrick fala mal-humorado, passando as mãos em seu rosto, e vejo Grace tapar um sorriso com a mão, deixando claro que os filhos já fizeram muito isso para se defenderem, mas logo retoma a seriedade.

– O pai de vocês tem razão, meus Filhos. Esse assunto é muito sério para que tenha sido omitido de nós. – Os dois assentem, mas não falam nada. – Desde o princípio eu sentia que aquela mulher não era uma boa pessoa, mas nunca imaginei que seria a este ponto. – Ela nega com a cabeça e seus olhos marejam mais uma vez. – Deveríamos ter percebido os sinais e sido mais incisivos com você, Christian, em relação aquele relacionamento. – Agora quem se levanta é ele, dando a volta no balcão para abraçá-la.

– Não faça isso, Mãe! Não tente colocar em vocês a culpa que, se tiver que pertencer a alguém, é justamente a mim. – Ela nega com a cabeça e acaricia o rosto do filho.

– A culpa também não é sua, meu Filho. Você só era ingênuo demais e acreditava estar ouvindo seu coração. – Ele beija a testa dela e me olha com um sorriso tímido, aproximando-se.

– Vamos esquecer isso, pois faz parte do passado e o meu coração está justamente no lugar certo agora. E, mais certo do que algum dia eu poderia imaginar estar em relação aos meus sentimentos. – Grace me olha com um sorriso nos lábios, deixando-me envergonhada, enquanto recebo um beijo em meus cabelos.

– Você está certo, Filho, isso faz parte do passado, mas eu espero que nada mais seja omitido de nós, estamos entendidos? E, isso vale para os dois. – Carrick alterna o olhar entre os gêmeos.

– Sim, Pai. – Eles respondem ao mesmo tempo, mas sinto o coração de Christian acelerar, por eu estar apoiada no peito dele, mantendo-se de pé atrás de mim.

Eles fazem mais algumas perguntas em relação ao Edgar e tudo que aconteceu entre eles, entrando em outros assuntos em seguida e mesmo que isso devesse permanecer no passado, sabemos que ele sempre fará parte do presente, mas sinceramente, eu espero que no futuro, tudo isso que atormentou o meu namorado, não seja nada mais que uma lembrança distante.

(...)

– Não conseguiu falar com o Richard? – Faço a pergunta obvia por vê-lo frustrado, deitado na cama, enquanto encara o celular, mas meus olhos logo desviam de seu rosto para encarar seu abdômen definido.

– Não. Está caindo direto na caixa de mensagem. – Apenas assinto e mordo meu lábio, tendo uma ideia maluca e pervertida, que deixaria o Pietro muito orgulhoso dos meus pensamentos pecaminosos. – Ana? – Volto a encará-lo, encontrando um sorriso lascivo em seus lábios, deixando-me envergonhada por um breve momento, mas logo passa e caminho na direção da cama, subindo nela. – O que você está... – Ele se cala quando puxo o edredom, vendo-o completamente nu.

– O que você estava dizendo, Amor? – Lentamente vou subindo sobre seu corpo, até estar sentada em seu colo, sentindo-o criar vida embaixo de mim.

– Com você sentada, sem calcinha, em cima do meu pau, fica difícil me lembrar de alguma coisa, Baby. – Ele abandona o celular sobre o criado-mudo e começa a subir as mãos por minhas coxas, levantando minha camisola no processo, pegando em minha bunda, apertando-a, fazendo-me movimentar sobre seu membro rígido.

– Christian! – Impossível não gemer com o contato, mas seguro sua mão, quando tenta tocar minha intimidade, deixando-o confuso, mas sorrio. – Hoje você será meu.

– Sou seu desde o dia que me confundiu com o meu irmão.

Seu sorriso provocador e sua voz rouca me faz suspirar, mas mantenho meu propósito firme, entrelaçando minhas mãos nas suas e inclinando meu corpo sobre o seu, aproximando meus lábios dos seus.

– Isso eu não posso negar, porque também fui sua a partir daquele momento. – Mordo seu lábio inferior e sinto seu membro pulsar, mas desvio antes que ele me beije, para a sua orelha, tentando ignorar a sensação gostosa em minha intimidade. – Mas hoje, você será totalmente meu, como você me faz sua. – Mordo o lóbulo de sua orelha e desço uma trilha de beijos por seu pescoço, sentindo-o apertar as minhas mãos, que ainda seguram as suas e ouço o seu gemido quando mordo sua pele.

– Não me provoque Anastásia! – Mordo o seu maxilar e alcanço os seus lábios, soltando uma de suas mãos para segurar em seus cabelos.

– Mas eu ainda nem comecei... Christian! – Sussurro em seus lábios, tomando-o nos meus em seguida.

Sua língua domina a minha, tirando completamente o meu fôlego, mas quando ele volta a segurar a minha cintura e solta a sua outra mão da minha, para segurar em meus cabelos, eu me afasto, ofegante, quente e ansiando por ele, que se senta segurando meu corpo colado ao seu, porém o empurro novamente, para que volte a se deitar.

– Estou morrendo aqui, Anastásia! – Sorrio e deslizo minhas mãos por seu abdômen, provocando-o, sentindo-me corajosa como nunca fui antes.

– Ainda não, meu Amor.

Encaro seus olhos cinza que estão em brasas, observando cada movimento que faço e volto a me aproximar, selando rapidamente os seus lábios, descendo por seu queixo, pescoço e substituo minhas mãos, em seu peitoral e abdômen, por minha boca. Mordendo-o, lambendo-o, chupando-o, sentindo-o tensionar seus músculos, estando em contato com a minha língua e meus dentes.

Sua boca está entreaberta e sua respiração irregular, soltando um gemido arrastado, quando com a minha mão, seguro o seu membro que pulsa deliciosamente. Começo a fazer um movimento de sobe e desce em sua extensão, tão macia, mas também tão rígida com veias sobressaltadas e a cabeça rosada, expelindo uma gota perolada.

– Porra!

Ele joga a cabeça para trás e segura firme nos lençóis da cama, quando timidamente entreabro os lábios, tomando-o em minha boca, sentindo a maciez de sua pele e seu gosto único. Motivada por sua reação e seus gemidos contidos, deslizo minha língua de sua glande até a base, mantendo a minha mão ali, fazendo o processo inverso e começando a chupá-lo, como se fosse o meu sorvete preferido.

Sem me conter, solto um gemido e nunca imaginei que proporcionar prazer ao homem que eu amo fosse tão bom quanto receber. Sinto uma de suas mãos em meus cabelos e seu quadril se movimenta vindo de encontro aos meus lábios, que logo cessa como se estivesse com medo de me machucar, mas continuo me deleitando com o que estou fazendo-o sentir, ouvindo seus gemidos roucos e vendo o seu abdômen contrair, assim como suas coxas musculosas.

– Caralho, Ana! Se você... – Ele é interrompido por seus próprios gemidos, quando continuo chupando-o com mais intensidade e masturbando-o com a minha mão, o que não consigo com minha boca. – Ana... Se você não parar... Porra! – Ele aperta sua mão em meus cabelos mais uma vez, fazendo-me gemer em seu membro. – Eu irei gozar na sua boca, Baby!

Por mais que eu queira ter essa primeira experiência, eu estou muito quente e desejosa para senti-lo dentro de mim. Tiro minha boca dele e vejo-o respirar fundo e me encarar, sentando-se e me puxando para o seu colo, retirando rapidamente a minha camisola e jogando-a para longe.

– Preciso estar dentro de você, Baby!

Ele me segura com um braço e com a outra mão, segura em meu seio esquerdo, para em seguida eu sentir sua boca chupando-o, dando uma mordida leve em meu mamilo, fazendo-me jogar a cabeça para trás e gemer.

Puxo seus cabelos, tirando a sua boca da minha pele, para recebê-la na minha, com avidez e volúpia. Volto a empurrá-lo na cama, sem interromper nosso beijo e apoiada em meus joelhos, seguro o meu peso e levo uma de minhas mãos entre nós, segurando o seu membro que está tão quente como o resto do seu corpo e o posiciono em minha entrada, que está escorregadia e sedente para recebê-lo.

Lentamente vou deslizando por sua extensão, sentindo-o me preencher deliciosamente, fazendo-nos gemer na boca um do outro, enquanto arqueio o corpo por senti-lo tão fundo dentro de mim, obrigando-me a afastar de seus lábios.

– Christian!

Ofegante e suado, ele encara os meus olhos e imersa na luxuria que vejo nos seus, começo a subir e descer em seu membro, sentindo-me sensível ao extremo pela posição que estamos. Christian segura firme em minha cintura, ajudando-me com os movimentos, estocando-me duro e fundo. A cada vez que me penetra e que desço de encontro aos seus movimentos, a sensação fica ainda mais intensa, forte e vibrante.

A eletricidade começa a percorrer por cada célula do meu corpo e sei que ele não está diferente, pois a contração dos músculos do seu abdômen denuncia que seu orgasmo está tão próximo quanto o meu. A minha respiração que já estava acelerada fica ainda mais escassa e em perfeita sincronia, enquanto o meu corpo acompanha o seus impulsos, ele acelera ainda mais os seus movimentos, dando um gemido ainda mais rouco e intenso, explodindo num orgasmo avassalador, arrastando-me na mesma sensação, levando-me ao clímax do meu prazer.

No momento que as ondas de prazer se dissipam, estou ofegante, esgotada e caída em cima do peito dele, fazendo-me sentir sua respiração pesada e suas mãos acariciando minhas costas e meus cabelos. Levanto a cabeça, apoio o queixo em seu peito e sorrio, vendo-o completamente suado e com o rosto vermelho, o que não devo estar diferente, sentindo meus cabelos grudando em minha pele.

– Acho que precisamos de mais um banho.

Ele dá risada e me aperta ainda mais em seus braços, sentindo-o ainda dentro de mim. Mas ele fica sério de repente e acaricia o meu rosto, fazendo-me fechar os olhos por um momento e abri-los novamente, apenas para vê-lo com um sorriso nos lábios e me olhando com devoção.

– Eu amo você, Anastásia!

– Eu também amo você, Christian!

Ele segura em meu queixo, levando-me para beijar os seus lábios, mas acabamos sorrindo pela posição que estamos e por ainda estar dentro de mim. E, eu prometo a mim mesma, que independente do que vier a acontecer, farei de tudo para que o sorriso de seus lábios e o brilho de seus olhos, nunca mais se apague de novo.

(...)

– Bom dia! Seja bem-vinda, Senhorita Steele. – Sorrio envergonhada, assim que a porta da casa dos meus pais é aberta, por uma funcionária que ainda não conheço.

– Bom dia e obrigada... – Fico constrangida por não saber o nome dela, fazendo-a sorrir e fechar a porta.

– Denise, Senhorita.

– Onde estão os meus pais, Denise?

– Eles estão no jardim, o café da manhã será servido no gazebo. – Franzo o cenho por não saber para onde ir, fazendo-a sorrir. – Levarei a Senhorita até eles, acompanhe-me, por favor!

Ela pega a minha bolsa, guardando-a no móvel do Hall de entrada e algo chama a minha atenção, vendo que há várias fotografias minhas – tanto no aparador do hall, quanto no da sala –, em várias fases da minha vida, inclusive da festa dos meus 15 anos. Sinto um aperto no peito por não ter nem uma com eles, mas balanço a cabeça e sorrio, pois oportunidades não faltarão para que possamos tirar varias fotografias juntos.

Acompanho Denise, observando o quanto a casa dos meus pais é linda e grande, mas que além das salas e do escritório do meu pai, eu ainda não conheço nada. Passamos pela grande sala de jantar, onde ela abre uma porta dupla de vidro e consigo ver o jardim e também uma imensa piscina, mas logo à frente consigo visualizar também o gazebo – bem maior do que eu havia imaginado na minha mente –, porém são as pessoas que estão sentadas a mesa ao lado dos meus pais, olhando-me emocionados que faz o meu coração acelerar.

– Filha! Que bom que você chegou! – Minha mãe se levanta com um imenso sorriso, abraçando-me. – Obrigada, Denise! – Ela assente e sai, deixando-nos sozinhos.

– Oi, Mamãe! Papai! – Recebo também o seu abraço e um beijo na testa, antes de ter seus olhos azuis nos meus.

– Pronta para conhecer o restante da sua família, minha Filha? – Eu assinto, mesmo sentindo um friozinho no estômago e minha mãe sorri antes de nos aproximar dos convidados.

– Bom dia!

Cumprimento-os, sentindo-me perdida e muito envergonhada por ver a forma que eles me olham, como se eu fosse uma ilusão. Mas eles se levantam e levo um susto, quando, o que acredito ser a minha avó, toma-me em seus braços, apertando-me.

– Oh, meu Deus! Você é mesmo real? – Sinto meus olhos marejarem pela emoção dela e assinto, mesmo que não seja necessário. – Você não sabe o quanto pedimos a Deus para que esse dia acontecesse, para senti-la assim, em nossos braços, minha Neta. A propósito, eu sou Celina, a sua Avó.

Ela me afasta do abraço para acariciar o meu rosto e vejo o quanto minha mãe se parece com ela, com os cabelos loiros – mesmo sendo possível ver seus cabelos grisalhos –, os olhos verdes e o sorriso doce.

– Ela sabe disso, mulher! Velha desse jeito só poderia ser a avó mesmo! Eu sou o Ettore, mas pode me chamar de Vovô. – Meu avô se aproxima e mesmo sério, vejo a sombra de um sorriso em seus lábios e os seus olhos também estão marejados, abraçando-me em seguida. – Você está muito magrinha, minha Neta, mas depois de passar uma temporada no Rancho, vai ficar mais cheinha. – Dou risada, assim como todos os presentes e vejo que ele é um homem simples e que gosta realmente do campo.

Os seus cabelos grisalhos, levemente cumpridos, sua barba branca e seus olhos verdes sagazes, demonstram o quanto é um homem sábio, além de ter um abraço caloroso e um cheiro gostoso, que sempre imaginei sentir em um avô. E, por um momento me lembro do Padre Lutero, pois o seu abraço era tão gostoso quanto.

– Pai, ela não está magrinha, muito pelo contrário, está muito linda, uma verdadeira Princesa. – Afastamo-nos ouvindo a voz grossa ao nosso lado e vejo o quanto o William se parece com ele, não deixando dúvida nenhuma de que ele seja o pai do meu primo. – Eu sou o Benjamin, o seu Tio.

– Oi, Tio. – Ele sorri da minha timidez e abre os braços, acolhendo-me neles também.

William sem dúvida é uma cópia do pai, com os olhos verdes, os cabelos loiros escuros, o maxilar bem marcado e o olhar intenso. O sorriso torto é idêntico também, demonstrando o quanto são sérios, mas pelo abraço que acabei de receber e por saber a história deles, sei que é igualmente carinhoso, assim como o meu primo.

– William não exagerou em nada ao dizer o quanto você é linda, Anastásia. – Ele me afasta do abraço e sorri para os meus pais. – Mesmo sendo uma cópia sua, Ray, a doçura do olhar é completamente da minha irmã, além de que sua filha herdou toda a beleza que poderia ter em você, Cunhado. – Novamente eles dão risada e olho para o meu pai, que tem um sorriso no rosto. E percebo que eles estão fazendo desse momento mais leve, mesmo que todos estejam emocionados.

– Sinto muito, Benjamin, minha filha é linda, porque é uma mistura perfeita entre minha Esposa e eu.

– Vai sonhando, ela é linda porque tem os genes dos Miller. – Meu pai não fala nada, mas nega com a cabeça, pois de fato eu me pareço muito com ele, mas meu tio olha e sorri para a mulher bonita e que parece ser mais nova que a minha mãe, com os olhos verdes, cabelos longos e um sorriso doce nos lábios. – Anastásia, essa é minha Esposa, Emma Miller.

– Eu fico tão feliz em saber que você está aqui, Anastásia. – Ela me abraça também. – E eu ficaria ainda mais feliz se você me considerasse como uma Tia também. – Eu assinto, e ela me dá um beijo no rosto.

E, antes que eu fale alguma coisa, pois até então apenas absorvi todos esses abraços e novos rostos, assustamo-nos com uma risada infantil, fazendo-nos virar para o lado e ver William entrando com uma Princesinha nos braços. Muito linda, com os cabelos loiros escuros e longos, olhos verdes e sorriso sapeca, que assim que ele a coloca no chão, ela corre na minha direção, parando na minha frente, avaliando-me.

– Oi! Eu sou a Beatriz, tenho oito anos e o Will disse que você também é uma Princesa. Mas você é tão grande. – Sorrio e me abaixo para ficar da altura dela, ouvindo as risadas a nossa volta.

– Oi, Beatriz, eu sou a Ana, mas acho que o William se enganou, porque a Princesa que estou vendo neste Castelo aqui é você. – Ela arregala os olhinhos e encara o William com as mãozinhas na cintura.

– Viu Will! Eu disse que a casa do titio Ray era um Castelo.

– Sim, você disse. – Ele se aproxima e me levanto, recebendo um beijo na minha testa e seu braço passa por meus ombros. – Então eu acho que você e a Ana poderão ser as Princesas desse Castelo, não é? – Ela assente e volta a me olhar.

– Eu deixo você ser uma Princesa também, Ana. O Castelo do titio Ray é bem grandão. – Faço uma reverência para ela, que repete o meu gesto.

– Eu agradeço muito, Princesa Beatriz. – Ela sorri animada e dá pulinhos no lugar.

– Certo, mas o que vocês acham dessas Princesas comerem? – Minha mãe fala chamando nossa atenção e todos assentem.

– Bom dia! Espero não estar atrapalhando.

Todos respondem o seu cumprimento, assim que vemos minha Avó, Alana, entrando, com um sorriso suave em seus lábios e os olhos marejados, olhando para o meu pai, mas assim que seus olhos encontram os meus, vejo-os arregalar minimamente, porém parece que apenas eu percebi.

– Mãe! – Meu pai se aproxima, e ela lhe dá um abraço apertado, bem diferente da última vez que a vi. – Está tudo bem?

– Está sim, meu Filho, eu apenas estava com saudade. Foram longos dias longe de casa.

Ela acaricia o rosto do filho rapidamente, mas logo recolhe sua mão, enlaçando o braço no dele, aproximando-se, enquanto mantém seus olhos fixos nos meus, mas diferente de antes, não me olha com frieza e desconfiança, mas há algo a mais que não consigo identificar ainda.

– Mãe, eu quero apresentar a Anastásia, que depois da confirmação do Exame de DNA, agora é oficialmente a nossa filha.

– Como vai, minha Neta? – Ela me abraça também e acaricia o meu rosto. – Não seria preciso nem mesmo um Exame de DNA, meu Filho, para saber que ela é sua filha. É praticamente uma cópia sua. – Meu pai franze o cenho, mas assente, fazendo uma troca de olhar com a minha mãe, que apenas dá de ombros. – Você, assim como o seu pai, tem o mesmo olhar do meu Lorenzo. – Ela fala com tanta saudade e novamente vejo seus olhos marejarem, fazendo-me sentir um aperto no coração, pois pela forma que meu pai já falou dele, meu avô era um homem incrível.

– Mãe, a Senhora está mesmo bem? – Meu pai questiona se aproximando dela, que assente.

– Sim, meu Filho, eu estou ótima. Melhor agora que estou em casa. Apesar de que eu preciso... – Ela se interrompe olhando por cima do meu ombro e vejo seu semblante nublar por um momento. Sigo o seu olhar, vendo uma mulher de roupas escuras e semblante fechado, encarando-nos. – Desculpem-me, precisarei ver o que trouxe Eveline até aqui, passei rapidamente para dar um beijo em você, Filho, o que foi ótimo, pois assim eu pude ver também a minha Neta.

– Algum problema, Mãe? – Meu pai pergunta encarando seriamente a mulher que chegou, mas minha Avó faz um gesto desdenhoso com a mão.

– Problema nenhum, meu Querido. Não se preocupe. – Ela se despede rapidamente da família da minha mãe e depois de se despedir mais uma vez do meu pai, caminha na direção da mulher que a aguarda.

– É... Bom, vamos tomar o café da manhã? – Minha mãe quebra o clima estranho que ficou por um momento e meu pai suspira, assentindo.

– Você não achou a Alana estranha? – William fala baixinho, apenas para que eu possa ouvir, mas dou de ombros, quando todos caminharam novamente para a mesa, ocupando seus lugares.

– Sinceramente, as duas últimas vezes que a vi, não foram tão agradáveis. – Respondo no mesmo tom. – Mas hoje realmente ela estava diferente.

Ele assente e minha mãe nos chama para que pudéssemos nos sentar e assim começamos a tomar o café da manhã, onde pude conhecer um pouco mais da minha família materna e posso dizer que estou me sentindo muito feliz por saber que eu tenho uma família tão grande como essa.

(...)

– Carla, a sua visita chegou e está na sala. – Minha mãe sorri após ouvir as palavras da Margarida e se levanta, olhando rapidamente para o meu pai que assente.

Depois do café da manhã, resolvemos ficar no jardim, aproveitando o tempinho gostoso que está hoje e pude conhecer mais sobre a juventude da minha mãe e do meu tio. A sabedoria do meu Avô e a calma que a minha Avó tem com ele, pois segundo ela, se não fosse por mim, ele já teria voltado para Kansas, pois prefere o cheiro de mato, o barulho das vacas nos pastos a ter que ficar na poluição de Seattle.

Conheci um pouco mais da Emma, a esposa do meu tio, e fiquei sabendo o quanto ela lutou para conseguir ficar com ele, o que acredita que se não tivesse engravidado, não estariam juntos por ele ser tão cabeça-dura. William riu muito por ver o pai envergonhado e vejo que para ele, o fato de não ter sido criado com a mãe biológica, não o deixou uma pessoa amargurada, além de ele gostar da madrasta e ela dele.

– Filha, eu acho que essa visita é para você, poderia ir até a sala, por favor? – Franzo o cenho, mas assinto, levantando-me e caminhando na direção da casa.

O Christian eu tenho certeza que não é, pois ele passaria o dia com o Caleb e iriam ligar para os nossos amigos sobre o churrasco de amanhã. O que faz com que eu me lembre de que tenho que ligar para Melissa e a Júlia mais tarde, como falar também com o William sobre isso.

– Oi, Borboletinha! – Estaco no lugar por um momento, mas abro um imenso sorriso e corro para os braços abertos que me aguardam.

– Tia Ângela! – Ela me aperta em seus braços e não acredito que ela esteja mesmo aqui.

– Que saudade eu estava de você, meu Amor.

– Eu também estava com muita saudade, Tia. – Ela me afasta, avaliando-me e acaricia o meu rosto.

– Eu serei mais presente, Borboletinha, mas o Matteo estava com problemas com o meio-irmão dele e eu não poderia deixar a Rute, quando o filho não tinha a mínima condição de se dedicar a ela. – Eu nego com a cabeça e a abraço novamente.

– Eu sei Tia! E, está tudo bem, o importante é que a Senhora está aqui agora. – Sinto o movimento que ela faz ao assentir e novamente nos afastamos. – E, falando em Matteo, como vocês estão? A Senhora se rendeu ao charme do seu Príncipe Encantado?

– Ora, Menina! Deixe de falar essas coisas. – Dou risada das suas bochechas coradas, mas ela sorri tímida. – Mas posso dizer que estamos nos conhecendo melhor.

– Eu sabia! E, fico muito feliz que a Senhora está se dando uma chance de amar novamente.

– Não é tão fácil assim, Ana. Ainda mais por você saber o quanto a Thaís é apegada a memória do pai. – Eu assinto e suspiro, mas ela nega com a cabeça, talvez não tentando pensar na rebeldia da filha nesse momento e volta a sorrir.

– Onde está o Christian? E, os seus pais? – Volto a sorrir e pego em sua mão.

– O Christian está em casa, iria passar o dia com o Caleb, agora os meus pais estão no jardim.

– Confesso que fiquei um pouco receosa quando a Carla me ligou, convidando-me para almoçar com vocês, mas o Raymond disse que fazia questão, pois ele queria que a família da filha estivesse reunida. – Fico confusa por um momento, pois nem sabia que eles haviam trocado número de telefones, mas fico feliz por isso.

– Então vamos até o jardim, Tia, pois a Senhora hoje irá conhecer um pouco mais da minha família biológica. – Ela me avalia por um momento, dando-me um sorriso genuíno.

– Você está feliz, não é, Borboletinha? – Eu assinto, pois ter uma família grande é tudo que eu sempre quis.

– Sim, Tia! Ainda mais com a Senhora aqui, eu não poderia estar mais feliz como agora. – Faltou apenas o Christian e sua família para estar tudo perfeito, completo em pensamento, mas a levo para o jardim, segurando em sua mão.

Os meus pais vêm nos receber e cumprimentá-la e logo as apresentações estão sendo feitas e eu não consigo evitar o sorriso, pois por um tempo eu cheguei a duvidar que um dia eu chegasse a conhecer os meus pais biológicos. E, agora, vendo-os junto com a minha mãe de coração, meus avós, tios e primos, posso considerar que está bem melhor do que o sonho que um dia eu idealizei.

É, Christian! Nadou, nadou e o tubarão te pegou 🤭🤭! Achou que fugiria de conversar com os seus pais tão fácil assim? SQÑ 🤭🤭!

Esses irmãos se defendem mesmo, não é 🤭🤭? Não tem jeito! Mas pelo menos nada mais (ou quase nada, não é Christian? 😏😏) é um segredo para a família 😏😏!

E, minha nossa Senhora do chuveiro elétrico, dai-me resistência para aguentar o fogo do Senhor Brasa e da Senhorita Brasinha 🔥🔥!

Ah! Estou soft com a Ana conhecendo o restante da família 🤧🤧! Mas e a Alana? Será que aconteceu alguma coisa nessa viagem para ela estar tão diferente 😏😏?

Tia Ângela, eu estava com saudades de você! Ainda bem que resolveu deixar seu Príncipe Matteo um pouquinho e nos agraciar com a sua presença.

Ps.: Desculpem-me ter esquecido do capítulo, mas estou a dois dias com uma crise infernal de enxaqueca e acabei dormindo depois de ter bebido meu remédio, mas espero que gostem do capítulo! Volto na sexta com o Senhor Brasa, mas até domingo trarei também mais um pouquinho do Edgar e da Júlia no Spin-off, Destinos Entrelaçados.

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