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Capítulo - 88

Os dias têm passado tão rápido, que nem acredito que tanta coisa aconteceu. Primeiro, a confusão com aqueles envelopes que quase fizeram com que o Christian perdesse a sanidade, mas também serviu para que ele esclarecesse as divergências do passado com o Edgar. Depois, o meu pai querendo que eu fosse para outro País - como se eu fosse uma criancinha de 5 anos que iria sem questionar -, por causa de um possível psicopata em busca de vingança por uma conta que nunca deveria ser cobrada, além de ter entrado em conflito com o meu namorado - e mais uma vez, acharam que eu não tinha poder de decisão em absolutamente nada -, mas que no fim tudo foi resolvido.

Richard resolveu fazer uma viagem, saindo pela madrugada, no início dessa semana, sem dizer nada a ninguém, mas eu acredito que Christian tenha uma ideia para onde o seu irmão foi, pois com a troca de olhar que aconteceu entre eles, quando meu pai mencionou o Capitão de Polícia e o amigo do meu avô, ficou evidente que saibam ou no mínimo desconfiam de algo, mas da mesma forma que Christian entendeu que não deveria fazer perguntas sobre aquilo e naquele momento, não seria eu quem faria.

No entanto, não vou ficar pensando sobre tudo isso, ou na sabotagem do projeto da plataforma do meu pai, no Estaleiro do México, ou nada que seja referente ao passado, ou até mesmo que eu esteja disposta a não me esconder para esses loucos aparecerem, pois pretendo continuar com a minha vida, como disse que faria. E, isso faz com que eu me lembre da conversa que tive com William, na Universidade, pois desde aquela confusão na Boate, que ele não ficava conosco nos intervalos e com isso Eloise ficava ainda mais triste pela distância que só aumentava entre eles.

- Oi, William! - Cumprimentei assim que o encontrei, depois de tê-lo procurado quase pela Universidade toda, sentado embaixo de uma árvore.

- Oi, Ana. - Ele sorriu de lado, mesmo eu vendo que também estava triste, e me sentei na grama, ao seu lado.

- Senti a sua falta esses dias. - Ele suspirou e assentiu, baixando a cabeça, mas não disse nada. - A Eloise também. - Ele voltou a me encarar, o que me fez segurar um sorriso.

- Ela falou alguma coisa? - Seu tom ansioso me fez sorrir.

- Nada demais, só o quanto você é cabeça-dura e orgulhoso.

- Como se ela também não fosse. - Ele falou duramente, o que me fez suspirar.

- William, eu sei que esse é um problema de vocês e que eu não deveria me intrometer, mas a partir do momento que a causa da briga de vocês tenha sido eu, devido ao que aconteceu entre o meu namorado e o irmão dela, vejo-me na obrigação de fazê-los entender que não devem discutir por causa de outras pessoas. - Ele me olhou incrédulo, como se eu fosse uma tola.

- Você é minha prima, Ana! E, eu jamais iria permitir que o irmão dela fosse um idiota com você, sem que eu fizesse ou falasse nada. - Ele negou com a cabeça. - Se o Caleb não tivesse socado o Edgar, eu mesmo teria feito. - Suspirei e peguei em sua mão.

- As atitudes do Edgar não foram as mais honráveis, mas... De certa forma ele acreditava ter razão em determinadas coisas, quando na verdade sempre esteve errado, pois ele foi manipulado a nutrir sentimentos negativos em relação ao meu namorado. - Ele me encarou confuso, mas eu neguei com a cabeça, pois não contaria algo que não cabia a mim para contar. - Aconteceu o mesmo com o Christian, por isso os dois agiram daquela forma, mas está tudo bem agora, William, por essa razão não vejo o porquê você e Eloise permanecerem brigados, quando nenhum dos dois tem a ver com a história deles.

- Isso é complicado, Ana!

- Claro que é! Principalmente quando vocês complicam, impondo uma distância desnecessária entre os dois. Machucando-se quando claramente estão sofrendo, justamente por se amarem e não admitirem que estivessem errados em tomar partido de uma situação, quando nem mesmo sabiam os motivos para fazerem tal coisa.

- E, o que você espera que eu faça? Que eu esqueça o que o Edgar disse sobre você e que a Eloise entrou em defesa do irmão, quando era nítido que ele estava errado?

- Sim, William! É exatamente isso que eu espero que você faça! - Ele arregalou os olhos pelo meu tom de voz, fazendo-me suspirar. - Se eu, que fui o alvo das provocações do Edgar contra o Christian, o perdoei, por que você não poderia fazer o mesmo com a sua namorada? Que fez o que achou correto, afinal, o Edgar é o irmão mais velho dela, o que é natural que ela tentasse defendê-lo, da mesma forma que você tentou me defender, por ser a sua prima.

- Você perdoou o Edgar?

- Sim! Eu não teria motivos para não fazê-lo, quando eu sei que Edgar também foi uma vítima em tudo que cercava ele e o Christian. - Ele ficou me olhando por um momento, mas deu um sorriso de lado e levou minha mão aos seus lábios.

- Você tem o coração mole igual à tia Carla, mas é tão determinada e boa em argumentação quanto o tio Ray. - Dei risada e deitei a cabeça em seu ombro.

- Sou filha deles, então seria justo que eu tivesse um pouquinho dos dois. - Ele deu risada e beijou o topo da minha cabeça.

- Você está certa, Ana! Irei conversar com a Eloise, até porque essa distância está acabando comigo.

E, assim ele fez, chamando-a para conversar logo depois que as aulas encerraram, fazendo as pazes. Por outro lado tem o Pietro, mas neste caso, nada podemos fazer para ajudá-lo, ainda mais quando contei a ele - por não aguentar mais vê-lo tão triste, depois de saber o que aconteceu entre ele e Oliver, no dia do aniversário dos gêmeos, naquela Boate -, que o seu Apolo estaria prestes a se comprometer com uma mulher.

Detesto ser portadora de notícias desagradáveis, ainda mais por entendê-lo, pois se eu me apaixonei trocando apenas algumas palavras e vendo o Christian apenas algumas vezes, imagine ele, que por um momento teve a reciprocidade na troca de carinho - para não dizer algo a mais também -, para em seguida ouvir que foi um erro e ainda saber que o homem, que começou a ter fortes sentimentos, estivesse tentando se comprometer com uma mulher, apenas para fugir e continuar negando a si mesmo sobre a sua sexualidade?

Suspiro por pensar nisso, porque que eu seja uma sonhadora que sempre acreditou em Contos de Fadas, com finais felizes, é claro, todo mundo já sabe. Até porque, mesmo com todos os problemas que surgem em nosso caminho, eu esteja vivendo o meu conto de fadas com o meu Príncipe, por essa razão eu desejo muito que as pessoas que são importantes para mim, também vivam e sintam o que eu estou sentindo, mas nem sempre é tão fácil quanto parece ser.

Por isso focarei no mundo real e na reabertura da Loja na próxima segunda, o que confesso estar me deixando muito ansiosa. O que me faz lembrar de que a Equipe está praticamente completa, faltando apenas conversar com Eloise e Pietro, sobre a minha ideia quanto ao Ateliê, mas que devido aos problemas que aconteceram, deixei para fazer isso depois, até porque ainda não foi resolvido nada quanto ao imóvel nos fundos da GRS.

- Ana?

Assusto-me com Belinda entrando na minha sala - que sempre estará com a porta aberta para os colaboradores da GRS -, que nem percebi que estava perdida em pensamentos, mas acabo sorrindo.

- Oi, Belinda!

- A sua sala e a nova recepção ficaram prontas.

- Ótimo! Eu não aguentava mais o Christian ficar reclamando que estavam demorando em concluir aquela sala. - Faço careta e Belinda sorri, mas fico confusa com algo. - Mas pensando bem, eu nunca entendi o porquê da Vanessa ter optado em ficar com uma sala quase de frente para o elevador e a sua mesa ficar tão espremida naquele cantinho.

- Quando eu comecei a trabalhar para ela, a antiga Secretária disse que aqui era aberto, mas que havia sido feito uma parede provisória, porque não sei se você sabe, atrás dessa parede tem um corredor que liga ao imóvel do fundo. - Franzo o cenho, pois eu não sabia disso.

- Isso é ótimo, Belinda! Essa notícia não poderia ter vindo em momento mais oportuno, ainda mais com os planos que eu tenho para o Ateliê. - Belinda sorri com a minha animação, mas o telefone da recepção começa a tocar, fazendo-a sair para atender, mas volta logo em seguida com o cenho franzido. - Algum problema, Belinda?

- A Luma está na linha avisando que há um cliente querendo falar com a Vanessa, mas como a Bruxa não é mais a proprietária, ele pediu para falar com a responsável.

- Mas a Luma não disse que reabriremos apenas na segunda-feira?

- Sim, ela disse, mas ele insiste. - Suspiro e vejo que é quase hora do almoço, mas acabo assentindo.

- Tudo bem, pode pedir para que ele suba.

Ela assente e suspiro, dando uma organizada na mesa e, apesar da sala não estar em condições de receber visitas, não tenho muita opção. Mas também não faço ideia de quem possa ser esse cliente, no entanto não posso fazer nada, apenas suspirar mais uma vez, quando ouço o barulho do elevador chegando ao nosso andar.

- Com licença, Senhorita Steele. - Reprimo a vontade de fazer uma careta para Belinda, por me chamar formalmente, mas levanto e sorrio, vendo que o cliente era meu.

- Não acredito que a responsável por essa Empresa agora seja você. - Aceito a mão do Senhor Rice, melhor dizendo, Otelo, pois ele não gosta que o chame de Senhor.

- Pois é Otelo, nem eu mesma ainda estou acreditando nisso. - Ele beija o dorso da minha mão, tão galanteador como sempre, e se vira para o seu acompanhante.

- Lúcio, esta é a Anastásia, a mocinha sempre gentil que eu lhe falei. - Aceito o cumprimento do homem elegante, porém muito sério, a minha frente, vendo a forma curiosa que ele me avalia. - Anastásia, este é um grande amigo, Lúcio Grives, ele passará alguns dias em Seattle e estou levando-o a lugares que ele não pode ir embora antes de conhecer.

- É um prazer conhecê-lo, Senhor Grives. - Ele sorri de lado e nega com a cabeça.

- Por favor, Anastásia, apenas Lúcio, sendo chamado de Senhor por uma jovem tão elegante e bonita quanto você, só me faz perceber que estou ficando velho. - Sorrio tímida pelo elogio, mas assinto e indico as cadeiras a minha frente, para que possam se sentar.

- Eu fico muito feliz que tenha sido promovida, Anastásia, mas o que será de mim, sem a minha Vendedora favorita, que sempre me atende com um sorriso no rosto e tão bem? - Nego com a cabeça e dou risada da sua falsa cara de chateação.

Otelo é um homem de 59 anos, cabelos grisalhos, olhos castanhos esverdeados e sempre foi muito engraçado. E, de todos os clientes que Vanessa empurrava para que eu pudesse atender, ele sempre foi o mais gentil, além de não ficar tentando dar em cima de mim e ser sempre decidido nas suas escolhas.

- Não se preocupe Otelo, eu tenho certeza que você gostará de qualquer uma das meninas que lhe atender.

- Se você me prometer que não colocará a Andrea para me atender, ficarei satisfeito com a sua escolha. - Apenas assinto por não querer falar sobre o motivo dele não querê-la, mas acabo dando um sorriso, vendo a careta dele. - Bom, o Lúcio queria fazer o pedido de alguns ternos, mas como a Loja não está aberta para clientes, nós poderemos voltar depois. - Nego com a cabeça.

- Se vocês não se importarem com a movimentação da organização da Loja, não vejo problema nenhum em pedir para que uma das meninas possa atendê-los.

- Não queremos interromper o seu cronograma, Anastásia. - Lúcio que estava apenas me observando, pronuncia-se. - Como disse o Otelo, estarei por alguns dias na Cidade, posso muito bem retornar depois que a Loja for reaberta, além do mais, Tacoma não fica tão longe de Seattle e, eu sempre poderei voltar.

Diferente do Otelo que está sempre sorrindo, posso ver que Lúcio Grives é muito sério, além de carregar uma tristeza, mesclada a algo a mais em seus olhos castanhos. Aparentemente, ele tem a mesma faixa etária que seu amigo, com os cabelos grisalhos, assim como a sua barba, mas a forma que ele mantém seu olhar misterioso em mim, deixa-me um pouco intrigada, o que não chega a ser incômodo. Ou talvez, ele apenas esteja se perguntando, como uma menina como eu, possa ser responsável por uma Empresa como a GRS, o que é bem provável que este seja o seu pensamento.

- Lúcio tem razão, Anastásia. E você acha que eu perderia a oportunidade de poder apreciar, nem que seja por alguns minutos, da sua agradável companhia numa segunda visita? De jeito nenhum! Voltaremos depois. - Eles se levantam, abotoando os ternos, e eu faço o mesmo.

- Peço desculpas pelo inconveniente de virem aqui e não serem atendidos, mas foi tão repentina a mudança de gestão, que acredito que não conseguiram avisar a todos os clientes.

- Não se preocupe com isso, Anastásia! Mas, quem é a nova Proprietária? É conhecida no ramo da Moda? - Sorrio de lado e nego com a cabeça.

- Na verdade é Proprietário, mas não é conhecido. - Eles assentem e não aprofundo no assunto. - Mas posso garantir que a mudança ocorrerá apenas na gestão, quanto ao atendimento, faremos até mesmo o impossível para manter a excelência de antes. - Otelo pega a minha mão, colocando entre as suas, deixando-me envergonhada.

- Quanto a isso não tenho dúvidas, ainda mais com você, que é sempre tão gentil no comando dessa Equipe.

- Obrigada, Otelo! Mas sem uma boa equipe, eu não serei capaz de gerenciar absolutamente nada.

- Você está certa, Anastásia, mas... Agora deixaremos que você volte ao seu trabalho. Na próxima semana voltaremos. - Ele solta a minha mão e aceito o cumprimento de Lúcio.

- Foi um prazer conhecê-la, Anastásia!

- Eu digo o mesmo, e estarei aguardando-os, assim que a Loja for aberta.

- Com toda certeza voltaremos. - Lúcio responde e Otelo concorda, despedindo-se mais uma vez e saindo da minha sala.

(...)

- Oi, Baby! - Sorrio e me jogo em seus braços, beijando os seus lábios, pois eu estava morrendo de saudades.

- Oi, Amor! - Afasto-me e vejo o seu sorriso tímido, fazendo o meu se ampliar, mas fico envergonhada por ver o Taylor ao seu lado, olhando para qualquer lugar menos nós dois. - Oi, Taylor!

- Boa noite, Senhorita Steele! - Reviro os olhos, pois ele nunca vai deixar de me chamar de "Senhorita Steele", mas entro no carro, assim que a porta é aberta, e Christian faz o mesmo.

- Sabe o que eu estava pensando? - Ele nega com a cabeça e pega a minha mão, entrelaçando os nossos dedos. - Sobre o churrasco que você disse a alguns dias, que faríamos em casa. - Ele assente e Taylor assume a direção, colocando o carro em movimento. - Será que conseguimos fazer no domingo? Seria bom, ainda mais depois da tensão dos últimos dias, além de podermos reunir o pessoal.

- Seria uma boa ideia, mas... Você quer apenas reuni-los mesmo? - Ele estreita os olhos para mim, e acabo dando risada.

- Eu quero apenas que todos possam ser amigos e naquele dia na Boate, eles se deram tão bem. - Dou de ombros e ele nega com a cabeça, dando um beijo na minha mão.

- Desde que eu possa passar um tempo sozinho com você, não vejo problema em fazermos no domingo.

- Falando em tempo, amanhã passarei o dia com os meus pais. - Ele fica sério, mas acaba assentindo. - Parece que minha avó retornou de viagem e meu pai quer "apresentar" oficialmente a neta para ela. - Faço careta, pois acho isso desnecessário, mas se eles querem, não tirarei isso deles, e acabo me lembrando de uma curiosidade que eu tenho. - O Caleb uma vez me disse que vocês têm Avós, mas que não tem muito contato com eles. - Ele assente e suspira.

- Sim, temos avós maternos, mas nos vemos poucas vezes, tendo em vista que eles nunca aceitaram muito a relação dos meus pais, pois parece que eles tinham outros planos para a minha mãe. - Franzo o cenho, pois Grace e Carrick se amam tanto.

- Não me diga que seus avós são adeptos a casamento arranjados?

- Não, mas os meus avós nunca aceitaram que minha mãe tivesse se envolvido com o meu pai tão jovem e ainda tivesse engravidado do Richard aos 19 anos. Eles queriam que ela se formasse e voltasse para Atlanta. - Eu apenas assinto, para que ele possa continuar. - Pelo o que meu pai nos contou, depois que eles se casaram, os meus avós "deserdaram" a minha mãe, o que não deu muita importância, mesmo que tivesse ficado magoada com a atitude dos seus pais, justamente por não perceberem o quanto ela estava feliz com o marido e com o bebê que estava a caminho.

- Nossa! Eu não imaginava que esse fosse o motivo. - Ele assente e continua.

- Mas então, três anos depois ela engravidou de mim e Caleb, fazendo-os perceber que o relacionamento deles não iria acabar apenas porque queriam e que ela jamais voltaria para Atlanta, então acabaram tendo que aceitar, mas a relação entre eles não é muito boa e consequentemente a minha e dos meus irmãos com os nossos avós, também não seja.

- Sua mãe é filha única, assim como o seu pai?

- Não. Ela tem um irmão mais velho, mas que nunca se deu muito bem com os pais também. Atualmente está morando no Japão com a mulher e os dois filhos, mas faz uns 10 anos que não os vemos.

- Sua mãe deve sentir muito a falta do irmão dela, não é?

- Eu acredito que sim, Baby, porque o tempo que fiquei afastado dos meus irmãos, por ignorância e estupidez, foi péssimo. - Ele fala com amargura, e eu sei que isso sempre será algo que causará arrependimentos nele.

- Isso é tão triste, pois o relacionamento dos seus pais é tão bonito, que não imagino alguém indo contra. - Nego com a cabeça e suspiro, apoiando-me em seu ombro. - Não consigo imaginar o que a sua mãe deve ter sentindo, pois se os meus pais fossem contra o nosso relacionamento, nem sei como seria. - Ele dá um beijo em meus cabelos e acaricia o dorso da minha mão com o polegar.

- Se os seus pais fossem contra o nosso relacionamento, eu roubaria você para mim, exatamente como o meu pai fez com a minha mãe. - Dou risada, mas não duvido de suas palavras.

Mas mudamos de assunto, falando sobre a minha descoberta quanto ao imóvel nos fundos da GRS, além da minha ansiedade para a reabertura da Loja na segunda-feira. Voltamos a falar sobre o churrasco que pretendemos fazer, seguindo assim até chegarmos a nossa casa.

(...)

- Quem são vocês? - Franzo o cenho com a pergunta séria de Caleb, assim que descemos as escadas para o jantar, mas logo o vejo sorrindo.

- Palhaço! Você que virou turista em casa. - Ele dá um sorriso debochado e me puxa para um abraço, tirando-me do chão, fazendo com que Christian resmungue algo, até que ele me solte.

- Não tenho culpa se estou sendo explorado naquele Hospital. Como filho dos donos eu deveria ter uma carga horária menor. Isso é muito injusto.

- Como que é, Caleb Grey? - Grace entra na sala e coloca as mãos na cintura, encarando-o seriamente, fazendo-o arregalar os olhos, e Christian dá uma risada abafada.

- Nada, Mamãe! Eu estou dizendo que como o filho dos donos, eu tenho que ter uma carga horária ampliada, para dar o exemplo. - Seguro a risada, pela cara de pau dele e Grace sorri.

- Ouviu isso, Carrick? - Viramo-nos para o corredor que leva ao Escritório, e vemos Carrick encostado na parede com os braços cruzados, com um sorriso de lado.

- Ouvi sim, Grace! E, essa é uma ótima ideia. - Ele desencosta da parede e se aproxima dela, fazendo Caleb engolir em seco. - Acho que vou pedir para mudarem a escala dele, colocando-o para fazer plantão de 24 horas, duas vezes por semana, pois ele realmente precisa dar o exemplo para os jovens Médicos que foram contratados. - Ele arregala os olhos e nega com a cabeça.

- Não! A minha escala está ótima, Pai! É... Vamos comer? Estou morrendo de fome.

Ele sai em disparada, sentando-se a mesa e sem conseguir controlar, acabo dando risada do desespero dele, mas nos sentamos também e começamos a nos servir, até que Carrick olha para Christian.

- Eu conversei com o Arquiteto que veio ver o seu terreno, Filho! Gostei muito dele, apesar de jovem, parece ser um bom profissional. - Christian limpa a boca com o guardanapo e assente.

- Sim, o Senhor talvez não esteja se lembrando, Pai, mas é o Heitor Salazar. Estudamos na mesma época na Universidade, além de ser o filho do Senador de New York.

- Por isso ele não me era estranho, mas gostei muito do profissionalismo dele, além de ter antecipado o processo e trazer um Engenheiro junto, assim os dois podem ficar sempre em sintonia e não acontecer nenhuma divergência posterior.

- Espera! Arquiteto? Engenheiro? Você vai se mudar Christian? - Encaramos Caleb, que faz as perguntas com o cenho franzido. - E, quando estava pensando em me contar isso?

- Caleb, não é algo que acontecerá amanhã, mas uma hora ou outra isso iria acontecer. - Christian é cauteloso com as palavras, sabendo que isso seria algo que mexeria com o seu gêmeo. - Além do mais, só pedi para Heitor verificar o terreno, mas não há nada definido ainda. - Caleb empurra o seu prato e encara o irmão sem o seu humor de sempre.

- Não há nada definido? Se você mandou alguém vir aqui, verificar o seu terreno e ainda trazer um Engenheiro junto, é claro que você já tem a ideia fixa de se mudar, então não minta para mim, Christian.

- Caleb, eu não...

- Quer saber, eu sempre me esqueço do quanto você é egoísta, então para quê falar alguma coisa, não é mesmo? - Ele se levanta e sai da mesa, indo para a cozinha pisando duro e Christian suspira, fazendo menção de se levantar, mas seguro o seu braço.

- Termine o seu jantar, Amor, deixe-me conversar com ele. - Ele assente e peço licença, saindo da mesa, indo na mesma direção que ele foi e acabo o encontrando numa espreguiçadeira no deck da piscina. - Caleb!

- Agora não, Ana! - Suspiro e puxo a outra espreguiçadeira, sentando-me ao seu lado, mas ficamos em silêncio por um longo tempo, esperando o momento que ele quiser começar a falar. - Por que o Christian é assim?

- Assim como? O que ele fez de errado dessa vez? - Ele bufa e sei que revirou os olhos.

- Ele com essa mania de sempre tomar decisões sozinho, não conversa com ninguém.

- Caleb, quando chegar o momento de nos mudarmos, nós não estaremos saindo de fato daqui, pois estaremos apenas a alguns metros da casa dos seus pais. E, eu sei que você não está bravo exatamente por isso, pois à distância é mínima. Qual é o problema exatamente? Sou eu? É por que ele está pensando em sair da casa dos seus pais para morar comigo? - Eu sei que esse não é o problema, mas pelo menos ele vai falar o que o incomoda.

- Claro que não, Ana! Eu fico feliz que o meu irmão tenha conseguido superar tudo o que aconteceu, a ponto de retomar querer ter uma vida com alguém de novo, principalmente se for com você, mas a questão é que... Ele nem mesmo se lembra da promessa que fizemos um ao outro. Egoísta do caralho!

- É claro que eu lembro, Caleb. - Olhamos para o lado e vemos Christian se aproximando, fazendo-me levantar para deixá-los sozinhos, mas ele segura a minha mão. - Pode ficar Baby, a não ser que seja um problema para o Caleb?

- Claro que não! No momento eu prefiro conversar com ela e não com você.

Ele fala mal-humorado e mordo no lábio para não rir, pois ele está muito parecido com o irmão nesse momento, mas Christian assente e se senta onde eu estava e me coloca entre suas pernas, suspirando, antes de começar a falar.

- Caleb, eu tenho 26 anos, uma namorada e ainda estou na casa dos meus pais, por mais que eu os ame muito, de certa forma não tenho a liberdade que eu preciso e, se formos pensar bem, somos três homens, que agem como adolescentes vivendo ainda na casa dos pais, quando já deveríamos cada um ter o seu espaço pessoal.

- Mas foi o que eles pediram Christian, que só saíssemos de casa quando fossemos formar a nossa família, pois a casa é enorme e eles querem passar cada minuto possível com os seus filhos. - Christian assente e me aconchega em seu peito, dando um beijo em meus cabelos e um suspiro em seguida.

- Eu sei. E, foi justamente por isso que eu aceitei ficar na casa dos nossos pais quando voltamos de Boston...

- E mesmo assim, foi como se você não estivesse em casa. - Caleb o interrompe seco.

- Eu sei e me arrependo por isso, mas... Qual é o problema? Como a Anastásia disse, estaremos a poucos metros daqui, não é como se fossemos ficar a semana inteira sem nos ver, Caleb. - Ele dá uma risada sem humor e nega com a cabeça.

- Será mesmo, Christian? - Ele pergunta retoricamente, pois continua em seguida. - Você passou praticamente três anos morando na mesma casa que nós, e quantas vezes nos encontrávamos mesmo? Ah, sim! Uma vez por mês e isso quando acordávamos de madrugada e coincidentemente víamos o momento que você chegava ou estava saindo para a sua Empresa.

- Caleb, fala o que realmente está lhe incomodando com a minha possível mudança?

Christian pergunta de forma dura e quem suspira sou eu, por perceber que ele está perdendo a paciência, por isso entrelaço meus dedos nos seus e dou um aperto, para que ele permaneça calmo, mas depois de alguns minutos de silêncio, Caleb resolve falar.

- Christian, nós sempre fizemos tudo juntos. Éramos como o complemento um do outro, tanto que quando o nossos pais compraram aqueles terrenos, nós dois fizemos a promessa que quando chegasse a hora, construiríamos juntos e só sairíamos da casa dos nossos pais, quando um de nós dois se casasse. - Ele suspira e me olha, dando um sorriso de lado. - O fato de casar, pode-se considerar que você esteja fazendo isso, mas... Você se afastou de mim por causa daquela mulher que quase te destruiu, não importando como eu me sentia com a sua ausência, depois voltou para casa, mas era como se eu não fosse ninguém para você e continuou se mantendo afastado, agora mais uma vez você quer me deixar.

- Eu não estou deixando-o, Caleb. E, nós sempre seremos o complemento um do outro, porque você sempre será a minha metade, com a diferença que estarei na casa ao lado, que sempre será também a sua casa. - Ele assente, mas não fala nada. - Além do mais. Eu não pedi para o Heitor verificar apenas o meu terreno, eu pedi para ele verificar o seu também, pois diferente do que você pensa, eu não me esqueci da nossa promessa. - Caleb encara o irmão, mas faz uma expressão desdenhosa.

- Besteira! Você está falando isso apenas para tentar me bajular.

- Você me conhece muito bem, para saber que não preciso bajular ninguém, nem mesmo um irmão irritante e dramático como você. - Ele fala com um sorriso de lado e Caleb não resiste, acaba sorrindo também. - Caleb, de fato Ana e eu decidimos que assim que a nossa casa ficasse pronta, nos mudaríamos, mas isso não quer dizer que eu não incluiria você nos planos da construção. - Ele analisa as palavras do irmão e parece ter ouvido a verdade nelas.

- Tudo bem, desculpe-me pela reação exagerada, mas... Às vezes é mais forte que eu.

- Claro! Por que Caleb Grey não consegue não chamar atenção com os seus dramas. - Christian fala debochado e dou risada, pois hoje esses dois estão mesmo dispostos a agirem como o outro. - O que foi Baby? - Christian me aperta em seus braços e alterno o olhar entre os dois.

- Vocês resolveram mudar de posição, pois inverteram as personalidades por hoje. - Dou risada, sendo acompanhada por eles.

- Estou pensando aqui. - Caleb fica pensativo, mas seu sorriso debochado entrega que vai falar besteira. - Pelo visto, você e Ana logo se casarão e como Christian e eu dividimos o mesmo DNA, tendo apenas algumas sutis diferenças, então quando vocês tiverem filhos, eles também serão meus, não é? - Christian dá um grunhido e soca o braço do irmão.

- Não me teste Caleb! Que meu momento paciência com irmão gêmeo irritante e dramático já esgotou a cota por hoje.

Caleb dá risada e Christian beija os meus lábios, mas dá um sorriso depois, e eu sei que eles ficarão bem, apesar de tudo, esses dois se amam mais que tudo. E eu os amo, cada um a sua maneira no meu coração, obviamente, mas o meu amor por eles, definitivamente é incondicional.

Minha nossa senhora dos namorados cabeçudos viu? Pensei que William e Eloise iriam ficar com "coisinhas" e não se reconciliariam 🤭🤭, mas veremos mais sobre isso, quando o capítulo deles - no Spin-off - sair.

Até que enfim essa Loja vai abrir, não é 🤭🤭? E, estou mais ansiosa que a Ana para que o Ateliê possa começar a funcionar, mas primeiro estou curiosa para saber quem é o Locatário sumido 🤔🤔!

Fiquei curiosa para conhecer o irmão da Grace, agora, mas já estou com ranço dos avós do Christian, pronto falei 🤭🤭!

Caleb e seus dramas 🙄🙄! Quem duvidou que isso iria acontecer? Eu que não 🤭🤭!

Ps.: Já leram o capítulo do Edgar, vulgo Senhor Sarcástico no Spin-off (Destinos Entrelaçados)? Não 😱😱! Então corre lá que foi postado ontem 😉😉.

Ps2.: Desculpem-me pela demora, mas ficar praticamente duas semanas sem escrever, atrapalhou um pouquinho minha vida, mas devagar vou entrando no ritmo, só tenham um pouquinho de paciência comigo, que logo o cronograma entra nos eixos 😉😉!


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