Capítulo - 70
Anastásia sempre consegue me surpreender, sendo tão transparente com seus sentimentos e reações, primeiro por seu ciúme - que não vou negar que muito me agradou, pois isso apenas prova o quanto ela realmente se importa comigo e nosso relacionamento, diferente de... Enfim, isso é passado -, depois por me fazer ver que a minha forma de cumprir promessas não é muito diferente de ter me vingado da Vanessa, mas ela conhecia os meus termos e não os respeitou. Se a forma que eu "comprei" a Empresa da Vanessa foi errada? Talvez! Se me arrependo do que eu fiz? Com toda certeza não!
E mesmo que ela tenha ficado um pouco irritada pela forma com qual eu resolvi o "problema", ainda assim ela não criou caso ou fez dramas desnecessários. E isso só me fez perceber ainda mais a maturidade que ela tem para lidar com mudanças e adversidades, aceitando inclusive enfrentar, comigo, esse novo desafio de um negócio que foge completamente da minha zona de conforto, afinal, a minha área é construir barcos, navios, submarinos e plataformas e não escolher ternos, vestidos e joias.
Anastásia entendeu que a forma usada para adquirir a Loja possa não ter sido a mais sensata, mas que foi melhor para seus amigos e colegas de trabalho, ainda mais por conhecer sua antiga Empregadora e as suas condições de trabalho, mesmo que financeiramente dizendo, todos eles pareciam ser bem remunerados. Pelo menos isso a Vanessa soube recompensar pelo tanto que trabalhar para ela deveria ser desgastante e instável.
Por outro lado, pude conhecer também a força que ela tem de enfrentar tudo que está sendo revelado do seu passado, o que devo admitir que o Marco realmente sempre tivesse sido preocupado e muito precavido quanto à segurança dela, mas que mesmo que eu não tenha o conhecido e não terei a oportunidade de fazê-lo, eu o prometo que farei até mesmo o impossível para sempre protegê-la. Isso pelo tempo que ela me permitir estar ao seu lado, o que espero que seja por muito tempo.
E quanto a isso, não posso me esquecer de falar com o Richard sobre a quantia que havia em sua conta - que agora foi transferida para o Banco de Seattle -, sendo que o valor praticamente dobrou em um curto espaço de tempo, inclusive depois da morte do Marco. O que agradeci que ela tenha deixado que eu resolvesse tudo com o Gerente do Banco de Portland, pois eu não queria que aquela cabecinha começasse a pensar em suposições infundadas ao analisar os valores depositados.
Não posso me esquecer de também encontrar uma solução com Richard e Oliver, sobre o apartamento que foi deixado para ela em São Paulo, no Brasil, que está em nome de Nathalia Vasconcellos, assim como as terras de Toscana, na Itália, pois por mais que Marco tenha dito que as pessoas que estão administrando sejam de confiança, Anastásia precisa estar ciente do que realmente pretende fazer com a vinícola, assim como entender que isso é um negócio e que precisa sempre ter o proprietário por perto.
Respiro fundo e jogo a cabeça para trás, no encosto da minha cadeira, e fecho os olhos por um momento e constato que desde que retornei do México a minha vida tem sido uma montanha russa de sentimentos e emoções, que eu não estava preparado para sentir. Não que eu esteja reclamando, obviamente, pois Anastásia está sendo a melhor coisa que poderia ter me acontecido depois de tudo que passei nos últimos cinco anos, por essa razão, não trocaria toda essa miscelânea de sentimentos por nada.
Pensar nela me faz sorrir como um idiota apaixonado - o que de fato sou mesmo -, lembrando-me o quanto ela parecia uma gatinha brava - por mais que tentasse se mostrar indiferente - quando falei sobre ter ido a Dress For Less para conversar com a Vanessa Parker. Suas bochechas coradas, seu nariz empinado e o lábio inferior entre seus dentes, acompanhado de seus braços cruzados e os olhos azuis faiscando irritação e determinados para saber o motivo do meu encontro com a Vanessa, deixaram-me envaidecido, não posso negar.
- Caralho! - Assusto-me assim que abro os olhos e vejo Caleb na minha frente, com um sorriso idiota nos lábios, mas que se transforma em gargalhada por ver o susto que levei. - Quer me matar do coração, seu idiota?
- Que culpa... tenho eu... se você estava sonhando acordado? - Ele fala entre o riso, o que me deixa ainda mais irritado, mas respira fundo para continuar a falar. - Só espero que essa cara de idiota apaixonado, seja por uma morena delicada de olhos azuis, que atende pelo o nome de Anastásia, porque se não for... - Ele bate o punho fechado na outra mão e arqueia uma sobrancelha, dando-me um sorriso debochado.
- Poupe-me dessas ameaças, Caleb, você melhor do que ninguém sabe o quanto abomino traição. - Ele para com as gracinhas e me dá um olhar triste.
- Desculpe-me, irmão. Você tem razão. - Respiro fundo e nego com a cabeça.
- Tudo bem, Caleb, mas o que você está fazendo aqui?
- Eu fui à Boate acertar os últimos detalhes para o próximo sábado e decidi vir te fazer uma visita. - Ele volta a sorrir animado e eu suspiro. - Ah, qual é Christian? Você vai fazer 26 anos, mas está parecendo mais um velho de 90. Será que você poderia compartilhar a minha animação e ser mais participativo?
- Eu só acho uma besteira ter que comemorar nosso aniversário com esse entusiasmo que você está, Caleb, afinal, será apenas mais um dia como qualquer outro. E não será diferente nos próximos anos, se estivermos vivos até lá.
- Para de falar besteiras, seu velho ranzinza. - Dou de ombros e ele bufa se levantando e arrastando a cadeira para sentar ao meu lado, abrindo a pasta que estava sobre a minha mesa, com um diagrama esquemático, do que imagino ser da tal Boate. - Tínhamos três opções para camarote VIP para festa privada, mas como não temos muitos convidados, eu achei melhor fechar no espaço que comporta no máximo 50 pessoas e que fica no primeiro andar...
- 50 pessoas, Caleb? Você enlouqueceu? - Ele revira os olhos e bate na minha cabeça, fazendo-me encará-lo irritado.
- Fica caladinho e me deixe continuar e me obedeça que sou mais velho que você. - Não falo nada, apenas fico o encarando, enquanto abre seu sorriso cretino, mas volta a falar. - Como eu estava dizendo, mesmo que o camarote comporte 50 pessoas e teremos talvez um pouco mais de 20, eu gostei, pois assim ninguém se sentirá incomodado por estar num lugar apertado.
- Ainda acho isso um exagero. - Resmungo e ele arqueia uma sobrancelha para mim.
- O que foi que você disse? Poderia repetir? Eu não consegui ouvir, irmãozinho. - Ele coloca a mão em sua orelha e sorri abertamente, vendo a carranca que faço, mas continua com suas explicações, enquanto aponta para o diagrama a minha frente. - Nesse camarote teremos um Bar exclusivo, com três Barmen e garçons a nossa disposição, não apenas para servir as bebidas, mas também aperitivos, além de ter uma vista ampla para a pista de dança, que fica no andar de baixo, mas para quem não quiser descer e optar por permanecer no camarote há uma minipista e um pequeno palco com um pole dance...
- Pole dance? Caleb, você não está pensando em... - Ele me interrompe negando com a cabeça.
- Claro que não, Christian, isso faz parte do camarote Devozione, sendo apenas um adicional para quem estiver disposto a fazer outros tipos de festas, se é que você me entende? - Ele faz uma cara safada e eu nego com a cabeça.
- Devozione (Devoção)? - Fico confuso e ele sorri de lado.
- Christian, o nome da Boate é Dolce Pecatto, você esperava o que? O camarote Devozione é simples, comparado ao Passione (Paixão) e o Lussuria (Luxúria), que tem até som particular. Mas se você visse o que tem no Black Hell (Inferno Negro), que é uma parte que fica do outro lado da Boate, inclusive com entrada para acesso exclusivo e também para Sócios, não acreditaria que aquilo está de fato dentro de uma Boate.
- E como você sabe disso se é exclusivo para os Sócios?
- Não somente, mas também para Sócios. A Boate nesse horário fica fechada, o Mason, que é o proprietário, levou-me para conhecer. - Assinto e ele continua. - Confesso que fiquei com vontade de conhecer o local em funcionamento, mas quando ele subiu para o terceiro andar, fiquei até com arrepio na espinha. - Ele estremece de forma exagerada e nega com a cabeça. - Eu vi coisas naquele lugar que nunca pensei que poderia ser usado em alguém.
- Por quê? Não me diga que... - Ele me interrompe, negando com a cabeça, sabendo o que eu iria perguntar.
- Não! Não tem nada a ver com prostituição ou algo parecido, mas se você for adepto a Voyeurismo e estiver interessado em Swing e outras coisas mais pesadas, aquele com toda certeza é o lugar.
- Puta que pariu, Caleb! E você está querendo que eu leve a Anastásia, a minha namorada que ainda é considerada menor de idade para poder frequentar Boates, para um lugar como esse? - Ele arregala os olhos com a minha explosão e fica me encarando. - Você só pode estar de brincadeira com a minha cara!
- Ei! Espera aí, irritadinho! Que parte do "Tem uma entrada exclusiva e fica do outro lado da Boate" você não ouviu? - Respiro fundo e volto a relaxar na cadeira. - E você acha mesmo que se fosse apenas um lugar como esse, eu pelo menos cogitaria a possibilidade de levar a Ana, ou até mesmo os nossos pais? - Ele pergunta retoricamente, pois responde em seguida. - É claro que não!
- Considerando que você não bate bem da cabeça, não duvido de nada, Caleb. - Ele faz uma cara de ofendido, mas eu sorrio de lado, pois conheço o irmão que tenho. - Mas tudo bem, eu havia concordado com isso e espero não me arrepender depois, mas eu não costumo voltar atrás com a minha palavra.
- É isso aí, irmãozinho. - Ele se levanta e estende uma mão aberta para mim, o que me deixa confuso. - Agora me passa o seu cartão.
- O quê? - Ele revira os olhos e vejo que segura uma risada.
- Como você acha que irei fazer o pagamento para a Boate, Christian? Você é bilionário e eu sou apenas um jovem Médico, que é assalariado, recém-contratado e que ainda está fazendo sua Residência. Então pode ir me passando o seu cartão.
- Que ótimo! Além de ter que ir a uma festa, na qual eu não queria, ainda terei que pagar? Era só o que me faltava. - Resmungo tirando o cartão da carteira e entregando para ele, que dá uma gargalhada.
- Agora tira essa carranca da cara e vamos comer que estou morrendo de fome. - Ele afasta a minha cadeira e desliga a tela do meu computador. - Aproveita que estou te convidando para almoçar e hoje eu vou pagar, com o seu cartão, é claro, mas eu irei pagar.
- Babaca!
Ele continua gargalhando, mas acabo o acompanhando, pois discutir com o Caleb é desgastante, porque ele sempre consegue me convencer a fazer o que quer e confesso que eu sentia falta de ter momentos assim com o meu irmão gêmeo, mas se ele disser isso, com toda certeza eu irei negar.
(...)
Chegar a casa no início da noite é algo que deixei de fazer por muito tempo - praticamente três anos para ser mais exato -, mas que hoje, eu praticamente conto os minutos para que o meu expediente se encerre e eu possa retornar para casa, ainda mais por ter me esquecido de colocar o celular para carregar e pelo visto, Anastásia também, pois o seu estava desligado, impossibilitando-me de ouvir a sua voz durante toda à tarde, mas fiquei um pouco mais tranquilo, quando Samantha disse que ela estava na casa de seus pais.
Por essa razão, assim que jantamos - e depois de eu ter atendido uma ligação do Estaleiro -, cumprimento rapidamente meus pais e meus irmãos, por ver que ela não está mais na sala e subo as escadas, de dois em dois degraus e caminho rapidamente para o quarto, encontrando-o vazio, mas ouço o som do chuveiro ligado no banheiro. Esvazio meus bolsos e retiro as minhas roupas. Tento a sorte e encontro à porta destrancada e um sorriso perverso toma conta dos meus lábios, assim que entro no banheiro, abafado pelo vapor da água.
Vejo a silhueta do seu corpo através do Box e percebo o quanto ela está imersa em pensamentos, cantarolando uma música que reconheço como sendo da Sia, Helium, mas franzo o cenho por ela está cantando uma música assim.
- Meu Deus! Que susto, Christian! - Ela se assusta, quando abro o Box, mas sorri quando me vê.
- Desculpe-me! A minha intenção não era assustá-la. - Entro embaixo do chuveiro e aproximo o seu corpo do meu, tendo seu rosto já corado, pela água quente, ainda mais vermelho. - Aconteceu alguma coisa? - Ela me olha confusa e acaricio o seu rosto. - Você estava cantando essa música triste. - Ela beija os meus lábios e nega com a cabeça.
- Não aconteceu nada! Eu apenas gosto da música. - Ela envolve seus braços em meu pescoço e sorri. - Não conseguimos conversar direito durante o jantar, então me diz como foi o seu dia?
- Cansativo e ainda tive que aturar o Caleb falando sobre aquela bendita Boate. - Resmungo e ela dá risada, afastando-se para voltar a tomar o seu banho.
- O Caleb está apenas animado em poder comemorar o aniversário de vocês, dê um desconto a ele, Christian. - Eu assinto e começo a tomar meu banho também, engolindo em seco por perceber que não foi uma boa ideia entrar no banho com ela, pois estou tentando me controlar para não parecer um maníaco por sexo. - A Vanessa esteve na casa dos meus pais hoje. - Ela fala depois de alguns minutos de silêncio e congelo no lugar.
- O quê? - Ela suspira e tira o excesso de água de seus cabelos.
- Ela foi pedir dinheiro ao meu pai para resgatar os títulos que você pagou. - Não falo nada e ela continua depois de suspirar. - Ela falou algumas besteiras ao meu respeito, que o meu pai não gostou, o que fez com que ela fosse embora com muita raiva. - Ela dá uma risadinha, mas não vejo graça nisso. - Christian, não faça essa cara, está tudo bem.
- Não! Não está tudo bem, Anastásia. Essa mulher está fora de controle e eu sei que não foram apenas besteiras que ela disse, pois tenho certeza que ela te ofendeu. - Falo irritado e ela suspira, mas desligo o chuveiro e saio do Box para escovar os dentes. Ela para ao meu lado e me olha, mas não diz nada.
Pego minha toalha, enrolo em minha cintura e saio do banheiro. Entro no closet, fecho os olhos e respiro fundo, tentando controlar a raiva que está querendo me dominar nesse momento, pois maldita hora que eu fui me envolver com aquela mulher e eu me pergunto até que ponto vai o cinismo da Vanessa? Tudo bem que ela não sabia quem a Anastásia era, mas isso não lhe dava o direito de ofendê-la. E mesmo que eu não saiba o que ela falou, tenho certeza que boa coisa não foi e tudo isso por culpa minha, por ter alimentado a obsessão dela em relação a mim, em uma única noite de foda.
- Christian! - Abro os olhos e ela se aproxima, pegando o meu rosto entre suas mãos. - Você tem certeza que vai fazer isso? Que vai deixar a Vanessa atrapalhar a nossa noite?
- Desculpe-me, Baby, mas aquela... Aquela mulher me tira do sério! - Ela sorri com ternura e nega com a cabeça.
- Não precisa se desculpar, mas você tem que parar de deixar que tudo que seja relacionado àquela mulher o deixe assim, irritado. - Ela me empurra delicadamente, até que eu caia sentado na cadeira. - E você tem que parar de se culpar por algo que apenas a falta de caráter dela que tem culpa em tudo isso, então, apenas pare! - Ela se aproxima da minha orelha e morde o lóbulo, fazendo-me arrepiar.
- Ana, o que você... - Ela sela meus lábios me interrompendo e sinto sua mão deslizar por meu peito e abdômen, mas antes que eu a puxe, ela se afasta, dando-me um sorriso sapeca.
- Eu não estou fazendo nada, irei apenas me vestir. - Ela se vira e me olhando sobre o ombro, retira a toalha deixando-a cair no chão, dando-me a visão de seu corpo perfeito. - Enquanto isso, eu pensei que poderíamos conversar, deixando os problemas do lado de fora desse quarto, o que você acha? - Ela pega seu hidratante e coloca um pé no puff, começando a passá-lo e meu pau volta à vida numa fração de segundos.
- Anastásia, se eu fosse você não me provocaria. - Falo entredentes, me segurando para não avançar em seu corpo nu, mas ela apenas continua passando seu hidratante, mordendo o lábio inferior, olhando para o volume na minha toalha.
- Eu não estou fazendo nada, Christian, apenas hidratando meu corpo para podermos dormir. - Ela passa as mãos em sua barriga lisa, subindo para os seus seios e sem me conter, avanço em sua direção, fazendo-a ofegar quando a tomo em meus braços, prensando-a no espelho.
- Onde está a minha namorada tímida... - Deslizo minhas mãos por suas costas, descendo para sua bunda durinha e empinada, apertando-a. -... Que fica corada apenas por eu beijá-la na frente de outras pessoas? - Beijo seu pescoço e ouço seu gemido contido.
- Eu continuo aqui... Ah, Christian! - Ela geme quando mordo sua pele, passando a língua para amenizar a pressão dos meus dentes, mas ela me surpreende levando a mão em minha toalha, retirando-a e pressiona o seu corpo ainda mais no meu e quem geme sou eu.
- Se você continuar me provocando, Anastásia, eu não conseguirei me controlar e você não sabe o esforço que tenho que fazer para isso acontecer. - Deslizo a mão pela lateral do seu corpo, até chegar a sua coxa, levantando sua perna e sinto sua boceta quente e convidativa.
- Eu não estou pedindo que você se controle. - Ela sussurra em meu ouvido e morde mais uma vez o lóbulo da minha orelha, rebolando e novamente me faz gemer, pela estimulação em meu pau que está dolorido e ansioso para se enterrar nela.
- Anastásia! - Falo em tom de aviso e ela afasta minimamente o corpo do meu, apenas para tocar minha ereção, começando a bombeá-lo, o que faz com que eu jogue a cabeça para trás e ela se aproveita para beijar o meu pescoço. - Não faça isso, Baby, você não sabe o quanto eu te quero. - Sussurro e seguro sua mão e a forma que ela me olha, vejo apenas luxúria brilhando em seus olhos azuis.
- Eu estou aqui, Christian e sou toda sua. - Encaro seus olhos por um momento e não vejo dúvida ou medo, apenas fogo, o mesmo que queima em minhas veias.
- Se eu começar, eu não irei parar. - Seguro seu queixo com um pouco de pressão, mas sem machucá-la e novamente ela rebola, mantendo seus olhos fixos nos meus.
- Não espere que eu peça que pare. - Seu tom de voz baixo e sensual é minha ruína e jogo o bom senso na puta que pariu e devoro seus lábios.
Em um beijo feroz e necessitado, tomando posse como se ela sempre tivesse pertencido a mim e acredito que de fato me pertença, assim como eu pertenço a ela. Eu esfrego a minha pélvis na sua, sentindo o quanto ela está molhada e suas mãos delicadas, deslizam por minhas costas, arranhando-me.
Afastamos por um tempo para respirar, mas volto a beijá-la e toco sua boceta rosada, fazendo-a gemer em meus lábios. Acaricio seu clitóris em movimentos circulares e sua perna - a que ainda estava no chão -, vacila, fazendo-me segurá-la e volto a me afastar, encarando seus olhos, que estão com as pupilas dilatas. Solto sua perna delicadamente para voltar a se equilibrar e respiro fundo, tentando buscar um pouco do controle que me escapou completamente.
- Você tem certeza disso? - Ela assente, ainda ofegante. - Eu quero ouvi-la dizer, Anastásia! Eu quero que você me diga o que quer. - Ela engole em seco e suas bochechas ficam ainda mais coradas e sorrio de lado, pois a minha menininha tímida, continua duelando com a mulher determinada, que estava me provocando há poucos minutos.
- Sim, Christian! Eu tenho certeza. Faça-me sua!
Ouvindo a certeza em suas palavras e grunhindo como um leão enjaulado, eu a pego em meus braços a levando para o quarto. Coloco-a delicadamente na cama e me afasto, para apreciar a obra de arte que o destino reservou para mim. Para que eu... E apenas eu, pudesse tocá-la, venerá-la, amá-la e fazê-la minha, assim como também serei dela.
Subo na cama e vejo a expectativa em seus olhos e preciso me lembrar de que essa será a sua primeira vez, mesmo que tenhamos feito muita sacanagem no decorrer dos dias e tenho que ser delicado com a mulher que tomou meu coração apenas para ela. Beijo a sua testa, e ela, fecha seus olhos e aproveito para beijar cada pálpebra fechada. Faço o mesmo com a ponta do seu nariz, para em seguida tomar seus lábios nos meus, mas não demoro ali.
- Você é perfeita, Anastásia. - Beijo o seu rosto, o seu pescoço e mordo delicadamente o lóbulo de sua orelha.
- Christian... - Ela tenta se esfregar em mim, mas me afasto.
- Calma, Meu Amor! Eu irei cuidar de você.
Desço beijos e mordiscadas por seu colo, seus seios e sua barriga plana e perfeita. Sua respiração está acelerada e ela segura firme nos lençóis da cama, mordendo seus lábios para conter seus gemidos. Deslizo minhas mãos pela lateral de seu corpo e abro suas pernas delicadamente e vejo sua boceta rosada, muito molhada e pronta para receber meu pau, mas ainda não.
Passo minha língua em sua entrada, sentindo seu sabor e abocanho seu clitóris ouvindo seu gemido arrastado e suas mãos seguram firmes em meus cabelos e ela começa a rebolar em minha boca, enquanto faço círculos contínuos e aumentando a pressão, fazendo-a gritar sem controle.
- Christian...!
Ela puxa meus cabelos e me afasto, apenas para olhar em seus olhos e ver o fogo da luxúria consumi-los, o que não deve estar diferente dos meus, mas volto a chupá-la, enquanto minhas mãos brincam com seus mamilos rijos e sua respiração está ainda mais descompassada.
Levanto-me e ouço seu murmúrio insatisfeito, mas apenas sorrio de lado e passo a língua em meus lábios, aproveitando cada gota do mel de sua boceta rosada. Abro o criado-mudo e pego o preservativo, abrindo-o e deslizando-o por meu pau que está dolorido, vermelho e inchado, pedindo por atenção.
Respiro fundo para me controlar, ou irei gozar assim que penetrá-la, como um maldito adolescente e volto a subir sobre ela, acomodando-me entre suas pernas e pincelo meu pau em sua entrada.
- Baby, eu queria dizer que isso não fosse doer, mas eu estaria mentindo. - Ela sorri um pouco nervosa e acaricia o meu rosto. - Mas eu farei de tudo para ser o mais carinhoso possível.
- Eu confio em você, Meu Amor! - Suas palavras atingiram o meu coração ao ouvi-la me chamar de "Amor", fazendo-o acelerar ainda mais se é possível.
- Eu te amo, Anastásia!
- Eu também te amo, Christian!
Beijos seus lábios e começo a penetrá-la lentamente, sentindo o aperto esmagador de sua boceta em meu pau, mas paro por um momento, quando sinto suas unhas cravarem em minhas costas e seu gemido de dor ser abafado por meus lábios.
- Olhe para mim, Baby! - Ela abre os olhos e lágrimas deslizam pela lateral de seu lindo rosto. - Respire e relaxe, mas continue olhando para mim, tudo bem? - Falo entredentes, pois ela é muito apertada, mas assente e faz o que eu peço, mas isso me faz travar o maxilar, por ser ainda mais apertado por seu interior.
Olhando em seus lindos olhos azuis, que me prendem e dos quais nunca quero parar de olhar, continuo a penetrá-la e assim que seu hímen é rompido, suas unhas se afundam ainda mais em minha pele e permaneço parado, mas volto a beijá-la para distraí-la da dor momentânea. Acaricio o seu rosto e logo sinto o seu corpo, outrora tenso, começar a relaxar. Suas pernas circulam a minha cintura e sei que ela está pronta para eu me movimentar.
Volto a olhar para seus olhos, quando precisamos respirar e começo a me mover, lento, suave, sentindo seu interior me acolher num encaixe perfeito e pela primeira vez na vida, eu sei o que é fazer amor com uma mulher. Com a mulher que tocou meu coração e sem piedade alguma o tomou para ela.
Anastásia começa a mover o seu corpo em sincronia com o meu e seus gemidos de prazer me deixam insano, fazendo-me gemer e acelerar minhas estocadas para logo em seguida manter um ritmo cadenciado, fundo e constante. Ela arqueia o corpo e sei que está perto de gozar, pois o aperto de sua boceta em meu pau se tornou quase agonizante.
- Christian... - Suas unhas voltam a arranhar minha pele, mas não mais de dor e sim prazer, o mesmo que eu estou sentindo nesse momento.
- Eu sei, meu Amor. - Respondo entre os gemidos e sua respiração acelera, seu corpo tenciona e suas pernas se prendem ainda mais em minha cintura e vê-la gozar é a minha perdição.
- Ah, Christian...!
- Porra!
Jogo a cabeça para trás e me entrego a um orgasmo que me deixa fora de órbita por alguns segundos, mas respiro fundo e apoio em meus braços para não esmagá-la com o meu peso. Encaro sua face corada e seus olhos brilhantes que estão fixos em meu rosto, enquanto tenta controlar a sua respiração, como eu faço com a minha.
- Eu te amo, Baby!
- Eu também te amo... Meu Amor!
Sorrio e novamente beijo seus lábios, satisfeito, realizado e com o coração leve e livre de quaisquer traços do passado, pois o meu presente e se depender de mim, também o meu futuro, está nesse momento, entregue em meus braços.
(...)
- Christian, você sabe que a Vanessa poderá fazer um escândalo, não sabe?
Assinto a pergunta de Oliver, mas o meu fim de semana foi perfeito demais, para que eu pudesse me irritar com qualquer coisa que seja relacionado à Vanessa e nisso eu tenho que concordar com Anastásia, a mulher que me entregou não apenas seu coração, mas também seu corpo e sua alma, entrelaçando-a com a minha e resgatando qualquer vestígio que ainda estivesse preso no passado.
- Eu sei Oliver, mas eu fui justo quanto ao prazo que dei a ela. E eu avisei que quando eu voltasse a Dress For Less, seria para tomar posse do que agora é a minha Empresa.
- Mas você acha que trazer a Anastásia, nesse primeiro momento seria a decisão mais acertada?
- Claro! A Anastásia é a minha mulher e será responsável pela GRS de agora em diante, então nada mais justo do que os funcionários saberem quem irá mandar e quem tem o poder de decisão aqui. - Dou de ombros e verifico a hora, mas diante ao silêncio de Oliver, volto a encará-lo e o vejo de olhos arregalados. - O que foi?
- Espera! Você disse "sua mulher"? - Sinto o meu rosto esquentar e percebo que falei demais.
- Oliver, a Anastásia é a minha namorada e é ela quem administrará essa Empresa, mas enfim, a papelada está tudo certa? Com o novo nome da Empresa e as cotas de Sócios? - Mudo de assunto e ele arqueia uma sobrancelha para mim, na qual ignoro e mantenho-me impassível, mas ele suspira e assente.
- Claro que sim, Christian. Não precisa colocar a competência do meu trabalho em xeque, apenas para mudar de assunto, eu já entendi que você está mesmo apaixonado por sua namorada.
- Não, Oliver! Eu não estou apenas apaixonado, eu amo a Anastásia. - Eu suspiro e sei aonde ele quer chegar com isso. - Eu entendo a sua preocupação e posso garantir que ela não é necessária, pois eu não estou confundindo a minha relação com a Anastásia, como eu fiz há quase cinco anos com aquela mulher. - Ele pensa por um momento, mas assente.
- Senhor Grey! - Taylor chama a nossa atenção e vemos Samantha estacionando ao nosso lado e abrindo a porta do carro para Anastásia. Sorrio e saio também, para encontrá-la, assim como Oliver.
- Oi, Baby! - Beijo os seus lábios e ela envolve seus braços em meu pescoço, sorrindo, mas vejo que está nervosa. - Acredito que você se lembre do meu amigo, do almoço de aniversário do Richard, mas quero apresentá-los, oficialmente. - Ela assente e sorri para ele. - Esse é Oliver Carter, meu amigo e Advogado. E esta, Oliver, é a minha namorada, Anastásia Steele.
- Tudo bem, Oliver? - Eles dão um aperto de mãos e Oliver sorri de lado.
- Eu estou bem, obrigado, Anastásia. É um prazer poder conhecer oficialmente a namorada do meu amigo, mas eu espero que você cuide bem do coração dele.
- Oliver! - Exclamo em tom de aviso e ele dá de ombros.
- Está tudo bem, Christian. - Ela beija o meu rosto e volta a sorrir para ele. - Não precisa se preocupar Oliver, pois eu pretendo sim cuidar do coração dele, assim como eu sei que ele irá cuidar do meu. - Ela volta a me olhar com seus olhos azuis brilhantes, mas continua a falar com ele em seguida. - Eu entendo o motivo de você ter falado isso, mas eu quero que saiba que eu não sou e nunca serei como a Débora, pois eu realmente amo o Christian. - Oliver arregala os olhos e me encara, afinal, ele não tinha ciência que ela sabia sobre todo o meu passado.
- Desculpe-me, Anastásia, eu não quis...
- Está tudo bem, Oliver. Eu aprecio muito que o meu namorado tenha amigos verdadeiros que se preocupam com ele, assim como os seus irmãos. - Ela olha para mim e suspira. - Eu prefiro não subir com vocês para falar com a Vanessa, pois eu acredito que isso seja um assunto que deve ser resolvido primeiro entre vocês, por isso se não se importar, eu irei falar com as minhas amigas.
- Tudo bem, Baby. - Ela sela nossos lábios, dá um sorriso para Oliver e entra na Loja e eu arqueio uma sobrancelha para ele, que me olha envergonhado.
- Desculpe-me, Christian. Eu não estava julgando a sua namorada, eu só queria...
- Testá-la para saber se não era igual à Débora e que eu ainda pudesse ser como aquele garoto ingênuo, que cairia novamente no falso sentimento da primeira mulher que aparecesse na minha vida? - Ele suspira, mas assente. - Primeiro, a Anastásia é uma mulher diferente, segundo, ela não precisa do meu dinheiro, pois acredito que você não tenha associado de quem ela é filha, pois seus documentos ainda não foram mudados, mas irei dizer para tranquilizá-lo de uma vez por todas.
- Como assim? Ela é filha de quem?
- Oliver, o nome dela é Anastásia Steele, por ser filha de Carla e Raymond Steele.
- O quê? - Ele volta a arregalar os olhos e dou-lhe um sorriso de lado.
- Exatamente, meu amigo, Anastásia é filha do Rei do Petróleo, então dinheiro, não seria o motivo para ela estar comigo. - Bato no seu ombro por ver sua cara de idiota, mas desvio a minha atenção rapidamente dele. - Taylor, esteja preparado com os Seguranças, caso seja necessário.
- Sim, Senhor Grey. Estão todos a postos.
- Obrigado! - Ele assente e olho novamente para meu amigo. - Vamos entrar, pois estamos a tempo demais aqui fora e quero resolver logo essa situação de uma vez por todas.
Ele assente ainda assimilando o que acabei de dizer e entramos na Loja e não vejo Anastásia em lugar nenhum, mas acredito que para esse primeiro momento, ela tenha mesmo razão, afinal esse é um assunto entre Vanessa e eu.
Entramos no elevador e rapidamente estamos no quarto andar, a Secretária que logo nos vê e nos encara assustada, apenas nos cumprimenta e confirma que ela está sozinha em sua sala. Bato na porta e assim que ouço sua voz autorizando a nossa entrada, abro-a e vejo Vanessa sentada numa sala completamente diferente de quando estive aqui semana passada, pois está completamente destruída. Não dou importância para isso e foco a minha atenção na mulher que se levanta e nos encara pálida, mas que logo seu olhar assustado, se transforma em raiva.
- Boa tarde, Senhorita Parker! Acredito que eu não precise dizer o que estou fazendo aqui, não é verdade?
Caleb gosta mesmo de testar a paciência do Senhor Gelo, não é verdade 🤣🤣🤣? Mas confesso que fiquei curiosa para conhecer a Dolce Pecatto também viu 🤭🤭🤭!
E minha nossa Senhora das calcinhas molhadas, eu senti a temperatura subir aqui, eita 🔥🔥🔥! Espero que tenham gostado, pois vocês queriam tannnntoooo esse momento 🤭🤭!
E agora, Bruxa Má do Oeste? O bicho pegou mesmo para o seu lado 😏😏😏!
PS.: A Segunda parte desse capítulo, será sequência, mas dessa vez foi proposital mesmo, mas ainda ficou imenso, 5.383 palavras pra vocês 😜😜😜!
PS2.: Desculpem-me pelo atraso, mas precisei sair e cheguei a pouco em casa 🥴🥴.
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