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Capítulo - 56

- Johnson, mas para você, apenas Edgar.

Agora faz sentindo a familiaridade que eu senti no cliente que me aguardava e observando bem, Eloise e Pietro se parecem muito com o irmão mais velho. Os olhos azuis - apesar de que os de Edgar são mais penetrantes e misteriosos -, os cabelos escuros e a simetria dos traços dos seus rostos. Mas há algo que consigo perceber também, pois mesmo que ele esteja com um sorriso estampado em seus lábios, é visível que ele também carrega uma sombra de tristeza em seus olhos e isso faz com que eu me lembre de quando conheci o Christian.

Acredito que ninguém está livre de ter um passado, mas somente quem carrega o fardo que sabe o peso que tem, mas deixo esses pensamentos de lado e me lembro dos meus amigos e o quanto eles amam o irmão mais velho e isso faz com que um sorriso involuntário se abra em meus lábios, não ficando mais incomodada na presença dele, sentindo-me mais leve e menos constrangida para atendê-lo.

— Que coincidência. É um prazer poder conhecê-lo, Senhor Johnson. Eu ouvi muitas coisas boas a seu respeito, ontem. — Ele me olha confuso, mas abre um sorriso de lado.

— Com certeza, o prazer é todo meu, mas esqueça desse Senhor Johnson e me chame apenas de Edgar, por favor, Anastásia. — Eu assinto, pois o entendo, não gosto que me chamem de "Senhorita Steele" também, fica parecendo como se eu fosse uma dama do século XIX. — E quem foi à alma caridosa que falou tão bem assim de mim para uma bela mulher como você? Eu gostaria de conhecê-lo para agradecer depois. — Ele dá um sorriso cafajeste, muito parecido com os que o Caleb me dá e que nada me afeta.

- Creio que o Senhor... Desculpe-me. Você os conhece muito bem. - Ele fica ainda mais confuso, e eu sorrio. - Eloise e Pietro Johnson. - Ele para de sorrir e arregala os olhos, deveras assustado e levemente pálido.

- Eloise e Pietro? - Eu assinto ainda sorrindo, e ele engole em seco, deixando-me um pouco confusa com a sua reação. - Você conhece os meus irmãos?

— Sim. Conhecemo-nos na Universidade e, desde então, somos amigos. — Além de Eloise ser a namorada do meu primo, completo em pensamento. Ele assente, voltando a se sentar no sofá que estava antes que eu chegasse.

Então, você é a Ana que eles vivem falando. — Ele profere num tom de voz baixo, mas não o suficiente, porque eu consegui ouvi-lo. — Bem... — Ele pigarreia e volta a me olhar, sorrindo de lado. — Eu também já ouvi muito a seu respeito, Anastásia, mas estou muito satisfeito em poder conhecê-la e tirar as minhas próprias conclusões.

- Desculpe-me? - Pergunto confusa sobre o que ele está falando, mas ele nega com a cabeça.

- Não é nada! Não se preocupe, e eu vou aceitar aquela bebida agora, se for possível. Whisky com duas pedras de gelo se tiver.

- Claro! Só um minuto que já preparo.

Ele assente e caminho na direção do bar que a Vanessa mandou fazer na área Vip Masculina e, enquanto preparo a sua bebida, vejo que ele mudou sua postura, parecendo um pouco incomodado com alguma coisa. Será que pode ser o fato de eu conhecer os seus irmãos? Não! Acredito que não seja isso. Talvez ele esteja passando mal, pois havia ficado pálido de repente, mas analisando bem, ele parece bem novamente.

Porém, o jeito como ele me olha agora está diferente de como me olhava minutos atrás. Parece que ele está me avaliando, mas não de uma forma que me deixa incomodada e, sim, com curiosidade. Mas dou de ombros em pensamentos, afinal, eu também estava o avaliando há pouco e me aproximo com a bandeja, entregando a ele a sua bebida e um guardanapo, colocando o copo com água na mesinha ao seu lado.

— Obrigado, Anastásia.

— Gostaria de ver os ternos agora? — Ele assente e bebe um gole generoso da sua bebida, e eu pego o carrinho móvel com os ternos e começo a tirá-los das capas para que ele possa avaliá-los.

Ele vai selecionando os que mais o agradam e os levo para o provador. Preparo o alfineteiro em meu pulso e a ficha do cliente pronta para anotar os ajustes a serem feitos, enquanto espero que ele se troque. E enquanto o aguardo, eu acabo pensando na proposta do Christian para trabalhar na empresa dele, o que seria ótimo poder atuar na minha área, mesmo que ainda faltem dois anos para eu me formar.

Sou muito grata por começar a trabalhar na Dress For Less, e mesmo que a Vanessa nunca tenha gostado de mim — e nunca entendi o porquê —, tenho aprendido muito aqui. E como eu disse ao Christian, adquiri experiência em algumas áreas, além de fazer amizades que espero serem por muito tempo, mas sinto que aqui não é mais o meu lugar, principalmente por precisar olhar para Vanessa e saber que ela e o meu namorado já se envolveram intimamente.

Nunca pensei que eu fosse ciumenta, até mesmo porque nunca havia namorado antes, mas só de pensar nos dois juntos, sinto um incômodo que aperta o meu peito e faz o meu estômago se revirar. E mesmo sendo contra a minha natureza, sinto raiva. Irracional, eu sei! Afinal, eu não o conhecia antes e nem mesmo faria ideia de que chegaríamos a ser namorados, mas que isso me incomoda, ah, incomoda e muito!

— Levarei todos esses. — Acordo de minha raiva momentânea com Edgar se aproximando com os ternos em seu braço.

— Não precisará de ajustes? — Ele sorri de lado e nega com a cabeça.

— Não será necessário. — Assinto, mesmo achando estranho, pois todos precisam ser reajustados, sendo que não foram feitos sob medida, mas começo a colocá-los nas capas novamente. — Você disse ser amiga dos meus irmãos, então acredito que você deva conhecer o Caleb Grey também? — Ele pergunta, colocando um dos ternos também na capa, e eu sorrio.

— Sim. Caleb foi a primeira pessoa que conheci na Universidade e nos tornamos melhores amigos. Ele é muito especial para mim.

— Desculpe-me se estou sendo invasivo, mas esse brilho nos seus olhos me diz que vocês são mais que amigos, eu acertei? — Ele recosta no balcão cruzando os braços, e dou risada, negando com a cabeça.

— Você é bem curioso, não é, Edgar? — Ele sorri de lado e assente, o que me faz lembrar um pouco do Pietro, e não sei por qual razão me sinto à vontade em conversar com ele. — Mas você acertou em partes, porque amo o Caleb como um irmão mais velho. Mas ele é, sim, mais do que o meu melhor amigo, ele é o meu cunhado. — Fico envergonhada pela forma intensa com que ele me olha agora, ainda mais por eu dizer "cunhado" em voz alta pela primeira vez.

— Cunhado? — Assinto, e ele continua. — Conheço os irmãos Grey, principalmente os gêmeos da época em que estudávamos na mesma universidade. Então, isso significa que o Richard é o felizardo, por que ouvi dizer que o Christian está no México? — Nego com a cabeça guardando o último terno.

— O Richard também é como um irmão mais velho para mim, e o Christian não está mais no México. — Ele arqueia uma sobrancelha e eu baixo o olhar, sentindo o meu rosto esquentar.

— Então quer dizer que o seu coração já tem dono? Eu não teria nenhuma chance em convidá-la para um jantar? — Ele faz uma falsa cara de chateação, mas nego com a cabeça, sorrindo.

— Sinto muito, mas não posso aceitar o seu convite para jantar. — Ele coloca a mão no peito, mas continua sorrindo de lado. — E o meu coração tem, sim, dono e é completamente apaixonado por ele. — Ele assente e suspira dramaticamente.

— Mas pelo menos poderemos ser amigos? — Olho para ele sem entender o seu pedido repentino, afinal, nos conhecemos hoje e ele sorri se aproximando. — Se você é amiga dos meus irmãos, com certeza nos encontraremos algumas vezes e eu gostaria de poder conhecê-la melhor.

Ele tenta pegar a minha mão, mas me afasto delicadamente e começo a digitar no sistema os códigos dos ternos que ele irá levar. E antes que eu quebre o silêncio, que começou a ficar desconfortável entre nós, sentindo apenas o seu olhar intenso sobre mim, ouvimos passos de salto se aproximando.

— Edgar, Querido! — Olhamos para o lado e vemos Vanessa se aproximando com um sorriso falso nos lábios e reprimo a vontade de revirar os olhos. — Espero que você esteja sendo bem atendido? — Ela me olha por um momento e se aproxima dele, beijando-o no rosto.

— Estou sendo muito bem atendido, Vanessa, não se preocupe. — Ele olha para ela de uma forma que não consigo decifrar, mas desvio o olhar, voltando para o fechamento de sua compra.

— Fico contente com isso, meu Querido! Como você reclamou do atendimento da Andrea, achei que ficaria mais à vontade sendo atendido por uma pessoa... Diferente.

— Quanto a isso, você não poderia estar mais correta, Vanessa, pois Anastásia realmente é bem diferente daquela sua funcionária. — Fico sem entender pela forma rude que ele falou e vejo o sorriso de Vanessa murchar.

— Oh, claro! Com toda certeza. — Ela fala entredentes e fico desconfortável com a tensão que pairou no ambiente de repente, mas Vanessa me encara com o seu sorriso falso, após encerrar a troca de olhar entre os dois. — Anastásia, desça e volte para o cofre, preciso daquele inventário na minha mesa ainda hoje.

— Sim, Senhorita Parker! Com licença! — Sorrio para Edgar e começo a caminhar na direção do elevador para deixá-los sozinhos.

— Anastásia! — Viro-me novamente para Edgar, assim que me chama, e ele se aproxima pegando a minha mão. — Foi realmente um prazer poder conhecê-la e obrigado pelo excelente atendimento. — Sorrio envergonhada e ele beija o dorso da minha mão. — Posso ver o motivo de meus irmãos gostarem tanto de você e espero poder vê-la novamente.

Assinto, e ele se afasta, mas, vendo a forma irritada com que Vanessa está me olhando, resolvo sair logo para poderem conversar e, antes que eu entre no elevador, consigo ouvir a sua voz nada contente.

O que está acontecendo com você, Edgar?

Não ouço a resposta dele, porque as portas do elevador se fecham e eu respiro fundo, pois o clima tranquilo em que estava enquanto conversava com Edgar foi simplesmente substituído por tensão com a chegada da Vanessa. Mas sinceramente, conhecendo a bipolaridade da Bruxa Má do Oeste, nada mais me surpreende. 

(...)

- Eu não acredito que o cliente que te esperava era o Edgar. - Melissa bate o pé no chão igual uma menininha emburrada e eu dou risada. - Se eu soubesse que era ele, teria subido nem que seja um pouquinho, estou com saudades daquele moreno, e ele, está me devendo às entradas da Boate. - Acabo de imprimir o inventário que conseguimos terminar e olho para ela antes de organizar as folhas na pasta.

- Você manteve contato com o Edgar, mas perdeu com os irmãos dele? - Ela confirma com a cabeça e pega a pasta da minha mão, apontando para o computador para eu enviar logo o e-mail do inventário para Marta.

- Enquanto eu estava na Universidade, eu sempre ficava no Banco com o meu pai, o que serviu como um Estágio e o Edgar sempre foi um cliente e gostava de ele mesmo tratar dos seus negócios financeiros, principalmente antes de assumir a Empresa do pai, que agora é dele, sendo que os irmãos não têm interesse no ramo Naval, mas agora ele não faz mais isso, tendo quem faça para ele. E por essa razão sempre conversávamos e nunca perdemos o contato. - Eu assinto e desligo o computador, vendo que está quase na hora de irmos embora. - Como a Eloise estava em dúvida do curso que iria fazer, acabou por resolver seguir outra área de atuação um ano depois de termos terminado o Ensino Médio, optando por moda em uma Universidade diferente da que eu estava. Por isso não nos encontrávamos e com o Pietro que era mais novo, foi à mesma situação.

- Vocês estudaram no mesmo Colégio?

- Sim, inclusive o Edgar, mas quando ele estava no Ensino Médio, estávamos no Fundamental e ele era bem rebelde. Um verdadeiro bad boy. - Ela dá risada e eu sorrio. - Ele era terrível, Ana, a Eloise vivia reclamando das "ficantes" do irmão, mas ele sempre foi bonito e chamava muito atenção, apesar de hoje estar mais lindo, devo admitir. - Arqueio uma sobrancelha para ela que nega com a cabeça. - Ana, ele é lindo sim e isso você não pode negar, mas ele não faz o meu coração acelerar e nem me faz sentir borboletas no estômago, apenas o considero um grande amigo.

- Eu entendo o que você quer dizer, afinal, o Caleb é tão lindo quanto o Christian, o que não poderia ser diferente, já que fisicamente os dois são idênticos, mas nunca senti nada por ele, como sinto pelo seu irmão gêmeo, além de carinho e amor de melhor amigo.

- Então você sabe o que quero dizer. - Eu assinto e ela me entrega a pasta montada. - Mas alguma coisa aconteceu com o Edgar, eu não sei o que é, mas antes de ir para a Universidade ele ficou diferente e nem mesmo a Eloise sabia dizer o que estava acontecendo com o irmão. Até que ele foi para Harvard e só fui vê-lo novamente cinco anos depois, quando retomamos o contato.

- Eu percebi que ele tem um olhar triste.

- Exatamente. Mas ele não fala nada, nem sob tortura. - Ela faz uma careta, se levantando e eu faço o mesmo. - Você quer que eu te acompanhe até a sala da Bruxa da Vanessa? - Ela sussurrou "Bruxa" e eu sorrio negando com a cabeça.

- Não é necessário, Melissa! só irei entregar essa bendita pasta e obrigada pela ajuda, se não fosse por você eu teria que fazer horas extras e ainda correria o risco de não conseguir terminar.

- Não precisa me agradecer, até porque prefiro ficar apreciando a sua companhia a ter que ficar olhando para a cara da Andrea no Salão de Vendas. - Faço uma careta e ela gargalha enquanto saímos da sala.

Eu caminho na direção do elevador e ela segue para o vestiário e acabo me lembrando do Edgar falando que estudou na mesma Universidade que os gêmeos. No entanto eu lembro também uma vez que Eloise e Pietro mencionaram o irmão mais velho, a reação que o Caleb teve ao falar nele, apesar de não ter dado nenhum detalhe, mas que ficou claro que não eram amigos. Será que aconteceu alguma coisa entre eles?

Eu não sei! Mas não acho que ele seja uma pessoa ruim, pois se fosse os irmãos não teriam tanto carinho por ele, da mesma forma que ele não estaria disposto a enfrentar os próprios avós para defender o irmão mais novo quando se assumiu gay. Ele me parece uma pessoa triste, que mascara o seu verdadeiro eu atrás de sorrisos cafajestes - como fez quando tentou flertar comigo, antes de mudar de comportamento -, sarcasmos e provocações, porém não posso afirmar nada, afinal, o vi apenas uma vez, mas algo me diz que ainda teremos contato mais algumas vezes.

- Ana! Ei, Ana! - Assusto-me com Belinda acenando na minha frente e percebo que o elevador chegou ao quarto andar e está com as portas abertas. - Está tudo bem?

- Está sim. - Sorrio envergonhada e saio do elevador. - A Senhorita Parker está ocupada?

- Não. Ela disse que você poderia entrar quando subisse.

- Obrigada, Belinda!

Respiro fundo e bato na porta aguardando sua autorização para entrar e assim que recebo, entro, vendo-a olhar alguma coisa eu seu celular, mas logo bloqueia a tela quando me vê e sorri de um jeito que me incomoda.

- Vejo que você conseguiu concluir o Inventário.

- Sim, Senhorita Parker, com a ajuda da Melissa foi possível terminar no prazo. - Entrego a pasta para ela, que nem mesmo a abre a colocando sobre a mesa. Ela fica me encarando, me avaliando e seu olhar paira sobre a minha aliança, mas não me movo e muito menos a escondo. - A Senhorita precisa de mais alguma coisa? - Pergunto quando começo a ficar incomodada com o silêncio constrangedor e ela abre um sorriso cínico.

- Preciso sim, mas acredito que você não será capaz de fazer.

- O que seria?

- Não que tivesse sido a minha intenção, mas eu ouvi você conversando com o Edgar e falando que era amiga dos Grey, não é? - Ela cruza as pernas, despreocupada e meu coração acelera por imaginar aonde ela quer chegar, mas mantenho-me firme.

- Sim, Senhorita.

- Perfeito! Será que você conseguiria marcar um horário em meu nome com o Christian? Não estou conseguindo contatá-lo e preciso muito tratar de negócios com ele e sendo minha funcionária, tendo acesso a ele, seria mais fácil para isso acontecer. - Ela fala com tanta suavidade que se eu não soubesse a intenção dela, principalmente a forma que disse "tratar de negócios", até acreditaria que essa sua mudança repentina de comportamento fosse real.

- Receio que não será possível, Senhorita Parker. - O seu sorriso forçado sumiu de repente e ela arqueia uma sobrancelha em minha direção.

- Acho que não ouvi bem. Você esqueceu que trabalha para mim, Anastásia?

- Não, Senhorita Parker, eu não me esqueci. Mas acredito que marcar reunião entre a Senhorita e o meu namorado, não seja a minha função. - Sua máscara enfim caiu e ela se levanta batendo as mãos na mesa, me fazendo dar um salto no lugar.

- Você está muito abusada, garota. Acho que você se esqueceu de que se eu quiser, posso te demitir agora mesmo, caso não faça o que eu mandar. - Ela fala entredentes e eu suspiro, cansada dessa forma rude dela falar comigo sem motivos.

- Se a condição para me manter no emprego for eu ter que agendar uma reunião entre a Senhorita e o meu namorado, no qual eu sei não ter negócios para tratar com a Senhorita, então não precisa se dar o trabalho, pois eu me demito.

- O quê?

- Isso mesmo, Vanessa! - Ela arregala os olhos por eu tê-la chamado pelo nome, mas não me importo. - Desde que eu comecei a trabalhar aqui na sua Empresa, você tem me tratado mal de forma gratuita e eu sempre fiz de tudo para não dar motivos para ser chamada atenção, mas você sempre conseguia encontrar um para fazer isso.

- Escuta aqui sua...

- Não! Quem vai me ouvir agora, é você. - Falo sem alterar o tom de voz e ela para de falar. - Com o tempo eu percebi que a sua amargura não era apenas comigo, pois você sempre tratou mal a todos os seus funcionários, principalmente os que realmente precisavam do trabalho, mas comigo a sua implicância sempre foi além. - Paro de falar e respiro fundo, antes de continuar. - Mas o trabalho extra que você considerava como punições, para mim foram apenas mais aprendizados e dessa forma eu consegui adquirir experiência além da minha função de Vendedora, mas mesmo assim, você sempre tentava buscar mais formas para me castigar até mesmo por um simples atraso de 5 minutos. Agora por que você nunca gostou de mim?

- Não preciso ter motivos para odiar alguém na minha Empresa.

- Concordo! Deus nos deu o livre arbítrio para fazer o que quiser e não somos obrigados a gostar de todo mundo, mas isso não te dá o direito de ser cruel quando bem entender. - Ela gargalha como se eu tivesse dito uma ótima piada, mas permaneço séria, até que ela acabe.

- Você é patética, garota! - Ignoro o que ela disse e apoio minhas mãos no encosto da cadeira a minha frente.

- Bom, se isso é tudo que você tem para falar comigo e se não está mais satisfeita com o meu trabalho, por mim tudo bem. - Dou de ombros, mesmo que meu coração esteja querendo saltar pela boca. - Mas mesmo assim eu quero agradecer pelo tempo que permaneci aqui, na sua Empresa, podendo aprender cada dia que passava uma nova função, mas não ficarei mais no local, onde a proprietária condiciona o trabalho a favores pessoais. Por isso, muito obrigada pela oportunidade, mas eu me demito. - Dou as costas, pronta para sair da sua sala, mas suas palavras me fazem parar no lugar.

- Você está se dando um valor maior do que tem Anastásia. - Permaneço de costas, mas viro-me quando ouço seus passos se aproximarem de onde estou. - Você acredita que saindo daqui irá encontrar Emprego em outro lugar, mas deixa eu te dizer uma coisa, você só irá trabalhar numa Empresa se eu permitir, pois você depende da minha carta de recomendação para conseguir outro emprego, mas veja só, não irei lhe dar. - Eu sorrio de lado, mas engolindo o nó entalado em minha garganta, por ver quem a Vanessa é de fato.

- Desculpe-me, Vanessa, mas não preciso da sua carta de recomendação. Eu não estou me superestimando, mas acredito que eu tenha capacidade para desenvolver qualquer função em qualquer Empresa que eu me candidatar. Agora eu preciso ir, pois o meu namorado deve estar me aguardando do lado de fora. - Eu tento abrir a porta, mas ela a fecha, colocando a mão nela.

- Esse seu namoro não vai durar, Anastásia. - Eu não falo nada, apenas encaro seus olhos frios e raivosos. - Homens como o Christian, gostam de mulheres que o satisfaçam de verdade na cama e não menininhas bobinhas e sonhadoras como você. Ele logo irá se cansar de brincar com o brinquedinho novo e vai atrás de uma mulher de verdade.

- Se isso acontecer, Vanessa, eu não poderei fazer nada, afinal, se ele está comigo hoje é porque me ama, mas se caso ele decidir fazer isso, não sou a dona dele e muito menos ele é um objeto que devo tomar posse. Como eu disse antes, cada pessoa tem o seu livre arbítrio e todos têm o direito de escolhas.

- Sabe Anastásia? Eu não sei o que o Christian viu em você, depois de ter tido a melhor noite de sexo da vida dele com uma mulher de verdade. - Eu suspiro mais uma vez, cansada dessa conversa. Poxa! Eu quero apenas ir para casa e descansar, será que é pedir muito?

- Se você estiver se referindo como a melhor noite de sexo da vida dele, as poucas horas que passou com você no quarto de Hotel no México, acredite em mim, pois se ele pudesse, apagaria esse dia de sua memória, como eu disse e repito, todos têm o direito de escolhas, mas nem sempre são as corretas. - Ela dá um passo para trás, talvez não imaginando que eu soubesse disso. - Será que agora eu posso ir? Pois se você for tentar me dizer que ele esteve atrás de você, quando na verdade ele evitou todas as suas ligações e recusou todas as suas ofertas para repetir uma noite que nunca mais aconteceria, então não precisa se dar o trabalho, eu sei de toda história, Vanessa.

- Será que sabe mesmo de toda a história? Será que você sabe também sobre a Débora? - Franzo o cenho, pois ainda não ouvi esse nome e ela abre um sorriso doentio. - Oh, você não sabe! - Ela bate palmas e eu engulo em seco. - Pergunte para ele, quem foi à mulher que ele amou. A única mulher que ele amou tanto a ponto de afastar até mesmo a sua família por ela. A mesma mulher que iria dar a ele um filho e a única que ele não consegue esquecer.

Vendo que conseguiu me deixar mexida com as suas palavras, ela se afasta gargalhando - como uma verdadeira Bruxa - e volta até sua mesa, sentando-se na sua cadeira. Não tendo mais o que falar, eu saio da sua sala, sem olhar para trás e entro no elevador. Sinto meus olhos marejarem por estar me segurando durante a discussão com a Vanessa. No entanto não deixo que as lágrimas deslizem por minha face e respiro fundo para controlar minhas emoções.

Eu nunca gostei de discutir com ninguém e muito menos de falar como falei com a Vanessa, mas eu venho guardando há tanto tempo isso dentro de mim, essa forma grosseira dela me tratar, as implicâncias sem sentido que eu não suportei o fato dela querer me usar para se aproximar do meu namorado.

E o que a Vanessa falou sobre essa mulher, eu sei que ela não está mentindo, afinal, Christian se afastou mesmo de sua família e ele me contou parte dos seus fantasmas, mas por que ele não me falou sobre essa tal de Débora? Ele nunca mencionou que tinha um filho ou teve, não sei dizer. O que será que aconteceu com o bebê? Será que ele ainda tem contato com essa mulher? Será que ela é o motivo que ele havia dito que não queria mais se envolver com mulher nenhuma?

Mesmo ele dizendo que me ama, a mãe do filho dele ainda deve ser importante em sua vida e sinceramente não sei se irei perguntar agora sobre esse assunto, que é claro como cristal, que o machuca, trazendo aquela tempestade nublando seus lindos olhos cinza. Mas seja o que for eu sei que se eu perguntar ele irá me responder, sendo que ele me garantiu que nunca mentiria ou omitiria alguma coisa de mim e se eu quisesse saber, bastava perguntar.

Sinceramente, a minha cabeça está uma bagunça e nesse momento a única coisa que eu sei é que quero ir para casa descansar. Colocar a cabeça no lugar e pensar que estou definitivamente desempregada. E sobre esse assunto que a Vanessa mencionou, depois conversarei com ele, pois sou muito curiosa e isso ficará martelando em minha cabeça, pois obviamente, eu quero saber quem é Débora e o que ela significa para ele.

Então se eu irei perguntar? A resposta é sim, com toda certeza!

Hum! Estou sentindo que Edgar deu uma recuada frustrando os planos da Bruxa Má do Oeste? Será? Ou isso pode ser apenas mais uma das artimanhas do lado negro da força?

E eu acho que a Ana ficou de saco cheio da Bruxa Má do Oeste, mas sem perder a classe, não é mesmo?

E agora hein? A Débora foi mencionada e vai surgir o assunto mais cedo que o Christian esperava e mais uma vez só tenho três palavras para o Senhor Gelo: Você que lute!

RECADINHO PARA AS MENINAS DO GRUPO DO WHATSAPP.

Meninas, esse capítulo havia ficado muito longo, por essa razão o dividi em duas partes e a parte 2 será o capítulo 57, certo? Estou apenas avisando, pois eu disse que teríamos a Tia Ângela e o Exame de DNA nesse, mas achei melhor dividi-lo.

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