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Capítulo - 55

A curiosidade é algo que não me orgulho muito de admitir que eu tenha em demasia, pois isso já me colocou em situações um pouco comprometedoras, mas que tiveram algum benefício também, como no dia que ouvi a conversa do Padre Lutero com a tia Ângela, mas foi graças a isso que eu comecei a trabalhar na Dress For Less e pude ajudar com as despesas de casa. E também o dia que eu ouvi o Christian conversando com o seu amigo, Aleksander, o que por um momento eu acreditei que a pessoa que ele odiasse fosse eu, mas depois ele deixou claro que era sobre a Vanessa que estavam falando e foi nesse dia que Christian disse que havia se apaixonado por mim, assim como eu estava apaixonada por ele e hoje, estamos namorando.

Mas desde aquele dia que algo tem me intrigado e entre tantos acontecimentos foi ficando no esquecimento, mas não seria eu, se deixasse isso de lado, ainda mais por querer entender por que a Vanessa disse que Christian seria seu futuro marido, o que obviamente era mentira, ainda mais por já ter ficado claro que eles não têm um bom relacionamento, como pude presenciar naquele encontro no Restaurante.

Posso estar sendo intrometida por querer saber algo que tecnicamente não seria da minha conta, mas passou a ser quando começou a me incomodar, ainda mais se tratando do meu namorado. E é por essa razão que assim que subimos para o quarto, que não pensei antes de perguntar de uma vez por todas e sem rodeios.

– Christian, por que a Vanessa me disse àquela vez que você seria o futuro marido dela? E o que aconteceu para você demonstrar ter tanta aversão por ela?

Por um momento ele fica sem reação, obviamente não esperando que a minha pergunta fosse tão direta e sobre algo que não me diz respeito, mas se eu quero saber, pergunto de uma vez e pronto, claro que ele está no direito de não responder nada, mas espero que ele o faça.

Ele pisca algumas vezes se recuperando do choque inicial das minhas perguntas e após respirar fundo, retirar a gravata e o paletó, colocando-os sobre a mesa, ele se senta no sofá que há em seu quarto, estendendo a mão para que eu me sente ao seu lado. E depois de alguns minutos apenas me olhando, começa a falar.

– Quando eu voltei de Boston, eu arrendei pelo período inicial de 60 meses, um Estaleiro em Olympia, para executar os meus projetos. Nessa época, eu ainda não havia construído a minha Empresa e ficava a maior parte do tempo no Escritório que havia no local, apenas para não ter que vir para casa. – Ele respira fundo e vejo que se lembrar de quando ele se afastava de sua família ainda o machuca, mas não o interrompo. – O proprietário sempre demonstrou ser um homem justo e honesto, mas devido a sua saúde não ser como antes, o Estaleiro estava praticamente abandonado, mesmo tendo dois filhos, no entanto nenhum dos dois demostravam interesse em seguir com os negócios do pai. Alguns meses depois que o Estaleiro estava em funcionamento, ele me ofereceu a possibilidade de comprá-lo, caso assim eu desejasse e fizemos um adendo ao contrato de arrendamento, pois era óbvio que eu queria ter o meu próprio Estaleiro.

– E você o comprou? – Ele pega a minha mão e começa a acariciar o dorso, confirmando com a cabeça.

– Comprei, sim, mas não de imediato. – Eu assinto e ele continua. – Porém alguns meses depois, Sebastian, o até então proprietário do Estaleiro, foi hospitalizado vindo a falecer logo em seguida e os herdeiros mais uma vez não fizeram questão de nem mesmo ficar por dentro da negociação do imóvel. No entanto, o adendo que ele mesmo propôs, como se já soubesse que não tivesse muito tempo de vida, me dava à possibilidade de comprar o local antes de encerrar o período de arrendamento. – Assinto novamente para ele saber que estou prestando atenção. – Eu entrei em contato com os herdeiros e o filho mais novo não hesitou em aceitar a minha oferta, sendo que nem no País ele morava, mas a irmã mais velha, além de não aceitar a proposta inicial, começou a frequentar o Estaleiro, sendo muitas vezes inconveniente, mas não irei entrar em detalhes sobre isso. – Quem respira fundo agora sou, pois sinto que não irei gostar de ouvir o resto da história por imaginar sobre quem ele está se referindo. – E não satisfeita com as minhas recusas, ela me fez uma contraproposta, querendo consolidar uma possível Sociedade, onde a única beneficiada seria ela, obviamente, pois depois eu descobri que ela estava a ponto de decretar falência em sua Empresa e perder a casa por estar com a hipoteca atrasada e mais uma vez eu recusei e estava decidido a encerrar o contrato se assim fosse necessário, mas por fim, eles aceitaram e o Estaleiro passou a ser definitivamente meu.

– E essa herdeira, pelo que posso deduzir, é a Vanessa Parker? – Ele assente e entrelaça os seus dedos nos meus. – Você não gosta dela por ter sido insistente em tentar forçar uma Sociedade e quase fazendo com que você ficasse sem o Estaleiro e atrasasse os seus projetos?

– Não apenas por isso. – Fico sem entender e ele baixa o olhar para nossas mãos, enquanto gira a minha aliança em meu dedo. – A compra do Estaleiro ocorreu um pouco antes de eu ir para o México com o seu pai, onde fiquei por seis meses. – Fico surpresa em saber disso, pois que ele foi para o México eu já sabia, sendo que o Caleb havia dito na época, mas não que era com o meu pai. – Mas na minha última noite no País, ela chegou ao Bar do Hotel onde eu estava hospedado e acabei cometendo o pior erro da minha vida, subindo para o quarto dela.

– Ah! – Exclamo surpresa por não ter mais o que falar e sem perceber eu puxo a minha mão da dele.

– Ana, eu... Depois que voltei de Boston, passei a ter um comportamento que não me orgulho, pois além de afastar a minha família, me tornando um homem frio e amargurado, eu estava também decidido a nunca me envolver com nenhuma outra mulher e por essa razão, me preocupava apenas em saciar os desejos do meu corpo, afinal, eu era um homem de 23 anos, mesmo que isso não seja justificativa para o meu comportamento. – Engulo em seco por ouvi-lo dizer que não queria se envolver com nenhuma outra mulher, dando-me a certeza que ele teve alguém especial que o machucou no passado. Ele pega novamente a minha mão, me encarando com seus olhos cinza que estão tristes agora. – Eu comecei a ir para cama com várias mulheres, não me importando nem mesmo de saber o nome delas, até porque seria apenas uma vez e eu nunca mais as veria e com a Vanessa não foi diferente.

– Não tão diferente assim, afinal, ela até estava fantasiando um casamento com você.

Meu tom de voz saiu mais magoado do que eu gostaria, mesmo sabendo que isso é irracional da minha parte, afinal, eu nem o conhecia, porém não vou negar que estou morrendo de ciúmes por saber que eles já... Não gosto nem de pensar nisso e ele suspira, pegando o meu rosto entre suas mãos, fazendo com que eu foque em seus olhos.

– Anastásia, como eu disse, não me orgulho de como fui por um tempo, mas eu nunca dei esperança para nenhuma mulher que esteve comigo, ou que teria uma segunda vez, e deixei isso claro para a Vanessa também. – Não falo nada, apenas fico ouvindo o que ele diz. – Eu sei que isso me faz parecer um canalha, mas eu sempre fui sincero com quem estivesse comigo. No entanto, parece que ela acreditou que por nos conhecermos, poderia ser diferente, e quando fui à Loja para te ver, eu fui também deixar claro para a Vanessa parar de ficar insistindo em algo que nunca aconteceria e o restante da história você já sabe.

– Ela... Ela ainda fica insistindo com você? – Ele acaricia o meu rosto e nega com a cabeça.

– Não. A última vez que tivemos qualquer tipo de contato foi naquele Restaurante. – Eu assinto e ele dá um beijo delicado em meus lábios. – Eu sei que isso não é o que você esperava ouvir, mas não haveria outra forma de eu te fazer entender a minha não relação com a Vanessa sem contar toda a história. Mas eu te garanto que foi uma única vez, apenas sexo e nada mais. E pode ter certeza que a ideia que aquilo pudesse evoluir para algo mais, nunca passou por minha cabeça.

– Acredito que vocês divergiam desse pensamento então, pois ela foi bem convincente quando disse que você seria o futuro marido dela. – Ele não fala nada, talvez porque não tenha argumentos e apenas fica me olhando, mas há uma coisa que não entra na minha cabeça. – Pelo que você falou a pouco, nunca gostou dela ou de suas insistências, mas então por que você foi... É... – Engulo em seco, sentindo meu estômago se revirar só em imaginar algo assim. – Por que você foi pra cama justamente com ela? – Agora quem engole em seco é ele e mais uma vez respira fundo sem desviar o olhar dos meus.

– Naquele dia em questão, eu estava com a minha cabeça cheia das merdas que me perturbavam e eu queria apenas por um momento ocupar a minha mente com qualquer coisa, mas geralmente isso só acontecia e por um curto período de tempo quando eu bebia ou fo... – Ele pigarreia, mas tenho uma ideia do que ele iria dizer. – Enfim, ela apareceu e sem pensar no erro que eu estaria cometendo eu...

– Passou a noite com ela. – Completo, vendo que ele estava buscando as melhores palavras para não me constranger.

– Não! Eu apenas transei com ela. – Ele fala irritado, mas para de falar e respira fundo. – Eu nunca beijei ou passei a noite com nem uma das mulheres que eu fui pra cama nesse tempo, Ana, eu apenas... Bem, era só sexo, sem importância, sem sentimentos e nenhum envolvimento futuro. Como eu disse era apenas necessidade carnal e nada mais. – Eu assinto e tento me afastar do seu toque em meu rosto, mas ele me segura com um pouco mais de firmeza. – Eu preciso que você saiba e tenha certeza que eu nunca irei mentir ou omitir nada para você, Anastásia, por mais difícil que seja de se ouvir. Eu sempre direi a verdade, por isso sempre que estiver com dúvida ou curiosa com alguma coisa, não deixe de falar comigo, tudo bem?

– Eu acredito em você, mas está tudo bem, Christian, nem mesmo nos conhecíamos quando isso aconteceu de qualquer forma. – Dou de ombros não dando tanta importância para tudo isso, mesmo que apenas pensar que terei que olhar para Vanessa, sabendo que ela já teve algo com o meu namorado, não me agrada em absoluto.

– Se você acredita em mim, então por que essa carinha e essa testinha franzida? – Ele acaricia entre minhas sobrancelhas e sorri de lado, antes de praticamente deitar no sofá e me puxar para o seu peito, mas suspiro e sou sincera como ele também está sendo.

– Eu acredito mesmo em você, Christian. – Respiro fundo sentindo o perfume em sua camisa e aconchego mais a bochecha em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração. – Mas o fato de eu ter que olhar para a Vanessa, que é a minha Empregadora, e saber que vocês dois tiveram alguma coisa me deixa incomodada, isso eu não posso e nem vou negar.

– Sobre isso... – Ele coloca o dedo em meu queixo, levantando a minha cabeça para olhá-lo. – Naquele dia eu não fiquei nada satisfeito pela forma que ela te tratou e pelo que os meus irmãos falam, isso sempre acontece, por que você continua trabalhando para aquela mulher? – Suspiro e sento-me para poder olhá-lo melhor.

– Quando eu comecei a trabalhar na Loja, ela sempre tinha alguma coisa para chamar a minha atenção, fazendo com que eu executasse outras funções que não eram minhas, mas de certa forma isso não foi ruim, pois eu pude aprender o funcionamento de algumas áreas da Empresa e para alguém como eu, que não tinha experiência nenhuma, foi muito bom. – Ele assente e se senta também. – E parece que quanto mais eu sobressaia ao trabalho que ela me mandava fazer, mais frustrada ela ficava e mais trabalho eu tinha para fazer, sendo que não havia argumentos ou motivos para me demitir e eu não poderia perder aquele emprego, pois eu precisava ajudar a minha família que tiveram que mudar suas vidas apenas para me acompanhar, afinal, por mais carrasca que a Vanessa tenha sido comigo, nunca foi injusta com o valor que nos pagava e pelo que conversamos com as meninas das lojas vizinhas, recebíamos quase três vezes mais do que elas. – Dou de ombros e ele faz uma carranca.

– Bom, por ser uma mulher mesquinha, arrogante e amargurada, ela não fazia mais do que a obrigação dela em remunerar bem os seus funcionários. – Dou uma risadinha e ele me olha sem entender, suavizando o semblante que ficou carregado de repente. – O que foi?

– É impressionante como você muda de humor tão rápido. – Ele sorri tímido, pegando a minha mão, me puxando para um beijo.

– Desculpe-me. – Ele me dá outro beijo e suspira. – São hábitos que não consigo mudar.

– Mas eu não quero que você mude, pois foi justamente por essa cara séria e emburrada... – Eu fecho a cara para imitá-lo e ele sorri negando com a cabeça. –... Que eu me apaixonei. – Ele me abraça e beija os meus cabelos.

– Mas falando sério, Ana, você poderia apenas se dedicar aos seus estudos, agora que sabe quem são os seus pais. E eu também poderia... – Eu me afasto e nego com a cabeça o interrompendo.

– Christian, independente de quem seja os meus pais, se eles têm dinheiro ou não, se são donos de um Império ou não, ou se sou sua namorada, não vou mudar quem eu sou. – Ele suspira, mas não fala nada. – Você pode achar que é orgulho ou ignorância da minha parte, mas não é. Eu aprendi que nada vem de graça e que se queremos conquistar o nosso espaço, temos que lutar por ele. – Ele assente e pega a minha mão, levando aos seus lábios de forma delicada. – Eu sempre estudei muito e o Tio Marco sempre fez de tudo para que eu tivesse uma boa formação, inclusive me colocando para fazer aulas de idiomas...

– Você fala outros idiomas? – Ele pergunta impressionado e eu sorrio um pouco envergonhada.

– Sim, comecei ainda bem novinha, deveria ter uns seis anos. Ele dizia que quando eu crescesse iria entender o porquê, mas eu sempre fui muito curiosa e gostava de aprender coisas novas, por isso eu não achava ruim, muito pelo contrário, sempre encarei as aulas como novas aventuras. Então ele me colocou para estudar Francês, Italiano, Espanhol e comecei a fazer Alemão, mas como eu precisava focar mais nos estudos para conseguir a bolsa na Universidade, eu parei de frequentar o curso e vim para Seattle.

– Hum, então eu tenho uma namorada Poliglota? – Ele me faz girar no sofá e apoiar as costas em seu peito, recebendo um beijo carinhoso em meus cabelos e acabo dando risada da sua atitude.

– Digamos que eu fale algumas coisinhas em quatro idiomas diferentes.

– Não seja modesta, Baby. – Eu nego com a cabeça, mas sem deixar de sorrir e ele me aperta em seus braços. – Você poderia trabalhar em qualquer outro lugar sem precisar suportar as sandices da Vanessa e eu ficaria muito honrado em tê-la na minha Empresa, mas acredito que terei que disputar os seus talentos com o seu pai.

– Trabalhar na Dress For Less me deu grande aprendizado e em várias áreas, como havia dito antes, e de certa forma, eu agradeço pela Vanessa ter sido tão incisiva em alguns momentos, pois agora eu sei que poderei procurar emprego em qualquer outro lugar que conseguirei executar o trabalho que me for designado, sem o medo de antes, por ser completamente inexperiente, entende? – Sinto o movimento que ele faz ao assentir e depois de suspirar eu continuo. – Apesar de não entender as atitudes da Vanessa, ainda mais agora que ela teve uma mudança de comportamento surpreendente, não vou negar que fico um pouco incomodada pela forma que ela me olha ainda mais depois que nos viu juntos. – E agora eu sei o porquê, completo apenas para mim, mesmo não querendo pensar nesse "detalhe", é inevitável. Ele fica em silêncio por um momento, apenas absorvendo o que eu disse.

– Venha trabalhar comigo? – Agora quem fica em silêncio sou eu, mas ele faz com que me vire para ficar de frente para encará-lo. – Não precisa responder nada agora, Ana, pois eu sei que você quer conquistar o seu espaço por mérito próprio e que talvez possa pensar que trabalhando comigo não será assim, mas eu te garanto que não sou um chefe muito fácil de lidar, afinal a fama de Senhor Gelo na qual fui nomeado na Empresa não é à toa. – Dou risada da forma que ele falou o apelido recebido e fico pensando em sua proposta. – Apenas pense por enquanto, mas eu ficaria feliz de tê-la em meu quadro de funcionários. – Dou um beijo em seus lábios e assinto.

– Eu prometo que irei pensar, mas agora... – Dou outro beijo nele e me levanto, aproximando da porta. –... Eu irei tomar um banho, pois preciso estudar um pouco para a prova de amanhã.

– Aonde você vai? – Fico sem entender com a mão na maçaneta da porta que acabei de abrir e viro-me para ele, que está com um sorriso de lado nos lábios.

– Eu irei para o meu quarto tomar um banho. – Respondo o óbvio, mas ele se levanta, se aproximando e fechando a porta envolvendo a minha cintura com seus braços.

– Você está no seu quarto, Baby, melhor dizendo, no nosso quarto. – Sorrio envergonhada por ter me esquecido disso e escondo o rosto no peito dele, mas levanto de imediato assim que ouço a sua risada.

– Você deveria sorrir assim sempre, Christian. – Toco o seu rosto e percebo que ele ficou envergonhado.

Mordo no lábio para segurar o riso, vendo o quanto ele é diferente comigo, sendo muito mais leve, parecendo de fato um jovem de 25 anos e não um homem que parece carregar o mundo em suas costas. Mas pensando bem, ele está assim não apenas comigo, pois ele tem se esforçado muito, estando inclusive mais presente e comunicativo com a sua família.

– Agora eu tenho um motivo para fazer isso e está bem na minha frente. – Ele acaricia o meu rosto e eu sorrio. – E por alguma razão, se apaixonou por mim, mesmo sendo como eu sou.

– Você está errado. – Ele fica sem entender ficando sério de repente e eu sorrio ainda mais. – Não apenas me apaixonei, mas eu te amo do jeitinho que você é. Até mesmo quando está carrancudo como agora. – Seguro o seu rosto e começo a beijá-lo em todos os lugares e sinto o seu sorriso, que muda para uma risada gostosa que faz borboletas se agitar em meu estômago.

Fico na ponta dos pés e continuo beijando onde alcanço, inclusive o seu pescoço tão cheiroso que sempre senti vontade de fazer. Sinto suas mãos apertarem a minha cintura, mas por alguma razão não quero parar, apenas tenho ainda mais vontade de continuar. Suas mãos deslizam por minhas costas me aproximando ainda mais do seu corpo e a sua risada se transforma num gemido e percebo que sua respiração está acelerada, enquanto exploro o seu pescoço com os meus lábios.

Sendo um pouco mais ousada, traço uma linha de beijos da sua mandíbula bem marcada a orelha e sem perceber eu mordo o lóbulo tão fofo delicadamente ouvindo o seu suspiro seguido por um gemido rouco.

– Ana...

Ele aproxima ainda mais o meu corpo do dele e sinto algo rígido pressionar o meu ventre, fazendo com que eu me sinta quente, principalmente entre as minhas pernas. Mas assim que tento sentir mais do calor que emana do seu corpo e essa sensação que começou a aquecer o meu, ele me afasta delicadamente, respirando fundo.

– Eu... Acho melhor pararmos ou não serei capaz de responder por meus atos. – Ele está ofegante e percebo que eu também estou. – Na verdade eu nem sei se serei capaz de me controlar por muito tempo se você continuar me beijando assim. – Fico sem entender e ele me dá um sorriso diferente, um sorriso que ainda não havia visto em seus lábios, carregado de malícia, com seus olhos, outrora tempestuosos, parecendo estar em chamas agora, enquanto me faz sentir o que ele está querendo dizer, pressionando seu corpo no meu e eu arregalo os olhos.

– Oh! Desculpe-me. – Nem sei o porquê de estar me desculpando, mas ainda sorrindo, ele beija a minha testa, negando com a cabeça.

– Não se desculpe, pois não irei me desculpar por isso. – Ele olha para baixo e sigo o seu olhar, mas envergonhada por vê-lo excitado, eu desvio rapidamente para qualquer lugar que não seja ele. – Não precisa ficar envergonhada, Baby, é normal isso e eu tenho certeza que você também está sentindo. É isso que acontece quando duas pessoas se desejam.

– Christian! – Tento repreendê-lo, mas mordo novamente meu lábio para reprimir uma risadinha, quando ele pressiona o corpo novamente no meu.

– Você não sabe o quanto eu te quero, Ana, ainda mais por vê-la toda vermelhinha assim depois de me provocar como agora. – Ele me dá um beijo, mas antes que eu consiga aprofundá-lo, ele se afasta deixando-me atordoada com a miscelânea de sentimentos que me assola agora. – Mas esperarei o seu tempo, no entanto, se você não se importar, eu irei tomar um banho primeiro de preferência gelado. – Ele sussurra a última parte, apesar de que eu tenha conseguido ouvir, mas assinto por não conseguir falar nada depois do que ele disse e após mais um selar em meus lábios ele caminha para o banheiro a passos rápidos.

Respiro fundo, colocando a mão no peito, sentindo o meu coração acelerado e sorrio sozinha, não imaginando que beijos inocentes – ou talvez não tão inocentes assim – pudessem causar essas sensações em meu corpo, assim como no dele, mas por alguma razão fico satisfeita com isso, porém não posso pensar nisso agora e balançando a cabeça, tentando dissipar esses pensamentos por ora, eu caminho na direção do closet e vejo as minhas poucas roupas num espaço que está praticamente vazio e lembro-me que preciso ir até a minha casa, além de falar com a minha tia que pretendo ficar mais um tempo aqui, com o meu namorado.

(...)

Acordar na mesma cama que o Christian, agora no quarto que é nosso, tomar café com a sua família, que sinto como se também fosse minha e irmos juntos para a Universidade, está sendo tão natural como se tivéssemos feito isso sempre e não há tão pouco tempo, mas sinceramente? Quem se importa com contagem do tempo? Eu que não! Quero apenas aproveitar cada momento que passo ao seu lado e que faz tão bem ao meu coração que é um bobo apaixonado.

Eu queria tanto ter conversado com a Eloise e o Pietro, sobre tudo que aconteceu na noite de ontem, as sensações e reações do meu corpo com simples beijos – que não foi minha intenção ter uma conotação sexual –, mas devido às provas e as férias que estão se aproximando, não tivemos muito tempo e nem mesmo no intervalo conseguimos falar algo que não fosse à prova assim que retornássemos para a sala.

Porém não vou negar que além de estar curiosa – para variar – para descobrir mais dessas sensações que o meu corpo sente apenas por estar em seus braços, eu esteja também com vontade de explorar um pouco mais do que eu serei capaz de provocar no meu namorado. Dou uma risadinha e coloco a mão na boca, vendo que Taylor me olhou pelo retrovisor interno do carro e encaro a paisagem do lado de fora da janela, para disfarçar o meu constrangimento, mas acabo dando de ombros e acho que está na hora de colocar em prática as dicas de como usar aquelas lingeries que o pervertido do Pietro me fez comprar.

– Obrigada, Taylor! E tenha uma boa tarde.

– Boa tarde, Senhorita Steele. – Faço uma careta e pego a minha bolsa.

– Você não poderia deixar esse, "Senhorita Steele", de lado e me chamar apenas de Ana?

– Isso não seria adequado, Senhorita! – Reviro os olhos e nego com a cabeça, mas acabo sorrindo por vê-lo tão sério.

– Você ainda vai me chamar de Ana, Taylor, pode apostar. – Vejo a sombra de um sorriso em seus lábios e dou um tchauzinho para ele e corro para entrar na Loja, apesar de estar bem adiantada. – Boa tarde, Melissa! – Ela dá um pulinho e coloca a mão no peito, assim que entro no vestiário, me fazendo dar risada.

– Que susto, Ana! Você quer que eu morra antes de perder a virgindade? – Nego com a cabeça, mas não consigo parar de rir enquanto começo a trocar as minhas roupas. – E por que você está tão animadinha assim? Com certeza isso não é porque iremos ficar trancadas o dia todo naquele cofre para terminar o inventário. – Ela me olha desconfiada e volta a se arrumar.

– Não há motivos, eu sou sempre animada. – Fecho o zíper do meu vestido e começo a trançar o cabelo. – Mas, hoje é sexta-feira e amanhã eu não trabalho e poderei passar o dia todo com o meu namorado.

– Esfrega na minha cara, ordinária! Esfrega que eu não tenho um namorado e que possivelmente com um pai como o meu, morrerei virgem, sozinha e com 15 gatos e olha que nem de gato eu gosto. – Gargalho da cara de coitada que ela faz e começo a fazer uma maquiagem rápida e leve.

– Melissa, não faça essa carinha triste, pois se eu encontrei o meu Príncipe onde eu menos esperava, eu tenho certeza que você também irá encontrar o seu.

– Assim eu espero Ana! E que o meu Príncipe não galope em seu cavalo para bem longe, quando conhecer o carrasco que é o meu pai. – Fico séria por ver que ela está mesmo preocupada e me aproximo dando um abraço nela.

– Se esse Príncipe gostar mesmo de você, eu tenho certeza que ele será capaz de enfrentar qualquer coisa para ficar ao seu lado, inclusive o seu pai. – Ela assente e vejo seus olhos marejados, quando nos afastamos. – Por que você está assim, Melissa? Isso não é apenas por não ter um namorado ou medo do seu pai não aprová-lo. Conversa comigo! O que está acontecendo?

– Eu fui almoçar na casa dos meus pais, obrigada obviamente, mas o meu pai insiste que eu preciso me casar. – Ela se senta no puff e eu me sento ao seu lado. – Estamos no século XXI, Ana, onde a mulher tem voz e direito de escolha, mas o meu pai acha que eu tenho que fazer a minha obrigação como filha, mas o que ele quer na verdade, além de alguém que seja milionário é claro, alguém que administre o Banco como ele. Mesmo que ele tenha me obrigado a fazer Economia por ser a sua Sucessora no Banco, eu sinto que ele preferia se eu fosse homem, mas infelizmente, não posso mudar o fato de ter nascido mulher e ser independente.

– E sua mãe, o que ela diz sobre isso? – Ela seca uma lágrima que deslizou por seu rosto e suspira.

– Minha mãe sempre foi uma dondoca que fazia tudo que os pais queriam e depois passou a fazer apenas as vontades do meu pai. Eu sei que ela me ama de verdade, Ana, no entanto ela não consegue ir contra a própria natureza, afinal, meu avô foi um homem muito pior que o meu pai nesse quesito, pelo que fiquei sabendo, pois não o conheci. – Eu assinto, mesmo não conseguindo imaginar um pai fazendo isso com a própria filha. – E diferente de mim que o enfrento, a minha mãe nunca teve vontade ou disposição para fazer isso, aceitando o que segundo ela, era o seu destino.

– Não fique assim, Melissa, eu tenho certeza que uma hora ou outra, o seu pai vai perceber que os tempos são outros e que se você não quer se casar sem amor, não irá fazer e só caberá a ele aceitar.

– E sinceramente, se ele não aceitar, não posso fazer nada. Nem que mesmo com dor no meu coração, afinal, eu amo o meu pai, eu precise me afastar em definitivo dele e da minha mãe, mas casar por conveniência, ah, não irei mesmo! – Sorrio da sua determinação e calço os meus sapatos.

– É assim que se fala Melissa. – Abraço-a de lado e ela sorri. – Mas já que chegamos mais cedo, o que você acha de entrarmos naquele cofre e terminar aquele inventário o quanto antes?

– Se não temos escolha, vamos lá!

Guardamos nossas bolsas em nossos armários e saímos do vestiário encontrando com Andrea que nos olha de cara feia, mas Melissa, madura como só ela consegue ser, apenas dá língua para ela e seguimos para o cofre para terminarmos logo esse bendito inventário.

(...)

– Anastásia, suba agora mesmo para a área Vip Masculina, o cliente dos ternos da Dior acabou de chegar e a Vanessa mandou que você o atendesse.

– Oh, Queridinha! Você já ouviu as palavrinhas, por favor, e já tentou usá-las alguma vez? – Melissa pergunta para Andrea que chegou a porta do Cofre com a sua arrogância de sempre, como se não fosse uma funcionária qualquer, como nós.

– Cala essa boca, bonequinha mimada, que a conversa é com a sonsa da Anastásia, que pelo visto não consegue responder por si mesma.

– Ah, mas eu vou te mostrar quem é a bonequinha mimada agora mesmo, sua boneca inflável. – Eu seguro o braço de Melissa quando ela tenta passar por mim e Andrea apenas revira os olhos em deboche.

– Melissa, para com isso. – Ela respira fundo, mas volta para o seu lugar, não antes de fazer um gesto feio com o dedo do meio para Andrea. – Estou indo, Andrea, obrigada. – Ela sai rebolando com o seu uniforme que não sei como não rasga de tão apertado que é e viro-me para Melissa. – Você tem que parar de cair nas provocações dela.

– Nossa, eu tenho um ódio dessa mulher e para falar a verdade, ainda não saí dessa Loja, só por causa de você, da Marta e da Júlia, caso contrário, eu já teria procurado outro lugar para trabalhar.

– Mas ficar arrumando confusão com a Andrea, não vai resolver nada, Melissa. E deixa ela de lado, eu acho que ela usa toda essa amargura e tenta mostrar superioridade para mascarar o seu verdadeiro lado.

– Você é boa demais para esse mundo, Ana. – Ela bufa e volta a sentar. – Só você para conseguir ver o lado positivo até mesmo de quem não tem solução. – Ela sorri e eu nego com a cabeça.

– Vou atender esse cliente logo, pois a Bruxa Má do Oeste disse que é um amigo "muito querido" e que devo atendê-lo muito bem. – Faço careta e Melissa dá risada.

– Então boa sorte, minha amiga, pois entre duas, uma. Ou esse cliente é tão insuportável quanto ela ou é um velho barrigudo, careca, fedorento e babão. – Eu gargalho dos olhos arregalados dela e retiro as minhas luvas, arrumando o meu vestido que amassou por eu ficar tanto tempo sentada. – Daqui a pouco eu vou lá, conhecer o velhote e tentar te salvar desses velhos tarados.

– Você não tem jeito, Melissa.

Deixo-a no cofre dando risada e caminho na direção do elevador – pois estou com preguiça de subir dois lances de escada – e aperto o botão do terceiro andar. Respiro fundo, começando acreditar que a Melissa possa ter razão, pois às vezes aparece cada peça aqui nessa Loja, que só Deus sabe.

No entanto, assim que me aproximo e diferente do que ela imaginou, o cliente que me aguarda, não é barrigudo, careca, babão, velhote e muito menos fedorento, pois posso sentir o cheiro do perfume caro que ele está usando, além de estar usando jeans, camiseta e uma jaqueta de couro preta. Olhos azuis penetrantes e cabelos castanhos ondulados e à medida que vou me aproximando, ele sorri, me dando a impressão de se parecer com alguém que eu conheço, mas não me recordo quem.

– Boa tarde, Senhor!

– Boa tarde, Senhorita! Será que eu poderia saber o nome da pessoa que me atenderá, mas que esbanja tamanha beleza que ofusca até mesmo o brilho do sol? – Ele estende a mão para que eu possa pegá-la, mas diferente do que pensei ser um simples cumprimento, ele a leva aos seus lábios.

– Meu nome é Anastásia e estarei ajudando-o com a escolha dos seus ternos, Senhor. – Retiro minha mão devagar, para não parecer indelicada e me afasto um pouco envergonhada pela forma que ele está me olhando.

– Se eu soubesse que seria atendido por uma jovem de beleza tão ímpar como a sua, teria vindo aqui antes. – Galanteador, eu devo admitir, mas tenho vontade de revirar os olhos, por sua tentativa falha de flertar comigo, afinal, ele não é o primeiro a fazer isso e eu já tenho namorado.

– Antes de começarmos, o Senhor gostaria de tomar alguma coisa?

– Gostaria sim, mas só se você puder me acompanhar?

– Desculpe-me, Senhor...

– Johnson, mas para você, apenas Edgar.

Perceberam que com esse casal meias verdades ou mentiras bonitas não vão acontecer, não é mesmo 🤭🤭🤭?

Senhor Gelo, ops, quer dizer, Senhor Estou Subindo pelas Paredes é dos meus, verdade acima de tudo e que se foda o resto 🤭🤭🤭!

E essa Melissa, hein? Minha nossa senhora das amigas tristes, mas também irritadas, gostei de ver! Bota essa boneca inflável, ops, desculpa, essa Andrea no lugar dela 🤭🤭🤭!

E minha nossa senhora das mocinhas na mira do lobo mau, o que será que vai acontecer com esse encontro com o Edgar 😏😏😏? Eu é que não sei de nada 🤷🏻‍♀️🤷🏻‍♀️🤷🏻‍♀️!

RECADINHO EXTRA!

Meninas, vou aproveitar para dar o recadinho aqui do outro livro, ok?

Era para ter tido atualização de Entre o Dever e o Amor, ontem, mas não consegui finalizar o capítulo, mas estarei finalizando e até domingo ele será postado, por isso, quem está lendo-o, desculpe-me por não ter postado ainda, mas sairá sem falta.

Obrigada e beijos!

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