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Capítulo - 52

Acordei sentindo frio e percebo que a janela da sacada havia ficado aberta e que eu não peguei o cobertor, tendo em vista que eu não pretendia dormir até que Christian chegasse, mas pelo visto ele não chegou ou ficou em seu quarto. Suspiro e pego o celular para verificar a hora e vejo que são um pouco mais de 02h00 da manhã e isso me deixa preocupada, sendo que desde o dia que vim para a sua casa, ele nunca mais dormiu em seu quarto.

Será que aconteceu alguma coisa? Será que ele realmente já está em casa? Por que ele não atendeu a minha ligação? O Taylor normalmente é calado durante os percursos que fazemos de carro, mas hoje ele estava atipicamente estranho, como se soubesse de alguma coisa, mas por ser leal ao Christian, não respondeu nem mesmo as minhas curtas perguntas. Eu não sei, só sei que estou sentindo que alguma coisa aconteceu e eu não ficarei tranquila enquanto não vê-lo e confirmar que ele está de fato bem.

Posso estar exagerando, mas o meu sexto sentido me alerta que Christian precisa de mim de alguma forma ou será que possa ser apenas o meu coração bobo apaixonado que está sentindo a falta dele? A falta de sentir o seu perfume marcante, mas que consegue me acalmar apenas por sentir o seu corpo quente e musculoso, enquanto me tem seus braços?

Levanto-me da cama num rompante decidida, após me lembrar de que ele mesmo havia dito que eu não precisaria pedir permissão para entrar em seu quarto e bem, se ele se importar eu não ligo. Quem mandou não atender a minha ligação, nem que fosse para avisar que estava bem? Dou de ombros, pego o meu celular e saio do meu quarto. Bato suavemente em sua porta não obtendo resposta e penso se eu não deveria voltar e deixar para vê-lo pela manhã, no entanto, sou muito curiosa e estou muito preocupada para deixar para saber o que aconteceu somente quando acordar.

Abro a porta bem devagar e vejo que sua cama está arrumada, mas ouço o barulho da água caindo no banheiro e respiro aliviada, pois eu sei que ele está em casa, mas ainda assim intrigada do porque ele não ter ido ao meu quarto ou poderia pelo menos ter retornado a minha ligação, ou até mesmo enviado uma mensagem curta, sabendo que eu estaria o esperando.

Aproveito para olhar melhor o seu quarto, sendo que das duas primeiras vezes que eu estive aqui, não tive a oportunidade de fazê-lo e sorrio por ver o quanto o ambiente combina com ele. Com cores sóbrias, predominando o preto, cinza e branco. O seu perfume está impregnado em todo o ambiente, deixando-me inebriada e com o coração acelerado apenas por senti-lo. E diferente do quarto que estou hospedada e que é bem impessoal este é muito característico com a personalidade de Christian, séria, imponente e marcante.

Sua cama que é muito maior do que a "minha" é um convite para que eu me jogue nela como uma menininha, apenas para sentir a maciez e poder sentir ainda mais do seu cheiro que eu tenho certeza estar presente em seus lençóis. E pensando bem, eu nunca estive no quarto de um homem antes, não para observá-lo como estou fazendo agora, ainda mais este homem sendo o meu namorado, pois o quarto do Padre Lutero não contava.

Dou uma risadinha por pensar nisso e sento-me aos pés da cama para espera-lo, porque não irei negar que além de estar preocupada, eu estou com saudades também e me pergunto desde quando fiquei tão dependente assim para ver outra pessoa? Ah, claro! Desde que me apaixonei pelo irmão gêmeo do meu melhor amigo.

Sinto o meu coração que já estava acelerado, ficar ainda mais desgovernado quando ouço o barulho da porta se abrindo e prendo a respiração por vê-lo sair do banheiro apenas com uma toalha em sua cintura, com gotículas de água deslizando pelo seu torso nu e imediatamente sinto-me quente e sei que o meu rosto está ficando muito vermelho.

- Anastásia!

Ele pronuncia o meu nome como se não estivesse esperando me ver e por alguma razão, o seu timbre de voz está diferente, levemente arrastado, mas o que chamou a minha atenção foi os seus olhos, que não estão tão brilhantes e vivos como estavam hoje de manhã. Consigo perceber uma sombra da tempestade que havia em seus olhos cinza, na primeira vez que o vi, como se alguma coisa estivesse errada e sem pensar duas vezes eu levanto-me, deixando o celular sobre a cama e me aproximo, pegando o seu rosto entre minhas mãos e o vejo engolir em seco.

- O que aconteceu, Christian? Por que você está assim?

- Não é nada. - Ele tenta desviar os olhos dos meus, mas seguro mais firme o seu rosto não permitindo.

- Você havia me dito que se tinha uma coisa que eu poderia acreditar é que você nunca mentiria para mim, por que está fazendo isso agora?

- Eu não estou mentindo e jamais farei isso.

- Você não está mentindo, mas omitindo, sim! - Ele suspira e engole em seco novamente negando com a cabeça. - O que aconteceu? Por que você está chegando somente agora? - Arregalo os olhos por perceber que estou cobrando satisfações dele e tento me afastar, mas ele segura os meus pulsos para me manter no lugar e vejo uma caixinha azul em sua mão. Ele segue a direção do meu olhar e me solta, se afastando.

- Eu vou me vestir. - Eu confirmo com a cabeça e sinto o meu rosto ficar ainda mais vermelho por estar tão próxima dele, estando apenas com uma toalha em sua cintura e o vejo entrar em seu closet.

Respiro fundo para tentar acalmar as batidas aceleradas do meu coração e agora tenho certeza que alguma coisa aconteceu, mas antes que eu consigo começar a pensar nas possibilidades do que possa estar errado, para que ele parecesse tão distante e aflito, alguns minutos depois de ter entrado no closet, interrompendo os meus pensamentos, eu o vejo retornar para o quarto, usando uma calça de moletom e uma camiseta preta, olhando fixamente para os meus olhos me deixando ainda mais envergonhada pela forma intensa que está me olhando.

- Christian, eu...

Sou interrompida quando ele se aproxima tomando a minha boca na sua, fazendo-me arfar pelo susto, mas logo estou retribuindo o seu beijo e levo as minhas mãos a sua nuca, sentindo seus cabelos deslizarem por entre os meus dedos. Sinto quando ele começa a andar lentamente pelo quarto, fazendo-me acompanhar os seus passos de costas, até sentir a cama e cair sobre ela, tendo o seu corpo caindo sobre o meu, que apoia o peso em seus braços.

Ele se afasta quando precisamos respirar e me olha tão intensamente que sinto as borboletas fazerem uma verdadeira algazarra em meu estômago, mas ele não está bem, consigo sentir pelo seu beijo desesperado e a forma que ele me olha como se quisesse memorizar cada detalhe do meu rosto, assim como um leve aroma de alguma bebida, mas não está bêbado.

- O que aconteceu, Christian? Conversa comigo.

Ele esconde o rosto em meu pescoço e respira fundo, fazendo com que eu sinta um arrepio pelo corpo, mas ignoro essa sensação diferente e levo a mão aos seus cabelos acariciando-os, não me importando com a posição que estamos em sua cama, mesmo que seja um pouco constrangedora, pois sinto que ele precisa desse contato comigo.

- Desculpe-me, Anastásia!

- O quê? Por quê? - Ele nega com a cabeça e sinto o meu coração se apertar. - O que você fez para estar se desculpando, Christian? - Pergunto com um fio de voz, com medo de ouvir a resposta.

- Eu não fiz, mas pensei em fazer. Eu pensei em me afastar de você. - Ele responde de forma sentida e fico sem entender, mesmo sentindo um aperto no coração por ele dizer isso, mas ele se afasta e apoiando o seu peso com um braço, para com a outra mão, acariciar o meu rosto. - E sinceramente, eu não sei se teria força suficiente para me afastar de você.

- E por que você iria querer se afastar de mim? Eu não estou entendendo, Christian? - Ele suspira e se levanta, sentando-se na beirada da cama e eu faço o mesmo, ficando ao seu lado.

- Eu sou complicado, Anastásia! Eu tenho traumas que para alguns podem ser uma mera besteira, mas que para mim, fizeram com que eu me sentisse um merda e por um tempo foi assim que agi com as pessoas a minha volta, principalmente com a minha família. - Não falo nada, com medo que ele possa parar de conversar comigo, apenas seguro a sua mão e ele entrelaça os nossos dedos, mas ainda não olha para mim, mantendo seu olhar baixo. - E isso teve uma influência negativa sobre mim, fazendo com que o meu psicológico e emocional ficassem fodidos a ponto de eu me fechar, de me afastar dos meus pais, dos meus irmãos e de todos a minha volta, pois assim, eu não precisaria sentir nada e correr o risco de me machucar novamente. - Ele olha para mim e meu coração se aperta por ver a dor em seus olhos. - Mas hoje, eu entendo que nada que eu faça irá fazer o passado ser apagado e que de uma forma ou de outra, alguma coisa irá acontecer para sempre me lembrar do que aconteceu e é nessa hora que o sentimento de ser um merda volta com tudo, me fazendo duvidar se eu serei o suficiente para manter alguém do meu lado... Para ter você ao meu lado. - Eu nego com a cabeça, mas ele se vira para mim e toca o meu rosto. - Mas hoje também, eu percebi que não ter você ao meu lado, faria com que eu voltasse a ser aquele homem frio e sem coração que se afastava a cada dia que passava mais das pessoas que ama. E eu não quero mais ser aquele homem que eu era antes de você me confundir com o meu irmão gêmeo na porta daquele Hospital. - Eu coloco a mão sobre a sua que permanece no meu rosto e encaro os seus olhos aflitos e tempestuosos.

- Christian, eu não sei exatamente o que aconteceu para que você se sentisse dessa forma e quando você estiver pronto, eu sei que irá me contar, mas mesmo nos conhecendo em tão pouco tempo, eu posso garantir que você não é e nunca foi um homem sem coração e muito menos frio.

- Você não entende Ana! Eu simplesmente... - Eu nego com a cabeça o interrompendo.

- Não, Christian! É você que não entende, pois isso está apenas em sua cabeça. - Ele balança a cabeça em negação, mas não o deixo me interromper. - Os seus irmãos te amam, a sua mãe e o seu pai te amam e pelo tempo que eu conheço a sua família, eu via o tanto que eles sentiam a sua falta e sofriam sim, mas talvez por se sentirem incapazes de se reaproximarem de você sem que invadissem o espaço que você precisava naquele momento, não porque te consideravam frio e sem coração ou insuficiente como você acreditava ser e isso foi fazendo com que eu ficasse ainda mais curiosa para conhecê-lo. - Ele dá um sorriso tímido e eu sorrio por ter conseguido isso. - Mas quando o conheci, mesmo que eu estivesse sofrendo pelo o que aconteceu com o Padre Lutero e o meu tio, eu senti que você havia mexido com alguma coisa dentro de mim, que a princípio eu fiquei sem entender, afinal, você era idêntico ao meu melhor amigo e eu nunca havia sentido nada parecido na presença do seu irmão. - Ele fica atento as minhas palavras e eu respiro fundo para continuar. - Quando eu estive em seus braços, mesmo sem saber que era você eu me senti protegida, segura e de certa forma, completa, sem conseguir entender o porquê disso, mas depois, com o tempo eu fui entendendo que estava me apaixonando, por alguém que vi apenas algumas vezes.

- Ana, eu tenho medo de machucá-la por não ser suficiente para você.

- Como você acha que isso seria possível, Christian? Como seria possível o homem no qual eu me apaixonei e que me faz sentir completa apenas por estar ao meu lado, seria insuficiente para mim? - Eu tiro a mão que ainda está sobre a sua e acaricio o seu rosto. - Eu sempre fui acusada de ser uma menina boba e sonhadora, que acreditava em contos de fadas e de fato eu posso sim ser e não ligo para isso, pois eu acredito que cada pessoa nessa vida tem a sua metade. Eu acredito que cada pessoa tem a sua alma gêmea e sabemos que o futuro a nós não pertence, mas no meu presente, eu posso dizer, sem sombra de dúvidas que a minha metade, que a minha alma gêmea é você. - Eu paro por um momento e respiro fundo, engolindo o nó que está fechando a minha garganta. - Eu... Eu amo você, Christian! Eu não ligo se for cedo demais para dizer isso, pois eu acredito que não há um tempo exato ou uma regra que diz quando devemos amar alguém, mas é exatamente isso que eu sinto. Eu te amo!

Ele fica estático absorvendo as minhas palavras e eu sinto o meu rosto arder pela intensidade que ele me olha e por um momento, parece que ele parou de respirar, como se não acreditasse em minhas palavras, mas quando eu penso em me levantar e me esconder no meu quarto, até que ele possa esquecer o que acabei de dizer, ele sorri e me beija. Um beijo suave, delicado, que parece reafirmar não apenas os meus sentimentos por ele, mas os dele por mim também. E isso aquece o meu coração de uma forma que não consigo explicar, como se apenas essas palavras o libertassem de algo que acabou de fazer sentido somente agora.

Mas do jeito que o beijo começou, foi encerrado, pois a busca por ar foi necessária e ofegante, assim como eu, ele permanece com a testa colada na minha, onde mantive os meus olhos fechados, apenas sentindo a sua mão em meus cabelos e o coração tão acelerado que parece querer saltar do meu peito. E logo a sua voz rouca e grave, mas ainda ofegante me faz prestar atenção em suas palavras.

- Por muito tempo, eu acreditei que nunca seria capaz de amar ou ser amado por alguém. Por muito tempo eu passei a duvidar que esse sentimento de fato pudesse existir, pelo menos para mim. - Ele respira fundo para controlar ainda mais a respiração e se afasta, fazendo-me abrir os olhos e encarar os seus fixos nos meus. - Mas agora eu consigo entender que esse sentimento existe sim, só não havia chegado a hora certa e muito menos a pessoa certa para eu senti-lo, por isso... - Ele se levanta, me deixando confusa e caminha na direção do seu closet, retornando logo em seguida, com a caixinha azul que vi mais cedo, em suas mãos. - Eu queria fazer algo especial, levá-la para jantar, esperar o momento perfeito e só então fazer o pedido, mas acredito que não haverá outro momento mais perfeito como esse. - O meu coração já acelerado, bate num ritmo frenético, imaginando o que ele irá fazer. - Eu a considero a minha namorada, Ana, desde o momento que eu disse que havia me apaixonado por você, mas eu quero oficializar isso. - Ele abre a caixinha e revela duas alianças, lindas e bem grossas o que acredito ser ouro branco fosco com um friso diagonal polido. Uma contém 5 pedrinhas que parece... Ai meu Deus, são diamantes?!

- Christian...

- Eu não quero mais que você tenha dúvidas ao me apresentar para alguém, por isso, mesmo não estando num Restaurante ou outro lugar especial e sim no meu quarto, pela madrugada, eu queria saber se... Se você aceita namorar comigo, Anastásia? - Eu sorrio e assinto, sentindo os meus olhos marejados e posso ver o quanto ele está inseguro com a minha resposta, mesmo eu dizendo que o amo.

- Sim, Christian eu aceito ser sua namorada. - Ele sorri, talvez espelhando o meu sorriso e desliza a aliança por meu dedo anelar direito e eu pego a outra que me é oferecida, mas antes de coloca-la em seu dedo, eu o faço olhar para mim. - Mas você precisa me prometer uma coisa.

- Prometer o quê? - Ele pergunta confuso e mesmo querendo parecer séria, não consigo evitar o sorriso, sentido vontade de beijá-lo.

- Que toda vez que você pensar em cogitar na possibilidade de não ser suficiente para mim, você irá olhar para essa aliança e se lembrar das palavras que eu irei dizer agora. - Ele assente e eu sorrio ainda mais deslizando a aliança em seu dedo. - Eu te amo, Christian Grey! Eu te amo muito! - Eu fico séria e dou um aperto em sua mão, fazendo-o desviar o olhar dela, enquanto olhava para sua aliança, para focar em meus olhos. - Prometa Christian!

- Eu prometo! - Ele me dá um sorriso tímido e se joga em mim, fazendo com que eu dê um gritinho pelo susto, mas acabo dando risada, quando fico deitada na cama com ele sobre mim, pois nesse momento em nada parece aquele homem imponente e seguro de si que demonstra ser para outras pessoas. - Eu também te amo, Anastásia! - Paro de sorrir ouvindo a intensidade que ele fala essas palavras, que não imaginei que ele iria dizer agora, assim como os seus olhos que voltaram a brilhar sem a sombra tempestuosa que havia neles, assim que o vi sair do banheiro. - Eu acho que te amei antes mesmo de desejar fazer isso e por mais clichê que possa parecer, tenho que admitir que no momento que você me abraçou a primeira vez, na porta do Hospital dos meus pais, ali você não só despertou o meu coração adormecido, como o tomou para você.

- Christian... - Eu falo com a voz embargada pela súbita vontade de chorar que me deu agora.

- Eu te amo, Ana!

- Eu também te amo, Christian!

Então ele volta a me beijar e mesmo que não houvesse um jantar em um Restaurante luxuoso ou estivéssemos vestidos adequadamente, o seu pedido de namoro não poderia ter sido mais perfeito, pois foi simples, foi sincero, com muito amor e muito melhor do que eu poderia imaginar nos contos de fadas, pois esse foi real.

(...)

O meu celular desperta, me acordando e apesar de não ter dormido quase nada nessa madrugada, me sinto tão feliz e com o coração tão aquecido que sorrio sem perceber e tenho vontade de gritar, principalmente quando eu olho para a minha mão e vejo a aliança tão bonita em meu anelar, mas meu sorriso se fecha por perceber que Christian não está mais no quarto.

E se não fosse pela aliança em meu dedo e se eu não estivesse no quarto dele, eu poderia imaginar que tudo que aconteceu durante a madrugada não tenha passado do fruto da minha imaginação - que é bem fértil, devo ressaltar -, mas eu sei que foi tudo real e mesmo estando inegavelmente feliz, ainda continuo intrigada dos motivos que o levaram a ficar tão frágil e com pensamentos depreciativos como ele estava.

Apesar de querer saber muito qual foi o motivo, ou... Quem foi o motivo para fazê-lo se menosprezar tanto, inclusive se afastar de sua família, eu não irei tentar força-lo a dizer nada, até que ele esteja se sentindo a vontade para me contar, mas não nego, a curiosidade está me corroendo por dentro.

Balanço a cabeça tentando não pensar que ele teve alguém ou que talvez ainda possa ter e que ainda seja importante para ele e... Não, ele disse que nunca havia amado ninguém e disse que me amava. Então não devo me preocupar com isso, não é? Bom, de qualquer forma terei que esperar para saber tudo que ainda possa afligi-lo, mas agora o que posso fazer é correr para o meu quarto, tomar o meu banho e encontra-lo, pois preciso ir para Universidade.

Depois de tomar o meu banho, eu começo a ficar ansiosa, mas não por ainda pensar no passado do Christian e sim por saber que preciso falar com a minha tia e contar a ela que encontrei os meus pais e que eles precisam conversar com ela, para saber de uma história que talvez nem mesmo possa saber o que de fato aconteceu. Suspiro sentindo o meu coração apertadinho, com medo dela ser prejudicada, mas por alguma razão eu acredito que o meu pai irá cumprir o que disse, além do Christian também ter me dado sua palavra que não permitiria que nada acontecesse a ela, porém não vou negar que me sinto eufórica por saber que não sou mais uma órfã e que não fui abandonada como acreditava ter sido.

Céus! Eu encontrei os meus pais! Parece que só agora estou me dando conta desse fato, sendo que ontem eu havia ficado muito impressionada com a história... Com a nossa história e tudo parece mesmo um conto de fadas, porém mais doloroso durante um longo tempo até que enfim, possamos ter o nosso final feliz, mas que diferente de ser um final, esse será o nosso começo feliz, onde poderemos nos conhecer e criar boas memórias não pensando naquelas que poderíamos ter vivido nesses 20 anos que se passou.

Suspiro feliz, pegando minha mochila e bolsa para sair do quarto, não antes de dar uma olhada pelo ambiente e fazer uma careta ao admitir que eu tivesse gostado muito mais do quarto do Christian do que desse. Dou uma risadinha e fecho a porta, para procurar o meu namorado fujão e correr para Universidade.

- Espero que esse sorriso seja por minha causa.

- Que susto, Christian! - Levo a mão no peito, sentindo o meu coração acelerado e eu devo ter ficado muito tempo perdida em pensamentos que nem mesmo percebi que ele havia saído do seu quarto, lindo como sempre, em seu terno três peças.

- Desculpe-me! - Ele se aproxima e pega a mochila da minha mão, dando-me um beijo delicado nos lábios. - Bom dia! Dormiu bem?

- Bom dia e dormi sim, obrigada! - Ficamos apenas olhando um para o outro por um momento e consigo ver que ele está com um semblante tranquilo e isso me deixa mais aliviada. - E você, está bem? - Ele assente e passa um braço por minha cintura, me aproximando de seu corpo.

- Melhor do que eu poderia imaginar, mas obrigado e me desculpe por tê-la preocupado ontem.

- Tudo bem, não se preocupe, o importante e que você estava bem, mas... - Mordo no lábio, receosa se devo falar, mas decido que sim. - Eu só gostaria que você conversasse comigo caso voltasse a se sentir como ontem, invés de tentar se afastar, afinal somos namorados, Christian, e devemos ser sempre sinceros um com outro. Quero que você saiba que eu sou uma boa ouvinte e consigo até dar alguns poucos conselhos, quem sabe? - Dou de ombros, brincando com a lapela de seu terno enquanto falo num fôlego só e ele dá uma curta risada.

- Não se preocupe. Ontem uma pessoa muito especial e que além de ser muito importante e que dominou o meu coração, e que é tão linda por dentro quanto é por fora, mostrou-me que eu não preciso mais ter medo ou insegurança de demostrar e receber sentimentos, como o amor. Então, agora eu sei a quem eu devo recorrer caso isso volte a acontecer. - Sorrio e sem conseguir me conter, dou selinho em seus lábios.

- Acho bom mesmo, pois não gostei nada de ver você daquele jeito. - Faço uma careta e ele sorri de lado.

- Mas e você? Acabou que não tivemos oportunidade de conversar sobre os seus pais. Como você está se sentindo com tudo isso? - Ele solta a minha cintura e coloca uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha e eu suspiro.

- Eu estou bem e confesso que muito feliz por conhecer toda a verdade do passado que eu nem fazia ideia ser tão complicado. - Ele assente e volta a me abraçar, sem desviar os olhos dos meus. - Mas é tão estranho, porém sinto que agora tudo está se encaixando, entende? - Ele assente novamente e eu sorrio. - Mesmo que eu sempre tenha sido muito amada por meus tios e a tia Ângela, foi diferente quando o Senhor Raymond e a Senhora Carla me abraçaram. Eu me senti segura, protegida, amada, como se aquele abraço fosse mesmo o meu lugar.

- Porque é! Afinal eles são os seus pais. - Eu concordo com a cabeça e ele beija a minha testa. - E não precisa ficar com medo de chamá-los de pai e mãe, Ana, pois não há a menor dúvida ou a menor possibilidade do exame de DNA ser negativo, mas faça isso quando se sentir de fato preparada e não por se sentir na obrigação de fazer, tudo bem? - Eu assinto e ele sorri, se afastando para pegar na minha mão. - Agora vamos tomar o café da manhã, ou você irá chegar atrasada. - Começamos a caminhar no sentido das escadas, mas me lembrei do que o Caleb havia dito e paro no lugar, para que ele volte a me olhar.

- Christian, ontem o Caleb falou sobre eu ter que me acostumar com Seguranças e Escoltas, justamente por ser a sua namorada e também ser uma Steele, mas... Não sei se eu acho que isso seja mesmo necessário. - Ele respira fundo e toca o meu rosto.

- Eu prometo que iremos conversar sobre isso melhor depois e o porquê de eu ter pedido um levantamento dos seus antecedentes, mas eu quero que você saiba que tudo que for necessário para te manter protegida e segura, nós iremos fazer, Anastásia. No entanto, você pode ficar tranquila que nem mesmo irá perceber que eles estão por perto. - Eu assinto, mas me dou conta de uma coisa.

- Como assim estão por perto? - Ele suspira, mas ostenta um sorrisinho de lado convencido.

- Não fique chateada comigo, mas desde que comecei a juntar as peças e descobri que você era a filha do Raymond e Carla, eu tenho alguns Seguranças, que estão sempre te protegendo à distância. - Arregalo os olhos, pois nunca percebi isso. - Mas, eu preciso que você entenda que em breve terá uma Segurança em tempo integral, da mesma forma que eu tenho o Taylor.

- Isso será mesmo necessário? - Faço uma careta e ele assente.

- Não sabemos exatamente sobre o que o Marco disse naquelas cartas, mas se ele estava te protegendo a ponto de te afastar dos seus pais, não podemos ser levianos e não dar atenção a isso. E tenha certeza que tanto o seu pai, quanto os meus irmãos e eu ficaremos mais tranquilos, em saber que você estará protegida. - Penso por um momento e não penso em ser mimada e fazer birra, afinal, eu nunca fui assim, por isso respiro fundo e assinto.

- Eu confio em você e se você diz que isso é necessário, então tudo bem.

Ele assente satisfeito e após beijar os meus lábios, descemos para tomar o café da manhã e só espero que ele tenha mesmo razão que eu não irei ficar incomodada em ser seguida para todos os lados, apesar de nunca ter percebido isso antes. No entanto se for para deixar os meus pais, os meus amigos e o homem que eu amo tranquilos, farei o que eles acharem necessário.

(...)

- Bom dia, Ana! - Sorrio assim que recebo o abraço de Eloise, após entrar na Universidade.

- Bom dia! - Olho para o William que tem um imenso sorriso nos lábios, mas logo também estou recebendo um forte abraço.

- Você não imagina o quanto eu estou feliz em saber que você é minha prima, Ana, e agora posso te abraçar sem ter os olhos perfurantes do seu namorado em cima de mim. - Sinto o meu rosto esquentar e ele beija a minha testa. - Me desculpe, mas quando a minha tia me falou sobre o seu pedido, eu já havia contado para eles. - Ele aponta para Eloise e Pietro e assinto com um sorriso.

- Não tem problema, William, eu só queria esperar mais alguns dias, mas também estou muito feliz em saber que tenho um primo. - Ele sorri e se afasta, ou melhor, é empurrado por Pietro.

- Estou com o meu coração em pedaços. - Ele faz drama e me abraça também. - Sangrou tanto que Eloise precisou pegar uma bacia de prata para conter a purpurina que insistia em deixar o meu ser, pois não acreditei que você não queria que soubéssemos disso.

- Não é que eu não quisesse, eu só queria ter certeza antes, entendem? - Eles assentem e eu suspiro. - Acho que na verdade, eu estava com medo de verbalizar que agora eu sei quem são os meus pais e no fim, o resultado do Exame de DNA provar o contrário.

- Não será! E você é uma Steele, não por achar que esse havia sido um sobrenome cedido pelo Estado, mas porque ele sempre te pertenceu. - William pega na minha mão e eu sorrio com a sua certeza. - E os nossos avós e o meu pai, virão para Seattle para te conhecer. - Arregalo os olhos e ele sorri negando com a cabeça. - Mas não precisa se preocupar, a sua mãe conseguiu convencê-los esperar alguns dias, até a confirmação do DNA sair. - Respiro aliviada ele dá risada.

- Mas o que é isso? - Assusto-me quando Pietro pega a minha mão que William segurava e fico sem entender. - Minha nossa Senhora dos namorados, lindos, gostosos, ricos e de bom gosto, mas que preciosidade é essa aqui? - Eloise se aproxima também e eles ficam me encarando, aguardando minha resposta, deixando-me envergonhada.

- O Christian oficializou o pedido de namoro ontem, apenas isso, não é para tanto, Pietro. - Falo envergonhada e eles dão risada.

- Não é para tanto, Ana? Minha nossa! Se com um pedido de namoro ele te deu esse Tiffany, não quero nem pensar quando ele for te pedir em casamento. - Eloise fala animada e William faz uma careta, mas acaba sorrindo quando a namorada beija os seus lábios.

- Santa Afrodite! Será que é pedir muito para me enviar um namorado logo? Estou carente, abandonado e quase virgem de novo. - Ele para como o seu drama momentâneo e faz uma cara safada. - Apesar de que eu já achei o meu Apolo, eu só preciso arrumar uma forma de tropeçar e cair de boca naquele pau que imagino ser bem gostoso e ele não querer mais fugir dos meus encantos.

- Meu Deus, Pietro! - Olho para os lados para ver se mais alguém poderia estar escutando o que ele fala. - Para de falar essas coisas, estamos na Universidade se você não se lembra?

- Ah, Ana! Eu não veja a hora do seu Adônis te pegar de jeito e, você perder essa carinha envergonhada, porque, meu amor, quando você sentir a potência de ser fodida com amor, não vai ter pudor que te segure de querer sempre mais.

- Pietro, vamos maneirar no assunto, pois se você não se lembra, a Ana é minha prima e eu não quero ouvir nada sobre isso. - William fala sério e ele revira os olhos.

- Ah! Quer dizer que você não pode ouvir o que é inevitável e que irá acontecer com a Ana e aquele Adônis entre quatro paredes, porque ela é sua prima? Mas eu posso ouvir seus urros e os gemidos e gritos ensandecidos da Eloise enquanto vocês se fodem no quarto ao lado do meu?

- Pietro! - Eloise repreende o irmão e William é quem fica envergonhado e eu seguro o riso, por ver a cara debochada do Pietro.

- O quê? Eu não falei nada demais! Só trabalho com verdades, eu hein! - Ele passa o braço no meu e começamos a caminhar na direção da nossa sala. - Mas agora é sério, Ana. Precisamos renovar seu guarda-roupa de lingeries, pois está na hora de você conhecer mais uma das vantagens de se ter um namorado e eu vou te falar, posso até estar enganado, mas aquele gêmeo esculpido em mármore tem jeito que sabe foder com força e muito talento. Então minha amiga, se prepare que é bem capaz dele te deixar sem andar.

Fico sem saber o que falar e ouvimos a risada de Eloise e os resmungos de William as nossas costas, enquanto Pietro dispara a falar, mas sinceramente, por alguma razão não fico com medo do que possa vir a acontecer, pois se com um beijo o Christian consegue me fazer sentir sensações estranhas no meu corpo, não consigo nem imaginar quando ele fizer tudo o que Pietro disse que poderá acontecer.

Mas a quem eu quero enganar, sou curiosa demais para não querer saber o que aquelas mãos que me aquecem, aqueles lábios que me derretem e tomam o meu fôlego, serão capazes de fazer em meu corpo.

E vamos de mais um pedido, só que esse de namoro, bem espontâneo 🤭🤭🤭! E e eu fico muito soft, pois o Eu te Amo saiu 🤧🤧🤧! E eles nem esperaram eu colocar o colete a prova de balas 😏😏😏!

Acho que Ana conseguiu quebrar o restinho do Iceberg que ainda tinha naquele coraçãozinho machucado do Senhor Gelo, não é 🤭🤭🤭?

Pietro, meu Deus! Estou até com medo do que ele pretende fazer a Ana comprar e acho que todo esse autocontrole do Senhor Gelo, não vai durar muito tempo não viu 🤭🤭🤭!


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