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Capítulo - 38

Ter Anastásia em meus braços me faz pensar em como uma vida completamente calculada como a minha, pode mudar em apenas um mês, pois desde que a conheci na porta daquele Hospital, eu não tenho sido eu mesmo, onde os meus pensamentos passaram a estar sempre nela, mesmo que eu tentasse me convencer que eu queria apenas descobrir algo que pudesse comprovar que ela poderia ser igual à Débora e, que estivesse apenas se aproveitando da ingenuidade do meu irmão gêmeo, como aconteceu comigo, fato que me deixa extremamente arrependido por eu sequer ter cogitado essa possibilidade.

Isso me faz pensar também que eu ainda poderia estar mergulhado naquele buraco negro que me consumia dia após dia, fazendo-me ser um homem ainda mais frio e distante se eu não tivesse retornado para Seattle uma semana antes do previsto, ou se eu não tivesse aceitado ir para casa com o Caleb quando cheguei ao aeroporto e muito menos se eu não tivesse descido na porta do Hospital para aguardar o Taylor enquanto o meu irmão colocava o carro no estacionamento, pois dessa forma eu não a teria em meus braços enquanto era confundido com o meu irmão gêmeo.

Apesar de que hoje, eu acredito no que o meu irmão mais velho disse que tudo acontece quando tem que acontecer e, que tudo que eu passei foi para me preparar para quando eu encontrasse alguém que valesse a pena, pois eu precisaria ser forte não apenas por mim, mas por ela também e agora, durante o caminho da Empresa do Richard até a nossa casa, me faz enxergar com clareza sobre isso, pois quando a verdade vir à tona e ela perceber que as pessoas que a criaram e que ela tanto ama podem estar envolvidas em seu sequestro, ela precisará de apoio e conforto, assim como no momento que ela conhecer seus pais biológicos.

Eu sei que ainda é uma possibilidade que apenas será comprovada depois do Exame de DNA - apesar de que para mim, não há nenhuma dúvida sobre quem são os pais da Anastásia -, porém mesmo eu não concordando com a decisão do Richard em apresentá-la - o que me deixou irritado pelo momento não ser apropriado e ser muito precipitado -, eu sei que Raymond e Carla têm todo o direito de conhecer a suposta filha deles, no entanto, isso me deixa apreensivo e com medo e esse, sem dúvida é um sentimento que eu não gosto de sentir em absoluto.

Pensar que Anastásia poderá decidir morar com os seus pais - o que seria o óbvio devido aos anos que estiveram separados -, não me agrada em nada e eu posso estar sendo extremamente egoísta em pensar nisso, pois eu consegui ver o quanto Raymond sofria com o "sequestro" da filha através da conversa que tivemos naquele bar do Hotel no México, da mesma forma que eu pude presenciar a emoção dos dois ao estarem na presença da suposta filha. Mas eu não estou disposto a perder alguém que eu nem sabia que estava esperando, pois diferente do que foi o meu relacionamento com a Débora, eu me sinto completo estando ao lado da Anastásia, mesmo que isso pareça irracional, devido ao curto período de tempo que estamos juntos.

Eu suspiro ao me dar conta que o termo estarmos juntos não é o correto, pois eu ainda não fiz um pedido oficial, mesmo que estivesse achando muito cedo para oficializar e nomear um novo relacionamento, no entanto, apenas a possibilidade que ela poderia ter ido para outro País, por ter que obedecer às ordens do homem que ela sempre viu como um pai me deixou maluco e assustado.

Como eu disse antes, irracional! Mas é exatamente assim que me sinto apenas em cogitar a possibilidade de não sentir mais o calor do seu corpo colado ao meu ou de não mais desfrutar do sabor de seus lábios, enquanto a tenho em meus braços.

Sentir suas mãos em minha pele, para em seguida tê-las puxando os cabelos da minha nuca fazendo-me gemer em sua boca, me deixa completamente insano, principalmente por saber que preciso ter calma e que mesmo que o meu pau implore por alívio, eu me afasto por não ser o momento e muito menos o local adequado para protagonizar um show.

Após me afastar e respirar fundo, eu consegui ver a confusão em seus olhos azuis pela minha atitude, mas consegui ver também o quanto ela está imersa na luxúria causada por nosso beijo, porém eu percebo o quanto Anastásia é pura e inocente, não fazendo ideia do que é capaz de fazer comigo com apenas um beijo, que conseguiu me deixar extremamente excitado e muito incomodado a ponto de ter que inspirar e expirar várias vezes antes de entrar no anexo dos Seguranças para conversar com o Taylor, encontrando-o numa sala que agora eu sei ser um Escritório.

- Taylor, você analisou o conteúdo daquele envelope que lhe entreguei? - Pergunto sem rodeios, pois eu sei que ele entendeu que era para fazer isso, no momento que o entreguei a ele.

- Sim, Senhor Grey. - Sento-me numa cadeira e aguardo que ele continue. - Enquanto eu aguardava no estacionamento da GSS, eu pedi para Jay analisar de onde era aquela chave, confirmando pertencer a um cofre no Banco de Portland em nome da Senhorita Steele. - Assinto e ele continua. - E agora a pouco recebi a ligação dele me informando que na conta daquele cartão em nome de Nathalia Vasconcellos há uma quantia de aproximadamente $ 60.000 (Sessenta mil dólares), correspondente a quase R$ 235.000,00 (Duzentos e trinta e cinco mil reais) na moeda brasileira.

- Como o Marco conseguiu transferir todo esse dinheiro para o Brasil?

- Ele dividiu a quantia em quatro transferências SWIFT usando o nome de Oscar Vasconcellos e isso foi há alguns dias antes do aniversário da Senhorita Steele. - Levanto-me e começo a andar de um lado para o outro, pois algo não se encaixa nessa história.

- Então ele já estava com a intenção de tirá-la do País. - Murmuro comigo mesmo, tentando descobrir o que aconteceu para ele tomar essa atitude. - Taylor, há algo que não estamos conseguindo visualizar em tudo isso. - Ele me encara aguardando que eu conclua a minha linha de raciocínio. - O Marco trabalhava como Segurança e, a menos que ele estivesse desviando dinheiro do Raymond, o que acho pouco provável disso ter acontecido, alguém o estava ajudando. - Ele pensa por um momento e assente.

- Concordo Senhor Grey, considerando que na conta de Portland há uma quantia de quase meio milhão de dólares e agora esse valor numa conta no Brasil, não poderia ter sido ele a levantar essa quantia em dinheiro tão rápido e, ainda comprar um apartamento que pertence a Senhorita Steele, melhor dizendo, que pertence a Nathalia Vasconcellos. - Eu assinto e volto a me sentar, soltando um suspiro frustrado.

- Antes eram apenas suposições do que poderia ter acontecido até sabermos que o responsável pelo "sequestro" da Anastásia foi o Marco, mesmo que ainda precisamos ter a confirmação do Exame de DNA, mas para mim, não há dúvidas que Anastásia e Aurora são a mesma pessoa, no entanto, ainda precisamos entender porque e quem estava o ajudando todo esse tempo, o que presumo que não iremos saber, a menos que ele apareça para nos esclarecer essas dúvidas e o porquê de ter separado uma filha dos pais por 20 anos. - Taylor assente e vejo que está tão frustrado quanto eu, por ter a certeza de haver pontas soltas que não conseguiremos resolver por enquanto. - Mas uma coisa ficou claro como água para mim, Taylor, é que Anastásia precisará de proteção, contra o quê ou quem, é outra questão que também não saberemos, mas se o Marco falava sobre estar a protegendo todo esse tempo, ele teria algum motivo para isso e eu não permitirei que nada aconteça a ela, por isso eu preciso de um Segurança para acompanhá-la.

- Conversarei com o Richard e avaliarei alguns Seguranças antes de trazê-los até o Senhor. - Penso por um momento, mas nego com a cabeça.

- Taylor, eu quero uma mulher para fazer a Segurança da Anastásia. - Falo enfático e levanto-me, preparando-me para deixar o Centro de Comando. - E quanto a trazê-las até mim, não é necessário, eu confio no seu julgamento para contratar uma pessoa de confiança que será capaz de protegê-la.

- Considere feito, Senhor Grey.

Assinto e saio do Centro de Comando pensando na reviravolta que a minha vida teve nos últimos dias, mas não consigo pensar muito quanto a isso, pois assim que entro na casa, encontro com o meu irmão na sala com olhar distante enquanto segura um copo de Whisky na mão.

- Richard! - Ele me encara e posso ver o quanto ele está cansado. - Aconteceu alguma coisa? - Ele pensa por um momento, mas assente.

- Aconteceu sim, mas conversaremos depois do jantar, nossos pais acabaram de chegar e não quero envolvê-los nisso por enquanto. - Ele bebe todo o conteúdo do seu copo e se levanta, caminhando em minha direção, colocando a mão em meu ombro. - Eu vou tomar um banho, mas adianto que o assunto envolve a Ana e, ela precisará de todos nós, mas principalmente de você, pois eu já percebi que ela se sente segura estando ao seu lado.

Eu assinto mesmo sem saber sobre o quê ele está falando e o acompanho subindo as escadas para em seguida caminhar para o meu quarto, mas não quero pensar em nada negativo, pelo menos, não agora.

(...)

- Christian, você sabe o que deu no Richard para ele estar calado e sério desse jeito? - Caleb me pergunta de forma sussurrada, assim que nosso irmão entra na sala e se senta à mesa sem proferir uma única palavra.

- Não, mas ele irá nos falar depois do jantar. - Respondo no mesmo tom, ele assente e não fala mais nada, mas eu fico observando o nosso irmão, que permanece com semblante fechado, suavizando um pouco, assim que nossos pais entram na sala.

- Christian, Caleb, eu estava conversando com o seu pai e precisamos saber como irão querer comemorar o aniversário de vocês? - Minha mãe pergunta assim que se senta e eu olho para Caleb que retribuiu o meu olhar, pois nos últimos anos eu não fiz questão de comemorar o meu aniversário e consequentemente o Caleb também não os comemorou, por isso dou de ombros e meu irmão sorri. - Falta menos de um mês e precisaremos nos organizar para conciliar as agendas.

- Mãe, o nosso aniversário será numa quarta-feira, mas se o meu irmãozinho concordar, eu estava pensando em fazer algo diferente esse ano. - Caleb fala animado e eu suspiro, sabendo que não irei gostar nada dessa ideia dele.

- O que você estava pensando, meu Filho? - Meu pai pergunta curioso e às vezes eu vejo o quanto Caleb se parece mais com o nosso pai, do que eu, pelo menos nas atitudes.

- No início do ano, foi inaugurada uma nova Boate, a Dolce Pecatto, que eu gostaria de conhecer, poderíamos ver a possibilidade de fechar a área Vip e comemorarmos lá.

- Não! - Respondo incisivo e ele me olha fazendo uma carranca.

- Por que não? - Ele pergunta e vejo meus pais me encararem aguardando a minha resposta.

- Caleb, você sabe que eu nunca gostei de ambientes assim e sinceramente, estaremos comemorando apenas mais um ano que será como todos os outros, por isso não vejo motivos para isso. - Ele suspira e vejo que ficou chateado.

- Christian, nos últimos anos eu não comemorei o meu aniversário em consideração a você, devido aos acontecimentos que não cabem mais ser mencionados agora, pois eu não achava justo eu fazer uma festa ou algo parecido, enquanto o meu irmão gêmeo não estava bem. - Engulo em seco por sentir o impacto de suas palavras, mas não falo nada e ele continua. - No entanto, agora que você superou e decidiu viver novamente, não poderia retribuir a cortesia e comemorar o nosso aniversário junto comigo, num lugar que eu escolher pela primeira vez em muitos anos? - Eu suspiro, mas ele tem razão, afinal, eu não tenho sido eu mesmo nos últimos anos.

- Tudo bem.

- O quê? Sério? - Ele pergunta incrédulo, mas eu assinto.

- Sim, estou de acordo, no entanto você deve se lembrar de que agora eu tenho... Bom, você sabe, eu tenho a Anastásia e ela ainda é menor de idade para frequentar esses ambientes. - Minha mãe olha para o meu pai que sorri e o sorriso de Caleb se amplia, enquanto Richard continua estranhamente calado.

- Perfeito, irmãozinho e, quanto a Ana, não se preocupe, eu darei um jeito. - Ele fala animado e olha para nosso irmão que não falou nada. - Richard, você está bem?

- Estou sim, apenas um pouco cansado. - Ele sorri de lado, mas eu sei que algo o está incomodando e ele direciona o seu olhar para mim. - Onde está a Ana?

- Ela deve estar no quarto, mas irei buscá-la. - Ele assente e eu me levanto, subindo as escadas de dois em dois degraus, parando em frente à porta do seu quarto.

Bato e chamo por ela aguardando que a porta seja aberta e no momento que isso acontece, sinto o meu coração acelerar por ver o quanto ela está linda, parecendo uma menininha com um short jeans curto, que vai até o meio de suas coxas e uma regata preta, eu tenho que me controlar para não tomá-la em meus braços, mas acabo sorrindo por vê-la me analisando, da mesma forma que fiz com ela, no entanto ela fixa seu olhar no volume da minha calça de moletom e começa a ficar mais vermelha, se é que isso é possível, no entanto eu chamo sua atenção antes que eu faça uma besteira que possa assustá-la e, pego em sua mão, conduzindo-a até a sala de jantar, onde a minha... Não! Onde a nossa família nos aguarda.

(...)

Depois do jantar e passar um tempo na sala de estar com os meus pais, eles sobem para o quarto e Richard nos chama para o Escritório. Caleb me olha confuso e eu apenas nego com a cabeça, por também não saber ao que se refere, mas sinto Anastásia ficar apreensiva, como se estivesse sentindo que algo está fora do lugar, até mesmo porque, Richard não estava tão participativo durante o jantar, o que diverge um pouco do seu comportamento diário. Assim que nos acomodamos no sofá do Escritório e, meu irmão se apoia na mesa, ele respira fundo e vejo apreensão, mas também tristeza no seu olhar que é direcionado a Anastásia e sem hesitar, ele dispara o motivo que nos trouxe até aqui.

- Ana, o Marco foi encontrado. - Ela fica sem reação por um momento, mas sorri em seguida, apertando a minha mão.

- Onde? Como ele está? Ele está bem, não está? Podemos ir até ele? - Ela dispara um pergunta atrás da outra e meu irmão me olha e com isso, eu sei que o que virá a seguir não será agradável para ela ouvir.

- Ana... - Ele suspira e se afasta da mesa, agachando na frente dela pegando em sua mão livre. - Eu... Eu sinto muito, Pequena, mas o Marco foi... Ele foi encontrado sem vida. - Ela nega com a cabeça e me olha com os olhos marejados, mas volta a sua atenção para o meu irmão e eu, apenas a abraço de lado, mantendo o seu corpo junto ao meu.

- Não! Não pode ser Richard. - Sua voz embarga e logo lágrimas começam a deslizar por sua face. - Eu... Eu acreditava que ele não havia sido encontrado por estar em algum lugar ferido, mas que... Que estaria vivo. - Ela volta a negar com a cabeça e a trago para o meu peito onde ela chora agarrada a minha camiseta. - Ele não pode ter morrido também... O meu Tio não. Ele não... - Ela soluça e meus irmãos a olham compadecidos, mas não falam nada. Richard se levanta voltando a recostar na mesa e, eu a aperto em meus braços, deixando que ela chore o quanto quiser até que se sinta melhor.

- Eu sinto muito, Ana. Sinto muito mesmo, mas chore! Coloque tudo que te sufoca para fora, mas lembre-se que eu estarei aqui para o que você precisar.

Eu falo acariciando os seus cabelos e ela aperta ainda mais as mãos em minha camiseta enquanto sinto as suas lágrimas molharem o tecido, me fazendo suspirar, sentindo a dor no seu pranto e, mesmo que o Marco possa ter sido o responsável por ela passar 20 anos longe de seus pais, ela ainda sim o amava e o tinha como um pai que não fez nada além de dar-lhe carinho, proteção e muito amor.

Meus irmãos não falam nada, mas vejo o quanto eles, assim como eu, estão sensibilizados em presenciar as suas lágrimas e o silêncio no escritório só é quebrado pelos soluços de Ana, que aos poucos vão diminuindo, até que ela se afasta me olhando com seus lindos olhos azuis que agora, estão tristes. Ela olha para a minha camiseta e tenta me dar um sorriso, desculpando-se por estar úmida, mas não dá muito certo e eu seco as suas lágrimas com meus dedos, me aproximando e beijando a sua testa, mas ela volta a sua atenção para Richard.

- Você... Você tem certeza que... Que era mesmo o meu Tio? - Meu irmão assente e se vira pegando algo sobre a mesa.

- Infelizmente sim, Pequena. - Ele estende uma fotografia para ela, que parece mais com um desenho e duas placas de identificação Militar. - Você reconhece essa tatuagem e essas placas? - Ela assente e lágrimas voltam a deslizar por sua face de forma silenciosa.

- Sim, o meu Tio tinha essa tatuagem no braço esquerdo. - Olho com atenção e vejo o desenho de uma águia, sobre um globo terrestre emoldurado por uma serpente, envolta de uma âncora, com a frase Snake Team logo abaixo. - E essas eram as identificações que ele nunca tirava do pescoço, sendo uma a dele, do período que serviu como Fuzileiro Naval e, a outra era do pai dele, irmão do Padre Lutero. - Pego as placas de sua mão e vejo os nomes de Marco Rossetti e na outra, Leonel Rossetti, entregando-as a ela logo em seguida, que as mantêm fechadas na palma de sua mão. - Eu... Confesso que o meu coração por mais que ainda estivesse esperança que ele poderia aparecer com vida, sentia que não estava mais, pois se ele estivesse... - Ela para de falar quando um soluço ameaça escapar e eu aperto a sua mão na minha e ela respira fundo, retornando a sua fala. - Se ele estivesse vivo, daria um jeito de me avisar que estava bem. Eu sei que ele faria isso. - Ela devolve a fotografia da tatuagem e as placas para o meu irmão, mas ele só pega a fotografia.

- Fique com elas, eu sei o quanto o Marco era importante para você, irei ficar apenas com isso. - Ela assente e sorri minimamente, recostando-se novamente em mim. - Ana, eu tomei a liberdade de decidir sobre o sepultamento, do... Bom, o melhor será se for cremado e a urna com as cinzas será entregue a você para decidir o que melhor fazer, não precisa se preocupar com nada.

- Obrigada, Richard. - Ele sorri de lado e dá um aperto reconfortante em sua mão se afastando em seguida. - Eu... Se vocês não se importarem, eu irei subir. - Ela se levanta e fazemos o mesmo, mas Caleb que esteve em silêncio por todo esse tempo, se aproxima, dando um abraço nela.

- Eu vou te acompanhar até o quarto, até a minha cópia assumir o meu lugar, tudo bem? - Ela me olha e assinto para ela saber que logo estarei ao seu lado e, agradeço o meu irmão com o olhar por ele saber que ainda preciso falar com o Richard. - Então vamos lá, peste da minha vida, pois esse vassalo aqui também quer descansar e amanhã eu preciso trabalhar, iniciando a minha vida assalariada. - Ela sorri e meu peito se alivia por saber que meu irmão conseguiu arrancar um sorriso dela, mesmo estando triste, mas me aproximo e toco em seu rosto, dando um beijo em seus lábios.

- Daqui a pouco estarei com você. - Ela assente e olha novamente para Richard, antes de sair do escritório sendo acompanhado por Caleb e eu encaro meu irmão cruzando os braços alguns segundos depois que a porta é fechada. - O que você não nos contou Richard? - Ele suspira e se senta, jogando a cabeça no encosto do sofá de olhos fechados.

- O corpo como era de se esperar, estava em decomposição e, foi encontrado a 100 km do Lago Washington, que foi o local do acidente. - Assinto mesmo ele não podendo ver por estar de olhos fechados e sento-me ao seu lado. - No entanto, não foi à correnteza que o levou até lá.

- Como assim? - Ele abre os olhos e me encara sério.

- Foi encontrado buracos de balas no corpo, Christian, além das fraturas causadas pelo acidente, mas a maioria dos tiros foi na cabeça e na face, do corpo encontrado.

- Então você está querendo dizer que o Marco sobreviveu ao acidente, mas que alguém o resgatou do lago para em seguida executá-lo? - Pergunto espantado e ele assente fazendo-me levantar e andar de um lado para o outro. - Richard, você tem noção que Anastásia não pode ficar sem proteção? Que ela pode estar mesmo correndo perigo como o Marco alertou naquela carta?

- Sim, Christian, da mesma forma que ele pode ter sido executado por outro motivo, no entanto não iremos descartar nada, além do mais, ficamos com uma lacuna que não poderá ser preenchida, pois os elementos importantes para essa investigação não estão mais vivos para que possam responder nenhuma das perguntas. - Ele fala frustrado, assim como eu. - O Derek e o Victor estão empenhados nesse caso e irão refazer os passos que o Marco fez de acordo com o GPS do carro, assim como a verificação das câmeras de segurança das vias expressas, mas não se preocupe com isso, pelo menos não por enquanto, vá ficar com a Ana, pois hoje, quem precisa de você é ela e amanhã, será um novo dia, além de termos que pensar em como iremos fazer o Exame de DNA para confirmar se ela é mesmo a filha do Raymond e da Carla. - Eu paro de andar e encaro o meu irmão.

- Richard, eu não irei ocultar isso da Anastásia. - Ele me encara sem entender e eu suspiro. - Ela tem todo o direito de saber que há uma possibilidade, mesmo que para nós, isso seja uma certeza, que os pais estão mais perto dela do que ela sequer possa imaginar.

- Christian, eu não acho que isso seja uma boa ideia. - Eu nego com a cabeça, pois estou decidido quanto a isso.

- Não, Richard. Eu não vou conseguir olhar nos olhos dela, sabendo que eu sei mais da história dela, do que ela mesma, por isso, assim que esse período do luto pelo Marco acabar eu irei conversar com ela e dessa forma, a Anastásia poderá decidir quanto ao Exame de DNA.

- Tudo bem, meu irmão. - Ele se levanta e se aproxima colocando a mão no meu ombro. - Eu imaginei que você faria algo assim e se você acha que é o correto, então tem o meu apoio.

- Obrigado. - Ele sorri cansado e bagunça o meu cabelo me deixando irritado. - Que droga, Richard! Eu não sou mais criança para que você faça isso. - Me afasto de suas mãos e ele abre a porta do Escritório, me empurrando porta a fora, passando o braço por meu pescoço em seguida, me levando com ele pelo corredor.

- Não é mais criança, mas continua sendo um dos meus pirralhos. - Eu faço uma carranca e subimos as escadas. - Vá descansar Christian e cuide daquela menininha que precisa de carinho hoje, mas eu acho que ela quer apenas o seu. - Eu assinto e ele se afasta. - Boa noite, meu irmão.

- Boa noite, irmão.

Eu o vejo se virar para o corredor que leva até o seu quarto e entro no meu, caminho para o banheiro para escovar os meus dentes e suspiro, pensando como esse dia hoje foi pesado e cheio de revelações, mas enxugo o meu rosto e volto a sair do meu quarto, entrando no da Ana sem bater, encontrando-a encolhida na cama e consigo ouvir o seu choro baixinho, deito-me ao seu lado, apago a luz e a puxo para os meus braços, que deita a cabeça em meu peito, onde começo a acariciar os seus cabelos.

- Isso é uma fase que irá passar. A dor é inevitável, mas precisa ser sentida para ser superada. - Falo baixinho e beijo os seus cabelos e, me surpreendo por hoje conseguir ver isso dessa forma. - Se você estiver pensando que agora, além da Ângela, está sozinha por ter perdido o Marco, eu quero que saiba que isso não é verdade. - Ela soluça e a aconchego ainda mais em meu peito. - Você apareceu na minha vida, Ana, num momento que eu não acreditava mais em sentimentos bons, mas hoje... - Calo-me por não querer falar sobre isso agora. - Eu quero que saiba que você tem a mim. E que as coisas de agora em diante podem ser um pouco mais agitadas do que antes e haverá algumas mudanças na sua vida, que a princípio podem parecer assustadoras e estranhas, mas que depois de tudo irá estar no lugar certo, mas independente do que vier acontecer, você continuará tendo a mim, tudo bem? - Ela assente, mas continua em silêncio e seu choro vai diminuindo, até o momento que eu sei que ela pegou no sono.

Respiro fundo, sentindo o seu perfume suave, deixo o cansaço me abater e sabendo que tudo que é perfeitamente controlado - como era a minha vida -, pode ser revirado pela roda da vida, eu me entrego ao sono.

Fiquei muito triste pela Borboletinha ao saber do Tio Marco viu 🤧🤧🤧🤧?

E esse aniversário dos gêmeos hein? Será que vai dá tudo certo 😏😏😏? Eu que não sei de absolutamente nada 😏😏😏.

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