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Capítulo - 35

Como eu havia prometido, este é o Capítulo dedicado a todos os Aniversariantes do Mês de Novembro e espero que vocês gostem.

Feliz Aniversário a todos (as), mas vamos ao que interessa, não é mesmo 🤭🤭🤭?

Pensar em tudo que conversei com Raymond fez com que eu me perdesse em pensamentos por um momento, mas a sua história está dando voltas em minha cabeça, por ainda sentir que algo não se encaixa em tudo que aconteceu, porém eu não vou pensar nisso por enquanto, até porque preciso analisar tudo que ele conseguiu ao longo desses 20 anos, além de coletar as minhas próprias informações para conseguir chegar numa direção e poder tentar localizar a sua filha – o que eu espero realmente conseguir uma resposta positiva nas buscas – e, com isso em mente, eu pego alguns documentos para analisar em casa e decido ir embora para passar um tempo com a minha família.

– Danielle, eu estou indo para casa, vá descansar também. – Ela assente e sorri e, eu começo a caminhar na direção do elevador.

– Ah! Senhor Grey? – Cesso meus passos e me viro aguardando que ela fale. – Enquanto o Senhor estava em reunião a Stella esteve aqui o procurando.

– Ela adiantou o assunto?

– Não, Senhor! Ela apenas pediu para avisar, assim que a reunião do Senhor acabasse.

– Se fosse algum assunto importante ela teria adiantado a você, então amanhã eu falarei com ela, boa noite, Danielle.

– Boa noite, Senhor Grey!

Retorno o meu caminho, entrando no elevador e tendo a certeza que ninguém está isento de cometer tolices ao longo da vida, pois já dizia o ditado que "Onde se ganha o pão não se come a carne", porém num momento de fraqueza e algumas doses de tequila – o que eu não costumo fazer – acabei cometendo um grande erro.

– Rick! – Ouço o apelido que apenas os meus irmãos me chamavam quando crianças, assim que as portas do elevador se abrem no andar da sala de treinamento e eu respiro fundo. – Eu falei para Danielle me avisar quando a sua reunião acabasse, mas pelo visto aquela... – A interrompo, pois até para mim, paciência tem limites e eu não tolero falta de respeito.

– Stella, a Danielle me avisou que você queria falar comigo, mas se fosse algo relacionado à Empresa você teria dito a ela e pelo visto, esse não é o caso. – Falo de forma dura e ela não fala nada. – Não ofenda a minha Secretária que está apenas seguindo as minhas ordens, por isso reveja as suas atitudes, pois mesmo que você possa ser uma boa profissional não tem o direito de tratar as pessoas dessa forma. – Chegamos à garagem e eu saio do elevador sendo seguido por ela.

– Tudo bem, Rick...

– Richard! O meu nome é Richard, Stella! – Ela me olha confusa e espantada por eu tê-la interrompida de forma tão rude e mais uma vez eu respiro fundo. – Desculpe-me, mas eu já havia pedido para você não me chamar assim, mas enfim, o que você queria falar comigo que não poderia esperar até amanhã? – Destravo o alarme do carro e abro a porta do passageiro colocando as pastas que tenho em mãos sobre o banco e vejo Max, a minha Escolta, se aproximando com um sorriso debochado.

– O seu telefone está com defeito, Chefe? Porque eu não recebi nenhuma mensagem avisando que estávamos de saída. – Ele cruza os braços e eu respiro fundo mais uma vez.

– Max, eu sou capaz de cuidar de mim mesmo, por isso não precisarei dos seus serviços.

– Boa tentativa, chefe, mas se algo lhe acontecer quem irá pagar o meu salário? – Seu sorriso se amplia por ver minha carranca e ele continua. – Eu sei que você acha que é o Homem de Aço, mas eu tenho mulher e três filhos para sustentar. Por isso meu amigo, a sua integridade física garante o sustento da minha família.

– Maxwell, você não é casado e não tem nem sequer um cachorro para alimentar.

– Não tenho? – Ele faz uma cara pensativa, mas continua sorrindo. – Isso é verdade, mas estou almejando o meu futuro, por isso te aguardo na saída do prédio, chefe. – Eu nego com a cabeça e ele sai assoviando enquanto gira a chave do seu carro na mão, mas desisto de ter uma vida normal por um momento e volto a minha atenção para a mulher que continua me encarando.

– Então Stella, qual era o assunto? – Ela sorri e nega com a cabeça se aproximando.

– Não era nada importante, na verdade eu só queria dizer que sinto a sua falta e pensei que poderíamos tomar alguma coisa na minha casa, assim que saíssemos daqui. – Ela tenta me tocar, mas seguro as suas mãos afastando-a delicadamente de mim.

– Conversamos sobre isso, Stella, então não vamos fazer com que a nossa convivência se transforme em algo desconfortável, tudo bem? – Vejo raiva em seus olhos, mas que logo é mascarada com um sorriso.

– Richard, nós somos adultos e capazes de separar o trabalho da diversão, você não acha?

– Você tem razão. – Seu sorriso se amplia, mas eu continuo. – Da mesma forma que nós somos capazes de manter a nossa relação apenas profissional. – O seu sorriso se fecha e ela tenta falar, mas a interrompo cansado desse assunto. – Stella, eu estou cansado, tive uma dia cheio e a minha família está me aguardando, então até amanhã.

Ela não fala nada, mas se afasta e eu dou a volta entrando no carro e colocando-o em movimento – sendo seguido por Max – e mais uma vez nesse dia, eu solto um suspiro cansado por não ter pensado nas consequências de uma noite de bebedeira, só espero que agora ela tenha entendido – mesmo algo me dizendo que estou sendo muito otimista quanto a isso – e não tente fazer nenhuma cena.

(...)

Chegar a minha casa, inspirar e expirar algumas vezes antes de entrar passou a ser praticamente um ritual diário, pois dessa forma eu aprendi a controlar e esvaziar a minha mente de qualquer problema que pudesse afetar a minha família, pois quando estou na presença deles, eu sou apenas o Richard, o filho e irmão mais velho que eles precisam que eu seja e, não será a insistência da Stella que irá atrapalhar o meu momento com eles.

Pego as pastas que preciso analisar mais tarde e saio do carro. Caminho na direção da entrada, mas paro por um momento, avaliando o perímetro e vejo alguns Seguranças fazendo a ronda da propriedade e penso o quanto meus pais são exagerados, por terem comprado um Condomínio inteiro, por causa dos filhos, mas eu os entendo por querer nos manter sempre por perto, pois sou exatamente assim, principalmente com os meus irmãos.

Nego balançando a cabeça e volto a andar, pensando que se eu sou assim com os gêmeos, que são homens feitos, eu não quero nem imaginar se os pirralhos fossem na verdade, duas princesas. Com certeza eu teria ficado louco antes de chegar nos 30 anos e, talvez seja por isso que me sinto tão protetor em relação à Ana, pois aquela menininha me cativou desde o primeiro momento que entrou em nossa casa, com suas bochechas coradas e olhar sonhador, admirando o interior da casa.

E naquele momento, eu consegui ver o quanto Ana é pura e inocente, pois diferente de outras pessoas, ela não avaliava nossa casa com ambição, mas como se estivesse nos contos de fadas que eu tenho certeza que ela costumava ler e pensando bem, mesmo que as minhas suposições sejam apenas fantasias da minha cabeça, por querer muito que o meu irmão permita que alguém entre em sua vida e, se eles vierem a não ficar juntos, ela sempre será a minha Pequena, a Princesa que ganhou um pedaço do meu coração.

– Está na cara que você está apaixonado. – Ouço Caleb falar assim que entro na sala e vejo Christian o encarando como se ele fosse louco.

– Quem está apaixonado? – Faço a pergunta e coloco as pastas sobre o aparador e me aproximo olhando de um para o outro.

– O Christian, mas orgulhoso do jeito que é não quer admitir, mas eu sei que está. – Quem me responde é Caleb, que fala convencido e o nosso irmão fica calado.

E eu consigo ver o exato momento em que ele se perde em seus pensamentos e à medida que o entendimento quanto aos seus sentimentos vai lhe abatendo, ele arregala os olhos, fica pálido e começa a hiperventilar, tendo o início de uma crise de pânico no momento que verbaliza, admitindo estar realmente apaixonado. Caleb me olha preocupado e sem reação e eu me aproximo fazendo com que o nosso irmão se acalme, mesmo que eu consiga ver o medo em seus olhos, parecendo um menininho assustado, como se tivesse feito algo inadmissível e que se apaixonar fosse uma grande heresia.

No entanto eu precisei ser mais enfático e fazê-lo reviver alguns momentos de quando ele acreditou estar apaixonado por aquela mulher, mesmo que isso pudesse machuca-lo, mas fazer com que ele falasse seus temores parece tê-lo aliviado um pouco, no entanto, ouvi-lo dizer que tem medo que Ana pudesse ser como a Débora deixou não só a mim irritado, mas ao Caleb também, que entrou em defesa de sua amiga e, isso fez com que nosso irmão tivesse uma crise de ciúmes sem nem mesmo perceber, quando por pouco não matou nosso irmão, apenas com o olhar, arrancando-me uma boa gargalhada.

Mas ter a confirmação que ele mandou Taylor investigar a Ana – o que eu já sabia por vê-lo com aquela fotografia em mãos enquanto dormia –, por acreditar que ela fosse mais uma oportunista, como aquela mulher que quase arruinou a sua vida, me deixou extremamente irritado, sendo que eu jamais permitiria que alguém se aproximasse tanto dele ou de Caleb sem que eu verificasse, pois eu nunca irei me esquecer da cena de vê-lo imóvel sobre uma cama, quando bebeu mais do que deveria dos seus remédios para dormir e não quero nunca mais sentir o que eu senti naquele dia, quando pensei que ele não acordaria.

Porém eu respiro fundo, afinal eu tenho que agradecer a essa investigação, pois dessa forma foi possível que ele se interessasse ainda mais, para saber sobre a Ana, a ponto de ir até a Loja que ela trabalha para vê-la e sem que eu ou Caleb fizéssemos alguma coisa, 50% do nosso plano para aproximá-los, está encaminhado e os 50% que falta, saberemos se é recíproco no sábado, no almoço para comemorar o meu aniversário e, dessa forma eu saio da sala, sendo acompanhado por Caleb deixando Christian perdido em seus pensamentos, para que ele possa absorver a descoberta dos seus novos sentimentos.

– Caleb? – Chamo sua atenção fazendo-o me encarar, antes que ele caminhe para o corredor que vai para o seu quarto. – Essa é a segunda vez que você fica sem reação quando alguma coisa acontece com o Christian. – Ele fica confuso e eu esclareço. – A primeira vez foi em Boston, quando ele bebeu mais do que deveria dos seus remédios e hoje, quando ele começou a ter uma crise de pânico. – Ele desvia o olhar dos meus e eu me aproximo, colocando a mão em seus ombros fazendo com que ele volte a me olhar. – Você é um Médico...

– Não sou um Médico ainda, pois não peguei o meu CRM. – Ele me interrompe e eu nego com a cabeça, sabendo que ele quer desviar do assunto.

– Qual é o problema? – Ele fica sério, bem diferente da sua personalidade, mas não fala nada. – Independente de ser um Pediatra ou qualquer outra Especialidade, você é um Médico, Caleb, mas por duas vezes você simplesmente travou. Como você vai fazer quando começar a trabalhar no Hospital e precisar atender uma emergência, não que hoje tenha sido, mas e se fosse?

– É diferente, Richard. – Agora quem fica confuso sou eu e ele suspira. – Se eu precisar atender qualquer pessoa, ou até mesmo uma criança que não sabe falar o que está sentindo, pode-se dizer que estou pronto para saber o que fazer, pelo menos na teoria, pois a pratica irei adquirir quando começar no Hospital, mas...

– Mas com o seu irmão você fica com medo de errar, por estar envolvido emocionalmente. – Ele assente e eu o entendo, por isso existe a Ética Médica, mesmo que ela não proíba que Médicos atendam parentes, mas é desaconselhado pelo grau de envolvimento, podendo levar a erros e muitas vezes a óbitos.

— Aquele dia que o encontrei apagado daquele jeito, não consegui pensar no que fazer. Eu simplesmente entrei em pânico, sentindo o desespero me dominar por acreditar que... — Ele engole em seco, mas continua. — Só em pensar que o meu irmão poderia ter morrido, e eu não ter feito nada me enche de culpa, porque mesmo que ainda estivesse estudando, as noções básicas de primeiros socorros eu já sabia, mas não consegui. Apenas saí correndo do quarto dele, desejando que você chegasse logo, pois eu sabia que você saberia o que fazer. — Sua voz embarga. Trago-o para os meus braços, pois ele nunca falou sobre isso, e eu deveria ter percebido o quanto isso mexeu com meu irmão, por ver o seu gêmeo daquela forma, ainda mais por saber o quanto eles eram ligados. — Eu senti medo, Richard, e me culpei ainda mais por ter demorado a subir ao quarto dele, pois se eu tivesse subido antes, teria percebido que algo estava errado, que ele...

– Mas tudo ficou bem, Caleb. – O afasto e vejo seus olhos vermelhos por segurar suas lágrimas. – É normal sentir medo, eu também fiquei com medo de perder o nosso irmão.

– Mas você soube o que fazer e verificá-lo para confirmar que ele estava bem, quanto a mim, eu simplesmente travei e não vou negar, pois eu já cheguei a me questionar se Medicina de fato é para mim, se estou pronto para ser um Pediatra e se eu não vou colocar em risco a vida dos meus pequenos pacientes. – Sorrio de lado e nego com a cabeça.

– Você está pronto e eu tenho certeza que será um excelente Pediatra. – Ele sorri de forma tímida e eu continuo. – Você será o Tio Caleb que toda criança gostará de ser atendida e sabe por quê? – Ele nega com a cabeça e eu seguro o riso. – Porque você tem a idade mental deles e será difícil saber quem será o Médico ou quem será o Paciente. – Ele arregala os olhos e fica vermelho e sem conseguir segurar, solto uma gargalhada e passo o braço pelo pescoço dele, o levando para o quarto.

– Isso! Tripudia no meu sofrimento. Inimigos para quê se tenho dois irmãos que me odeiam tanto? – Ele começou com o drama e isso me deixa mais aliviado, pois não gosto de vê-lo inseguro e se sentindo culpado como estava.

– Você sabe que nós te amamos, seu pirralho, então pode deixar de drama. – Chegamos à porta do seu quarto e o viro para que possa me olhar. – Mas agora é sério, Caleb, quando se sentir assim, não sufoque isso, venha conversar comigo. Você sabe que independente do que eu estiver fazendo, a minha prioridade sempre serão vocês. – Ele assente e me abraça. – E você escolheu a profissão que o seu coração desejava, então não se preocupe, pois será um excelente profissional. – Ele assente mais uma vez e se afasta sorrindo.

– Obrigado, irmão.

Não falo nada, apenas sorrio e o deixo em seu quarto e caminho na direção do meu, pensando que por trás de um sorriso pode estar escondido o que verdadeiramente está em nossos corações e a maior prova disso é o meu irmão, pois diferente do Christian que não consegue esconder suas emoções, Caleb a camufla com o seu jeito leve e riso fácil, mesmo sendo mais receptivo a diálogos, mas independente do temperamento e personalidade dos dois, uma coisa é certa: eu sempre manterei os olhos nos meus irmãos.

(...)

Nesses três dias, eu pude observar o Christian e ver o quanto ele está ansioso, mesmo que tente disfarçar ao máximo e isso faz com que eu me lembre da conversa que tivemos ontem, quando mais uma vez eu cheguei da Empresa e o encontrei em casa. No entanto eu não posso condená-lo, pois eu percebo que a tolice deve estar correndo no sangue dos Grey, sendo que eu cometi um erro indo para cama com a Stella, e ele, não poderia ter escolhido pior pessoa para fazer isso, pois mesmo que não tenhamos convivência com a Vanessa, sendo que minha mãe nunca se agradou da presença dela nos eventos que por ventura nos encontrávamos, ela é uma pessoa fria, mesquinha e manipuladora, sem contar que eu tenho certeza que seja capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer.

E por ironia ou puramente Coincidências do Destino a Ana trabalha justamente na Empresa daquela mulher e sinceramente, situação mais desagradável do que essa não há, pois não quero nem pensar no que ela possa ser capaz de fazer, caso o meu irmão e a Ana venha a ficar juntos, pois pelo pouco que Christian falou, Vanessa está completamente obcecada por ele, mas antes eu preciso ter certeza que não estou ficando louco e que os sentimentos do meu irmão serão correspondidos por Ana.

Eu sei! Eu devo estar parecendo "uma velha alcoviteira", mas antes de qualquer coisa, ou qualquer título que possa me chamar, eu apenas quero ver os meus irmãos felizes e se com isso, o Christian deixar de ser como vem sendo desde aquele maldito dia e se ele puder voltar a ser o meu irmãozinho sonhador e que idealizava uma família tão bonita quanto a nossa, sem ter aquela tempestade escura em seus olhos, eu não me importo de ser chamado assim.

– O Richard já acordou? Eu queria entregar o presente dele. – Sorrio ao ouvir a voz doce de Ana perguntar ao Caleb, assim que entro na sala, mas eu que respondo por ele.

– Acordei sim, Pequena! Bom dia! – Me aproximo e a abraço, beijando a sua testa.

– Feliz aniversário, Richard, espero que você goste.

Ela me entrega uma caixa e fica com as bochechas coradas por estar envergonhada e, vejo o quanto ela está insegura por me entregar esse presente, que trato logo de abrir e sorrio, sendo que ela não poderia ter escolhido algo melhor para me agradar – não que eu não gostasse de qualquer coisa que ela me presenteasse –, pois eu sou um amante de velocidade e motos são minhas paixões, por isso, esta jaqueta de couro é mais do que perfeita.

Mas eu não pude deixar de observar o quanto ela está inquieta e olhando diversas vezes para entrada da sala e eu sorrio de lado, por saber que eu não estava errado, pois eu sei exatamente quem ela está buscando com os olhos, até que o alvo de sua busca chega à sala, igualmente ansioso e sinceramente, a tensão entre esses dois chega a ser palpável, mas alguma coisa está errada, pois assim que Ana lhe entregou uma caixa e retornou para entregar um envelope ao Caleb, pude observar o quanto que ela ficou triste e me pergunto se alguma coisa aconteceu entre esses dois no dia que o Christian foi à loja da Vanessa, mas isso foi esquecido por um momento assim que eu ouço a voz irritada de Caleb falando com a Ana – o que achei estranho, é claro –, mas logo eu entendi, por ver o conteúdo do envelope.

Essa menininha não existe mesmo e isso me deixou ainda mais admirado quanto a sua índole e atitude, mas não fizemos nada para que ela pudesse nos devolver e sim, por ela ser especial para nós e, mais uma vez a certeza de que algo está errado se firmou, devido à insistência dela querer ir embora, logo depois de olhar para o meu irmão, que parece ter congelado no lugar e perdido a capacidade de falar, pois não proferiu uma única palavra depois do seu "bom dia", mas Caleb conseguiu "convencê-la" a ficar conosco e a levou para a sala de jantar, deixando-me com Christian perdido em pensamentos.

– Você ainda acha que Anastásia é uma interesseira? Que está apenas se aproximando para tirar algum proveito do nosso irmão ou da nossa família? – Ele se assusta assim que ouve a minha voz e me olha sério antes de responder.

– Não.

– Ótimo! Então vamos tomar o café da manhã que hoje você vai tomar coragem e se aproximar dessa garota. – Ele não fala nada, mas faz uma carranca e eu seguro o riso por ver o seu rosto corado, mas passo o braço por seu pescoço o levando para a sala de jantar.

(...)

Receber o carinho dos meus pais sempre me deixa feliz, mas hoje, esse dia está sendo diferente do que vinha sendo os últimos anos, pois estamos todos juntos novamente e com o bônus de ter a presença da Ana, que aprendi a amar como se fosse a minha irmãzinha e que muito em breve, será mais do que isso, pois pela forma que ela e Christian se olham, logo ela será a minha cunhada.

Eu não tenho comemorado os meus últimos aniversários, mas como diz o meu amigo Luke, 30 anos só se faz uma vez – o que não é diferente dos outros anos, é claro –, mas não vou negar que o propósito dessa vez foi justamente aproximar o meu irmão da Ana, para que eu pudesse acabar com as minhas suspeitas e mesmo sentindo que há algo errado entre esses dois – que eu ainda irei descobrir o que possa ser –, eu não poderia estar mais correto em afirmar que ambos foram contaminados pelo vírus do amor à primeira vista.

– O que você tanto olha? – Assusto-me ouvindo a voz de Dominic e olho em sua direção, o encontrando com Scott e Declan que me analisa intensamente.

– Poderiam se comportar como pessoas normais e não chegar assim, sorrateiramente? – Scott sorri e fala num tom de voz mais baixo.

Ghost meu amigo, temos que fazer jus ao que o nome promete. – Nego com a cabeça e volto a olhar para meu irmão que está encarando descaradamente a Ana há três mesas da sua, antes de se levantar e caminhar na direção da casa com Aleksander.

– Mas então? Você estava tão concentrado que precisamos nos aproximar para ver se poderia ser uma possível ameaça. – Declan fala enquanto arruma seu cabelo num coque e cruza os braços esperando a minha resposta.

– Apenas observando o meu irmão.

– Qual das cópias? – Scott pergunta confuso e eu sorrio.

– A cópia irritada. – Ele gargalha e os outros dois apenas sorriem balançando a cabeça em negação. – Ele está apaixonado, mas tem medo do que está sentindo.

– Isso é mal de irmão? Pois parece que eu conheço uma história parecida com essa. – Dominic fala colocando a mão no queixo enquanto me encara, e eu faço uma carranca para ele.

– Não começa, Dominic, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra e você sabe disso. – Ficamos em silêncio assim que um Garçom se aproxima para nos servir, retirando-se em seguida.

– Eu sei! Desculpe-me. – Eu assinto e ele muda de assunto. – Quando o Luke volta?

– Daqui a três meses e não virá sozinho. – Ele arqueia uma sobrancelha questionadora, mas eu nego com a cabeça e ele sabe que não irei falar mais nada.

– Richard? – Viro-me ao som da voz e vejo William se aproximando. – Tio Ray me disse para pedir-lhe desculpas, mas ele não poderá comparecer com a minha Tia Carla, a mãe dele não se sentiu bem e eles foram até a casa dela.

– Tudo bem, William, mas é alguma coisa grave? – Ele nega com a cabeça e sorri de lado.

– Não, parece que foi apenas uma queda de pressão e a Governanta dela ligou preocupada para o meu tio, mas eu falei a pouco com a minha Tia e parece que ela está melhor agora. – Eu assinto e ele olha para os meus amigos rapidamente e volta a sua atenção para mim. – Bom, eu vou voltar para minha mesa, só queria avisá-lo mesmo.

– Obrigado e estimo melhoras para Alana. – Ele assente e se afasta e, Scott dá uma risada.

– Parece que vocês assustaram o rapaz. – Ele fala e aponta para Declan e Dominic que dão de ombros e eu nego com cabeça, mas acredito que William possa mesmo ter ficado assustado, olhando para a cara desses Fantasmas.

(...)

A roda da vida tem um jeito sarcástico de brincar com o Destino das pessoas e isso reafirma a minha teoria de que tudo tem uma razão para acontecer, como se fossemos simples peças de um jogo de xadrez, mas que dessa vez a Rainha sem dúvida "arrebatou" o Rei sem muito esforço.

– Richard! – Caleb chama a minha atenção enquanto, junto com Aleksander, olha pela janela para observar nosso irmão conversando com a Ana. – Venha aqui! Parece que eles estão discutindo.

– Caleb, fecha essa cortina e para de espionar o nosso irmão. – Ele me encara e revira os olhos, mas volta a olhar pela janela.

– Eu vou lá, o Christian vai ser grosso com a Ana. – Ele sai da janela, decidido e antes que chegue a porta eu me levanto do sofá e seguro o seu braço.

– O Christian não vai ser indelicado com a Ana, Caleb, mas eles precisam conversar.

– Opa! Eu acho que a conversa deles não está sendo de forma verbalizada não viu! – Aleksander chama a nossa atenção pelo seu tom risonho e nos aproximamos da janela, vendo os dois se beijando e, eu sorrio.

– Caralho! Ele vai engolir a Ana desse jeito, Richard! – Caleb fala exasperado e eu nego com a cabeça. – Isso é muito estranho, ver o meu irmão gêmeo beijar a minha melhor amiga, que eu amo como se fosse a minha irmã. Que bizarro!

– Fica quieto, Caleb e para de falar besteiras. – Ele bufa e sei que revirou os olhos, mas ignoro e continuamos a observá-los.

Ficamos observando a "interação" dos dois até o momento que eles se afastam e voltam a conversar, mas logo Ana se joga nos braços do nosso irmão e é nesse momento que fomos descobertos, tendo os olhos frios e irritados de Christian em nós, fazendo-nos fechar as cortinas e afastar da janela.

– Richard, Caleb! Vocês poderiam dizer para os meus pais que eu os amo muito e que o esforço deles em me tornar um Engenheiro Naval não foi em vão, mas que pelo visto eu irei parar no fundo do oceano atlântico congelado, quando o Senhor Gelo entrar por aquela porta. – Aleksander faz uma cara de coitado enquanto aponta para a porta e Caleb segura o riso enquanto eu apenas balanço a cabeça, mas ele se senta ao meu lado no sofá e aguardamos.

O que não demorou muito, pois alguns minutos depois, a porta se abre revelando Ana extremamente vermelha de mãos dadas com Christian, que apesar de sério, não está de fato irritado, mas posso ver o quanto ele está confuso com o que aconteceu, principalmente por demonstrar um comportamento possessivo e ciumento com as brincadeiras de Aleksander e Caleb, mas eu não poderia estar mais feliz por ver que o meu irmão decidiu tentar deixar o passado para trás e espero que agora, ele saiba de fato o que é amar e ser amado.

(...)

Depois que todos foram embora e, Christian saiu com Taylor para levar Ana a sua casa, eu recebi um envelope enviado pelo Raymond com todas as informações coletadas durante esses 20 anos, no entanto algo não está certo nesses documentos, por parecerem incompletos. Como se quem estivesse os coletando tivesse deixado de propósito passar informações importantes, ou talvez possa ser apenas o meu instinto falando mais alto.

Avalio a fotografia por um momento e a sensação de familiaridade me bate, mas tenho que concordar com o Raymond, a bebê se parece mesmo com ele e no verso há duas iniciais, A.S, o que presumo ser de "Aurora Steele", o nome que deveria ser da criança, que duvido muito que este seja o nome dela hoje.

Analiso a lista de funcionários da sua Empresa e da sua casa e, levarei um tempo para verificar todos, mas algo me diz que a resposta está mais perto do que possamos imaginar. Fico imerso nesses documentos até a porta do escritório ser aberta e meus irmãos entrarem e fiquei surpreso por saber que Christian trouxe Ana novamente para a nossa casa, por causa da Thaís, mas infelizmente esta era uma situação que tanto eu quanto Caleb, não poderíamos nos envolver, exceto é claro, por esse pirralho impulsivo que age sem pensar se seria o correto a ser feito, mas acredito que essa decisão não poderia ter sido a mais acertada.

Presenciar o brilho nos olhos do meu irmão alivia o aperto que por muito tempo esteve presente em meu peito, ainda mais por saber que ele está sendo correspondido, mesmo que os dois ainda possam estar um pouco confusos com a velocidade que os sentimentos os dominaram, mas se for para ser, será! E eu, acredito que dessa vez tudo dará certo, no entanto Christian faz uma pergunta que me deixa sem reação.

– O que essa fotografia da Anastásia está fazendo aqui?

– O quê? Como assim fotografia da Anastásia? – Me aproximo e pego a fotografia da filha do Raymond de suas mãos e volto a analisá-la. – De onde você tirou isso, Christian? – Encaro meu irmão e vejo que ele está mesmo falando sério e Caleb se aproxima para ver a foto também.

– Sim, eu acabei de ver uma fotografia exatamente como essa na casa da Anastásia, inclusive tem muitas outras na estante de sua sala. – Christian afirma e eu observo a fotografia com mais atenção.

– É verdade, Richard, eu também já vi essa foto lá. – Caleb confirma o que o nosso irmão disse e os dois começam a falar alguma coisa, mas não presto atenção no que falam e volto a analisar a fotografia.

Não pode ser! Como eu deixei isso passar dessa forma? Como eu não percebi isso? Mas alguma coisa não bate nisso tudo, pois Ana nasceu em Portland e a filha do Raymond em Seattle. A não ser que... Não! Eu não serei leviano em precipitar nada, no entanto desde a primeira vez que eu a vi, eu senti que ela não me era estranha e assim que eu peguei essa foto em mãos, o mesmo sentimento me atingiu e eu não consigo acreditar que fui tão estúpido dessa forma, em ter deixado algo tão importante assim passar, mas... Não havia nada nos antecedentes dela que afirmasse o contrário da sua história, porém hoje, eu não posso fazer nada, mas na segunda-feira pegarei todas as informações que meu irmão reuniu – e agora eu sei quem era o cliente que Samantha estava envolvida há duas semanas – e, juntos desvendaremos esse mistério e se de fato a Ana for à filha sequestrada do Raymond, alguém terá muito que explicar e só espero que Ângela esteja preparada para enfrentar as consequências.

Eu sei que vocês estavam ansiosos (as) para o encontro da Ana com os pais, mas o capítulo havia ficado muitooooo longo e achei melhor desmembrá-lo, por isso não me matem em pensamentos 🤭🤭🤭, no próximo capítulo saberemos mais sobre esse grande mistério. Só não prometo que tudo será revelado, mas... Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos, não é mesmo 🤭🤭🤭?

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