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Capítulo - 24

Assim que ouço aquela voz rouca e grave me chamar, cesso meus passos e sinto o meu corpo retesar na mesma proporção que o meu coração despedaçado dói um pouquinho mais, porque agora eu tenho certeza que ele irá me expulsar de vez da sua casa e talvez possa até pedir para que eu me afaste dos seus irmãos, porém se for para ter o que resta do meu coração ainda mais machucado, farei isso olhando em seus olhos nem que seja pela última vez, no entanto quando eu me viro, eu vejo mesclada aquela tempestade que são suas íris cinza, também aflição e... Medo?

Não consegui identificar com exatidão a miscelânea de sentimentos no qual Christian olhava para mim e, mesmo não conseguindo segurar as lágrimas, fiquei feliz que a minha voz não tenha vacilado e eu pude deixar claro a ele que não precisava mais se preocupar com a minha presença tão incômoda, porém nada, absolutamente nada, iria me preparar para ouvir as suas dúvidas e receios ao dizer que se apaixonou por mim.

Naquele momento eu senti o meu coração saltar dentro do meu peito a ponto de me deixar sem ar por ouvir suas palavras e ver o seu sorriso pela primeira vez - e se eu já não estivesse apaixonada por ele, teria o feito nesse momento -, o seu toque suave em minha pele, me fazendo sentir aquele mesmo arrepio sem explicação, mas quando eu senti os seus lábios tocarem os meus, eu pensei que ainda estava em meu quarto, deitada em minha cama e sonhando com o meu Príncipe Encantado Proibido, mas o calor que emanava de seu corpo tão perto do meu, o seu toque possessivo em minha cintura, me fez perceber que era de fato real e que eu estava recebendo o meu primeiro beijo e, sem saber exatamente o que eu estava fazendo, eu correspondi os movimentos de seus lábios e da sua língua invadindo a minha boca, onde eu pude experimentar a melhor sensação do mundo, agitando ainda mais as borboletas que dançavam em meu estômago, enquanto sentia a maciez dos cabelos de sua nuca entre meus dedos e posso dizer que naquele momento eu me senti flutuar numa nuvem fofa que me aquecia cada vez mais por dentro, percebendo que agora eu encontrei o meu lugar, que encontrei uma parte vazia que nem sabia que poderia existir dentro de mim, completando a parte que faltava da minha alma, preenchendo o meu ser.

Entretanto, a realidade me desperta do meu momento Contos de Fadas por me lembrar de que ele é comprometido e que talvez possa apenas estar brincando comigo, mas ver a sua cara irritada e até mesmo ofendida me fez pensar sobre as palavras de Eloise ao dizer que Vanessa Bruxa Má Parker poderia estar mesmo mentindo e a confirmação veio com suas próximas palavras de forma tão incisiva.

- Eu nunca, jamais teria beijado você e muito menos falado ter me apaixonado se eu tivesse alguém, pois se tem uma coisa que eu não admito é mentira e, traição é algo imperdoável para mim.

Por breves minutos eu vi a tempestade novamente nublar seus olhos que há pouco brilhava e, por alguma razão eu acreditei em suas palavras, tirando um peso da minha consciência por imaginar que eu estaria tendo o meu primeiro beijo com o homem pelo qual eu me apaixonei, mas que poderia ser comprometido e sem pensar, eu me jogo em seus braços o assustando, mas logo me sentindo tão bem e protegida no seu abraço, sentimento que durou pouco, pois assim que eu abri os meus olhos, eu vejo Caleb, Richard e Aleksander nos observando pelas janelas, sentindo a vergonha me dominar e querendo um buraco para me enfiar, eu tento esconder o rosto no peito firme e musculoso de Christian, até o momento de ele me afastar para ver sobre o que eu estava falando.

- Filhos da puta!

Ouço a raiva em sua voz e vejo suas mãos fechando em punhos enquanto encara o local que os três estava há poucos segundos e, talvez ele não quisesse que tivessem nos visto juntos, mas eu também não sei como irei encarar o meu melhor amigo e o seu irmão mais velho, pois os dois são importantes para mim e não quero que tenham uma opinião errada sobre o que acabaram de ver.

- Christian! - Me aproximo e pego em sua mão e toco o seu rosto para ter a sua atenção em mim, vendo-o com o semblante fechado e rosto avermelhado, talvez pela raiva. - Fique calmo! Eles não fizeram por mal, talvez só estivessem preocupados por você ter saído e ficaram surpresos por você estar conversando comigo. - Eu acaricio o seu rosto e ele fecha os olhos respirando fundo, abrindo-os em seguida entrelaçando os seus dedos aos meus e o sinto relaxar de imediato. - Eu vou conversar com os seus irmãos depois, para eles não ficarem com a impressão errada do que nós... - Ele me interrompe beijando os meus lábios de forma delicada, assustando-me.

- Onde você esteve até agora, Anastásia? - Ele se vira completamente em minha direção e com a mão livre, coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. - Por que você não apareceu antes na minha vida, Menina? - Ele faz a pergunta tão sussurrada, que se não estivesse tão próximo a mim eu não teria escutado, mas eu sorrio sapeca e respondo, mesmo não sabendo se ele esperava uma resposta.

- Bom, eu apareci faz quase dois anos, então eu acho que quem estava perdido e precisando ser encontrado era você. - Ele me olha por um momento e me surpreende com a sua gargalhada e confesso que eu seja mesmo uma boba apaixonada, pois até esse som é lindo para ser apreciado por meus ouvidos.

- Vamos entrar, antes que os meus irmãos derrubem as paredes da casa para saber o que tanto fazemos aqui fora.

Ele fala sério assim que cessa a risada, mas sem o tom de irritação e eu arregalo os olhos por ter que olhar para Richard e Caleb agora, mas antes que eu fale alguma coisa, ele se abaixa e pega a minha bolsa que eu nem havia percebido tê-la jogado novamente no chão e com a mão entrelaçada a minha, começa a me levar de volta para a casa, mas me lembro de um detalhe e travo os meus passos puxando sua mão.

- Christian, espera! - Ele para de andar e me olha confuso esperando que eu fale. - Se você não estava falando sobre me odiar para o Aleksander no Escritório - Sinto o meu rosto arder de vergonha por ele saber que eu estava ouvindo "atrás da porta", mas continuo. -, então era sobre quem? - Ele engole em seco e eu até penso que não vai responder pela hesitação, mas o faz.

- Sobre a Vanessa. - Tenho várias perguntas sobre isso graças a minha maldita curiosidade, mas ainda não é o momento para questionamentos, apenas assinto e ele respira fundo, mas parece que ele consegue ler a minha mente, pois responde a minha pergunta não formulada. - Depois conversaremos sobre isso, aliás, temos muito que conversar ainda, mas vamos entrar, está ficando tarde e estamos há muito tempo aqui fora. - Ele se aproxima e me surpreende beijando a minha testa, se afastando com um sorriso de menino em seus lábios.

Surpreendida com a sua atitude carinhosa e seu semblante leve como eu nunca vi no curto período de tempo que o conheço, novamente assinto e vejo que a tarde está dando boas-vindas à noite, soprando o frio típico de início de Abril e por sorte não está chovendo e, morrendo de vergonha, mas me sentindo feliz por ter a mão de Christian na minha, continuamos a caminhar em direção a casa para logo em seguida ele abrir a porta e entrarmos, encontrando Richard e Aleksander sentados no sofá, enquanto Caleb está próximo à janela que nos observava há alguns minutos e se eu não conhecesse o meu amigo como eu conheço, eu até diria que ele estivesse apenas interessado no tempo.

- Será que o teatro pode ser encerrado? - Christian pergunta friamente e eu me surpreendo com a sua mudança repentina de humor, mas ao olhar para o seu rosto, vejo que de fato ele não está irritado, parecendo até que estivesse esperando por essa atitude de seus irmãos, deixando-me um pouco confusa.

- Graças a Deus! Eu não aguentava mais ficar parado nesse sofá. - Aleksander se levanta e Caleb cai na risada, enquanto Richard apenas balança a cabeça com um sorriso de lado nos lábios.

- Aleksander, o que você ainda está fazendo aqui?

- Christian!

Sem perceber dou um tapa em seu peito pela forma que ele falou com o amigo e sinto o meu rosto queimar por ver o olhar intenso que ele direciona a mim, assim como um sorriso quase imperceptível em seus lábios pela minha atitude.

- Já estou acostumado com esse humor azedo dele, mas é bom para você ver a forma que ele me trata, Morena. - Ele coloca a mão no peito e parece mesmo estar magoado.

- O nome dela é Anastásia, Aleksander. - Christian fala entredentes e novamente Caleb cai na risada, assim como Aleksander e não estou entendendo mais nada. Ele não estava magoado agora há pouco?

- O que você fez com o meu irmão esculpido em gelo, Ana? - Caleb se aproxima e me puxa para os seus braços, fazendo-me soltar a mão de Christian. - Obrigado, peste da minha vida. - Ele agradece baixinho em meu ouvido e eu me afasto para olhar em seus olhos cheios de emoção e um sorriso em seus lábios, mas logo estou novamente nos braços de Christian.

- Caleb!

Richard o repreende, mesmo que esteja sorrindo, no entanto eu estou além de envergonhada, perdida nessa troca de olhar entre eles e resolvo procurar por Eloise, Pietro e William que os deixei sozinhos quando entrei na casa.

- Eu... É... Eu vou falar com os meninos.

Sou surpreendida com um beijo casto em meus lábios e mais que de pressa e sem olhar para ninguém na sala, eu saio deixando que eles conversem seja lá o que for que tenham para conversar, mas novamente ouço as risadas exageradas de Caleb e Aleksander e me pergunto o que está acontecendo que não estou entendendo absolutamente nada.

(...)

- Considerando que tínhamos vários Garçons servindo as mesas, então eu me pergunto se você por um acaso foi perfurar um poço artesiano para depois pegar a água da Eloise? - Pietro pergunta com as mãos na cintura e um sorriso malicioso surge em seus lábios, por ver o meu rosto corado. - O que você aprontou que está com essa carinha de que estava fazendo algo errado? - Ignoro as suas perguntas e me aproximo mais deles e William me olha atentamente, fazendo-me desviar o olhar dos seus antes de me sentar e, Pietro faz o mesmo ao meu lado.

- Você estava chorando. O que aconteceu?

- Não aconteceu nada, William, está tudo bem.

- E esses lábios inchados e avermelhados? - Eloise estreita os olhos e me sinto afundar na cadeira, por saber que não conseguirei mentir para eles, mas antes que eu tente responder algo, sou interrompida por Grace se aproximando.

- Filha, você por um acaso viu os meus filhos?

- Eles estão na sala com o Aleksander, Grace. - Sinto o meu rosto arder por ter três pares de olhos desconfiados me encarando.

- Eu não sei o que faço com esses meninos, o aniversariante simplesmente some e deixa seus convidados sem dizer nada. - Ela balança a cabeça e me olha com atenção tocando o meu rosto com preocupação cintilando em seus olhos. - Está tudo bem, Ana? Parece que você estava chorando e está muito vermelha, está sentindo algo?

- Não! Eu estou bem sim, Grace, não se preocupe. - Eu sorrio do seu jeito maternal e ela assente me dando um sorriso afetuoso.

- Tudo bem, minha Filha, eu vou ver o que aqueles meninos estão fazendo e lembrá-los que os convidados estão aqui fora e não na sala.

Ela se afasta e caminha em direção a casa e eu penso uma forma de me esquivar da avalanche de perguntas que virão por parte de Eloise e Pietro, no entanto não sou rápida o bastante, pois Pietro me abraça pelos ombros, fazendo com que eu foque minha atenção neles novamente.

- E então? Os deuses do Olimpo estão na sala e a Senhorita chega toda envergonhada e com os lábios inchados, será que temos uma bela Afrodite que acabou seduzindo o seu Adônis? - Fico olhando para ele sem saber o que responder, mas William o encara confuso.

- Qual é o seu problema com os deuses da Mitologia Grega, Pietro? - Pietro faz uma cara safada e olha para o cunhado.

- Além de eles serem deuses obviamente, gostosos, lindos de morrer, viris e poderosos? Não tenho problema nenhum, na verdade é tudo que pobres mortais como eu desejam encontrar num único homem, mas sabe de uma coisa, acho que o meu deus Apolo está só esperando o momento certo para me enquadrar na lei do seu bel prazer. - Ele fala sonhador olhando para Oliver que está falando com um dos amigos do Richard que não sei quem são, mas ele volta a sua atenção para mim. - Mas não me atrapalha William, que eu quero ouvir o que essa mocinha tem a nos contar.

- Pietro, eu não tenho nada para contar, eu só... - Me calo quando vejo Christian, os seus irmãos, junto com Aleksander e Grace aparecerem no jardim e sinto o meu rosto arder por vê-lo me buscar com os olhos e me dar um sorriso tímido que retribuo de forma involuntária.

- O que foi isso? - Olho para Eloise que me encara com um imenso sorriso nos lábios. - Desde que nos foi apresentado, eu pensei que o irmão gêmeo do Caleb nem soubesse sorrir, por ser tão sério que chega a ser intimidador, mas então ele simplesmente sorri para você? O que você não está nos contando? - Ela fala com o tom de voz mais baixo e conspirador e, eu suspiro derrotada, afinal, eles são os meus amigos.

- Eu... Que dizer... Nós... Nós nos beijamos. - Falo baixinho e por um momento eles ficam em silêncio me olhando e avaliando se estou falando mesmo sério e prendo a respiração sem saber o porquê, mas logo Eloise e Pietro me assustam com o grito que dão.

- O quê? Eu sabia! - Eles falam juntos com os olhos arregalados e sorrindo de forma exagerada enquanto William nega com a cabeça do escândalo da namorada e do cunhado.

- Pelo amor de Deus! Vocês podem falar mais baixo?

Olho para os lados e fico aliviada, por não ter mais ninguém nas mesas ao nosso lado, mas vejo Caleb com um sorriso cretino nos lábios enquanto me encara, mas logo faz uma careta por receber um soco de Christian em seu braço.

- Como isso aconteceu? Conte-nos tudo e não esconda nada. - Pietro bate palmas e quase salta na cadeira pela curiosidade.

- Pietro, aqui não é lugar para falar sobre isso. - Fico ainda mais envergonhada se alguém nos ouvir, no entanto ele e Eloise fazem uma careta e William apenas fica me olhando sério.

- Ana, não tem ninguém nos ouvindo e aqui é tão grande que temos total privacidade, então fala logo. Como isso aconteceu? Até o momento que você entrou na casa, você acreditava que ele não gostasse de você, além de ser comprometido com a vaca da Vanessa. - Eloise fala exasperada e é repreendida por William pela a forma que ela falou.

- Eloise!

- Amor, você sabe que vaca é um termo ofensivo apenas para o pobre animal por ser comparado com aquela... Aquela mulher depravada. - Ela beija o namorado que apenas nega balançando a cabeça, mas não consegue esconder o sorriso em seus lábios. - E não enrola Ana, que eu te conheço e você está procurando uma forma de se esquivar do assunto.

Olho novamente para os lados vendo que os convidados já foram embora, tendo apenas Oliver, Aleksander e dois amigos do Richard. Vejo que Christian está me olhando e sinto novamente as borboletas em meu estômago por sentir a intensidade do seu olhar, mesmo a distância, no entanto ele desvia a sua atenção para o seu Segurança - que o conheci no Hospital e o vi uma vez aqui na casa -, que se aproxima dele com uma mulher loira que ficou me observando algumas vezes durante o dia, mas não de uma forma que me incomodasse e sim de forma curiosa.

Respiro fundo e encaro meus amigos que aguardam em expectativa e começo a contar o que aconteceu desde o momento que eu entrei na casa, a minha curiosidade e a conversa que eu ouvi "sem querer" no escritório entre Christian e Aleksander. Contei que eu estava prestes a sair da propriedade, quando ouvi a sua voz e a conversa que tivemos para depois ter o meu primeiro beijo com o homem que eu havia me apaixonado e termino contando de ter ficado muito envergonhada por estarmos sendo observados por Caleb, Richard e Aleksander e, só de me lembrar do embaraço quando chegamos à sala, sinto o meu rosto começar a esquentar. Falei praticamente num fôlego só, parando apenas algumas vezes quando um garçom ou outro se aproximava enquanto recolhia os pratos e taças das mesas desocupadas e substituindo as nossas que estavam com bebidas quentes e servindo canapés e doces até que dispensássemos por não conseguirmos comer mais nada. Depois de terminar de falar, vejo que eles estão absorvendo tudo que eu falei e me preparo para o que virá a seguir, mas sou surpreendida com as gargalhadas de Pietro e William, enquanto Eloise me olha de um jeito engraçado.

- O que foi? - Pergunto sem entender a reação deles.

- Eu não acredito Ana. - Pietro tenta falar, mas continua rindo e isso chama atenção dos rapazes que estão um pouco mais afastados e não vejo o Christian, a mulher loira ou o seu Segurança, me deixado intrigada. - Só você mesmo com esse seu jeitinho meigo e delicado, ser capaz de ouvir uma conversa atrás da porta e ainda conseguir interpretar errado. - Ele fala secando o canto de seus olhos das lágrimas que caíram de seu acesso de riso. Sorrio sem graça e dou de ombros, afinal, eu fiz mesmo isso.

- Eu não te falei que não poderia confiar no que aquela mulher falava? - Eloise nega balançando a cabeça.

- Mas eu não poderia adivinhar, afinal, por qual motivo a Bruxa Má do Oeste me falaria que ele fosse o seu futuro marido? Ela nem sabia que Christian e eu nos conhecíamos, bom, pelo menos que já tínhamos nos visto.

- Talvez porque ela seja uma cadela interesseira, iludida e mal amada? - Pietro fala com tanta naturalidade que quem não consegue segurar o riso sou eu e, ele me olha com muito entusiasmo. - Vocês estão namorando? Na declaração ele aproveitou e fez o pedido? Vocês vão começar a se conhecer melhor?

- Pietro, vá devagar com tantas perguntas. - Sorrio e nego com a cabeça. - Não! Nós não falamos sobre nada disso e eu não sei... Foi apenas um beijo e na verdade, nem conversamos sobre nada, além de esclarecer o mal entendido que eu causei por ouvir o que não deveria. - Dou de ombros novamente, afinal, não faço ideia do que irá acontecer depois de ter dado o meu melhor primeiro beijo.

- Minha nossa Senhora das Princesas Enroladas, me dá uma ajudinha aqui, por que com tanta lerdeza, essa menina vai continuar virgem sem agarrar seu Príncipe Sério, mas ainda assim Encantado.

- Pietro! - Fico mortificada por ele falar que eu ainda seja virgem e ele dá de ombros, como se não tivesse falado nada demais.

- Não adianta me olhar com esses olhinhos arregalados, não é novidade nenhuma para nenhum de nós que você seja virgem, afinal você acabou de nos contar que deu o seu primeiro beijo com o irmão gêmeo do Caleb. - Eu o encaro de boca aberta sem conseguir pronunciar nenhuma palavra e ele dá de ombros. - Ana, somos amigos, praticamente família, então não tem nada demais falar sobre isso.

- O meu irmão tem razão Ana, não precisa ficar envergonhada e, estamos aqui para te aconselhar e tirar suas dúvidas se você quiser e precisar. - Eloise pisca um olho para mim sorrindo e não há dúvida nenhuma que ela seja tão louca quanto o irmão, no entanto, William chama a minha atenção para ele ao me chamar, me tirando do meu embaraço.

- Ana, você sabe o quanto se tornou importante para mim e me sinto no dever de te proteger e não consigo saber o porquê disso, mas... - William respira fundo enquanto pega a minha mão sobre a mesa. - Que você está apaixonada é impossível negar, pois você é muito transparente e apenas a forma que você o olha é notório isso. - Fico envergonhada por ver a preocupação genuína em seus olhos verdes e ainda mais por ser tão óbvia sem conseguir disfarçar os meus sentimentos. - Mas eu me preocupo que você não seja realmente correspondida e que ele tenha te falado isso apenas por interesse por uma pessoa nova, linda e delicada como você, por que... - Ele faz uma pausa e me olha em dúvida se continua ou não a falar, mas dou um aperto em sua mão, deixando-o saber que aprecio a sua preocupação.

- Pode falar William, eu também me sinto assim sobre você, por me passar uma sensação de familiaridade, tornando-se muito importante e especial para mim, na verdade... Todos vocês são, assim como Caleb e Richard. - Ele me dá um sorriso enquanto assente e volta a falar.

- Pelo que eu sempre conversava com o Caleb, o irmão dele é uma pessoa difícil de lidar por fatos que o aconteceu no passado. Um passado que não tem muito tempo e eu não faço a mínima ideia do que possa ser, mas isso fez com que ele se transformasse complemente em outra pessoa. Se afastando dos irmãos e dos próprios pais, vivendo apenas para a sua empresa e fo... - Ele pigarreia e continua. - E encontros casuais, no qual nunca, jamais repetia esses encontros com a mesma mulher. - Suas palavras me deixaram desconfortável, por saber sobre o que ele está se referindo e eu fico sem palavras no momento.

- Resumindo cunhadinho, você está dizendo que o Príncipe Encantado da Ana, na verdade é um boêmio vadio e que pode apenas estar querendo brincar com a nossa Princesa?

Pietro fala sério e William me olha culpado, por ser isso mesmo que ele está tentando dizer, mas algo dentro de mim sente e sabe que Christian pode sim ter o seu passado, mas que foi sincero comigo em cada palavra. Se eu sei e posso afirmar isso? Não! Não posso, mas sinto isso no meu coração, da mesma forma que eu percebi que ele estava desarmado quando estava comigo, mas antes que eu consiga falar algo sobre isso, vemos Richard e Caleb se aproximarem, ao lado de seus pais.

- Ei, vamos entrar, está ficando frio aqui fora. - Olho para Caleb ainda um pouco atordoada com o que William falou, mas olho a hora e vejo que está ficando tarde e nego balançando a cabeça.

- Eu agradeço, mas está ficando tarde e eu preciso ir para casa. - Levanto-me sendo acompanhada pelos demais na mesa e olho para a família a minha frente, mesmo sentindo falta de ver o Christian desde o momento que ele sumiu com seu Segurança e a mulher loira. - E obrigada pelo convite, foi uma tarde e noite maravilhosas.

- Você não precisa agradecer Filha, vocês são da família e sempre serão bem-vindos em nossa casa. - Grace sorri abraçada a Carrick.

- A Senhora não faz ideia do quanto isso agora é verdade, Mamãe. - Caleb fala baixinho e eu o ouvi com clareza por ele estar ao meu lado, deixando-me envergonhada, no entanto Richard dá uma cotovelada discreta em suas costelas, fazendo-o resmungar.

- O que você disse meu Filho? - Carrick perguntou confuso e ele nega com a cabeça.

- Nada, Papai. Só que devemos realmente entrar, pois aqui está mesmo frio.

- Isso é verdade e nós também estamos indo de qualquer forma. - William fala abraçando Eloise que se aconchega nele e só agora percebemos que realmente a cada minuto que passa está ficando cada vez mais frio. - Vamos Ana? Deixaremos você em casa. - Eu sorrio e antes que eu o agradeça pela carona aceitando-a, sou interrompida, fazendo-me recolher as palavras antes que elas saiam por minha boca e encarar o seu interlocutor que se aproxima sério.

- Não precisa se preocupar William, eu levarei a Anastásia. - Caleb abafa uma risada e se afasta para dar lugar a Christian que para ao meu lado.

- Você vai?

Grace e Carrick perguntam surpresos e confusos ao mesmo tempo pela atitude do filho, enquanto o encaram e ele apenas assente, no entanto eu não posso fazer com que ele saia do conforto de sua casa e atravesse praticamente a Cidade inteira, apenas para me levar, mesmo que eu queira muito passar mais alguns minutos em sua companhia.

- Não precisa Christian. Eu posso ir com o William que de certa forma é caminho deles, além do mais, eu moro do outro lado da Cidade praticamente. - Ele foca a sua atenção em mim e sinto a intensidade do seu olhar deixando-me envergonhada.

- Eu não me importo. Vamos?

Ele estende a mão para que eu a pegue e assim, eu faço de modo automático e vejo o espanto no rosto dos seus pais, mas vejo o exato momento em que Richard balança sutilmente a cabeça, evitando qualquer comentário que Grace estava prestes a fazer.

- Bom... É... - Grace limpa a garganta se recuperando do choque momentâneo e sorrindo volta a falar. - Então se vocês têm mesmo que ir, espero vê-los novamente em breve.

- Ah com certeza voltaremos, Tia Grace. - Pietro se aproxima a envolvendo em um abraço. - E obrigado, estava tudo perfeito.

- Oh meu querido, fico feliz que tenham gostado. Eu só lamento não ter tido tempo o suficiente para ter conversado mais com vocês.

- Não se preocupe Grace. Entendemos o quanto eventos assim, mesmo que tenha sido algo mais íntimo demanda tempo.

Eloise fala soltando-se do namorado e se despede do casal, assim como de Richard e Caleb. Grace sorri e eu, mesmo relutante, solto a mão de Christian sentindo de imediato a falta de seu calor, mas me aproximo de sua mãe para me despedir.

- Bom, então vou me despedir para que vocês possam entrar. E mais uma vez, muito obrigada. - Ela me aperta em seus braços.

- Você não sabe o quanto eu fico feliz de ver o que estou vendo, obrigada, minha Filha.

Grace fala baixinho em meu ouvido e sinto os meus olhos marejarem pela emoção em suas palavras, mesmo não entendo o significado delas, mas pisco algumas vezes antes de me afastar e dar-lhe um sorriso, para ser abraçada por Carrick, recebendo um beijo em minha testa. Aproximo-me também de Richard que me recebe com seu costumeiro sorriso de lado envolvendo-me em seus braços, até estar sendo cativa por Caleb que me tira do chão, deixando-me novamente sem ar.

- Você sabe que agora é definitivamente a minha irmã não sabe? - Eu sorrio, mas não falo nada, afinal, o seu irmão e eu apenas demos um beijo, por mais que suas palavras me deixaram feliz, por saber que ele sempre me considerou dessa forma.

- Caleb, já chega!

Ouvimos o grunhido de Christian e Caleb me solta, para logo eu ter a mão de seu irmão em minha cintura possessivamente e fico novamente muito envergonhada por ver a forma que sua família nos encara, com sorrisos em seus lábios e olhos brilhantes e confesso que eu esteja um pouco confusa quanto a isso.

- Claro, irmãozinho, mas em questões de prioridade, eu cheguei primeiro, então é melhor se acostumar. - Eu olho confusa para Caleb, que pisca para mim e percebo que essa é a sua forma de irritar o irmão e vejo que não é muito difícil para isso acontecer, mas eu os interrompo antes que eles comecem a discutir por algo que nem eu sei o motivo para isso acontecer.

- Ahn... É... Então podemos ir?

Chamo a atenção de Christian para mim que assente e vejo o seu olhar suavizar e, sem dizer mais nada, atravessamos o jardim até estarmos na entrada da casa, onde o seu Segurança nos aguarda com a porta traseira do carro aberta. Acomodamo-nos um ao lado do outro e eu suspiro sentindo o meu coração se encher de uma alegria que eu não sei nomear quando a sua mão alcança a minha e os seus dedos entrelaçam com os meus.

Sem conseguir evitar, uma risadinha me escapa quando eu peço para a minha Fada Madrinha que me trouxe esse lindo Príncipe, que não deixe esse sonho acabar e o carro virar uma abóbora quando o relógio a meia-noite marcar.

Ah eu amo essa proteção do William, gente 😍😍😍😍!!!

E o Pietro que não tem filtro nenhum, coitada da Ana 🤭🤭🤭!

Mas foi só eu que percebi que o Senhor Gelo, virou Senhor Possessivo 🤔🤔🤔? Uiiii Adorooo!


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