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Capítulo - 23

Durante todo o café da manhã sentado de frente para Anastásia foi uma verdadeira tortura, ainda mais por ver o meu irmão gêmeo sentado ao seu lado, abraçando-a e deixando-a corada com suas gracinhas e sinceramente eu não consigo nomear – ou prefiro fingir não saber – com exatidão esse sentimento que me irrita ao presenciar essas cenas, porém o meu ego masculino ficou enaltecido por ver que mesmo tentando disfarçar, os seus olhos sempre estavam em mim e, eu não vou negar ter feito o mesmo, fato que me fez presenciar os sorrisinhos convencidos dos meus irmãos.

Será que foi isso que Richard quis dizer que "Eu não estou sozinho nessa?" Não! Não se iluda Christian, você não é mais aquele jovem que enxergava romance em tudo a sua volta.

No entanto, depois que meus pais se juntaram a nós a mesa e começaram a fazer perguntas sobre o seu trabalho, eu pude ver a forma que ela estava desconcertada ao responder algo e ainda mais vermelha olhando-me de esguelha, principalmente quando Caleb ressaltou a forma que Vanessa a tratava na Loja, direcionando um olhar afiado para mim, como se dissesse "Essa é a mulher que você fodeu, se aproveitando da mulher que você está apaixonado", o que fez com que eu me retirasse da mesa sem conseguir controlar a minha impulsividade, subindo para o meu quarto.

– Qual é o problema, Christian? Por que você saiu da mesa assim? – Richard entra no meu quarto disparando as perguntas e eu respiro fundo e só agora percebo estar andando de um lado para o outro, parando para olhar o meu irmão.

– Sinceramente eu só faço escolhas erradas na minha vida. – Ele me olha sem entender e se aproxima, sentando-se na minha cama e eu esclareço a sua dúvida. – Como eu fui para a cama com uma mulher tão vazia como a Vanessa? Ainda mais por tratar mal uma menina tão pura e frágil como a Anastásia. – Recomeço a andar de um lado para o outro e me recrimino por ter pensado que ela poderia ser como a Débora.

– Sobre suas escolhas erradas na vida eu não posso discordar, mas ainda está em tempo de usar a sensatez. – Ele responde com um sorriso de lado e eu apenas o encaro irritado. – Quanto a Ana, ela pode ser pura, inocente e delicada, mas frágil? Com certeza não. Aquela menina é mais forte e guerreira do que você pode imaginar. – Richard fala com tanto carinho sobre ela, que só o vi falar assim sobre mim e Caleb.

– Você gosta mesmo dela, não é? – Sento-me na poltrona e ele assente sorrindo.

– Sim! Apesar de conhecê-la apenas há seis meses, no entanto parece que foi a vida inteira. Ela conquistou não só a mim, com o seu carisma e espontaneidade, mas aos nossos pais também. – Assinto por ter presenciado o carinho da minha mãe e meu pai ao cumprimenta-la. – Sabe, Christian, eu acredito que tudo nessa vida tem um por que e que acontece no tempo e do jeito que tem que acontecer e que nada é apenas por acaso, mas sendo tudo uma obra do Destino.

– Como assim? – Fico confuso sobre onde ele quer chegar e novamente ele sorri de lado.

– Eu quero dizer que você precisou passar por tudo que passou, para amadurecer, mesmo que hoje esteja novamente agindo como um adolescente, que não sabe como chegar e conversar com a menina que alimenta uma paixão platônica, a ponto de ficar olhando uma fotografia durante a noite. – O olho irritado por ele estar mexendo nas minhas coisas, mas ele levanta a mão para que eu espere ele terminar. – Não, eu não mexi nas suas coisas, mas eu entrei no seu quarto quando você estava dormindo para ver se estava tudo bem e te vi com a fotografia na mão. – Fico envergonhado por ele ter visto, mas não tenho argumentos para negar.

– Eu... Eu não sei se estou pronto para dar esse passo, Richard. – Ele se levanta e caminha na direção da porta, mas olha novamente para mim.

– Apenas siga o seu coração, meu irmão. E não venha me falar que você não tem mais um, que tanto eu quanto você sabe que isso é mentira e eu posso afirmar que o seu está acelerado nesse momento. – Ele sorri por não me ver negando, sendo que estou sentindo-o inquieto desde o momento que a vi na sala, ou até mesmo antes disso. – E se de fato quer continuar negando que não está pronto para recomeçar e ainda possa acreditar ser apenas uma atração, apesar de você ter conseguido assumir que está apaixonado, então disfarce melhor a forma que olha para ela.

Após dizer isso, Richard sai do meu quarto e eu jogo a cabeça no encosto da poltrona e fecho os olhos pensando que talvez, só talvez ele possa ter razão, pois aqui estou eu, o homem que prometeu a si mesmo, não permitir mulher nenhuma se aproximar, sentindo os sintomas de uma paixão nunca sentida por mim antes, sem nem mesmo ter tocado intimamente essa Menina-Mulher.

O quanto isso pode ser irônico? Ou será apenas o Destino, como diz o meu irmão, debochando da minha cara? Bom, algo me diz que logo irei descobrir.

(...)

Ficar trancado no meu quarto como um covarde não é a melhor decisão, no entanto foi necessário para eu tentar colocar a cabeça no lugar e parar de agir como um adolescente, pois sou um homem até então conhecido por minha frieza e mau humor constante – mesmo que eu esteja tentando ao máximo não ser mais o babaca que vinha sendo com a minha família – e, inevitavelmente eu me sinto irritado por saber que uma menina de 20 anos consegue a proeza de me desestruturar apenas com um olhar.

– É só um almoço, Christian. Mantenha-se distante e depois desse dia se findar, você irá voltar a sua monotonia amarga de sempre. – Murmuro para o meu reflexo no espelho e jogo uma água no rosto, secando-o em seguida para sair do quarto.

– Filho, está tudo bem? – Minha mãe me pergunta assim que chego ao fim das escadas.

– Está sim, Mamãe, não se preocupe. – Ela sorri e acaricia o meu rosto.

– O almoço daqui a pouco será servido, no entanto eu estava indo até o seu quarto avisar que Aleksander e Oliver chegaram a pouco, assim como alguns amigos do Caleb, que quer que você os conheça. – Respiro fundo, quase reconsiderando a ideia de voltar para o meu quarto, mas eu apenas assinto e a acompanho até o jardim, onde foram organizadas as mesas.

– Até que enfim o Príncipe Gelado apareceu, eu pensei que teria que subir com alguns agasalhos para te aquecer e ter a sua ilustre presença com os meros mortais. – Aleksander se levanta e vem me abraçar batendo nas minhas costas.

– Aleksander, não começa com as suas gracinhas, que não estou com paciência. – Sem conseguir me controlar, procuro Anastásia entre os convidados a encontrando três mesas distantes da que estamos que desvia o olhar com as bochechas coradas por estar me encarando.

– E quando foi que você teve? – Ele volta a falar, mas eu o ignoro e foco a minha atenção em Oliver que está calado.

– Oliver, algum problema? – Sigo a direção do seu olhar que está fixo na mesa que Anastásia está, acompanhada de dois rapazes e uma moça. – Oliver?

– Não! Está tudo bem e, como você está? Eu passei ontem na GNIH e você já havia saído. – Antes que eu o responda, eu ouço a voz do meu irmão, chamando a minha atenção.

– Christian! – Sigo o som da sua voz e o encontro na mesa da Anastásia, caminho até eles e a vejo baixar a cabeça, o que me deixa incomodado com a sua atitude. – Eu quero te apresentar os meus amigos da Universidade. – Ele me abraça pelo ombro sorrindo e começa as apresentações. – Pessoal esse aqui é o meu irmão gêmeo mais novo, Christian. – Ele fala sorrindo de algo que não faço ideia, mas continua. – Irmão, esses são Pietro e Eloise Johnson. – Os dois se levantam sorrindo e apertam a minha mão. – E esse é o William Miller, namorado da Eloise e sobrinho da Carla e Raymond. – Ele faz o mesmo que os outros dois.

– É um prazer conhecê-los e sejam bem-vindos a nossa casa. – Respondo cordialmente e olho novamente para Anastásia, que evita o meu olhar, encontrando algo mais interessante na toalha da mesa.

– O prazer com toda certeza é nosso e minha nossa senhora da duplicidade, Caleb seu cretino, seu irmão é idêntico a você, como ele pode ser mais novo? – O rapaz que agora sei ser o Pietro, fala com as mãos na cintura encarando o meu irmão que revira os olhos.

– Eu já falei que sou 7 minutos, mais velho, então consequentemente ele é mais novo e não somos idênticos, porque eu sou o gêmeo mais bonito. – Ele sorri debochado e eu nego com a cabeça.

– Não sei não viu Caleb, eu devo lhe informar que há divergências de opiniões nesse quesito. – Pietro fala com uma cara safada, olhando para Anastásia que arregala os olhos e fica ainda mais vermelha enquanto o meu irmão bufa dramático.

– Essa opinião em questão não conta, meu caro, o posto oficialmente é meu. – E antes que eles comecem um assunto ou uma discussão que não faço ideia do que possa ser, os interrompo.

– Bom, se me dão licença, irei falar com alguns amigos e novamente foi um prazer conhecê-los. – Não espero resposta e me viro para voltar à mesa de Aleksander e Oliver, mas ainda ouço o que Pietro fala baixando o tom de voz.

– Ah seu gostoso, não me fala em prazer que se com um é bom, com dois sem dúvida será maravilhoso.

Não me viro para ver sobre o que ele está falando, mas ouço a risada de William enquanto Caleb resmunga algo e, eu posso sentir o peso do olhar de Anastásia a minhas costas, porém no momento que eu me sento ficando de frente com ela, rapidamente desvia e começa a conversar com Caleb.

– Quem é a morena? – Escuto a voz de Aleksander no meu ouvido e desvio o olhar de Anastásia me afastando dele, que sorri da minha cara.

– Aleksander, sai de perto de mim, porra! – Falo entredentes e ele gargalha, enquanto Oliver apenas sorri negando com a cabeça.

– Tudo bem, estressadinho, mas não fuja da pergunta. – Olho novamente para a mesa ao lado e vejo o seu sorriso iluminado enquanto conversa com os seus amigos. – Muito linda, mas ela parece ser tão novinha, mas não sendo menor de idade não tem problema. Será que ela tem namorado? – Olho tão rápido para Aleksander que sinto o meu pescoço estalar.

– Não se atreva a se aproximar dela, Aleksander. – Falo ríspido, tendo a atenção dos dois completamente em mim agora, até Aleksander irromper numa gargalhada.

– Oliver, meu amigo, eu acho que acabei de descobrir o motivo do Senhor Gelo e Perfeição estar tão disperso nas duas últimas semanas. – Ele continua rindo e Oliver me olha com atenção, no entanto eu desvio o olhar para a mesa ao lado novamente.

– Eu devo concordar com o Aleksander, Christian. Você realmente está diferente esses dias, sem contar que você não tirou os olhos dela, um minuto sequer desde que chegou aqui. – Fixo a minha atenção neles, mas opto por ignorar o comentário dos dois, fazendo outra pergunta.

– E você, Oliver? Vejo que também está muito interessado na mesa ao lado. – Ele engole em seco e o vejo ficar desconfortável.

– Eu conheço a Eloise, ela é irmã do Edgar.

– O quê? – Aleksander e eu perguntamos ao mesmo tempo.

– Pensei que você soubesse Christian? – Eu nego com a cabeça e olho para os irmãos ao lado de Anastásia e agora consigo ver semelhança com aquele babaca do Edgar. – O único que eu não tive muito contato, foi o Pietro, pois quando eu entrei na Universidade, ele era um pré-adolescente e eu nunca mais o vi acompanhando os pais nas festas que eu era obrigado a frequentar, quando retornava para casa. – Ele fala com amargura ao falar dos pais, mas vejo um brilho diferente no seu olhar que está fixo na mesa ao lado e eu faço o mesmo, não conseguindo evitar.

– Sinceramente, estou me sentindo solitário aqui. – Ouço Aleksander bufar por não receber atenção. – Por que os dois covardes não tomam coragem e sentam-se à mesa com eles? Assim não vão precisar ficar parecendo dois malucos obcecados a distância. Porra, Oliver! – Olho para ele após ouvi-lo reclamar levando a mão no braço, esfregando-o e imagino que Oliver tenha lhe acertado um soco.

– Para de falar besteiras, Aleksander. Eu estava apenas olhando Eloise que se tornou uma linda mulher e quanto o Pietro está diferente. – Oliver fala se justificando, mas eu não nego que de fato estava encarando Anastásia, no entanto, Aleksander não desiste.

– Diferente como? Mais bonito?

– Sim e muito! Espera! O quê? – Aleksander gargalha e Oliver arregala os olhos por ter falado em voz alta, ficando completamente desconcertado, enquanto se levanta. – Eu vou conversar com o Richard, porque hoje você está impossível de aguentar, Aleksander.

Ele se afasta indo falar com o meu irmão, que está com alguns de seus amigos da GSS e eu fico pensando, que talvez, nós dois possamos estar sendo mesmo covardes, como disse Aleksander, porém por motivos diferentes, mas isso não quer dizer que seja menos difícil para ambos.

(...)

Durante o almoço, eu fui obrigado a aguentar as piadinhas de Aleksander e ainda ter que fazer com que ele mantivesse a língua dentro da boca e filtrasse o que saia de seu cérebro minúsculo, sempre que me via olhando para Anastásia, no entanto ele deixou Oliver em paz, por saber que esse é um assunto delicado para ele e, isso me fez perceber o quanto eu entendo o meu amigo nesse momento, pois se no meu caso, mesmo que eu tenha me encantado – e me apaixonado – por uma menina que conheço a menos de um mês, seja difícil para eu enfrentar os meus medos e inseguranças por causa de uma mulher que quase desgraçou a minha vida, imagina para ele, que conhece o Pietro desde que era um pré-adolescente e agora pôde ver a mudança que ele sofreu ao longo dos anos, mas devido à pressão psicológica de seu pai e até mesmo da sociedade, não consegue se aceitar e admitir a sua orientação sexual, preferindo se esconder e sufocar seus desejos e sentimentos.

Sentimentos! Quem diria, que eu, um homem frio e que até então achava ter deixado de ter um coração capaz de sentir novamente qualquer tipo de sentimento que fosse, esteja falando sobre isso. Eu até seria capaz de chamar de louco quem me dissesse que eu iria sentir alguma coisa e permitir que outra mulher alcançasse o que eu prometi ter deixado de existir, se não estivesse sentindo a porra do meu coração descontrolado dentro do peito, principalmente por ouvir as risadas espontâneas e ver as bochechas coradas de Anastásia enquanto conversa com seus amigos.

Mas por um momento eu vejo o seu sorriso sumir e seus olhos ficarem tristes enquanto direciona o seu olhar para mim e eu me pergunto o que pode ter provocado essa mudança repentina no seu humor e, devo admitir que isso, me incomodou e muito, pois aquele rosto delicado, jamais poderá perder um sorriso tão iluminado como o seu.

Porra! Eu estou pensando como o Christian de alguns anos e eu tenho que parar com isso, ou perderei a sanidade que ainda me resta.

– Christian! Christian, você está me ouvindo?

– O quê, Aleksander? – Respondo irritado, por não ter escutado e por ter que tirar a minha atenção da mesa ao lado.

– Eu estou falando que ontem, depois que você saiu da Empresa, a Vanessa ligou novamente querendo falar com você. – Sinto o meu sangue ferver apenas por ouvir o nome daquela mulher. Olho rapidamente para Anastásia que ainda mantém o seu semblante triste, enquanto está sendo abraçada por Pietro.

– Vamos até o Escritório, poderemos falar melhor sobre isso sem ter ninguém para nos escutar.

– Vão vocês, irei ficar por aqui mesmo. – Oliver fala enquanto nos levantamos e assentimos, saindo do jardim, caminhando até o Escritório do meu pai.

– Meu amigo, você deve ter dado uma foda de outro mundo para aquela mulher ficar do jeito que está atrás de você. – Aleksander fala com um sorrisinho de deboche e eu respiro fundo.

– Sinceramente, não faço ideia do porque aquela mulher insiste em me ligar se eu deixei claro que não teríamos outra noite juntos.

– Christian, você sabia que não seria diferente, sendo que desde que o Sebastian faleceu, ela nunca escondeu o interesse dela por você ou por seu dinheiro, que é o mais certo a se dizer. – Ele fala sem o seu tom de brincadeira habitual e eu me sento na poltrona, enquanto ele arrasta uma cadeira se jogando nela. – Ela ligou tantas vezes que a coitada da Laura ficou sem saber o que falar, até que eu estava passando para ir até a sua sala e peguei o telefone para atendê-la e, ainda consegui ouvir a forma rude com que ela falava na ligação.

– Maldita hora que eu deixei me levar subindo para o quarto da Vanessa naquele Hotel. – Falo irritado por ter sido tão idiota e ele me encara.

– Mas você não pode negar que ela seja uma mulher muito gostosa e que transar com ela não deve ter sido nenhum sacrifício e para isso acontecer novamente, é só você atender as ligações dela. – Ele sorri de lado e eu nego com a cabeça, ainda mais irritado.

– Não, Aleksander! Eu me encontrei com ela na segunda-feira e simplesmente não a suporto. – Sinto raiva por me lembrar da forma que ela tratou a Anastásia.

– Mas se eu não me engano você que decidiu ir até a Loja da Vanessa, Christian, então eu não estou entendendo.

Ele fala sério, não fazendo ideia que o real motivo para eu ter me sujeitado a olhar novamente para Vanessa indo até a sua Empresa, está nesse momento, sentada a uma mesa na área da piscina, mas não irei assumir isso, dando ainda mais munição para ele me irritar.

– E você acha que eu não sei disso? Porém eu não imaginei me encontrar naquela situação e presenciar o que presenciei e ainda sair banhado de café. – Sinto o meu sangue ferver ainda mais se é possível, por repassar a cena da Vanessa arrastando Anastásia pelo braço, sem nenhuma delicadeza, enquanto via aqueles olhos tão azuis se encherem de lágrimas.

– E agora? O que você pensa em fazer?

– Nada! Eu simplesmente me manterei longe, eu não suporto a presença dela. – E se eu vir Vanessa maltratando-a novamente, eu não responderei por mim, concluo em pensamento enquanto me levanto e ele faz o mesmo.

– Não sei não, meu amigo, mas eu tenho certeza que ela não irá te deixar em paz tão cedo. – Eu não falo mais nada, apenas assinto por saber que terei que ser mais incisivo se Vanessa continuar a insistir em algo que jamais irá acontecer novamente, onde eu não tenho o interesse nem mesmo de manter uma relação amigável, pois o que tivemos foi uma única foda e nada mais do que isso. – Mas me conta o segredo, Christian, pois eu preciso desenvolver esse poder da foda para ter uma mulher correndo atrás de mim desse jeito.

– Não seja idiota, Aleksander.

Ele gargalha e saímos do Escritório e, do corredor eu posso ouvir a voz de Richard bem séria e vejo Anastásia praticamente correr para a sala, para logo em seguida se direcionar a porta abrindo-a num rompante e saindo sem nem olhar para trás e eu fico confuso com o que está acontecendo.

– O que aconteceu? – A pergunta me escapa e Richard olha para mim, cruzando os braços.

– Eu que pergunto o que aconteceu, Christian?

– O quê? Como assim?

No entanto antes que ele responda, Caleb chega, olhando para nós sem entender nada, principalmente por ver a postura tensa do nosso irmão, mas logo olha para os lados procurando por alguém.

– Vocês viram a Ana? Ela entrou na casa para ir ao banheiro e pegar uma água há quase 15 minutos e não voltou. – Richard desvia o olhar dos meus, para encarar Caleb.

– Ela acabou de sair chorando, mas não quis me contar o que aconteceu.

– O quê? Como assim, chorando? – Caleb e eu perguntamos ao mesmo tempo e sinto algo estranho no peito.

– Eu não sei, mas ela veio da direção do Escritório. – Richard responde, me encarando mais sério ainda.

– O que você falou para ela, Christian? Se você a tratou mal eu vou... – Interrompo o que Caleb iria dizer, ficando irritado por estar sendo acusado de algo que não faço ideia.

– Eu não fiz nada, Caleb, eu estava com Aleksander no escritório falando sobre... – Paro por um momento e penso se ela poderia ter escutado algo do que eu falei sobre a Vanessa, mas não faz sentido essa reação dela, a não ser que... Não! Não faz sentido, ou será que faz?

– Sobre o quê? – Caleb faz a pergunta, mas eu não me dou o trabalho de responder e sem perceber começo a caminhar para a sala, sentido a porta, mas ainda o ouço falar. – Não importa isso agora, eu vou atrás dela. – Não olho para o meu irmão nem mesmo para dizer que quem irá atrás dela sou eu e abro a porta, escutando apenas a voz de Richard.

– Não, Caleb! Deixe-o ir.

Não ouço mais nada do que eles falam, pois no momento que atravesso a porta, consigo vê-la caminhar de cabeça baixa, quase chegando ao portão de acesso a casa e começo a correr em sua direção, como se fosse um imã me atraindo, sem conseguir me controlar.

– Anastásia!

Vejo o momento que ela para no lugar e o seu corpo se retesar, no entanto assim que ela se vira na minha direção, o meu coração se aperta e sinto algo estranho no estômago por ver o seu rosto vermelho e banhado por lágrimas e, seus olhos antes tão brilhantes e vivos, me olham com tanta tristeza que me sufoca.

– Não se preocupe Senhor Grey, eu estou indo embora. – Apesar do tom embargado pelo choro, a firmeza que ela falou me surpreende, mas me incomoda ouvi-la me chamar de Senhor Grey.

– Por quê? O que aconteceu? – Me aproximo lentamente, como se eu tentasse não assustá-la ou a qualquer momento ela pudesse fugir e consigo sentir o seu perfume tão doce e suave, um cheiro que eu seria capaz de reconhecer em qualquer lugar.

– Me desculpe, se eu soubesse que a minha presença o incomodava tanto, eu não teria vindo, mas não se preocupe, estou de saída.

Ela vira de costas para mim e recomeça a caminhar, me deixando confuso com as suas palavras, mas eu me aproximo novamente e pego em sua mão, sentindo a mesma descarga elétrica da primeira vez que a toquei, fazendo-a parar, olhando-me com seus lindos olhos arregalados.

– Como assim a sua presença me incomoda? De onde você tirou isso? – E então a compreensão me bate, lembrando-me das palavras de Richard "Ela veio da direção do Escritório". – Merda! Você ouviu a minha conversa com o Aleksander, não ouviu? – Ela fica com as bochechas ainda mais coradas e, baixa a cabeça.

– Eu... É... Eu... – Ela tenta falar, mas o seu embaraço é tanto que as palavras não saem e eu acabo com o espaço que ainda existia entre nós e toco o seu rosto, fazendo-a olhar para mim. – Eu sei que o Senhor me odeia, mesmo não sabendo o motivo, ou eu talvez saiba, mas eu não irei mais impor a minha presença e me manterei distante, como o Senhor deseja. – Seus olhos marejam novamente e eu respiro fundo, não entendendo essa conversa tão direta e decidida dela.

– Eu não odeio você, Anastásia. – Ela me olha sem entender e eu faço algo que não fazia há muito tempo. Sorrio, por ver sua carinha confusa. – Eu queria odiar, confesso, mas eu não consegui. – Acaricio o seu rosto, sentindo a maciez de sua pele e seco a lágrima que deslizou com o meu dedo.

– Eu... Eu não entendo. – Sinto a sua mão apertar a minha e só agora percebo ainda estar segurando-a.

– Eu também não entendia ou não queria entender. – Me aproximo ainda mais se isso é possível, soltando a sua mão apenas para tocar sua cintura e trazê-la para mais perto de mim, vendo seus olhos assustados e curiosos esquadrinhar o meu rosto. – Desde a primeira vez que eu te vi, senti algo... Diferente e, isso me deixou extremamente irritado por não conseguir controlar os meus impulsos e ficar pensando em você.

– Senhor Grey...

– Christian, me chame apenas de Christian. – Acaricio novamente o seu rosto e respiro fundo. – Ate há um mês, eu não acreditava mais nessas palavras que irei dizer agora, mas... – Engulo em seco e tomo coragem para fazer algo que pensei não proferir nunca mais. – Você pode chamar de acaso, coincidência ou destino, mas a única coisa que eu posso afirmar é que além de me trazer você, fez o meu coração antes congelado se aquecer a ponto de não conseguir te esquecer.

– Christian... – Sua voz embarga e ela pisca, permitindo que lágrimas molhem a sua face e o meu coração dispara de uma forma tão descontrolada que dói.

– Pode parecer loucura, principalmente para um homem como eu. Um homem quebrado, frio e que não sabe mais como tratar as pessoas, mas... – Mais uma vez eu engulo em seco e respiro fundo novamente, não acreditando que irei mesmo falar isso, no entanto as palavras simplesmente saem. – Eu me apaixonei por você, Anastásia. Sem nem mesmo ter conversando com você direito ou me aproximado antes e, isso me deixa irritado, justamente por não conseguir lidar com esses sentimentos e... – Ela me interrompe no momento que toca o meu rosto e abre um sorriso tão doce que me vejo retribuindo.

– Eu também me apaixonei por você, Christian. – Ela continua a acariciar o meu rosto e eu fecho os olhos, sentindo uma paz tomar conta de mim, apenas por ouvir suas palavras e sentir o seu toque suave, mas que ao mesmo tempo, queima a minha pele, aquecendo o meu ser. – No entanto eu pensei ser loucura de uma menininha que acreditava em contos de fadas, por me apaixonar por um homem no qual eu vi apenas algumas vezes, além de ser o irmão gêmeo do meu melhor amigo e, que não gostava de mim. – Abro os olhos e vejo o seu sorriso triste.

– Eu realmente não gostava, mas não de você e sim o que você me provocava apenas por olhar em meus olhos, como se pudesse ver... – Me calo por não querer entrar em detalhe do fracasso que fui como homem no passado.

– Eu vejo você, Christian! Vejo a tempestade em seus olhos e o turbilhão de sentimentos que você faz questão de ocultar. Eu simplesmente vejo você.

O seu carinho em meu rosto e essas palavras são suficientes para algo dentro de mim se romper e sem pensar em mais nada, a minha mão que estava em seu rosto desliza para os seus cabelos e me aproximo para atacar os seus lábios que desejei por tantas noites, fazendo-me sentir como se eu estivesse perdido no deserto e sua boca fosse o meu oásis. A princípio ela não corresponde pela surpresa do meu ato, mas logo sinto os seus lábios de forma tímida e completamente sem experiência se mover junto aos meus, despertando um instinto primitivo que grita dentro de mim arranhando o meu peito. Acaricio os seus lábios com a língua e por instinto a sua começa a duelar com a minha. Sinto algo cair sobre os meus pés, para logo ter as suas mãos nos cabelos da minha nuca, fazendo com que uma onda de arrepios percorra o meu corpo e o meu coração antes acelerado, bata ainda mais desgovernado em meu peito.

No entanto a falta de ar se faz presente e encerro o beijo, afastando-me lentamente e ofegante assim como ela, que mantém os olhos fechados, enquanto busca por ar, com a face ainda mais corada e um sorriso no rosto, mas logo ela abre os olhos se afastando completamente enquanto me encara assustada, o que me deixa atordoado.

– Anastásia...

– Nós não podemos fazer isso! – Ela se abaixa e pega o objeto que caiu no chão e vejo ser a sua bolsa. – Eu não posso fazer isso!

– O quê? Por quê? – Pergunto sem entender, mas pela primeira vez, não sei se quero ouvir a resposta. E ela nega com a cabeça.

– Você... Meu Deus! A sua noiva! – Ela arregala ainda mais os olhos e, como assim noiva?

– Do que você está falando? Eu não tenho e nunca tive uma noiva. – Ela me olha em dúvida e isso me irrita, no entanto eu respiro fundo mais uma vez. – Eu nunca, jamais teria beijado você e muito menos falado ter me apaixonado se eu tivesse alguém, pois se tem uma coisa que eu não admito é mentira e, traição é algo imperdoável para mim.

Sinto a amargura querer se apossar novamente do meu ser, mas esqueço-me completamente quando vejo um sorriso iluminar o seu lindo rosto e sentir os seus braços envolverem o meu pescoço – da mesma forma que ela fez quando me confundiu com o meu irmão –, pegando-me de surpresa, mas logo a tenho cativa em meus braços e aspiro ao seu perfume que me acalma o coração.

– Graças a Deus! Eu não me perdoaria se tivesse... Ah Meus Deus! – Ela se interrompe de forma assustada e esconde o rosto em meu peito.

– O que foi?

– Estamos sendo observados. Que vergonha!

Ela fala de forma quase sussurrada e eu a afasto do meu peito e vejo o seu rosto ainda mais vermelho e, é nesse momento que eu me lembro de estarmos a todo esse tempo na área externa da casa, bem próximos do portão e percebo estarmos protagonizando um belo espetáculo para os Seguranças da entrada. Viro-me para olhar o que a assustou e vejo os meus irmãos e Aleksander, que rapidamente se afastam da janela, fechando as cortinas.

– Filhos da puta!

Ah estou muito soft com essa declaração viu 🥰🥰🥰!

Senhor Gelo, ops, quer dizer, Senhor Brasa, você tocou o meu coração 🥰🥰🥰!

E agora, o que será que vai acontecer com três "comadres" curiosas hein 🤭🤭🤭

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