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Capítulo - 22

Conversar com os meus irmãos há dois dias, me deixou mais leve, no entanto eu ainda não estou pronto para me perdoar por ter sido tão idiota para poder pedir perdão a eles, mas eu sei que eles me entendem e não me condenam por isso, pois se há alguém que me conheça muito bem, mais até mesmo que os meus próprios pais, esses são os meus irmãos, principalmente o Richard.

E por mais que eu saiba que eles estão esperando o meu tempo e respeitando o meu espaço, eu sei que eles têm razão ao dizer que eu preciso esquecer o passado, no entanto devo admitir que desde o dia que tive Anastásia em meus braços - mesmo que tenha sido por um equívoco da parte dela -, a vontade de me martirizar lendo as mensagens do celular daquela mulher não tem sido tão frequente como antes, fato que me faz ficar ainda mais confuso e as palavras de Caleb me perguntando se eu estou interessado nela, me vem à mente e eu me pergunto, será que essa obsessão recém-adquirida por mim seja mesmo por que eu estou interessado nela?

Não! Não pode ser! Eu prometi a mim mesmo não me aproximar de nenhuma outra mulher dessa forma, mas por que toda vez que eu fecho os meus olhos, os seus traços delicados e seus olhos brilhantes aparecem como letreiros de neon para bagunçar ainda mais a minha cabeça?

Droga! Eu estou sim interessado nela. Não sou covarde para negar esse fato, pois a prova disso é que todos os dias antes de dormir eu olho para a sua fotografia, sentindo uma paz inexplicável apenas por ver o sorriso sincero em seus lábios, mas eu não posso me permitir continuar pensando nisso. Eu não posso me permitir ser novamente magoado como fui, no passado. Porém algo em minha cabeça insiste em me fazer acreditar que ela possa ser diferente, pois se ela fosse uma pessoa interesseira, capaz de manipular e mentir sobre quem é não se permitiria ser tratada como foi por Vanessa e, sinto um incômodo no peito por me lembrar dos seus olhos marejados e semblante triste ao me olhar antes que eu saísse da Loja.

- Eu preciso conversar com o meu irmão! - Murmuro sozinho em minha sala e vejo que são quase 18h00 e decidido levanto-me vestindo o meu paletó me preparando para sair da minha sala.

- Christian, o Caleb... Aonde você vai? - Aleksander entra na minha sala como sempre sem bater na porta e se interrompe no que iria dizer me olhando confuso.

- Eu vou para casa. - Respondo o óbvio e ele me encara.

- Certo! Onde estão as câmeras? Por que isso é uma piada não é? - Ele olha para os lados, mas eu nada respondo e ele se aproxima. - Realmente agora estou ficando preocupado, primeiro você está disperso desde semana passada, tira folga à tarde em plena segunda-feira e agora está indo para casa, como uma pessoa normal em horário normal?

- Se colocar essa mão na minha cara, eu arranco ela fora. - Ele interrompe a ação no meio do caminho antes que chegue a minha testa e revira os olhos. - Eu vou para casa, apenas isso Aleksander, mas o que você iria dizer? - Faço a pergunta por me lembrar de que falou o nome do meu irmão e ele me olha por um momento antes de responder.

- Eu iria dizer que o Caleb me ligou a pouco, me convidando para o aniversário do Richard no sábado. Algo que ele disse que você deveria ter feito, mas como te conhecia bem, sabia que não iria fazer.

- Bom, ele te ligou não ligou? - Ele assente. - Então ótimo, se dê por satisfeito. - Passo por ele e abro a porta saindo da minha sala e ele vem atrás, ainda não acreditando que eu esteja de fato indo embora.

- Sabe, o seu amor por mim é tão grande que me comove. - Ele resmunga e eu ignoro. - Taylor, não se esqueça de ligar o aquecedor do carro.

- Por que Senhor Wright? - Taylor pergunta confuso e eu respiro fundo sabendo que ele vai falar merda.

- Para não congelar enquanto leva o Senhor Gelo para casa. - Ouço a risadinha da Laura e olho para ela, que se recompõe na mesma hora e entro no elevador. - Tenha uma boa noite Laura. E vá para casa, Aleksander, pois você trabalha muito e deve estar muito cansado. - Ele continua a falar e eu ignoro, mas minha vontade é de manda-lo ir se foder, mas ainda vejo o seu sorrisinho debochado enquanto acena antes das portas se fecharem.

(...)

- Ana, deixa de ser uma peste e me escuta. - Paro os meus passos assim que entro na sala e ouço o nome da pessoa que me persegue em pensamentos. Olho para o lado e vejo Caleb deitado no sofá enquanto fala no celular. - Eu não estou falando que vai ser apenas um almoço, com pessoas próximas? - Ele escuta o que ela fala e o ouço bufar e tenho certeza que revirou os olhos. - Não! Eu não aceito não como resposta e o Richard também não. - Ele dá uma risada e se senta, me encarando e eu fico envergonhado por ter sido pego no flagra. - Tudo bem, eu sei que você me ama, sua chata. E tenha cuidado ao ir embora para casa. - Ele desliga e fica me olhando com um sorrisinho de lado. - Faz tempo que você chegou? Está tudo bem? - Ele se levanta e se aproxima.

- Não! Cheguei há alguns minutos e está tudo bem sim. - Tiro o meu paletó e a gravata jogando no braço do sofá e dobro as mangas da camisa enquanto ele fica me encarando. - O quê foi?

- Pergunta o que você quer saber! - Ele cruza os braços e eu desvio o olhar dos dele.

- Eu não quero perguntar nada, Caleb. - Me sento no sofá e jogo a cabeça para trás, mas sei que ele ainda está me encarando.

- Por que você é tão orgulhoso, Christian? Está na cara que você está apaixonado. - Abro os olhos e levanto a cabeça rapidamente olhando para ele, que se senta do meu lado.

- Quem está apaixonado? - Richard entra na sala com algumas pastas na mão, colocando-as sobre o aparador e olha de mim para Caleb.

- O Christian, mas orgulhoso do jeito que é não quer admitir, mas eu sei que está. - Ele fala convencido e eu fico em silêncio, pensando no que ele falou.

Eu admiti para mim mesmo que estou interessado na Anastásia, mas apaixonado? Não! Isso não, pois eu a vi apenas algumas vezes, então isso não é possível. Não para alguém como eu, que não sabe mais o que é amar, na verdade, nunca soube para ser sincero comigo mesmo. Então pode ser apenas uma atração, por ela ser linda, delicada, com uma pele macia e perfumada, com os olhos mais vivos e brilhantes que conseguem enxergar a minha alma, que consegue me deixar com o que eu pensei ter deixado de existir no peito acelerado a ponto de me causar dor física.

- Porra! Eu estou apaixonado!

- Aleluia! Obrigado, Deus! O meu irmão está de volta. - Olho assustado para Caleb e percebo que falei em voz alta, mas sinto o pânico querer me dominar quando começo a hiperventilar e, ele olha para Richard que se senta do outro lado me abraçando pelos ombros.

- Ei, irmão, respira devagar. Está tudo bem. - Eu respiro fundo e olho para os olhos azuis do meu irmão que me encaram preocupados. - Está tudo bem se apaixonar, Christian, não tem porque você entrar em pânico por isso.

- Isso não pode acontecer Richard.

- E por que não? - Caleb quem pergunta e, eu olho para ele. - Não há nada que te impeça de fazer isso, a não ser você mesmo.

- Eu nem a conheço, Caleb, nunca troquei mais do que algumas palavras com ela, como eu posso ter me apaixonado e ainda mais por uma menina que não sabemos nada a respeito, e se ela...

- Não conclua essa frase, porque a Ana não é como a... Aquela mulher! Não ouse fazer essa comparação que chega a ser ofensivo, Christian. - Ele me olha ofendido e eu me pergunto se ele realmente não sente nada por ela, mas meu irmão parece ler os meus pensamentos. - Não precisa me olhar dessa forma, porque eu já te falei que Ana e eu somos apenas amigos, pois se eu a visse dessa forma, com certeza eu faria de tudo para que ela se apaixonasse por mim, mas não é o caso, eu a veja apenas como a minha irmãzinha mais nova, mas pelo jeito, agora, como a minha cunhada. - Ele sorri e eu nego com a cabeça.

- Christian! - Olho para Richard e ele respira fundo. - Do que você tem medo exatamente? - Penso por um momento e, isso que eu sinto será realmente medo?

- Eu passei dois anos acreditando que havia me apaixonado, que amava mesmo aquela mulher e me entreguei numa relação que na verdade não havia sentimentos e sim a falsa ilusão que houvesse, no entanto aconteceu o que vocês sabem. - Eles assentem e eu engulo em seco, mas na verdade falar sobre isso está tirando parte do peso que ainda carrego dentro de mim. - Agora, eu tenho receio de me permitir aproximar de uma mulher e não saber reconhecer se de fato os sentimentos que eu sentir será recíproco, por isso o melhor a se fazer é não sentir, manter-me afastado de qualquer coisa que me machuque novamente. - Eles assentem e me analisam por um momento.

- Vamos analisar alguns pontos aqui. - Richard começa a falar e olha em meus olhos. - Hoje você é um homem de quase 26 anos, mais maduro e não mais aquele jovem que não via maldade nas ações de uma mulher, correto? - Penso por um momento e assinto, por de fato saber reconhecer sinais que sempre estiveram presentes na Débora e que eu ingênuo, ignorava. - Agora vamos analisar os seus sentimentos de hoje e de quatro anos atrás.

- Eu acho melhor não tocar... - Ele levanta a mão para que eu me cale e eu faço uma carranca para ele, por ser exatamente assim que ele fazia quando éramos crianças.

- Abra a sua mente e foque apenas em você e esqueça por um momento o que aquela mulher te fez tudo bem? - Assinto a contragosto e ele continua. - Quando você conheceu aquela mulher, você se apaixonou no primeiro momento? - Não preciso nem pensar para responder.

- Não! No início foi apenas físico e com o tempo que eu acreditei estar apaixonado por ela.

- Desculpe-me, Irmão, mas vou precisar mexer na ferida e puxar o Band-Aid de uma vez, pois só assim você vai entender onde quero chegar. - Ele fala com pesar, mas assinto novamente. - Quando você realmente descobriu a verdade de quem aquela mulher era, o que você sentiu exatamente?

- Eu senti raiva, ódio de mim mesmo por não ter percebido que estava sendo enganado, traído e manipulado como um idiota, mas naquele Hospital... - Engulo em seco ao me lembrar daquele dia. - Naquele Hospital eu senti o medo de saber que aquele bebê não era meu e a dor de perdê-lo sem nem mesmo ter tido a chance de pegá-lo em meus braços. - Sinto meu sangue ferver de raiva, mas respiro fundo. - Não vou negar que eu sentia carinho pela Débora, a ponto de confundir com amor, mas naquele dia que eu abri o exame de DNA e li as mensagens daquele celular, eu vi o carinho que eu sentia por ela, se transformar em algo vazio igual me tornei desde aquele dia.

- Você não é vazio, Christian e quer que eu te prove isso? - Não respondo nada, pois acho pouco provável ele conseguir me provar algo sobre isso. - Seja sincero com você mesmo e me fale o que você sente quando olha ou pensa na Anastásia? - Eu penso em negar, dizendo não sentir nada, mas meu irmão sabe que não farei isso, pois eu nunca menti para ele e não é agora que irei começar.

- Eu sinto uma inquietação que não consigo explicar. Sinto o meu coração acelerar a ponto de doer e, sempre que eu fecho os meus olhos, eu vejo os seus traços delicados, sua boca delineada e avermelhada cativa entre os dentes, sua pele macia e rosada e, seu rosto emoldurado por seus cabelos cor de mogno e os olhos... Os olhos dela são tão azuis e vivos, brilham tanto como se fossem faróis invadindo o breu que ela enxergou em mim, vendo através de mim. - Escuto a risada de Caleb e só então percebo que eu fechei os olhos, abrindo-os para encará-los.

- Christian, você tem razão, não está mesmo apaixonado. - Antes que eu concorde ele completa. - Você está muito, mas muito apaixonado. - Ele nega com a cabeça sorrindo. - Caramba! Assim até eu acabei de me apaixonar pela Anastásia, com a descrição detalhada que você fez dela. - Eu o encaro e sinto meu sangue pulsar nas minhas veias e aperto a borda do sofá para não socar o meu irmão.

- Christian, se acalme que o Caleb está apenas brincando. - Olho para Richard sem entender e ele sorri de lado. - Você está apertando tanto o sofá que irá parti-lo e se o seu olhar matasse, nosso irmão estaria caído no chão nesse momento. - Ele gargalha e Caleb faz uma careta, mas começa a gargalhar em seguida. - Você está apaixonado sim e isso por que você a viu, o quê? Três vezes?

- Quatro, eu a vi na segunda-feira. - Respondo sem pensar e eles param de rir para me encarar esperando que eu continue. - Eu estive na Loja que ela trabalha e a encontrei, na verdade ela derrubou café em mim. E ainda tive que presenciar a forma grosseira que a Vanessa a tratou.

- Aquela mulher é o demônio, não sei o que ela ganha tratando a Ana desse jeito. - Caleb fala com desgosto, mas antes que eu pergunte mais sobre isso, Richard volta a falar.

- Espera! Você a viu na Loja que ela trabalha? O que você estava fazendo lá? - Ele me analisa e fica sério de repente. - Você mandou o Taylor investiga-la, não mandou? - Penso se irei falar tudo que descobri até agora ou não, mas decido não entrar em detalhes por enquanto.

- Eu precisava saber se ela não estava se aproximando do nosso irmão por ser mais uma interesseira, mas pelo visto eu me enganei.

- Caralho, Christian! - Richard se levanta irritado. - Você acha que eu iria deixar uma pessoa se aproximar da nossa família, ou de algum de você dois sem antes fazer uma verificação? - Ele pergunta retoricamente, pois não me deixa responder. - Eu errei uma vez e isso quase me custou um irmão. - Tento negar, falando que eu não tentei me matar, por saber que ele está se referindo ao dia que tomei os remédios para dormir, mas ele continua. - E a Ana era uma adolescente ainda quando conheceu o nosso irmão, você acha que uma menina de 18 anos teria um plano articulado para se aproximar por interesse?

Eu não respondo nada, pois pensando por esse lado, sinto-me envergonhado, mas na verdade eu não queria admitir para mim mesmo que ela tenha chamado a minha atenção desde o primeiro momento e que eu queria um motivo plausível para me manter afastado.

- Por que você não conheceu a Ana, na mesma época que eu, Christian, se ela parece ser delicada hoje, imagina há dois anos? Quando era apenas uma menininha assustada por estar numa Universidade enorme numa Cidade diferente da que ela morava. - Continuo em silêncio por não ter argumentos e Richard respira fundo e se senta novamente ao meu lado, colocando a mão no meu ombro.

- Não deixe o passado interferir no seu presente, meu irmão. E se você conseguiu assumir para você mesmo que está apaixonado, não ignore isso, se permita sentir e verá que não está sozinho nessa.

- O que você quer dizer? - Fico confuso e ele olha para Caleb que assente sorrindo.

- Você vai descobrir, mas tenha coragem e converse com ela, se aproxime e verá o quanto a Anastásia é especial e a oportunidade está mais próxima do que pode imaginar.

- O quê?

- Sábado, meu irmão. Ana virá para o meu aniversário, então você irá falar com ela.

Antes que eu diga que não irei falar nada com ninguém e que eles estão se precipitando demais, eles me deixam sozinho na sala com os meus pensamentos. E o que Richard quis dizer que eu não estou sozinho nessa?

(...)

Esses três dias nunca demoraram tanto para passar, na mesma proporção que eu achei que tenha chegado rápido demais. Confuso? Eu sei, mas é exatamente assim que me sinto em relação a esses sentimentos que eu nunca havia sentido antes, principalmente a ansiedade de saber que em algumas horas, estarei olhando - não apenas por uma fotografia - a face da menina mulher que tem visitado os meus pensamentos todos os dias.

E isso me faz lembrar ontem, no momento que eu cheguei a casa - mais cedo por não ter conseguido me concentrar no projeto que estava avaliando - e Richard retornou a conversa sobre eu ter ido a Loja da Vanessa, fato que ele conseguiu fazer com que eu me sentisse como o adolescente de 17 anos que havia feito algo errado.

- Qual foi à desculpa que você deu para chegar ao local de trabalho da Ana, se você mal dirigiu a palavra a ela das últimas vezes?

Ele perguntou ao se aproximar, sentando-se no sofá a minha frente, no entanto eu olhei para o lado e vejo que minha mãe e meu pai estão no mundinho deles, enquanto falavam algo sobre o Hospital.

- Vamos para o escritório. Aqui não é um bom lugar para falar sobre isso. - Ele assentiu e nos levantamos.

- Ah, eu vou também! Só de ver a sua cara, eu sei que você fez merda e não perco essa por nada. - Caleb se levantou nos acompanhando até o escritório, onde ficaram me encarando para que eu começasse a falar.

- Na última noite que eu passei no México, a Vanessa apareceu no Hotel que eu estava hospedado e bem, vocês podem imaginar o que aconteceu. - Falei direto, não querendo prolongar o assunto, mas pelo visto meus irmãos pensavam o contrário.

- Certo, me deixa ver se eu entendi. - Richard encostou-se à mesa e cruzou os braços me encarando. - Você fodeu com uma mulher que é o protótipo de uma caça-fortuna, quando ela apareceu no Hotel que você estava? Isso foi uma coincidência ou ela tinha um objetivo fixo indo até o México? - Ele fez a pergunta, mas quem respondeu foi Caleb.

- É claro que ela foi apenas para ser fodida pelo nosso irmão! É só olhar para a cara dele que você tem a resposta, Richard. - Ele falou sério e eu me senti como se estivesse num julgamento.

- E pelo jeito você queria repetir a foda, pois foi até a Loja dela, porque falar com a Ana, com certeza que não foi.

- O quê? Claro que não, Richard. - Ele arqueou uma sobrancelha e eu o olhei irritado. - Eu nunca transo com uma mulher mais de uma vez, ou transava, nem sei mais. - Sentei-me no sofá que tem no escritório e lembrei que desde que voltei do México, nunca mais procurei nenhuma mulher e respirei fundo para continuar. - O problema é que ela começou a me ligar insistentemente e esse foi o motivo que usei para me enganar, que eu queria dar um basta na insistência dela, mas que na verdade, eu não vou negar, eu queria apenas ver a Anastásia.

- Doeu?

- O quê que doeu, Caleb? - Perguntei confuso e ele me encarou com o seu sorrisinho convencido e debochado.

- Admitir que você já estivesse apaixonado e louco para ver a Ana? - Eu não respondi nada e Richard também o ignorou, dando-me o que pensar com as suas próximas palavras.

- Eu posso estar enganado, meu irmão, mas eu pressinto que você terá um grande problema futuramente nas mãos.

E essa conversa martelou em minha cabeça praticamente a noite inteira, no entanto, por mais que eu saiba quais são as intenções da Vanessa em querer "me conquistar", pois ela tem o mesmo perfil daquela mulher que me usou, eu não sou mais o mesmo jovem imaturo que se deixa enganar e fui claro com ela, desde o início que não haveria uma segunda vez, porém eu espero que isso seja apenas preocupação de um irmão mais velho que presenciou o fim do poço que eu praticamente cheguei.

(...)

Cansado de pensar em incertezas, eu saio do quarto e consigo ouvir vozes na sala e uma delas, faz algo se agitar dentro do meu peito e me recrimino por isso, sendo que eu estou parecendo de fato com o jovem que Richard disse ainda existir dentro de mim, o que não acredito ser verdade, pois aquele jovem morreu no dia que descobriu a crueldade das mentiras daquela mulher, no entanto, esses pensamentos destrutivos simplesmente evaporam quando eu desço as escadas e entro na sala, vendo a imagem de um verdadeiro anjo, usando uma calça preta, blusa branca e um casaco vermelho, realçando o tom rosado de suas bochechas assim que fixa seus olhos azuis brilhantes nos meus.

Ouvir o tom de sua voz doce e suave ao mesmo tempo em que demonstra timidez me faz querer tocar seu rosto e sentir o sabor dos seus lábios rosados, mas ouvi-la me chamar de Senhor Grey me deixa irritado, por ouvir a discrepância do modo leve que ela fala com os meus irmãos. No entanto ela conseguiu me deixar surpreso quando me entrega uma caixa e deduzo ser uma camisa, diante do seu reforço ao pedido de desculpas, mas nada, realmente nada, havia me preparado para o momento em que eu a vi tentando devolver o que meus irmãos gastaram com as despesas do Hospital e Funeral daquele Padre, principalmente por saber que o valor corresponde a praticamente tudo que ela dispõe no banco.

Confesso que fiquei confuso quanto a sua relutância em ficar para o almoço, ainda mais pela forma triste que fez o brilho vivo dos seus olhos se apagarem momentaneamente quando olhou para mim, pois eu posso não ter sido receptivo das outras vezes que nos vimos, onde a maioria das vezes - ou em todas, como nesse momento - eu não tenha conseguido falar praticamente nada que pudesse fazer com que ela se sentisse intimidada com a minha presença e admiro a forma que meu irmão, conseguiu - ou a obrigou - que ela tomasse o café conosco.

- Você ainda acha que Anastásia é uma interesseira? Que está apenas se aproximando para tirar algum proveito do nosso irmão ou da nossa família? - Richard me tira dos meus pensamentos assim que Caleb e Anastásia entraram na sala de jantar.

- Não.

- Ótimo! Então vamos tomar o café da manhã que hoje você vai tomar coragem e se aproximar dessa garota.

Richard fala ao se aproximar e passar o braço por meu pescoço me arrastando para a mesa do café da manhã e, faço uma carranca na mesma proporção que eu sinto o meu rosto ficar vermelho e se eu não conhecesse o meu irmão - fato que neguei para mim mesmo, no passado - como eu conheço, eu afirmo com propriedade de causa, em dizer que ele e Caleb não estão apenas querendo que eu esqueça o passado, mas também bancando dois cupidos intrometidos que não percebem que eu não estou pronto para dar nenhum passo nesse caminho que ainda é instável para mim.

Como diz o gêmeo engraçadinho, doeu Christian 🤣🤣🤣🤣?

Doeu admitir estar apaixonado 🤣🤣🤣🤣?

Agora a mula empacada vai, ou será que não 🤔🤔🤔🤔?


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