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Capítulo - 21


A semana passou tão rápida e torturante ao mesmo tempo, que eu não sei como consegui chegar até o fim do expediente de ontem. Na terça-feira, Vanessa – eu não quero mais ser educada e formal para falar dela, então eu posso chamá-la pelo primeiro nome em pensamentos, me julguem – mandou que eu arrumasse todo o estoque de sapatos por cor e coleção. Na quarta-feira foi à vez das bolsas e outros acessórios. Na quinta-feira além de organizar todo o estoque de vestidos, ainda tive que ir à área VIP no terceiro andar – função que deveria ser executada por Andrea – e descer tudo que estava no local para o salão de vendas. Na sexta-feira, não tendo mais nada para que ela pudesse tentar fazer com que eu me atrapalhasse, ela fez com que eu subisse até a sala dela, até mesmo para apontar seus lápis que ela deve ter quebrado as pontas de propósito, eu tenho certeza disso, o que deixou Melissa indignada e se eu não a impedisse, ela teria ido à sala da bruxa para reclamar.

Eu tive a impressão que ela estava fazendo de tudo para que eu desistisse e pedisse demissão, ou que eu cometeria um erro grandioso para dar-lhe motivos para me demitir, mas o que ela não sabe é que eu sou persistente e a não ser que eu consiga outro emprego, eu não desistirei, no entanto eu não vou negar, pois estou muito cansada e se fosse possível, eu queria passar o fim de semana inteiro sem sair da minha cama, o que não será possível, pois Caleb me ligou durante a semana me convocando – e sem direito a negar o convite – para ir até a casa dele para comemorar o aniversário de 30 anos do Richard com um almoço que sua mãe irá preparar para ele.

Quando ele disse isso, eu senti o meu estômago se revirar em ansiedade, por saber que eu iria encontrar com o Christian, mas na mesma proporção de empolgação, senti também o desânimo, pois a Vanessa deve estar ao lado do noivo para comemorar o aniversário do cunhado e por mais que ele insista em fazer parte dos meus pensamentos durante todos os dias – e também durante as noites –, eu não me sinto bem por pensar em vê-los juntos, o porquê disso? Não faço ideia, mas isso não me agrada em nada.

E por essa razão, estou dentro de um táxi às 08h00 da manhã para apenas parabenizar o Richard que aprendi a amar igual amo o Caleb, entregarei o seu presente, acertarei com eles os gastos – pelo menos a mínima parte que eu consigo – que tiveram com o Hospital, transporte e funeral do Padre Lutero e, depois voltarei para casa, privando o irmão deles que não gosta da minha presença em tê-la.

– Bom dia, Menina Ana! – Sorrio com a forma que Lola me chama, assim que ela abre a porta, me conduzindo até a sala de estar.

– Bom dia, Lola. – Beijo sua bochecha gordinha e a abraço. – Desculpe-me chegar tão cedo, mas eu quero apenas entregar o presente do Richard e falar com o Caleb. – E ver o Christian, nem que seja de longe, completo sentindo o meu rosto esquentar com o pensamento.

– Você não vai ficar para o almoço? – Ela me olha intrigada e eu sorrio triste, mas antes que eu responda, ouço uma voz, fazendo-me virar e olhar para o dono dela.

– Mas é claro que essa peste vai ficar para o almoço, Lola. – Caleb se aproxima e me abraça me tirando do chão e sinto o seu perfume refrescante de quem acabou de sair do banho. – Bom dia, Ana!

– Bom dia, Caleb, agora me coloca no chão que estou ficando sem ar. – Ele me coloca no chão e beija a minha testa, se afastando me dando o seu sorriso costumeiro. – O Richard já acordou? Eu queria entregar o presente dele. – Faço a pergunta, mas quem responde não é ele.

– Acordei sim, Pequena! Bom dia! – Ele chega e me abraça beijando a minha testa também.

– Feliz aniversário, Richard, espero que você goste.

Falo entregando-lhe a caixa envergonhada, pois no meu aniversário eu ganhei pulseira e brincos de safiras e diamantes e estou dando apenas uma jaqueta de couro, por saber que ele gosta de pilotar motos, mas ver o seu sorriso ao abrir o presente, me deixa um pouco mais animada por ter certeza que eu acertei. No entanto eu não consigo evitar olhar para a entrada da sala, na esperança que Christian apareça, mas me recrimino por tal ato, olhando novamente para Richard.

– É perfeita, Pequena! Obrigado. – Ele me abraça novamente e eu sorrio.

– Só para lembrar peste da minha vida, o meu aniversário é dia 01 de Maio, ou seja, daqui a um mês, espero que você não se esqueça. – Caleb fala, arrancando uma risada gostosa de Richard e eu sorrio da forma simplista que ele falou, mas vejo que ele olha para a caixa que está no sofá. – Ou será que você já lembrou e resolveu antecipar o meu presente?

Antes que eu possa responder, ouço a voz rouca e grave que faz o meu coração acelerar e um friozinho se instalar em meu estômago, fazendo-me virar em sua direção apenas para sentir um arrepio desconcertante no meu corpo por ver a forma que seus olhos estão fixos em mim.

– Bom dia!

Ele está tão lindo, vestindo jeans e um suéter grafite, tão sério como das outras vezes que o vi e com os cabelos molhados e, me seguro para não soltar um suspiro igual uma menininha apaixonada, mas respondo logo o cumprimento para amenizar a minha cara de boba.

– Bom dia, Senhor Grey! – Ele fecha ainda mais o semblante e, eu sinto o meu coração se afundar por constatar que ele realmente não gosta de mim, mas vou entregar logo o que eu trouxe a ele e ir embora e é o que faço pegando a caixa sobre o sofá. – Eu queria aproveitar a oportunidade e lhe entregar isso. – Eu me aproximo entregando-lhe a caixa e ele a pega sem entender e eu respiro fundo, sentindo o seu perfume amadeirado que me inebria. – E mais uma vez, me desculpe pelo incidente com o café, eu sei que não é a mesma marca ou modelo, mas espero que aceite como o meu pedido de desculpas. – Fico olhando para ele que me encara avaliando o meu rosto, mas não fala nada, então eu resolvo acabar logo com o seu incômodo e livrá-lo da minha presença, dando um sorriso envergonhado, virando-me de costas e pegando a minha bolsa, tirando o envelope com o dinheiro e me aproximo de Caleb e Richard. – Eu quero agradecer de coração por tudo que vocês fizeram por mim, naquele dia, mas por enquanto eu só consegui juntar isso, mas por hora, muito obrigada.

– Do quê que você está falando, Ana? – Caleb franze a testa e pega o envelope, abrindo-o em seguida e me olha de cara feia. – Por que você está me entregando isso? – Fico confusa, mas respondo mesmo assim.

– Porque é seu! Bom, na verdade é seu e do Richard. – Eles me encaram como se eu fosse doida, mas continuo. – Eu sei que não é o suficiente e, eu nem sei o que faria naquela situação se estivesse sozinha, mas se vocês tiverem um pouco de paciência eu vou acertando nos próximos meses.

– Anastásia, eu vou perguntar de novo. Por que você está me entregando isso? – Caleb está bravo comigo? O que eu fiz de errado?

– Caleb, eu não estou entendendo, você está bravo comigo por quê? Essa é uma parte dos gastos que vocês tiveram no dia que o Padre... Enfim você sabe. – Estou ficando mais confusa e sinto os olhos de Christian sobre mim, mas não me viro para confirmar isso.

– Ana, isso são 5 mil dólares, você ficou doida?

– Desculpe-me, eu sei que é pouco, mas...

– Pelo amor de Deus, Anastásia, assim você me ofende. – Caleb fecha novamente o envelope e pega a minha mão colocando-o nela e ele está mesmo bravo a ponto de ficar com o rosto vermelho e eu fico sem entender.

– Pequena, não queremos que você nos devolva nada, aquilo não foi um empréstimo e sim, porque queríamos fazer aquilo pelo grande homem que o Padre Lutero foi e por ter sido tão importante na sua vida. – Sinto os meus olhos marejarem e baixo a cabeça, mas Richard se aproxima e me faz levantá-la para olhar em seus olhos. – E nós sabemos que para você conseguir esse dinheiro não foi fácil, ainda mais por ter que aguentar a... Como é mesmo que você chama aquela mulher? – Richard pergunta, mas quem responde é o Caleb.

– A bruxa má do oeste! – Ele fala e gargalha, mas eu arregalo os olhos por saber que Christian está ouvindo falar sobre a noiva.

– Caleb! Não fala assim, por favor. – Fico morrendo de vergonha que nem mesmo tenho coragem de olhar na direção do irmão deles.

– O quê? Eu menti, não é assim que você chama a Senhorita Parker? – Ele ironiza a última parte e eu preciso ir embora, antes que eu seja expulsa de vez.

– É... Bom... – Eu respiro fundo e recomeço a falar. – Feliz aniversário Richard, mas agora eu vou indo. – Dou mais um abraço nele que me olha sem entender. – E mais uma vez, obrigada. – Ele sabe a que me refiro e me dá um sorriso de lado.

– Você está indo embora por quê? Não ficará mesmo para almoçar conosco? – Caleb se aproxima e me faz olhar para ele. – Você irá trabalhar hoje? – Eu nego balançando a cabeça e ele fica confuso. – Então não estou entendendo qual é a pressa? O que você está aprontando sua peste? – Sem conseguir controlar, eu olho para Christian, que mantém seus olhos intensos fixos em mim, mas volto a minha atenção para Caleb.

– Não estou aprontando nada, mas é melhor eu ir embora. – Sinto o meu rosto arder e eu devo estar vermelha, pois vejo Richard e Caleb trocar olhares com sorrisinhos cúmplices nos lábios.

– Se você não vai trabalhar, então não tem desculpa. – Caleb pega a bolsa e o envelope com o dinheiro das minhas mãos e entrega para Richard, que me olha sorrindo. – E vamos tomar o café da manhã, porque eu estou morrendo de fome e daqui a pouco o pessoal deve estar chegando.

– Caleb... – Eu tento falar, mas ele me abraça pelos ombros e me arrasta para a sala de jantar, passando pelo irmão quase o atropelando.

– E vocês dois aí, vão vir também ou estão esperando um convite formal? – Ele olha por cima do ombro para olhar os irmãos e ouço a risada de Richard.

E sem argumentos sento-me na cadeira que ele afasta e alguns minutos depois, eu vejo Richard entrar mantendo um braço no pescoço de Christian que está vermelho e com uma carranca em sua face, o que devo admitir ter o deixado ainda mais lindo, no entanto eu afasto esses pensamentos desviando o olhar deles, para Caleb que me encara com seu sorrisinho cretino nos lábios.

E eu só espero que no fim desse dia, eu consiga manter inteiro o meu coração que está agindo como um bobo e muito apaixonado.

(...)

– Bom dia, meus Filhos! – Ouvimos a voz de Carrick, que entra na sala, acompanhado por Grace que está com um lindo sorriso nos lábios. – Filha, que bom ver você novamente. – Eu sorrio e levanto-me para receber o seu abraço e um beijo nos meus cabelos.

– Bom dia, Carrick, Grace!

– Bom dia, minha querida. – Ela também me abraça e logo está caminhando na direção de Richard. – Oh meu Deus! Eu não acredito que o meu primogênito está fazendo 30 anos hoje. – Ela fala chorosa e Richard se levanta para abraçar a mãe. – Feliz aniversário, meu Filho, eu me lembro como se fosse ontem, ter você em meus braços, um bebê tão lindo e gordinho.

– Mamãe! – Ele fica envergonhado e Caleb cai na risada. – Obrigado! – Ele beija a testa da mãe e logo recebe o abraço do pai também.

– Parabéns, meu Filho, mas sua mãe tem razão, o tempo está passando tão rápido. – Ele se afasta e dá um tapinha no rosto do filho mais velho. – Agora eu sei quem são os responsáveis por meus cabelos grisalhos. – Ele nega balançando a cabeça e senta-se a mesa, mas o sorriso orgulhoso está em seus lábios.

– Os seus cabelos grisalhos não é responsabilidade nossa e sim da idade que não perdoa ninguém, Pai. – Caleb fala segurando o riso, mas logo a risada lhe escapa por ver a cara indignada do pai.

– Você me respeita, Menino, que estou com tudo em cima ainda, pode perguntar para a sua mãe.

Ele dá um sorriso de lado, deixando Grace vermelha e eu sorrio por ver a careta de Caleb e Richard, enquanto Christian se mantém sério, apesar de estar com o semblante mais leve, mas como se sentisse que estivesse sendo observado, foca sua atenção em mim, fazendo-me desviar o olhar, envergonhada por estar encarando-o.

– Pai! Poupe-nos dos detalhes, isso é muita informação para essa hora da manhã. – Richard fala balançando a cabeça e Grace dá um tapinha no braço do marido.

– E como você tem passado Filha? Está tudo bem? Fazia tempo que você não vinha nos visitar. – Olho para Grace ouvindo sua pergunta e sem perceber, meus olhos estão novamente em Christian que me encara aguardando a minha resposta, assim como sua mãe.

– Eu estou bem, Grace, me adaptando ainda a falta que o Padre Lutero me faz. – Respiro fundo, porque ainda dói me lembrar da forma que ele nos deixou. – No entanto estou evitando ficar sozinha em casa, mas eu estou dobrando o meu turno na Loja, aproveitando as férias da Universidade, então eu só chego à noite. – Ela assente compreensiva, por saber que um dos motivos também é a Thaís, mas Caleb me olha na mesma hora que termino de falar.

– Como assim, você está dobrando o turno? Trabalhando meio período você já ficava cansada e como está sendo agora então? – Caleb me olha indignado e eu fico sem graça por ter falado demais. – Sem contar que aquela mulher é uma verdadeira tirana. – Ele fala com desgosto por ter me escutado tantas vezes reclamar da bruxa da Vanessa.

– Como assim? Por que a Senhorita Parker é uma tirana? Como é a forma que ela trata você, Anastásia? – Sou surpreendida com a pergunta de Christian, ainda mais por ouvir o modo tão formal que se refere a ela e, pelo visto não só a mim, mas principalmente aos seus irmãos.

– É... Bom... Normal. – Eu pigarreio para parar de gaguejar como uma idiota. – Ela me trata normal e eu não fico tão cansada assim, Caleb. – Faço cara feia para ele entender e parar de falar, mas parece que ele não entendeu o recado.

– Ah não! Você chegava pela manhã na Universidade parecendo um zumbi e com os pés doendo por tantas vezes que aquela mulher te fazia subir e descer para trocar o café da dondoca, apenas por capricho, sem falar a forma grosseira que ela te trata, além de ter que ficar até mais tarde para conferir estoque, isso porque você é Vendedora e não tem que ficar a servindo e exercendo outras funções na Loja.

Caleb fala tudo em um fôlego só, mas olhando para o seu irmão como se estivesse esperando alguma reação dele, na qual consegue, pois Christian fica vermelho e com uma carranca se levanta da mesa, murmurando um "com licença", enquanto eu fico preocupada e envergonhada por ele achar que estou falando mal do meu trabalho e da minha Empregadora, que é sua futura esposa.

A sua reação pegou a todos de surpresa, que ficam olhando para onde ele acabou de sair a passos largos e, antes que alguém pergunte alguma coisa, Richard se levanta também.

– Está tudo bem. Eu vou falar com ele. – Ele olha para Caleb, que assente discretamente, mas eu consegui ver o momento por estar encarando os dois e com isso ele vai atrás do irmão.

– Caleb, você não tinha que falar isso. – Fico completamente constrangida.

– Ana, eu não falei nada demais, apenas a verdade, mas fica tranquila, que logo você irá entender a razão dessa reação do Christian.

Ele alcança a minha mão sobre a mesa e sorri reconfortante, no entanto eu não consigo retribuir e antes que eu responda que eu sei o motivo dele reagir assim, Lola entra na sala avisando a Grace que o pessoal responsável pelo Buffet acabou de chegar e, pedindo licença se retira da sala acompanhada do marido deixando o assunto por encerrado e eu agradeço por isso.

(...)

Depois que Christian saiu da mesa do café da manhã daquela forma, eu só fui vê-lo novamente alguns minutos antes do almoço ser servido e confesso que fiquei ainda mais desconcertada, pois sentia o olhar dele sobre mim o tempo todo, no entanto eu estava muito constrangida e só não fui embora porque Caleb e Grace não terem deixado, mas sempre que sem conseguir me controlar eu me pegava olhando para ele, eu sentia que ele queria me falar algo, o que faço uma ideia do que seja, mas eu acredito que ele não tenha falado nada ainda em consideração ao aniversário do seu irmão, fato que me deixa triste e com o coração apertado, pois o meu lado apaixonada queria que ele gostasse de mim e o lado sensato sabe que o melhor é me manter afastada.

Apesar de Grace ter contratado um Buffet o almoço foi bem intimista pelas poucas pessoas presentes – faltando apenas um casal que não puderam comparecer –, pois segundo ela, seu filho mais velho não gosta de muitas formalidades, preferindo ter por perto apenas os amigos próximos, o que na verdade ela me confidenciou que isso é compartilhado pelos três filhos, no entanto mesmo que fosse algo simples, foi muito bom passar esse momento com pessoas que eu aprendi a ver como família. E confesso que eu tenha ficado mais tranquila por ver que os convidados não eram nada como eu imaginei que poderiam ser, pois não eram esnobes e muito menos se mostravam ser melhor que outras pessoas apenas por terem condições financeiras melhores.

Eu conheci dois amigos do Christian, bom na verdade, são amigos dos três, pois ambos se conhecem desde a Universidade e eu gostei muito deles, cada um com sua personalidade. Aleksander é Engenheiro Naval e também Vice Presidente da Empresa do Christian, é muito divertido, não perdendo a oportunidade de implicar com o amigo, fazendo-o ficar com a cara amarrada, mas era nítido que de fato ele não estava bravo, como eu sei disso? Não faço ideia, eu apenas sei, mesmo que estivesse vendo a interação deles a distância. E o Oliver, que é Advogado sendo mais reservado, mas igualmente agradável e o motivo para Pietro estar inquieto do meu lado.

– Ana, eu tenho certeza que ele é gay, viu só a forma que ele me olhou? – Pietro cutuca o meu braço, fazendo-me desviar do olhar de Christian e encará-lo. Deus! Eu preciso para de olhar para ele!

– Pietro, todo mundo que você conhece é gay, até ter certeza que não é, ou você se esqueceu de que queria fazer teste drive com os irmãos do Caleb? – Arqueio uma sobrancelha para ele que faz uma careta arrancando-me uma risada.

– Sem graça! O meu sonho de ter o Caleb como cunhado foi realmente frustrado, mas eu tenho certeza que agora eu estou certo, o meu gaydar está apitando desde o momento que ele apertou a minha mão ao me cumprimentar. – Ele faz uma cara sonhadora ao colocar a mão no rosto e eu não aguento e gargalho.

– Do que vocês estão rindo? – Eloise se senta com um prato de bolo, o qual Pietro pega o garfo de sua mão levando-o a boca.

– Do Pietro com o gaydar dele ativado em modo máximo hoje. – Ela me olha sem entender e olha para os lados, fazendo Pietro engasgar.

– Seja discreta, Eloise, assim você me mata antes de me casar com o homem dos meus sonhos. – Ele pega um copo com água e bebe e não consigo evitar em gargalhar desse maluco.

– De quem você está falando, Pietro? – Ele aponta discretamente para Oliver e ela arregala os olhos. – O Oliver? – Ela fala assustada e alto o suficiente para fazer com que Pietro se encolha e eu fique vermelha por termos a atenção de Christian, Aleksander e Oliver sobre nós. – Eu sinto muito irmãozinho, mas ouvi a Mamãe dizer que o pai dele havia oferecido um jantar para apresentar a noiva dele, então não foi dessa vez. – Ela dá de ombros e pega o garfo da mão do irmão, comendo o seu bolo.

– Eloise, se aquele pedaço de mau caminho com olhos azuis e cabelos negros como a noite, ótimos para serem puxados por essas mãozinhas aqui – Ele movimenta as mãos na frente dela que nega com a cabeça sorrindo do irmão. –, for hétero eu me caso amanhã mesmo com a bruxa má do oeste. – Quando ele fala da Vanessa, meu sorriso se fecha na mesma hora e sem perceber direciono o olhar para Christian.

– O que foi Ana? Por que você ficou triste de repente? – Eloise segue a direção do meu olhar e volta à atenção para mim com um sorriso compadecido nos lábios. – Você gosta dele, não gosta?

– O quê? – Arregalo os olhos por estar sendo tão óbvia e Pietro se aproxima me abraçando pelos ombros, baixando o tom de voz.

– Você não consegue disfarçar o quanto está apaixonada pelo irmão do Caleb, pois de minuto a minuto o seu olhar está direcionado a ele. – Ele fala e eu sinto o meu rosto queimar, mas não consigo negar. – E ele também não para de olhar para você e minha nossa senhora dos olhares incendiários, é tão quente como aquele gostoso encara você que tenho vontade de arrancar as minhas roupas só em ver. – Ele se abana com a outra mão, fazendo Eloise dá uma risada e eu sorrio triste, sabendo que isso não é verdade.

– Não Pietro, ele me olha por não me querer aqui, justamente por não gostar da minha presença e além do mais, tudo indica que ele é comprometido e vocês não vão acreditar com quem. – Meu coração se aperta e suspiro e os dois arregalam os olhos por imaginar de quem eu esteja falando.

– Não! Como você sabe? Você tem certeza disso? – Pietro pergunta colocando a mão na boca e eu vejo o momento que Christian e Aleksander entram para o interior da casa.

– Na segunda-feira a Vanessa ficou mais de 30 minutos me dando instruções de como eu deveria fazer para servir a ela e o seu convidado, que ela intitulou de "meu futuro marido". – Essas palavras parecem tão amargas ao ser pronunciadas em voz alta que me sinto ainda mais triste.

– Ana! E você acredita em tudo que aquela mulher fala? E se ela realmente fosse algo dele, você não acha que ela não iria estar aqui, comemorando o aniversário do cunhado? – Eloise me pergunta e eu analiso as suas palavras. – Sinceramente, depois de ver como ela ficava atrás do meu irmão como uma gata no cio, eu não acredito que isso possa ser verdade.

– Mas isso não quer dizer nada, Eloise, até porque, como eu disse, ele não suporta a minha presença. – Ela olha para Pietro e ambos negam com a cabeça. – E ele me acharia uma menina bobinha e sonhadora que se apaixona pelo irmão do melhor amigo o vendo apenas três vezes.

– Quem se apaixonou pelo irmão do melhor amigo? – Caleb se senta ao meu lado me assustando e sinto o sangue fugir do meu rosto.

– Ninguém! Foi um filme que Eloise e eu assistimos e estávamos falando para a Ana, que ela deveria assistir também, pois ela gosta de filmes clichês. – Pietro fala e eu o agradeço com o olhar por não conseguir falar nada.

– Interessante. E qual é esse filme? Eu também gosto de um bom e velho clichê? – Ele pergunta com um sorrisinho debochado e eu me levanto rapidamente.

– Eu vou ao banheiro e depois eu pego a sua água, Eloise. – Ela me olha confusa, mas logo a compreensão lhe bate e ela assente. – Daqui a pouco eu volto.

Eu saio apressada e entro na cozinha pela área de serviço e respiro fundo e dessa vez foi por pouco e espero que Caleb não tenha escutado mais do que deveria, pois eu não sei onde colocaria a minha cara se ele soubesse que eu estou mesmo apaixonada por seu irmão que nem mesmo gosta de mim.

(...)

Depois de passar alguns minutos na cozinha, eu decido ir até o banheiro social e jogar uma água no rosto, para tentar amenizar a ardência da vergonha que senti há poucos minutos, no entanto, quando estou no corredor eu ouço vozes vindas do escritório do Carrick e uma delas me chama atenção, por sempre fazer o meu coração acelerar e como uma boa curiosa que eu sou, olho para os lados para ver se ninguém está presenciado esse meu ato vergonhoso e me aproximo da porta que está entreaberta e reconheço a outra voz como sendo a do Aleksander.

Não, Aleksander! Eu me encontrei com ela na segunda-feira e simplesmente não a suporto. – Ouço a voz irritada de Christian e sinto o meu coração acelerar ainda mais, mas de uma forma dolorida, será que ele está falando de mim?

Mas se eu não me engano você que decidiu ir até a Loja da Vanessa, Christian, então eu não estou entendendo. – Agora é Aleksander quem fala e pelo tom de sua voz, ele está sério.

E você acha que eu não sei disso? Porém eu não imaginei me encontrar naquela situação e presenciar o que presenciei e ainda sair banhado de café. – Ele fala ainda mais irritado e agora eu tenho certeza que é sobre mim que ele está falando e o meu coração se aperta e sinto os meus olhos marejarem.

E agora? O que você pensa em fazer? – Aleksander pergunta e não sei se quero ouvir a resposta.

Nada! Eu simplesmente me manterei longe, eu não suporto a presença dela.

Christian fala com tanta frieza que quebra o meu coração, fazendo com que lágrimas comecem a deslizar por minha face e coloco a mão na boca para não permitir que o soluço que está prestes a sair seja escutado por eles. Eu me afasto rapidamente e caminho apressada pelo corredor e antes que eu chegue até a sala eu trombo em alguém por estar com a cabeça baixa e se a pessoa não me segurasse eu teria caído no chão.

– Ei, Pequena! Peguei você! – Levanto a cabeça e vejo o seu sorriso sumir. – O que aconteceu? Por que você está chorando, Ana?

– Não... Não aconteceu nada! Eu... Eu... Preciso ir embora. – Tento sorrir para ele e seco o meu rosto. – Não se preocupe, está tudo bem, eu que sou uma boba mesmo.

– Você não é nenhuma boba e se estivesse tudo bem, você não estaria chorando, o que aconteceu? – Ele pergunta ainda mais sério, no entanto eu apenas me aproximo e beijo o seu rosto e me afasto em seguida.

– Não aconteceu nada, Richard e mais uma vez feliz aniversário. – Me afasto dele, assim que ouço passos vindos do corredor atrás de mim e me apresso a ir até a sala e pegar a minha bolsa.

– Ana, espera!

Eu ignoro o seu chamado e abro a porta dando graças a Deus por todos estarem na área da piscina – mesmo que o tempo esteja um pouco frio – e eu consigo sair sem encontrar ninguém pelo caminho e me fazer mais perguntas e, mais uma vez eu permito que as lágrimas lavem a dor que estou sentindo no meu coração. A dor de ser tão boba e me apaixonar sem nem mesmo conhecer direito a outra pessoa. Por ser sonhadora e acreditar em contos de fadas e amor a primeira vista, como tantas vezes fui acusada por Thaís. E mais ainda por saber que se apaixonar e não ser correspondida e ainda ser odiada, machuca e muito a minha alma e o meu bobo coração.

– Anastásia!



Ai meu Deus 😱😱😱! Ana e sua mania de escutar as conversas atrás da porta 🤦🏻‍♀️🤦🏻‍♀️!

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