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Capítulo - 16



A

pesar de saber que não é isso que Padre Lutero iria querer e por mais que eu tente, é impossível não me sentir triste com sua morte e, depois de oito dias do acidente, ainda não temos notícias do paradeiro do meu Tio Marco e, indo contra a minha vontade que seria permanecer em minha cama, hoje preciso voltar a Universidade e para o trabalho, pois a Marta conseguiu que eu tirasse folga por uma semana, mas eu sei que a Senhorita Parker não deixará a minha ausência ficar impune tão fácil assim.

Eu saio do meu quarto e caminho a passos lentos para a cozinha, sem pressa de encontrar o ambiente vazio, sem o bom dia e abraço apertado do Padre Lutero, sem a sua benção antes de eu sair para a Universidade e sem conseguir conter, lágrimas deslizam por minha face enquanto eu preparo uma xícara de chá.

– Vai chorar até quando, Estorvo? – Thaís entra na cozinha e eu apenas ignoro, pois ainda estou magoada por ela não ter nem mesmo ido ao enterro do Padre Lutero. – Além de chorona, perdeu a língua também? – Continuo sem responder, seco as minhas lágrimas e bebo um pouco do meu chá. – Se não quer responder, melhor para mim que não preciso ouvir a sua voz irritante, mas seja útil e me sirva o café. – Eu apenas continuo a ignorando, bebo o restante do meu chá, deixando a xícara na pia e tento sair da cozinha, mas ela segura o meu braço me fazendo olhar para ela. – Você está surda? Eu mandei servir o meu café.

– Você não manda em mim e se quer tomar café da manhã, prepare você mesma. – Puxo o meu braço do seu aperto e me afasto, mas volto a minha atenção para ela. – E se quiser almoçar, é só pegar os ingredientes na geladeira e cozinhar, pois, eu tenho certeza que as suas duas mãos estão em perfeito estado e coordenação.

– Sua desgraçada abusada. – Ela quase grita e eu apenas reviro os olhos, cansada do seu discurso de sempre. – Você é obrigada a me servir e o mínimo que você deve fazer é deixar o almoço pronto para que eu apenas aqueça mais tarde.

– Sabe Thaís, pode me chamar do que você quiser, eu deixei de me importar com o seu vocabulário chulo há muito tempo... – Pego a minha mochila que havia deixado pronta ontem sobre o sofá e me encaminho para a porta e, mais uma vez eu olho para ela. –... Então procure algo para fazer e deixe de ser motivo de preocupação para a sua mãe, afinal você é uma mulher de 25 anos que não sabe o que fazer da sua vida e não será me provocando que fará da sua vida mais fácil, ou melhor.

Saio de casa ouvindo como sempre os seus gritos histéricos, no entanto estou muito triste e magoada para me importar com o que ela faz ou deixa de fazer e, eu posso sim estar sendo "chorona" como ela faz questão de falar, mas pelo menos eu tenho sentimentos e sinto a falta do homem que me criou como se eu fosse sua filha, algo que ela deveria mostrar no mínimo respeito, pois o Padre Lutero também tentou ensiná-la as mesmas coisas e princípios que passou para mim.

(...)

Apoio a minha cabeça na janela do ônibus – que por sorte eu consegui um lugar para me sentar – e fico pensando nesses últimos quatro dias, desde que voltei para casa quando chegamos do cemitério de Portland, como a vida é frágil, pois numa fração de segundos, você está bem, sorrindo e respirando e num piscar de olhos, tudo pode se perder, sem nem mesmo poder contestar ou pedir uma segunda chance.

E não sei por qual motivo, olhos cinza tempestuosos me vêm à mente e, agora sem o excesso de carga emocional que me assolava, eu não consigo entender como eu pude confundir o Christian com o Caleb, pois por mais que eles sejam idênticos na aparência, são completamente diferentes e hoje, eu tenho certeza que jamais os confundiria. Inclusive pelas reações e sensações que o irmão do meu amigo provoca em mim, mas pode ser apenas uma reação a surpresa de saber que Caleb tem um irmão gêmeo ou até mesmo pela confusão emocional que eu me encontrava no momento.

É! Deve ser isso mesmo! Mas por qual motivo eu não consigo tirar aqueles olhos e aquele rosto tão lindo e desprovido de qualquer emoção da cabeça? Por que eu senti ao olhar para aqueles olhos que eles carregam muita mágoa e dor e até mesmo desesperança? Não sei, mas algo me diz que irei descobrir o que pode ser, no entanto isso pode ser apenas o meu lado curioso que esteja falando por mim, ou possa ser também essa sensação que faz o meu coração acelerar tão rápido como está agora, apenas por me lembrar dele.

Assusto-me quando vejo que está chegando ao ponto no qual eu tenho que descer, fazendo-me levantar apressada para não perder a minha parada e assim que eu consigo descer do ônibus, eu respiro fundo e tento acalmar o meu coração descontrolado e começo a caminhar sentido a Universidade, encontrando os meus amigos me aguardando no portão, sendo recebida por um abraço caloroso de todos e sinto os meus olhos lacrimejarem.

– Ei Aninha, não chora! – Pietro me abraça de novo, mas logo me afasta. – Eu sinto muito por sua perda, mas não fica assim, eu tenho certeza que o Padre Lutero não iria querer te ver sem o sorriso que ofusca até mesmo o sol. – Eu assinto e Eloise pega em minha mão, balançando a cabeça concordando com o irmão, mas posso ver seus olhos também marejados.

– Como você está peste da minha vida? – Acabo sorrindo de Caleb e ele seca as minhas lágrimas. – Isso mesmo, eu quero ver esse seu sorriso, nada de lágrimas. – Ele me abraça e William se aproxima.

– Eu não vou dizer sinto muito, pois são o que todos dizem em momentos como esses, no entanto eu vou dizer que pessoas boas como o Padre Lutero estão em um lugar melhor do que esse que vivemos, eu sei que dói, mas você terá que aprender a viver com a saudade e nunca se esquecer do quanto ele foi importante em sua vida. – Ele beija a minha testa e volta a se aproximar da namorada, que seca rapidamente uma lágrima que deslizou por seu rosto.

– Obrigada! – Respondo com a voz embargada, mas respiro fundo. – Está doendo não vou negar, mas vocês têm razão, o Padre Lutero não gostaria de me ver apenas chorando e lamentando, mas eu ainda estou preocupada com o meu Tio Marco que ainda não foi encontrado.

– Eu sei, a minha Tia também está triste com esse fato. – William fala e eu fico sem entender.

– Sua Tia?

– Sim, o Marco era Segurança Particular da minha Tia Carla e, ele era... É muito amigo do meu Tio Raymond, que está em cima da Polícia para continuar com as buscas. – Eu arregalo os olhos por saber de quem ele está falando. Então ele é sobrinho da Senhora de olhos tristes que conheci na Loja?

– Eu não sabia que você conhecia o meu Tio Marco? – Ele me dá um sorriso discreto.

– Eu não sabia que o seu Tio Marco, era o Marco Segurança da minha Tia, fiquei sabendo no dia do acidente e depois que Caleb me falou sobre o caso. – Eu apenas balanço a cabeça por não saber mais o que falar.

– Vamos entrar? O sinal irá tocar daqui a pouco. – Caleb fala e eu fico o encarando, procurando ver se sinto algo semelhante ao que o seu irmão despertou em mim, mas não sinto nada, apenas o carinho que tenho por ele como um irmão mais velho e posso ver o quanto ele é igual, mas tão diferente do irmão, principalmente seus olhos, que parecem sorrir, assim como os seus lábios estão fazendo agora. – O que foi? Por que está me olhando assim?

– Por que você nunca me contou que tem um irmão gêmeo? – Pergunto sem conseguir filtrar as palavras e Pietro arregala os olhos.

– Como assim gêmeo? Tem dois gostosos, quer dizer, dois de você? – Pietro faz a pergunta de forma empolgada e Caleb revira os olhos. – Mas espera aí, você não falava que tinha um irmão mais velho que já conhecemos e um irmão mais novo? – Agora ele fica confuso e eu olho novamente para Caleb, pois era isso mesmo que ele falava.

– E eu não menti. – Caleb se defende e eu arqueio uma sobrancelha para ele. – Eu tenho mesmo um irmão mais velho e um mais novo, bom, sete minutos mais novo, mas ainda assim o Christian é mais novo.

– Eu não acredito nisso, Caleb. – William gargalha da cara ofendida que Caleb faz. – Por sete minutos você fala que é mais velho que o seu irmão? – Ele assente como se isso fosse óbvio. – Só você mesmo meu amigo.

Antes que eu possa fazer mais perguntas, ouvimos o sinal tocar e após nos despedir de Caleb, Eloise e William que seguem para os seus respectivos blocos, eu caminho com Pietro ao meu lado, sentando em nossos lugares para aguardar o Professor entrar.

– Ana me conta essa novidade! – Olho para ele sem entender. – Eles são idênticos ou fraternos? – Sorrio ao entender ao que ele se refere.

– Fisicamente são idênticos, tirando a barba que o Caleb tem e o Christian não. – Pronunciar o seu nome me faz sentir um friozinho no estômago, mas ignoro e continuo falando. – Mas, por mais iguais que eles sejam, ainda assim, são diferentes.

– Como assim? – Pietro pergunta e eu sorrio da cara confusa que ele faz.

– O Caleb sempre está sorrindo, demostrando leveza e tem esse jeito brincalhão, além de ser mais despojado e língua solta, como nós já sabemos. – Sorrio ao me lembrar do meu amigo. – O Christian... Bom, o Christian é mais sério, tem uma postura mais rígida, gosta de usar ternos, apesar de que quando eu o conheci, ele usava jeans e jaqueta de couro preta, mas os seus olhos... – Eu fecho os meus olhos e consigo visualizar perfeitamente cada detalhe do seu rosto. – O seus olhos são tempestuosos, cheios de mistérios, que parece carregar um turbilhão de emoções dentro dele, como se estivesse se contendo para não demostrar sentimentos, ocultando as suas verdadeiras emoções. – Lembro-me do nosso encontro na sala durante a madrugada. – Parece que nunca sorri, além de demonstrar ser orgulhoso, distante e muito frio, mas ainda assim, dá para sentir a intensidade que vem dele, com um simples olhar, sem contar que ele é muito lindo com toda aquela seriedade que ele exala. – Sem me conter, eu solto um suspiro ao me lembrar de ter aqueles lindos olhos em mim.

– Nossa! – Pietro exclama e eu abro os olhos, virando-me para ele.

– O que foi?

– Minha nossa senhora dos gays carentes e abandonados. – Ele se abana e eu fico sem entender. – A forma que você o descreveu até parece que você está apaixonada por esse deus grego. Deu até calor com essa descrição que você fez dele. – Ele continua se abanando e eu arregalo os olhos.

– A... Apaixonada? – Engulo em seco e volto a falar. – Não diga besteiras Pietro, eu o vi apenas três vezes e posso dizer que em nenhuma, a minha presença o agradou. – Sinto uma pontinha de tristeza por me dar conta desse fato e Pietro sorri.

– Primeiro... – Ele levanta um dedo e me olha ainda sorrindo. – Você, a menina mais romântica e sonhadora que eu conheço, aquela que imagina tudo como um conto de fadas sabe que existe amor à primeira vista. – Eu tento negar, mas o Professor entra na sala e ele abaixa o tom de voz e levanta um segundo dedo. – E segundo, será mesmo que a sua presença tenha o desagradado? Ou ele pode também ter sido flechado pelo cupido do amor à primeira vista e prefere fingir indiferença?

Eu tento argumentar o que ele disse, mas o Professor começa a dar a sua aula de Ciências Sociais e eu fico me lembrando da forma que o meu coração reagiu ao seu toque, no dia que o abracei acreditando ser o Caleb. A ansiedade que eu fiquei para vê-lo nos dias que eu fiquei na casa de seus pais e ele não aparecia e, mesmo eu estando triste por ter perdido o Padre Lutero, eu conseguia sentir a forma que ele mantinha o seu olhar intenso sobre mim, antes de sair da mesa do café da manhã naquele dia, no entanto isso não quer dizer que eu esteja apaixonada por ele, até porque eu nem sei o que é estar apaixonada por alguém.

Será que é possível alguém se apaixonar sem nem mesmo conhecer de verdade a outra? Não! Isso é impossível, não é?

(...)

Depois de uma semana ainda não consigo esquecer aquela conversa maluca do Pietro sobre eu estar apaixonada pelo irmão do meu melhor amigo, no entanto eu não sei o que pensar, mesmo que eu sinta sim uma vontade de poder vê-lo novamente, apenas para ter certeza se o meu coração irá reagir da mesma forma que das outras vezes.

Com o passar dos dias, eu tento seguir em frente, sem é claro me esquecer do exemplo que Padre Lutero foi, mas ainda assim, eu não consigo evitar a tristeza, pois encerraram as buscas pelo meu Tio Marco e nada dele ser encontrado. O que me deixou desesperada e segundo o Investigador Derek Loretto, o corpo dele pode ter sido levado para qualquer lugar entre os Rios Ceder e Sammamish, mas ainda tenho esperanças que ele irá aparecer, porque eu não posso perder a minha fé que ele esteja bem.

Eu tenho me sentido muito sozinha, principalmente porque a minha Tia tem passado mais tempo em seu trabalho do que em nossa casa, o que eu entendo, pois esse é o seu trabalho e a Senhora Rute é uma idosa que requer cuidados especiais. Quanto a Thaís, eu tenho evitado permanecer no mesmo ambiente que ela, não por ainda estar magoada, afinal, ela que se resolva com a sua consciência, mas pelo fato de não querer me desgastar com as implicâncias e palavras venenosas de sempre.

Antes de acontecer o acidente com o Padre Lutero e o Tio Marco, os ânimos na Loja estavam ótimos, devido à viagem que a Senhorita Parker resolveu fazer naquela semana, no entanto, parece que ela retornou ainda mais irritadiça do que o de costume, apesar de que eu não posso reclamar tanto, sendo que nessa semana que se passou, ela não tenha chamado a minha atenção e nem mesmo me feito servi-la, sendo a função executada por Júlia, mas na intenção de ficar menos tempo possível sozinha em casa, eu pedi para Marta conseguir que eu dobrasse o meu turno nessas três semanas, ainda mais por eu precisar ressarcir o Caleb pelos gastos que ele teve com o Hospital e o Funeral do Padre Lutero.

– Bom dia!

Cumprimento assim que chego à Loja, encontrando Marta, Melissa e Júlia que me recebem com um sorriso e na outra mesa, está Andrea, que me encara com desdém e não sei qual é o seu problema comigo, pois, eu sempre fui cordial com ela.

– Senta aqui, Ana, ainda temos trinta minutos antes de começarmos o nosso trabalho. – Marta me chama sorrindo e olho para Melissa que apesar de também ter um sorriso em seu rosto, está um pouco abatida.

– Aconteceu alguma coisa, Melissa? – Me sento a sua frente e ela suspira bebendo um pouco do seu suco de laranja.

– Você se lembra daquele dia que a minha mãe me ligou me convidando para jantar na casa de um amigo do meu pai? – Ela pergunta e eu assinto, pois, nesse dia ela ficou muito irritada depois que recebeu a ligação. – Ele está me intimando dessa vez, pois, segundo ele, não irei envergonhá-lo perante o Renomado Desembargador Carter uma segunda vez.

– Eu não entendo isso? Por que o seu pai faz isso com você? – Júlia faz a mesma pergunta que eu tenho curiosidade em saber.

– O meu pai é um homem conservador, além de ser muito ambicioso. – Ela fala com amargura na voz e eu não me imagino em seu lugar, apesar de não saber nada sobre o meu pai, eu penso que se for para ele ser assim, talvez seja melhor eu nem conhecê-lo mesmo. – Ele foi criado por meu avô sabendo que deveria se casar com a filha do seu sócio, só que a "prometida" – ela faz aspas com as mãos –, era 15 anos mais nova que ele, por isso ele teve tempo de sobra para aproveitar a juventude até que ela completasse 18 anos para assumir o seu compromisso.

– Sua mãe se casou aos 18 anos? – Júlia pergunta perplexa e eu não veria nada demais, se o casamento fosse por amor, mas parece que não é o caso.

– Sim. – Ela responde com tristeza. – Mesmo a minha mãe também tendo sido criada para ser a filha perfeita, para ser uma perfeita dona de casa e esposa troféu e, saber o seu destino, ela não queria se casar com um homem de 33 anos. Mas com o tempo ela se acostumou e dois anos depois ela engravidou e para o meu azar, eu nasci mulher. – Ela bebe o restante de seu suco e se levanta para lavar o copo na pia, mesmo contra os protestos de Júlia, mas continua a falar. – Quando eu era adolescente a minha mãe veio conversar comigo e falar que esse também seria o meu destino, mas é claro que eu não aceitei. Já basta eu ter feito Economia para agradar o meu pai, mas me casar sem amor? Com toda certeza não.

– Por que Economia? – Pergunto confusa, pois ela trabalha como Vendedora, assim como eu.

– O meu pai é dono do Vitalli Bank S/A e depois que se casou com a minha mãe, se tornou o único dono, sendo que a minha mãe nunca se interessou pelos negócios da família, porém, nesse ponto eu tenho que agradecê-lo, mesmo que eu não tivesse feito o curso que eu queria, mas pelo menos ele não me obrigou a ser apenas uma futura dona de casa, sem nenhuma formação Acadêmica.

– Mas o que isso tem haver com os jantares que você tanto evita a ir? – Marta pergunta e Melissa novamente suspira.

– Não é apenas simples jantares, Marta, o meu pai não aceita que eu tenha saído de casa, mesmo que eu more no apartamento que ele escolheu, por isso, ele quer que eu assuma a minha obrigação de ampliar a sua fortuna, me casando com o filho de algum amigo rico, afinal, para homens como o meu pai, o que importa é o tamanho da sua fortuna depois do sim dito numa igreja.

– Que absurdo isso! – Marta fala indignada, assim como Júlia e eu.

– Eu não sei o porquê de você não aceitar isso, afinal, se casar com um homem rico e ainda ser exibida como esposa troféu, seria tudo que eu mais queria e, pode ter certeza que não estaria trabalhando numa Loja como uma simples Vendedora como você vem fazendo. – Andrea se intromete na conversa, expressando sua opinião de forma ácida e Melissa a olha com raiva.

– Se para você o dinheiro vale mais do que a sua felicidade, Andrea, para mim não é assim, pois eu não quero ter uma vida conjugal vazia e sem amor igual a minha mãe vive há 26 anos. – Andrea revira os olhos debochada e se levanta, colocando a sua xícara na pia.

– Pode apostar que o dinheiro me faria muito feliz e amor seria o de menos, ou você iria ser feliz se casando com um pé rapado, apenas por causa desse sentimento idiota que está colocando como prioridade numa relação?

– Com toda certeza, se eu amá-lo e, o sentimento for recíproco, não pensaria duas vezes. – Andrea gargalha e começa a sair da Copa, nos olhando por cima do ombro com a sua cara de deboche.

– Vocês são patéticas! Uma que o amor vale mais que o dinheiro, a sonsinha que ainda sonha com Príncipes Encantados, a outra que acha que ainda vai encontrar alguém que a ame apesar de sua cor e a Marta, bom, a Marta é bem resolvida casada com um homem bem sucedido, mas enquanto os sonhos das Princesas não se realizam, vamos trabalhar que está na hora de abrir a Loja.

Andrea sai rebolando com o seu uniforme extremamente apertado nos deixando boquiabertas com a sua amargura e, agora eu sei o porquê de Marta e Melissa não fazerem questão de tê-la em nossos momentos de descanso, pois ela é simplesmente desagradável.

(...)

– Você está entendendo o que eu acabei de falar, Anastásia? – Senhorita Parker está a quase meia hora ditando regras de como eu devo servir a ela e o seu convidado que virá para almoçar.

– Sim, Senhorita Parker! Eu entendi tudo que tenho que fazer e na hora que devo fazer. – Seguro a vontade de revirar os olhos, por ter repetido isso por três vezes.

– Nada pode dar errado e espero que a sua incompetência não atrapalhe o meu encontro com o meu futuro invest... – Ela pigarreia e continua. –... Marido.

– Pode ficar tranquila, Senhorita Parker.

– Então repita o que você irá fazer? – Ela fala com deboche e respirando fundo eu repito pela quarta vez.

– Assim que o seu convidado chegar, eu trarei o champanhe no balde de gelo e depois de 20 minutos trarei os pratos que serão entregues daqui a... – Olho em seu computador para conferir quanto tempo falta. –... 10 minutos e não ire mais interromper enquanto ele estiver em sua sala.

– Espero que não se esqueça! – Ela bate suas unhas grandes e vermelhas sobre a mesa e eu imagino uma bruxa fazendo isso, com suas unhas tortas e pretas e, mordo o lábio segurando o riso. – O que você ainda está fazendo aí plantada na minha frente? Anda! Saia que ele deve estar chegando e leve esse café que está gelado e me traga outro agora mesmo.

Tenho vontade de responder que o café está gelado, porque faz trinta minutos que estou ouvindo a mesma coisa e ela nem tocou na xícara, no entanto eu apenas a pego colocando sobre a bandeja e saio apressada de sua sala, porém, no momento que eu fecho a porta e me viro, esbarro em alguém fazendo com que o café vire completamente em sua camisa branca e terno cinza, o que ocasiona na xícara e pires caindo no chão se quebrando, junto com a bandeja que faz um estrondo no ambiente e eu arregalo os olhos completamente em pânico.

– Desculpe-me, Senhor! Por favor, desculpe-me! – Eu fico apavorada e o homem que acabou de tomar um banho de café não diz nada e mesmo com vergonha, eu tento mais uma vez me desculpar. – Perdoe-me, Senhor, eu vou... – No entanto as palavras ficam presas em minha garganta ao ver quem é a pessoa que está me olhando com fúria como se pudesse me matar por minha falta de atenção. 

Minha nossa Senhora das mocinhas em perigo!

Ajude a Ana que acho que o caldo vai entornar, ops, já entornou né? 

Mas foi o café 🤭🤭🤭🤭!


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