Capítulo - 11
México - Janeiro/2019
Sair de Seattle estando brigado com o meu irmão gêmeo não me agradou nem um pouco, pois infelizmente - ou felizmente não sei dizer -, sempre tivemos uma conexão muito forte, a ponto de às vezes um sentir o que o outro estava sentindo, além de falar ao mesmo tempo as mesmas frases, mas com o passar dos anos e em função do meu distanciamento fez com que isso também fosse afetado, porém o incômodo no peito que eu senti quando embarquei deixando a minha família naquele aeroporto não foi o suficiente para me fazer ligar para Caleb e me desculpar por ter sido um idiota naquele almoço há quatro meses.
Vocês não entenderam errado, eu estou há quatro meses na Ciudad do México e não falei com os meus irmãos uma única vez sequer, atendendo apenas algumas ligações da minha mãe para ela saber que eu estou vivo e na medida do possível bem, porém hoje eu percebo que o fato de estar em Seattle ou em outro País não fará eu me sentir melhor, pois o problema não é o lugar em que estou e sim o vazio que sinto dentro de mim e, isso me acompanhará a qualquer lugar que eu for.
Engana-se o homem - ou qualquer outra pessoa - se achar que "fugir" é a melhor decisão para esquecer o seu passado, pois infelizmente ele faz parte de quem você foi. Transformando-o no que é e, moldando o que virá a ser no futuro, mas eu percebo também com esse tempo que eu estou longe, que tudo depende das escolhas que eu faço para a minha vida, mas como o fracassado e quebrado que sou eu optei em me esconder atrás de uma máscara fria e sem emoção, para não acontecer de quebrar ainda mais os pequenos fragmentos do que sobrou da minha dignidade e coração.
Eu tenho total ciência que a minha família não tem nada haver com tudo que passei, pois mais uma vez, foi tudo por escolhas que eu fiz no caminho, mesmo sendo as erradas, mas a vergonha por não tê-los escutado, fazendo-os sofrer por cada palavra dura que foi proferida por mim direcionada a eles, o sofrimento que eu fiz cada um deles sentir por minha culpa e até mesmo as acusações que fiz contra os meus irmãos - principalmente ao Richard - não me permitem voltar a ser o que éramos antes, justamente por eles não merecerem passar por tudo novamente vendo no que eu me tornei.
Injusto? Eu sei que posso estar sendo! Porque eu sei que estou os magoando, mas eu simplesmente não consigo quebrar as barreiras que eu mesmo levantei para tentar "superar" e "recomeçar" e sigo dia após dia, sendo esse homem oco, uma casca daquele jovem que um dia eu fui e que possivelmente eu nunca mais voltarei a ser, até porque aquele garoto tinha sonhos emocionalmente falando que eu sei não serem possíveis de alcançar, não para um homem como eu, pois eu não conseguirei mais confiar em outra mulher que tentar se aproximar de mim, sem me lembrar de tudo que a Débora fez comigo.
Devo confessar que se eu não estivesse com o celular dela em mãos, vendo as suas trocas de mensagens, eu até poderia ainda acreditar que tudo foi um "deslize" da parte dela quando engravidou de outro homem, mas esses seriam pensamentos do garoto sonhador do passado, pois o homem de hoje, percebe o quanto uma mulher pode ser cruel se ela quiser ser. Eu não vou generalizar e dizer que todas são realmente assim, pois não sou idiota a esse ponto, mas o medo de tudo se repetir e ser mais uma vez manipulado, será o meu lembrete constante para não cair novamente nessa ladainha do amor.
Respiro fundo e decidido a encerrar com a minha autopiedade por hoje, eu guardo a porcaria do celular dentro da gaveta do criado-mudo e levanto-me da cama, sabendo que não irei conseguir dormir, visto uma calça jeans e uma camisa qualquer, calço meus sapatos e saio do quarto, até mesmo sem avisar ao Taylor, pois irei apenas ao bar do Hotel e não irei acordá-lo às 04h00 da manhã, no entanto ao entrar no bar eu tenho uma surpresa ao encontrar com Raymond encarando o fundo de seu copo como se o segredo do universo estivesse dentro dele.
- Raymond. - Sento-me ao seu lado e ele me olha assustado. - Desculpe-me, eu não quis te assustar.
- Tudo bem, eu estava distraído. - Ele me dá um sorriso triste e volta a olhar a bebida em seu copo. - Perdeu o sono também Christian?
- Quase isso. - Eu nem cheguei a dormir para ser mais preciso, penso comigo. - E você? Algum problema? - Ele suspira e me olha novamente.
- Digamos que eu tenho o mesmo problema há 20 anos.
- Como assim? - Fico confuso e olho para o Barman que se aproxima. - Eu quero um Chivas Regal 25 duplo sem gelo. - Ele assente e logo tenho minha bebida em mãos e volto a minha atenção para Raymond. - O que você quis dizer com "tenho o mesmo problema há 20 anos"? - Ele fica em silêncio por um momento, mas começa a falar.
- No dia 18 de Janeiro de 1999 eu quase perdi a minha esposa na sala de parto, sem nem mesmo eu estar ao lado dela. - Ele bebe um gole de sua bebida e eu engulo em seco, pois parece que os nossos problemas não são tão diferentes assim. - E sabe o que é mais engraçado nessa história? - Ele me pergunta e eu nego com a cabeça. - Ainda não éramos casados e eu nem sabia que ela estava grávida. - Eu fico confuso e ele percebe, pois começa a me contar a sua história. - Quando eu estava concluindo o Curso de Engenharia de Petróleo e Gás, eu queria fazer uma Especialização, no entanto em umas das férias de fim de ano, quando eu voltei para casa, eu conheci a Carla. Ela era afilhada de consideração da nossa Governanta e estava a ajudando, mas depois de tanto eu insistir, ela aceitou o meu pedido de namoro, mas não irei aprofundar nesse assunto agora, enfim... - Ele bebe mais um pouco e continua. -, eu precisava começar a minha Especialização, ciente que em algum momento eu teria que assumir a Empresa do meu pai para que ele pudesse descansar, eu só não sabia que isso seria de forma tão literal alguns anos depois e justamente no dia que a minha vida virou do avesso, fazendo com a Empresa de fato viesse a ser minha, porém esse é outro assunto para depois também. - Ele pede mais uma dose ao Barman que prontamente o atende, prosseguindo em seguida. - Mantemos um relacionamento à distância, pois eu precisava continuar com os meus estudos para voltar em definitivo para Seattle e assumir o meu compromisso com ela, no entanto eu só fiquei sabendo que a Carla estava grávida quando eu recebi uma ligação desconhecida informando que a minha namorada estava no Centro Cirúrgico e corria risco de morrer, assim como o bebê.
- Eu imagino o que você sentiu ao receber essa notícia. - Falo com amargura, mesmo o caso sendo diferente, pois eu sempre soube da gravidez da Débora e, bebo um gole generoso do meu Whisky sentindo o liquido queimar a minha garganta.
- Eu estava a mais de cinco horas de Seattle e fiquei desesperado e confuso, pois como assim a minha namorada estava grávida e não me falou nada, mesmo nos falando com frequência ao telefone? Mas quando eu cheguei ao Hospital a Carla estava em coma por ter tido eclampsia durante o parto, onde ficou assim por quase dois dias, mas o bebê... - Ele respira fundo e eu imagino o que aconteceu e sinto o meu peito doer com as lembranças que insistem em me assombrar. - Me disseram que o bebê não havia resistido, mas depois de tanto insistir que eu queria ver o meu filho, eu recebi a pior notícia da minha vida. - Eu fico mais uma vez confuso em pensar o que poderia ser pior do que saber que o seu filho morreu ao nascer, mas Raymond esclarece sem que eu verbalize o pensamento. - O meu bebê havia sido sequestrado, assim que nasceu. - Ele seca uma lágrima sorrateira e eu engulo em seco novamente.
- Mas... Você não conseguiu nada no sistema de Segurança do Hospital? - Ele nega com a cabeça e pede outra dose de sua bebida e eu faço o mesmo.
- A história é mais complicada do que isso, mas vai ficar para outro momento. - Ele bate o seu copo no meu bebendo todo o conteúdo em seguida. - Mas quando a Carla acordou e não viu o bebê, ela ficou desesperada e só então eu soube que o bebê era uma menina, a minha Princesinha Aurora.
- Mas por que sequestraram a sua filha? Chegaram a pedir resgate? - E novamente ele nega com a cabeça.
- Não! Nunca pediram resgate. - Ele se cala por um momento e penso que ele não irá falar mais nada, mas ele continua. - Nós nunca soubemos o motivo de terem feito isso, mas dois anos depois, eu recebi na minha Empresa uma carta anônima dizendo que a minha filha estava bem e segura e, uma foto dela. - Ele dá uma risada sem humor e me olha com os olhos marejados. - Como se só receber essa carta e uma fotografia fossem me deixar tranquilo e eu deixaria por isso mesmo, mas desde então eu tenho Investigadores trabalhando para mim, na verdade, eu contratei vários Investigadores ao longo desses anos, mas sempre desistiam por não terem nenhuma pista e o último que eu dispensei chegou a me falar para eu desistir, pois são 20 anos de uma busca sem sucesso.
- E essa foto? Como você pode ter certeza que era mesmo a sua filha, Raymond? Poderia ser alguém querendo brincar com o sofrimento de vocês. Você não chegou a pensar nessa possibilidade? - Eu pergunto o que seria o óbvio a se pensar, pois no momento de desespero acreditamos naquilo que queremos acreditar, bem, eu sou a prova viva disso, até que provem o contrário.
- Eu tenho certeza que era ela. - Eu o olho ainda cético e, ele sorri de forma triste. - Mesmo eu não tendo acompanhado a gestação da Carla, na qual a história é longa para eu te falar o motivo agora e, não tendo visto o rostinho da minha filha ao nascer, eu sei que era ela naquela fotografia. Os olhos azuis como dois pedacinhos do céu, os cabelos cor de mogno como os meus, a pele branquinha como da minha Carla e ela tem uma manchinha de nascença nas costas que é igual a minha, que se parece com uma folha aberta. - Eu arregalo os olhos pela riqueza de detalhes que os sequestradores fizeram questão de salientar e ele continua. - Quem fez isso, Christian, me conhece muito bem, agora eu só não entendo o porquê levaram a minha filha e não me pediram dinheiro nenhum, pois eu daria toda a minha fortuna se fosse preciso para tê-la de volta e não ver mais a tristeza da minha Esposa, mas não! Parece que quem fez isso tem algum motivo para apenas nos ver sofrer dia após dia, sentindo prazer em nos ver morrer um pouco mais a cada dia que não conseguimos encontrá-la.
- Algum desses Investigadores que você contratou, não chegou a fazer alguma projeção de como a sua filha poderia estar hoje, para facilitar nas buscas, Raymond?
- Quem tirou a fotografia foi esperto o suficiente para não facilitar um ângulo possível de fazer essa projeção, mas mesmo assim tentaram fazer uma replicação através de desenhos, como um retrato falado da foto, no entanto não é algo confiável, sem contar que fizeram buscas pelo nome, associando ao meu sobrenome, mas existem muitas meninas na idade da minha filha e muitas com o sobrenome Steele no sistema e eu tenho certeza que não a registraram com o nome que a Carla lhe daria e nunca usariam o meu sobrenome, pois saberiam que isso faria com que eu chegasse até eles.
- Você tem razão nesse ponto. - Eu penso por um momento. - Por que você não fala com o meu irmão? - Ele me olha sem entender e eu continuo. - O Richard trabalha nessa área Raymond e, ele tem uma equipe altamente qualificada trabalhando com ele. E eu posso afirmar que o meu irmão não desistiria tão fácil, como os Investigadores que você contratou. - Ele pensa por um momento avaliando o que acabei de dizer e assente.
- Conversarei com ele quando retornarmos para Seattle. - Ele olha em seu relógio e se assusta, assim como eu, vendo que somos os únicos no Bar do Hotel e o dia começando a clarear. - Eu acho melhor tentarmos descansar um pouco. Eu ocupei muito do seu tempo, meu rapaz. - Ele se levanta e eu faço o mesmo, mas ele coloca a mão em meu ombro fazendo-me olhar para ele. - Eu vejo que você também tem seus fantasmas, Christian, pois é notório ao olhar em seus olhos, mas você ainda é muito jovem e seja o que for não se afaste das pessoas como você vem fazendo, pois quando você menos esperar, seja o que for que te assombre, não passará apenas de lembranças vagas de um passado que não fará mais parte da sua vida. - Eu abro a boca para tentar articular alguma palavra, mas elas simplesmente não saem. - Não precisa falar nada, Christian, eu venho te observando nesse tempo que temos passado juntos e sim, o seu pai conversou comigo, mas eu não sei o seus motivos, fique tranquilo. - Ele dá um tapinha no meu rosto e sorri da sua forma triste. - Agora vá descansar e obrigado por me ouvir. - E após dizer isso, ele sai do Bar deixando-me plantando no lugar, sem saber o que pensar.
(...)
Conversar com Raymond me fez perceber o quanto eu estou de fato mergulhado na minha própria miséria e vivendo num mundo apenas meu e, hoje eu sei o que o Caleb quis dizer que "Eu preciso saber que o mundo não gira apenas a minha volta", pois no momento que eu decidi me afastar da minha família, eu não estou apenas me preservando de decepções futuras - mesmo sabendo que a minha família não faria isso comigo, pelo menos não intencionalmente -, mas estou fazendo com que eles sofram mais do que os fiz sofrer quando eu estava cego ao lado daquela mulher.
E estar longe dos meus pais e irmãos, me fez ver também que a frustração, a mágoa e o sentimento de fracasso não é "privilégio" apenas meu, pois qualquer pessoa que tenha sentimentos está suscetível a ter desilusões e vivenciar dores que só quem sente é capaz de mensurar a dimensão, no entanto o que fazer com as experiências desagradáveis vividas, cabe a cada um levar da forma que melhor - ou pior - lhe convier, porém eu ainda não estou pronto para tentar uma reaproximação - pelo menos não totalmente - e isso ainda não consigo mudar, mas eu posso tentar a começar dar um passo de cada vez e farei isso com o meu irmão gêmeo, assim que eu retornar para Seattle.
Ouvir parte da história de Raymond e presenciar a sua determinação em não desistir de encontrar a filha, mesmo que tenha se passado 20 anos, onde não se sabe nem mesmo se ela está viva ou não. Se ela está no nosso País ou em qualquer outro lugar do mundo, apenas para conseguir ver a esposa voltar a sorrir, mesmo que isso também tire o vazio que ele tenha no peito é prova que tudo depende das escolhas que decidimos seguir para nossa vida.
E a forma que ele fala da filha, mesmo que não tivesse nem ideia que haveria uma a caminho, mostra o homem que Raymond Steele é, sendo que ele poderia ter se afastado por se sentir enganado e privado de vivenciar esse momento ao lado da esposa - que ainda era sua namorada na época - e, que talvez se ele estivesse presente, tudo poderia ter sido diferente, onde estariam os três vivendo como uma verdadeira família, que é como deveria ter sido desde o início.
Porém não foi isso que ele fez - mesmo eu ainda não conhecendo toda a sua história -, pelo contrário, eles se uniram ainda mais com suas dores e se apoiaram, sendo um o porto seguro do outro e não perderam a esperança que a encontrarão e, o engraçado disso tudo que foi preciso uma pessoa fora da minha zona de conforto me falar poucas palavras para perceber que eu de fato sou um fraco, pois talvez se eu não tivesse me acovardado e tivesse pedido perdão aos meus irmãos por cada palavra ofensiva que eu disse ou, se eu não tivesse me afastado do amor dos meus pais, hoje o buraco que me consome estaria menor e não me devorando dia após dia como vem sendo nos últimos dois anos.
Parece que foi ontem que conversei com Raymond no Bar do Hotel e não há quase dois meses, pois isso martela em minha cabeça todos os dias e como sempre nas minhas noites solitárias - mesmo que às vezes eu não esteja de fato sozinho em algum quarto do Hotel -, quando a sensação de sufocamento é tão grande que não consigo nem mesmo dormir ou, talvez essa inquietação e pensamentos torturantes sejam porque amanhã eu estarei voltando para Seattle.
- Porra! Eu preciso beber ou foder, qualquer coisa que me faça parar de pensar nessa merda que é a minha vida. - Resmungo para o silêncio do quarto e levanto-me da escrivaninha onde eu fazia alguns ajustes no projeto da plataforma do Raymond.
Desligo o computador e caminho para o banheiro, retirando minhas roupas e entrando em baixo do chuveiro, sentindo a água quente relaxar os meus músculos tensos por ter ficado, horas sentado enquanto trabalhava, mas a minha mente não consegue relaxar como o meu corpo e analiso esses seis meses que estou no México, não sendo muito diferente da minha vida monótona que levo em Seattle, onde tenho apenas trabalhado até durante a madrugada ou ficava um tempo no Bar e, algumas vezes eu saia para poder encontrar alguém para satisfazer as necessidades do meu corpo, pois é isso que eu posso oferecer a uma mulher agora, apenas sexo e nada mais do que isso, no entanto esse é o plano que pretendo seguir nesse momento e, decidido saio do banheiro e começo a me arrumar, ligando em seguida para Taylor que me atende no segundo toque.
- Senhor Grey!
- Taylor, eu vou até o Bar do Hotel, mas não será necessário me acompanhar. - Falo saindo do meu quarto, entrando no elevador que se encontra disponível parado em nosso andar.
- Desculpe-me Senhor Grey, mas não acho viável que o Senhor saia desacompanhado.
- Taylor, estamos há seis meses aqui e não tivemos nenhum incidente e não será agora que irá acontecer, por isso é melhor que você organize tudo para a nossa volta a Seattle, o nosso voo sairá às 14h00, mas pretendo passar no Estaleiro antes de irmos para o aeroporto. - Saio do elevador e sigo na direção do Bar que está movimentado por ser início de noite de um sábado.
- Perfeitamente Senhor! - Encerro a ligação e sento-me ao balcão encontrando o Barman que sempre me atende em minhas noites insones, nesses seis meses que fiquei hospedado no Hotel.
- Buenas noches, Señor Grey, ¿lo de siempre? (Boa noite Senhor Grey, o de sempre?) - Apesar de falar muito bem a minha língua, ele me atende em Espanhol, demostrando o orgulho ao pronunciar o seu idioma.
- Buenas noches Juan, lo de siempre. (Boa noite, Juan, o de sempre). - Ele assente e me serve uma dose dupla de Chivas Regal 25 anos e, se eu não arrumar companhia para esta noite, precisarei de pelo menos, mais umas quatro doses dessa para conseguir dormir.
- Una mujer muy hermosa estaba en el Bar preguntando por el Señor, que parece que intentó ubicar su habitación, pero no consiguió la información en Recepción. (Uma mulher muito bonita esteve no Bar perguntando pelo Senhor, o que parece que ela tentou localizar o seu quarto, mas não conseguiu a informação na Recepção).
- Uma mulher? - Ele assente, desviando sua atenção para atender um cara, nitidamente embriagado, mas logo volta a olhar para mim.
- Sí, dijo que era amiga y que venía a sorprenderlo, pero tampoco le informé de su paradero. A pesar de ser muy hermosa, encontré extraño su enfoque. (Sim, ela disse que era uma amiga e que veio fazer-lhe uma surpresa, mas eu também não informei nada do seu paradeiro. Apesar de ser muito bonita, eu achei estranho a sua abordagem). - Fico pensando em quem poderia me procurar no Hotel, no entanto não pergunto mais nada.
- Gracias, Juan. (Obrigado, Juan) - Ele me dá um aceno de cabeça e volta ao seu trabalho.
Não faço a mínima ideia de quem poderia vir até o Hotel que tem sido a minha moradia nos últimos meses a minha procura, pois todas as mulheres com quem passei a noite não souberam o meu nome, da mesma forma que não me importei em saber quem eu estava fodendo, no entanto a minha dúvida foi sanada ao ouvir a voz da tal mulher, assim como o seu perfume extremamente enjoativo e sorriso exagerado em seus lábios vermelhos, ao sentar-se ao meu lado.
- Christian, meu querido! Que surpresa encontra-lo aqui.
- Tendo em vista que a Senhorita havia me procurado tanto na Recepção quanto aqui no Bar Senhorita Parker, não seja de fato uma surpresa me encontrar aqui. - Respondo friamente e o seu sorriso vacila um pouco, recuperando-se em seguida, mas ela ignora a forma ácida da qual foi recebida por mim.
- Vamos deixar as formalidades de lado, Christian, nós não temos mais nenhum vínculo de uma transação Comercial no momento. - E no que depender de mim, continuaremos a não ter, penso, mas não verbalizo. - Poderia pedir uma bebida para mim, meu querido? - Tenho vontade de falar que ela mesma poderia fazer isso, mas apesar de tudo, ainda tenho bons modos.
- Claro! O que gostaria de beber? - Pergunto e chamo Juan em seguida, que se aproxima dando um olhar desconfiado para Vanessa.
- Um Dry Martini batido. - Ela pede tentando ser sensual, no entanto apenas ignoro e direciono minha atenção para Juan.
- Juan, o pedido da Senhorita e mais um duplo para mim, por favor. - Ele assente e vai preparar os pedidos, porém eu foco a minha atenção em Vanessa, que mesmo tendo 12 anos a mais do que eu, é muito bonita, devo admitir, mas conversa fiada nunca foi o meu forte. - O que você veio fazer exatamente aqui, Vanessa? - Deixo a formalidade para outro momento e sou direto, no entanto ela pensa antes de me responder.
- Eu tenho trabalhado muito ultimamente e precisava de um descanso.
- E escolheu justamente o México para esse descanso e coincidentemente o mesmo Hotel no qual estou hospedado? - Bebo um pouco da minha bebida que Juan colocou a minha frente e Vanessa faz o mesmo, passando a língua em seus lábios em seguida de forma provocativa.
- Eu gosto desse País, por ser um tanto quanto... - Ela se aproxima e baixando o tom de voz, sussurra em meu ouvido. -... Exótico e caliente. - Ela morde o lóbulo de minha orelha e sobe a mão na minha coxa, no entanto eu a seguro antes que ela faça uma cena nesse Bar.
- Vanessa, vamos ser diretos, afinal, somos dois adultos e joguinhos não funcionam comigo, o que exatamente você veio fazer aqui? Justamente aqui, neste Hotel? - Pergunto friamente, apesar de ela ter conseguido me deixar excitado.
- Tudo bem. - Ela retoma a sua postura, mas cruza as pernas mostrando a sua coxa pela abertura exagerada de seu vestido. - Eu posso ter pedido ao meu irmão para procurar saber onde você estava e, o que eu vim fazer aqui é óbvio, você não acha? - Ela coloca a taça na boca numa clara provocação enquanto bebe o seu drink.
- Sim, está óbvio que você quer ser fodida por mim. - Ela morde o lábio segurando um sorrisinho vitorioso.
- Oh meu querido, não seja tão direto, assim você me deixa envergonhada. - Bebo o restante da minha bebida e sinalizo para Juan colocar na minha conta, levantando-me em seguida.
- Vanessa, eu já falei que joguinhos não funcionam comigo e envergonhada é a última coisa que eu acreditaria que você poderia estar. - Ela termina a sua bebida ainda me provocando. - Vamos? - Estendo a mão para que ela se levante, na qual é aceita de imediato.
- Para onde exatamente? - Saímos do Bar e caminhamos na direção dos elevadores.
- Para o seu quarto. - Ela aperta o botão do seu andar e rapidamente estamos entrando em seu quarto, no entanto no momento que eu fecho a porta ela se joga em mim, tentando me beijar, mas eu a afasto. - Nós vamos foder Vanessa, apenas isso e nada, além disso, sem qualquer outro tipo de contato.
- Você faz isso parecer como uma "transação" sexual, apenas para satisfazer as suas necessidades. - Ela me olha tentando parecer ofendida, mas novamente querendo jogar comigo.
- Vou ser direto, Vanessa, isso aqui para mim é sim uma "transação" sexual como você está dizendo, com a diferença que não precisarei pagar para isso, eu receberei prazer e te darei com toda certeza, mas não será nada, além disso, se estiver de acordo, prosseguiremos, caso contrário paramos por aqui mesmo. - Soou mais rude do que eu gostaria, mas de excitado estou começando a ficar irritado e ela percebe isso.
- Tudo bem, meu querido, estou de acordo... Por enquanto.
Nada respondo, apenas viro-a de costas para mim sem muita delicadeza e abro o zíper de seu vestido, vendo que ela esta nua por debaixo dele, mas se ela pensa que teremos uma segunda noite, na intenção de tentar conseguir algo a mais, está muito enganada, no entanto, eu saí do meu quarto decidido a foder alguém ou beber um pouco para relaxar e poder dormir, eu fico com a primeira opção tendo-a a minha disposição, só espero não me arrepender futuramente disso depois.
Ah "meu querido", como eu tenho certeza que você irá se arrepender e muito quanto a isso 😏😏😏!
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