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Capítulo - 105

Intervir em conflitos armados, realizar extração de ativos e desmembrar uma organização criminosa parece ser bem mais fácil do que ter que falar com meus amigos sobre problemas relacionados ao coração, principalmente quando se está habituado a ser um "Lobo Solitário" como eu venho sendo há muito tempo.

Estar sozinho no âmbito sentimental não é tão ruim quando a minha única preocupação é comigo mesmo, estando ciente do que eu gosto e do que não gosto. Do que me motiva e o que me detém. É compreender não apenas as minhas capacidades, mas também as minhas falhas, além de saber onde, quando e em quê devo mudar.

É seguir meus instintos sem medo de errar e caso vier a acontecer, saber que mais ninguém será prejudicado com as escolhas que eu vier a tomar como certas para mim, mas acima de tudo é estar bem e aceitar também os meus limites. Porém quando tudo isso começa a parecer tão vazio e solitário demais, mostra-me que tudo aquilo que eu julgava ser certo passa a não ter mais sentido como antes.

Ser um Fuzileiro Naval e membro de uma Equipe de Elite me fez ser ainda mais duro e frio para a vida, moldando-me apenas para ser um Profissional modelo - ou pelo menos faço o máximo possível para ser -, que valoriza o tempo, calculando sempre as probabilidades para ter uma rota sem erros ou incidentes, priorizando a Segurança e o bem-estar de quem eu for designado a proteger, mas estou começando a perceber que às vezes o homem deve subjulgar o profissional e começar a viver.

Algo que não é tão simples de fazer quando o Profissional esqueceu por um tempo de como ser apenas um homem que tem anseios, desejos e vontades. E estou vendo isso à medida que vou contando para Samantha e Jay sobre o fracasso do meu relacionamento que nem mesmo começou a acontecer.

- Deixe-me ver se eu entendi. - Samantha leva a garrafa de cerveja à boca, assimilando o meu relato, enquanto eu permaneço em silêncio. - Você se apaixonou pela Secretária do Senhor Grey desde que a conheceu há quase um ano, mas apenas nos três últimos meses que teve coragem de fazer alguma coisa, o que foi correspondido por ela, que aparentemente também tem sentimentos por você? - Apenas assinto, sem ter mais nada a dizer sobre isso, mas Jay o faz por mim.

- Essa mulher não apenas tem sentimentos por ele, Samantha, como deixou claro que estaria disposta a entendê-lo, caso viesse a explicar as complicações que acredita que o impeçam de entrar em um relacionamento. Mas como o nosso amigo é um Lobo Solitário, preferiu perdê-la a ter que enfrentar os seus medos para saber como seria uma vida a dois, melhor dizendo, a três, tendo em vista que ele ganharia um filho no pacote.

- Vocês estão fazendo isso parecer mais simples do que de fato é. Por isso que não entendem.

- Como não, Taylor?! - Samantha dá uma risada sem humor e nega com a cabeça. - Você se esqueceu de que está na presença de um casal que se conhecem a mais de 10 anos, que se casaram apenas há 6, depois de ficarem um ano noivos onde o pedido de casamento foi feito através de um comunicador em canal aberto, logo após à missão que levou o fim de uma Organização Criminosa? Isso porque eu fui baleada e o Jay pensou que eu fosse morrer caso contrário não teria pedido nenhum. - Jay faz uma careta, manifestando-se em seguida.

- Em minha defesa, você disse não na primeira vez que eu fiz o pedido. - Samantha revira os olhos e bebe mais um gole da sua cerveja, segurando o riso.

- Claro! Porque fazer um pedido de casamento em uma lanchonete, desenhando bonequinhos palitos em um guardanapo de uma forma nada talentosa e ainda querer que eu adivinhasse o que significava, seria a realização de um sonho, além de ser muito romântico, não é, Jay Foster? - Ele sorri de lado e pega na mão dela.

- Mas você não pode negar que foi criativo e bem original. - Ela nega com a cabeça, escondendo o sorriso atrás da garrafa. - Porém você tinha razão em esperar algo mais tradicional, pois pedi-la em casamento enquanto você sangrava por ter sido baleada, realmente foi perfeito e muito romântico para que você conseguisse negá-lo, não é, Samantha Foster? - Ele fala com ironia e arqueia a sobrancelha, fazendo-nos dar risada, mas logo tenho a atenção de Samantha novamente.

- Mas falando sério agora! Você não pode pensar dessa forma, só temos uma vida e devemos aproveitá-la ao máximo, justamente por não sabermos o quê nos espera no amanhã ou se pelo menos chegaremos a vê-lo. É melhor viver um grande amor em um único dia do que perder vários por medo de viver, Taylor.

- Além do mais, você deveria dar a Senhorita Castro o direito de conhecê-lo e saber se o que sentem um pelo o outro seria suficiente para suportar as incertezas de se envolver com alguém com a profissão como a nossa, Taylor.

- Mas essa é a questão, Jay, a Laura não sabe qual é a minha real profissão. E eu não gostaria de entrar em um relacionamento tendo que omitir isso. Tendo que mentir se eu for chamado para uma missão em outra cidade ou até mesmo em outro País. Você e Samantha sabem dos riscos que corremos e tudo que enfrentamos, justamente por serem membros de uma mesma Equipe de Elite.

- Então não minta. - Samantha fala taxativa. - Ela sabe que você é um Segurança, o que dá uma ideia do risco que é proteger alguém como o Senhor Grey, enquanto isso vocês podem ir se conhecendo melhor e se ela for à mulher certa, futuramente você pode revelar essa outra parte da sua vida, Taylor. - Não respondo, fico apenas ponderando os prós e contras de um possível relacionamento, baseado em tudo que conversamos e os riscos que eu sei existirem.

- E vou dar mais um motivo para você ter um relacionamento com uma mulher que desempenhe uma profissão diferente da sua, Taylor. - Jay retoma a palavra, fazendo-me voltar a encará-lo. - Se ela se estressar com você por ter deixado a toalha molhada em cima da cama, ela não será capaz de acertá-lo com um tiro, mesmo que você esteja a mais de um quilometro de distância dela, além de não saber manusear adagas e ameaçar diariamente em arrancar as suas bolas.

Samantha dá um tapa no marido, e é impossível não dar risada da situação, aliviando um pouco da tensão dessa conversa que me deixa um pouco desconfortável, pois Jay realmente está certo, afinal, ela é uma exímia atiradora, perdendo o posto de franco-atirador apenas para o Richard, quando assume essa posição, além dos dois saberem manusear facas e adagas muito bem, com a probabilidade quase nula em errar os seus alvos.

- Analisarei tudo o que conversamos, mas por ora, obrigado, por me ouvirem. - Eles assentem e retomam a seriedade, cientes que estou dando este assunto por encerrado. - Jay o que você encontrou sobre Otelo Rice e Lúcio Grives? - Ele volta a pegar o seu laptop e abre o relatório na tela.

- Além das informações que você já tem? Nada. São apenas Empresários perfeitos, com históricos perfeitos e antecedentes mais perfeitos ainda.

- São vários "perfeitos" numa sentença tão curta, Jay. - Samantha faz a observação, e eu tenho que concordar, mas ela continua. - Não foi possível traçar um perfil dos dois indivíduos com precisão ainda, mas o que eu pude perceber é que são dois polos opostos, pois Otelo Rice é espontâneo demais, tem fala mansa e sorriso fácil, dando a impressão que seja até um pouco forçado na intenção de ser sempre agradável e bem-aceito àqueles que estão a sua volta. - Apenas aceno com a cabeça para não interromper a sua análise. - Bem diferente do amigo, Lúcio Grives, que é bem taciturno.

- E com razão. - Jay chama a nossa atenção, deixando-nos confusos, mas explica em seguida. - Lúcio Grives perdeu a esposa quando ela teve uma overdose causada por antidepressivos a pouco mais de dois anos, mas oficialmente a causa da morte divulgada foi parada cardiorrespiratória.

- O que justifica o seu comportamento, provavelmente ele ainda não se recuperou e possa estar de luto, mas o que me deixou em alerta foi o fato de eles irem à GRS e depois a GNIH no mesmo dia, pouco tempo depois que aqueles envelopes foram enviados para o Senhor Grey e o Senhor Johnson. - Eles ficam pensativos, talvez pensando o mesmo que eu, mas verifico a hora e me levanto, estalando o pescoço que está mais tenso do que costuma estar. - Jay, amanhã faça um busca mais detalhada sobre esses dois, talvez estejamos tão tensos com tudo que vem acontecendo ultimamente que eu possa estar vendo algo onde não há nada, porém prefiro pecar pelo excesso de informações a deixar passar algo, e assim que Richard voltar de Massachusetts, nós discutiremos novamente esta questão, mas agora vão descansar que farei o mesmo. - Eles assentem, mas antes que eu caminhe na direção da porta, para sair do anexo que eles moram, Samantha segura o meu braço, fazendo-me encará-la.

- O Richard está emocionalmente envolvido com toda essa história da Ana e do Senhor Grey, por motivos óbvios, mesmo que ele sempre faça o máximo para pensar apenas como um profissional, mas eu sei que você está fazendo o mesmo, Taylor. - Sorrio de lado, mesmo sabendo que ela tem razão.

- Está me analisando agora, Samantha?

- Não preciso analisá-lo para saber que o motivo que o levou a revelar a confidencialidade da Equipe Ghost ao Senhor Grey, seja porque você também se apegou a ele, não apenas como o seu protegido, Taylor. - Fico em silêncio, afinal, não tenho argumentos para refutar o que ela diz. - Da mesma forma que eu sei que de todos nós, você sempre teve uma proteção diferenciada com o Richard, justamente por ele ser o membro mais novo da Equipe, mas o aprendiz superou o mestre e o "pirralho" virou um homem muito bem treinado, por essa razão você resolveu transferir o seu lado protetor ao irmão mais "frágil" dele, e não estou julgando-o por isso, pois sinto a mesma necessidade de proteger aquela menina que é tão madura para a pouca idade que tem, porém... - Ela hesita e fica me encarando, como se eu fosse repreendê-la, mas aqui não somos Sargento ou Tenente discutindo uma Missão, e sim a família que nos tornamos.

- Seja direta, Samantha! - Ela respira fundo, e olha rapidamente para o marido, que assente, o que me leva a crer que eles já haviam conversado sobre isso.

- Nós sabemos a gravidade da situação que envolve o Senhor Grey, mas principalmente a Ana e o passado da sua família, além desse leilão que sabemos que uma hora o Comprador virá buscar o seu "produto", Taylor. Então você vai precisar ser a razão caso o seu Comandante vier a fraquejar e deixar a emoção transbordar se algo fugir do controle dele. O que fará com que você assuma o seu posto de Segundo em Comando e precisará tomar decisões, inclusive parar o Richard se for necessário.

- Somos treinados, Samantha, e mesmo que tudo pareça estar uma merda sem direção, com todas as peças desse quebra-cabeça que ainda faltam para podermos finalizá-lo, o nosso histórico de missões fracassadas é zero e não pretendo que esta seja a primeira a sair do padrão, assim como eu sei que o Richard não permitirá isso, mesmo que essa operação tenha um peso pessoal para ele.

- Nisso nós não temos a menor dúvida, Taylor, da mesma forma que eu sei que o Dominic, o Declan, o Scott e o Ravi pensam o mesmo, porém sabemos que há riscos e somos humanos também. - Jay faz uma pausa e se levanta, parando ao lado da esposa. - E justamente por sermos humanos, estamos cientes que todos nós temos os nossos pontos fracos. E sabemos que o ponto fraco do Richard são os gêmeos e a Senhorita Steele, e ele seria capaz de fazer qualquer coisa para protegê-los. O que queremos dizer é que você precisa deixar o lado humano dessa operação apenas para o Richard e pensar com a frieza de um SEAL e focar como se fosse o caso de um Contratante "comum".

Pondero por um momento e sei que eles têm razão, fazendo-me perceber que eu realmente preciso agir com a razão e analisar tudo isso através de outro panorama. O que tenho que concordar também que por mais que Richard diga que o seu irmão é impulsivo, ele não fica atrás, justamente por saber o quão teimoso ele consegue ser e agir por conta própria, sem pensar nas consequências que isso possa acarretar.

Mesmo que essa tenha sido uma das razões para que ele fosse nomeado o Comandante da Ghost, sendo o membro mais novo da Equipe, quando desobedeceu a uma ordem direta entrando no meio do fogo cruzado e resgatando o Dominic, que havia sido gravemente ferido, fazendo-me lembrar de suas palavras "Com todo respeito, Senhor, enquanto eu estiver vivo, ninguém fica para trás.", no momento que Falcon-1 esbravejava o quanto que ele havia sido irresponsável e poderia estar sendo levado para casa e entregue a sua família, naquele momento, dentro de um saco preto.

Balanço a cabeça tentando esquecer àquele dia, mesmo que no final tudo tenha acabado bem e a Equipe Ghost oficialmente foi formada. Porém saber que ninguém saiu ileso e quase termos perdido o Dominic, é o tipo de lembrança que ninguém gostaria de reviver. Por essa razão respiro fundo e assinto, voltando a encarar Samantha e Jay que continuam a minha frente.

- Vocês têm razão, mas por hoje, vamos descansar.

- E pense sobre a Laura também, Taylor. - Samantha novamente me faz parar com a mão na maçaneta da porta e encará-la. - Essa pode ser a chance que você tem para ser feliz na sua vida pessoal, e que por querer colocar o profissional como prioridade, pode estar jogando-a fora e se arrependerá depois.

Apenas assinto e saio do anexo deles, pois agora eu tenho muito que pensar sobre tudo que vem acontecendo, não apenas com o caso de Christian Grey e Anastásia Steele, mas também com um caso com proporções diferentes, mas ainda assim, igualmente complicado de Laura Castro e Taylor Lennox que também precisa ser solucionado.

[...]

Apesar da intercorrência da nota emitida sobre o reaparecimento da Herdeira Steele, o fim de semana foi muito tranquilo, mesmo estando ciente que Richard obteve algumas respostas que foi buscar em Massachusetts, porém ficou claro que só conversaríamos sobre isso depois que ele conversasse com o Augusto, o que tudo indica ter alguma ligação com o que ele descobriu em sua viagem, além de querer esquecer um pouco os problemas e aproveitar o fim de semana com a sua família.

Outra novidade foi à integração de seu primo Akira Sato Hill a Equipe. O que foi uma excelente aquisição justamente por sua experiência com microchips e quaisquer equipamentos eletrônicos. E através dele, outro membro também fará parte da Equipe e Jay terá um Analista para ajudá-lo com tudo que tem para resolver, deixando-o um pouco mais aliviado por ter a sua carga de trabalho dividida, tendo que esperar só alguns dias, afinal, Hiroshi Kimura virá do Japão e chegará a Seattle somente em três dias.

Contudo em meio a toda tensão dos últimos acontecimentos, boas notícias também fizeram parte do início do dia de hoje, afinal, a Senhorita Steele está grávida, apesar de ter que concordar com as palavras da Samantha quanto a esta revelação e toda a situação que isso pode ocasionar.

- Você sabe o que isso significa não é, Taylor? - Samantha falou num tom de voz baixo, assim que saímos do carro, deixando o Senhor Grey e a Senhorita Steele conversando.

- Eu sei Samantha. - Respondi no mesmo tom, enquanto analisava a nossa volta.

- Se essa notícia chegar até a pessoa que "leiloou" a Senhorita Steele, pode querer se aproveitar da situação, afinal agora não será apenas um produto, mas sim dois pelo preço de um ou com a possibilidade de renegociação de valores. Além de não sabermos a intenção da pessoa que quer se vingar do Senhor Grey, podendo usar isso para fazê-lo sofrer perdendo a mulher e o filho de uma única vez, da mesma forma que ele perdeu quando aquela mulher e o bebê morreram. - Assenti, mas ouvimos a porta do carro ser aberta, porém novamente foi encostada.

- Quanto ao leilão, sabemos que podemos contar com o Marco, afinal foi alguém que estava com ele que arrematou o lote, mas falaremos sobre tudo isso depois com o Richard. - Ela assentiu e nos calamos, assim que a Senhorita Steele saiu do carro com um imenso sorriso em seus lábios.

- Obrigada, Taylor! E tenha um bom dia!

- Tenha um excelente dia, Senhorita Steele. - Ainda sorrindo, deu-me um aceno e entrou na Loja com a Samantha.

Durante o trajeto para a GNIH apesar da preocupação quanto à segurança da Senhorita Steele, foi impossível não me permitir ser contagiado pela felicidade do Senhor Grey ao dizer que seria pai de trigêmeos, após eu parabenizá-lo pela descoberta da gravidez. Além de ouvi-lo me agradecer quando opinei em relação ao caráter da menina que ele pediu para investigar meses atrás, alegando ser apenas pela segurança de seu irmão gêmeo e não porque havia se apaixonado por ela.

Por outro lado, o seu questionamento sobre a Stella me deixou intrigado, justamente por eu não saber a razão para o assunto ser abordado, mesmo que eu tenha ciência que ela esteve presente no churrasco em sua casa ontem. Mas eu não menti quanto à imagem que tenho dela, por mais que eu já tivesse alertado o Richard quanto ao interesse pessoal que a Stella não esconde ter por ele, porém profissionalmente, não há nada que possa desaboná-la até o presente momento.

Entretanto não só os problemas profissionais estão pendentes para serem solucionados, mas os pessoais também e senti isso desde o momento que chegamos a GNIH onde só ouvi um "Bom dia, Taylor" sendo dito por Laura e depois disso, nem uma única palavra foi direcionada a mim durante todo o dia, causando-me um desconforto no peito.

Eu não queria que essa situação chegasse a este ponto, causando toda essa tensão em nosso ambiente de trabalho e muito menos a minha intenção foi magoá-la, mas eu realmente acreditava que o nosso afastamento fosse a coisa certa a se fazer, mas estou começando a duvidar disso, principalmente quando me lembro dos conselhos de Samantha e do Jay, dizendo que eu também posso e devo pensar como homem e não apenas como um Segurança e membro de uma Equipe de Elite.

Por essa razão, observo através das câmeras o momento que ela se levanta e segue na direção da Copa e sem pensar no que estou fazendo, levanto-me e saio da minha sala - que fica entre as salas do Senhor Grey e a do Senhor Wright -, caminhando a passos decididos ao seu encontro.

- Laura, precisamos conversar. - Ela se assusta com a forma que entro na Copa, mas logo volta a preparar a bandeja a sua frente.

- Claro Taylor. Assim que eu retornar da sala do Senhor Grey, repassaremos a Agenda da semana.

- Você sabe que não é sobre isso que estou falando, Laura. - Ela para por um momento e fixa o seu olhar no meu.

- Sim, eu sei. Mas você já resolveu as suas "complicações" ou pretende enumerar mais algumas para justificar a sua falta de interesse em começar um relacionamento? Porque se for isso, não precisa se preocupar, pois eu já entendi e manterei a nossa convivência apenas no âmbito profissional. - Nego com a cabeça e respiro fundo, pois ela não está disposta a facilitar as coisas para o meu lado, o que não tiro a sua razão em agir dessa forma.

- Quero falar com você sobre essas complicações, mas não é apenas... - Interrompo-me sentindo o celular vibrar em meu bolso e vejo que é o Max, a Escolta de Richard. - Max, só um minuto que já retorno a sua ligação. - Respiro fundo e volto a encará-la. - Preciso atender esta ligação, Laura, porém iremos conversar depois, tudo bem? - Ela pensa por um momento, mas assente. - Só... Tenha um pouco de paciência e não desista de nós dois ainda, depois que conversarmos, eu acredito que você irá entender as minhas ressalvas.

- Tudo bem, Taylor. - Sorrio de lado e saio da Copa, discando o número de Max que me atende no primeiro toque.

- Aconteceu alguma coisa, Max?

- É o Richard, Taylor.

- Onde ele está?

- Está na Unidade Médica da GSS. O Doutor Borelli pediu que fizessem uma tomografia, porque ele ficou desacordado por alguns minutos devido à concussão causada pelo impacto na cabeça. - Passo a mão em meus cabelos e respiro fundo, enquanto ele faz uma pausa, mesmo que eu queira saber o que aconteceu, preciso antes saber como que o Richard está. - Mas quando a Equipe de Resgate chegou, ele já havia recobrado a consciência e não queria que avisássemos ninguém. Porém eu falei que ligaria para você, e ele disse que não era para falar nada para os irmãos e muito menos para os pais... Taylor, o Doutor Borelli está chegando aqui, só um minuto. - Max fala alguma coisa, mas logo ouço a voz de Michael na linha.

- Taylor, é o Michael.

Michael Borelli tem 38 anos e também é um ex-Fuzileiro Naval, sendo o Médico responsável pela Equipe, mas quando "nos aposentamos" e viemos para Seattle, Richard não hesitou em trazê-lo para GSS, levando em conta que nem sempre poderíamos nos dirigir a um Hospital comum. Dessa forma, uma Clínica foi construída nas dependências da Empresa, tendo tudo que seja necessário para qualquer tipo de atendimento, desde os mais simples aos mais graves.

- Qual é a gravidade da situação do Richard, Michael?

- Ele teve uma concussão leve, duas costelas trincadas, um corte no supercílio e uma pequena queimadura no ombro esquerdo, mas está bem, tanto que está querendo levantar e ir embora para casa.

- Porra! - Sinto o alívio me dominar e me sento em minha cadeira. - O que foi que aconteceu?

- Não sei exatamente, mas parece que ele foi se encontrar com alguém de um caso que está resolvendo, porém ao chegar ao local, a casa, ou parte dela, explodiu com ele dentro... Porra! - Ouço uma movimentação e a voz irritada de Richard, fazendo-me negar com a cabeça, tendo a certeza que ele está bem. - Taylor, eu preciso desligar e fazer aquele teimoso filho da puta voltar para a cama.

- Boa sorte com isso, meu amigo.

Ele não me responde e desliga me fazendo sorrir, muito aliviado, por saber que Richard é tão teimoso quanto uma porta, mas depois procurarei saber o que ele estava fazendo para ter se ferido dessa forma. O que me faz lembrar as palavras de Samantha dizendo que ele faria tudo que fosse necessário para proteger os seus irmãos e a Senhorita Steele, e agora eu sei exatamente o que ela queria dizer com isso, afinal, não há a menor dúvida que o caso no qual ele foi resolver era justamente esse.

[...]

- Taylor, eu sei que você quer conversar com o Richard e ter a certeza que ele está realmente bem, mas precisamos analisar algumas pendências, antes que você se encontre com ele. - Jay chama a minha atenção, assim que eu iria para a mansão, mas suspiro e o acompanho para o Centro de Comandos, onde encontramos Samantha nos aguardando. - Eu tenho o levantamento que você me pediu sobre Otelo Rice e Lúcio Grives.

- Descobriu alguma coisa? - Ele me entrega duas pastas e me sento, porém ele começa a falar o que tem dos dois indivíduos que me deixaram incomodado.

- Além das informações sobre idade e profissão que já sabemos, Otelo Rice é casado e tem dois filhos, Dener Rice de 35 anos e Eric Rice de 29, mas nenhum dos filhos consta em seus registros o nome da mãe. É casado com Lumena Palvin Rice que tem 30 anos, moravam em Massachusetts, mas estão em Seattle há quase três anos, e quanto ao histórico pessoal, profissional e financeiro são impecáveis.

- E quanto ao Lúcio? - Questiono analisando o relatório em minhas mãos, mas olho para Jay aguardando a sua resposta, porém percebo que há algo a mais. - Tem mais alguma coisa sobre o Otelo?

- Como eu disse, o histórico dele é impecável, mas não posso dizer o mesmo dos filhos.

- Prossiga Jay.

- Analisei o faturamento médio da Rice Motors e está de acordo com o faturamento anual declarado, porém fiz uma busca nos antecedentes dos filhos e há grandes movimentações declaradas como Prestações de Serviços em uma Empresa de pequeno porte, onde os Sócios são Dener e Eric Rice.

- Lavagem de dinheiro. - Concluo o seu raciocínio, e ele assente.

- O processo está sendo tão bem feito, que se eu não tivesse cruzado as informações e seguisse o rastro dessas movimentações, eu não teria percebido. E isso seria o que aconteceria se fosse outra pessoa que estivesse analisando as finanças de forma individual, mas não fique "animado", pois isso não quer dizer que um dos três seja quem procuramos.

- Continue. - Ele aponta para a outra pasta, incentivando-me a abri-la e assim faço.

- Lúcio Grives foi casado com Nadia Price e desse casamento tiveram um filho que hoje tem 29 anos, Eric Price Grives. Nadia faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória quando o filho tinha 15 anos. Um ano depois Lúcio se casou com Sabine Palmer que tinha 25 anos, ficando novamente viúvo, como já sabemos o que aconteceu.

- Muita coincidência as duas esposas de Lúcio Grives falecer e a causa das mortes divulgadas serem as mesmas, parada cardiorrespiratória. - Samantha que esteve apenas ouvindo até agora, faz a observação e tenho que concordar com este fato, mas Jay continua.

- Ele tem uma Transportadora, mas que não pertence a ele de fato, pois foi deixada como herança para Eric Price Grives, por sua mãe, porém quem administra é o Lúcio, assim como o patrimônio que também pertence ao filho.

- Sendo assim, está tudo dentro da lei com um histórico perfeito? - Ele assente sem hesitar. - Mas...?

- Assim como Otelo Rice tem negócios "secundários" em nome dos filhos, há outra Transportadora que está registrada no nome da segunda esposa do Lúcio.

- Mesmo que eu já saiba a resposta, Lúcio Grives morava onde anteriormente? - Ele sorri de lado, confirmando o que eu já sabia.

- Massachusetts, porém se mudou para Tacoma assim que a segunda Esposa faleceu. - Franzo o cenho, não fazendo muito sentido.

- E quanto a Transportadora? Ele simplesmente abandonou e resolveu mudar de Cidade?

- A que pertence ao Eric está sendo gerenciada por um Administrador, agora a que está registrada em nome de Sabine Palmer, foi originalmente fundada em Tacoma, dois meses após eles se casarem, há 14 anos. - Analiso todas essas informações e percebo algo faltando nas pastas.

- Onde estão as fotografias de Eric Rice e Eric Price Grives?

- Esta é outra questão que precisamos analisar. - Samantha quem me responde, jogando uma pasta em minha direção. - Quando estávamos reunidos falando sobre o envio daqueles envelopes, o Senhor Grey mencionou o fato de que um homem, um pouco mais velho que ele e o Senhor Johnson, alto, magro, com os cabelos castanhos e olhos castanhos esverdeados frequentava o apartamento que ele dividia com a ex-namorada e que se chamava Eric, porém não sabia o sobrenome. - Apenas assinto, entendendo onde ela pretende chegar. - E agora nós temos dois "Eric's" que se encaixam no perfil descrito, para que ele nos diga se reconhece um deles.

- E o Senhor Johnson disse que se deparou com uma situação onde encontrou a ex-namorada, na porta de um Restaurante, conversando com um homem um pouco mais velho e que tinha os cabelos grisalhos. - Jay quem fala agora. - Também temos dois que se encaixam no perfil.

- Porém há outro detalhe que não sabíamos antes. - Volto a minha atenção à Samantha, que dá um longo suspiro. - Se o Senhor Grey identificar um dos dois como o Eric que ele conheceu em seu passado, possivelmente ele esteja mais perto do que poderíamos imaginar, pois Eric Price Grives, atualmente é funcionário da GRS.

- Porra!

- Exatamente isso.

Samantha e Jay respondem a mesma coisa, e eu tenho certeza que estão pensando o mesmo, afinal, ou isso é muita coincidência - o que duvido muito - ou o inimigo esteve jogando conosco todo esse tempo, mas antes que eu verbalize os meus pensamentos, o meu telefone começa a tocar e vejo que é uma ligação de Richard, que atendo de imediato.

- Lennox!

- Taylor, ligue para o Ravi e o Declan e diga para eles irem ao imóvel que fica nos fundos da GRS, precisamos descobrir o que há naquele galpão ainda hoje.

- Não podemos simplesmente invadir o local, Richard. O imóvel ainda está locado e mesmo que o Locatário não tenha sido encontrado, o Contrato ainda terá vigência por mais dois meses, além de ter dois Seguranças dia e noite guardando o imóvel.

- Sim, imaginei isso! Mas não se preocupe que ligarei agora para o Augusto e pedirei que envie o Derek com reforços. Estou enviando a você também, neste momento, a ficha de Sérgio Ziegler Júnior, peça para o Jay fazer uma busca e tentar localizá-lo.

- Farei isso, mas você deveria estar descansando, Richard. Ou será que você se esqueceu de que teve uma concussão? Está querendo voltar para o Hospital, local do qual você deveria ter passado a noite em observação? - Impossível não me irritar, ainda mais sabendo o quanto Richard Grey é negligente com a própria saúde e segurança.

- Eu estou bem, Taylor, apenas dolorido por causa da pressão do impacto e com uma leve dor de cabeça, mas além das costelas, nada mais grave aconteceu. - Nego com a cabeça, ouvindo o descaso sobre si mesmo em cada palavra proferida por ele.

- Irei pessoalmente verificar este galpão, mas depois iremos conversar sobre essa casa que explodiu com você dentro, Richard.

- Certo! - Ele faz uma curta pausa, mas continua de imediato. - Obrigado, e assim que entrarem no galpão me avise.

Nego com a cabeça, ciente que ele não irá descansar, mas encerro a ligação e abro o arquivo que ele me enviou, ouvindo Jay trabalhando freneticamente, possivelmente no quê Richard solicitou, mas franzo o cenho ao constatar que já vi este indivíduo antes, e ele não estava sozinho, tento buscar na memória onde o vi e...

- Merda! Jay, este Sérgio Ziegler Júnior é um dos homens que estava dentro do carro que esteve rondando a casa da Senhorita Steele, no dia que o Senhor Grey a trouxe para a mansão.

- Você tem certeza disso, Taylor? - Samantha se aproxima e assinto, ampliando a imagem da ficha que Richard me enviou.

- Afirmativo. Ele estava com o braço imobilizado, sentado no banco do passageiro. E é impossível não me lembrar, afinal, o carro passou por mim três vezes enquanto eu aguardava o Senhor Grey retornar da casa da Senhorita Steele. - Balanço a cabeça em negação, não acreditando que ignorei o meu instinto naquele dia. - Ele queria que eu acreditasse que estivesse procurando por um endereço, sendo convincente quando você, Jay, identificou que o carro era alugado, verificando a identidade do Locatário, quando na verdade ele estava me avaliando. Filho da puta!

- Não se condene, Taylor. Naquela época não sabíamos praticamente nada sobre o passado da Ana, além do mais, em nenhum momento eles demonstraram hostilidade enquanto passava pela rua. - Assinto e respiro fundo, mas deixarei para falar com Richard sobre isso depois, pois agora tenho uma missão para cumprir.

- Você tem razão, Samantha, mas agora preciso falar com o Declan e o Ravi e verificar o Galpão atrás da GRS ou é bem possível que Richard resolva fazer isso sozinho. - Ela assente, fazendo uma careta, sabendo que ele seria capaz de fazer isso, mesmo estando lesionado, e me levanto. - Jay, continue tentando localizar Sérgio Ziegler Júnior, mas por enquanto não mencione nada disso para o Richard, ele precisa descansar e sei que não fará isso caso saiba sobre essa informação.

- Estarei nisso, Taylor. - Assinto e saio do Centro de Comandos para me equipar, deixando a adrenalina começando a correr pelo o meu corpo, afinal, faz tempo que não tenho um pouco de ação.

[...]

Quieto! Está tudo muito quieto, quando antes havia Seguranças vigiando o local. O silêncio às vezes não é bem-vindo, sendo muitas vezes o prenúncio de algo que irá acontecer e nem sempre é algo bom. E isso são situações e sensações que como um Fuzileiro Naval, já me deparei por diversas vezes, pois a espera de um ataque iminente é algo que passa a ser uma certeza, deixando a dúvida de qual será a realidade dos próximos minutos, pois nesses casos, é matar ou morrer.

Claro que isso quando estamos em uma missão, onde o confronto é inevitável, porém o silêncio dos meus irmãos de arma me remete a diversas situações que nós vivemos juntos, mesmo que aqui e agora não seja de fato a nossa situação - apesar de estarmos equipados com roupas táticas, coletes balísticos, balaclavas e munidos com o mesmo armamento que usamos nas missões -, mas eu sei que eles estão pensando o mesmo que eu, enquanto fazemos o reconhecimento do local e analisamos o perímetro.

- Esse lugar parece não estar em funcionamento há meses, G2. - Ouço a voz de Ravi no meu comunicador e tenho que concordar, afinal, parece mesmo um galpão abandonado e não uma Transportadora em funcionamento.

- Situação, G6? - Questiono, depois de alguns minutos de silêncio do Declan.

- Nenhum movimento, G2. Espera! - Ele faz uma pausa, retomando em seguida. - Dois carros civis se aproximando pelo leste.

- Em posição, G5!

- Afirmativo.

Observamos através das sombras os carros se aproximando, mas apenas um para em frente aos portões do galpão, enquanto o outro segue o seu caminho. Depois de alguns minutos vejo que é o Derek Loretto, irmão mais novo do Capitão de Polícia Augusto Loretto, e também o Detetive responsável pela investigação da "morte" do Marco e do Padre Lutero Rossetti.

Porém franzo o cenho, afinal, Richard disse que ele viria com reforços caso fosse necessário, tendo em vista que não entraremos de forma legal no imóvel, mas com a ausência dos Seguranças e nenhuma movimentação no interior do galpão, não enfrentaremos resistência ao nos aproximar do local.

- G6, comigo! G5 mantenha a posição até que seja de fato seguro entrarmos no imóvel.

- Afirmativo, G2! - Os dois confirmam a ordem, mas Declan se aproxima e caminhamos na direção de Derek, que saca sua arma e aponta em nossa direção.

- Somos nós, Derek.

- Porra, Taylor! Eu pensei que vocês ainda não tivessem chegado.

- O que aconteceu com os reforços, Derek? - Ele não responde, guarda a sua arma no coldre e pega um molho de chaves se aproximando para abrir os portões, fazendo com que Declan e eu apontemos nossas armas para ele. - Por que diabos você tem as chaves desse imóvel, Loretto? E onde está o Victor? Você nunca está sem o seu parceiro.

- Vamos nos acalmar, afinal, estou aqui a pedido de vocês. - Continuamos apontando as armas para ele, fazendo-o suspirar. - Qual é, Lennox! Você conhece o meu irmão e sabe que eu jamais faria algo que desonrasse o meu legado, agora será que poderiam baixar essas armas para podermos conversar e entrar de uma vez nessa porra? - Ele se irrita, mas penso por um momento, baixando a minha arma e Declan faz o mesmo.

- Explique-se, Derek! - Faço sinal para Ravi se aproximar e assim que Derek abre os portões, entramos no imóvel, vendo-o completamente vazio.

- Augusto não me falou muito coisa, mas pediu que eu viesse sozinho e deixasse que vocês entrassem no imóvel, então respondendo a sua pergunta, o Victor não sabe que estou aqui, porque tecnicamente eu não estou e muito menos vocês. - Assinto, observando a estrutura do lugar e olho para Declan e Ravi, que se afastam de imediato para fazerem uma varredura e confirmar que não estamos sendo atraídos para nenhuma emboscada.

Derek abre uma das portas e mesmo intrigado do porque ele ter as chaves, eu o acompanho entrando no imóvel, constatando, assim que as luzes são acesas, que está completamente vazio, não tendo muito que verificar justamente por ser um galpão amplo. Ouço Ravi e Declan dizendo que está tudo "Limpo" na parte externa e entram em seguida, seguindo para o pavimento superior.

- O que significa isso, Derek? - Ele passa a mão em seus cabelos, olhando em volta, assim como eu.

- Sinceramente não faço ideia. Apenas recebi uma ligação do Augusto dizendo que eu deveria vir aqui para acompanhá-los, mas antes eu teria que passar em um lugar e pegar essas chaves.

- G2, tem algo aqui que você precisa ver. - Ravi me interrompe, antes que eu pergunte mais alguma coisa a Derek, e me direciono para o segundo pavimento, sendo seguido por ele. - sala à esquerda. - Sigo as orientações dele e estaco no lugar com o que vejo a minha frente.

- Que porra é essa?

Há várias telas fazendo o monitoramente do interior de uma residência, que mesmo que eu ainda não tivesse estado no local, eu sei ser a antiga casa da Senhorita Steele, além de ter também câmeras no interior da GRS, inclusive da antiga sala que pertencia a Vanessa Parker.

Desvio o meu olhar dos monitores e vejo um mural na parede com várias fotografias da Senhorita Steele entrando e saindo da Universidade, momentos com o Padre Lutero, com a Senhora Molina e também com o Marco. E essas foram tiradas na porta da Loja, pois algumas eu vejo as Senhoras Carla e Alana Steele, indicando terem sido as primeiras a entrarem para o quadro, seguindo uma ordem cronológica dos acontecimentos a partir desse dia. Porém parece ter um tempo que não é atualizado, tendo em vista que não há registros onde o Senhor Grey esteja presente.

- Taylor? - Direciono a minha atenção para Derek que está com um envelope em mãos. - Seja quem for o responsável por esse quadro e esse monitoramente, a intenção dele era levá-la de Seattle. - Ele me entrega alguns documentos e um passaporte em nome de Delilah Freeman com a fotografia da Senhorita Steele e uma passagem aérea com destino a Toronto no Canadá.

- E eu acabei de descobrir por onde pretendiam fazer a extração do pacote e o local que a deixariam até que fosse o momento de partirem. - Ouvimos a voz de Declan ecoar pela sala, fazendo-nos procurá-lo, encontrando-o em um quarto improvisado, pelos monitores. - Provavelmente esqueceram o botão de acesso ao som acionado no painel da mesa, pois estou ouvindo tudo que vocês estão falando daqui.

- Filhos da puta! - Esbravejo e saio da sala, caminhando na direção do local que Declan se encontra. - Eles tinham tudo planejado.

- O que tudo indica que aqui era o cofre da Transportadora, mas que foi adaptado para um quarto, melhor dizendo, uma prisão provisória.

Declan dá espaço para que entremos e vejo que ele está certo, pois há uma cama de solteiro, uma mesa pequena com uma cadeira de plástico, central de ar no teto, uma porta sem fechadura que dá acesso a um banheiro minúsculo, contendo apenas um chuveiro, o vaso sanitário e uma pia.

Olho em volta e vejo câmeras em todo o quarto - menos no banheiro -, e devido à estrutura grossa das paredes e da porta de entrada, seria o ambiente perfeito para manter alguém preso, sendo impossível alguém ouvir mesmo que gritasse no momento que as portas fossem fechadas.

- Atrás dessa porta, há um corredor que liga a GRS, que atualmente está isolada apenas por uma parede falsa, que na verdade é uma porta, com acesso direto na antiga Recepção. - Ravi aparece pela porta que acabou de dizer, assim que saímos do quarto.

- Eles planejavam fazer a extração da Senhorita Steele e a manteriam presa neste quarto, até que fosse "seguro" para tirá-la do País. Afinal, ninguém suspeitaria ou ligaria este imóvel à antiga Parker Dress For Less, ou chegaríamos à conclusão que seriam tão ousados para mantê-la tão perto de onde ocorresse o sequestro.

Passo a mão enluvada na cabeça, me esquecendo da balaclava, mas estou irritado demais por imaginar que o plano desses canalhas quase pôde ser concretizado se o Senhor Grey não tivesse efetuado a compra da Empresa.

- Taylor, o que está acontecendo de fato? - Derek me questiona, mas se Augusto não compartilhou com ele as informações, não serei eu a fazer isso.

- É o que estamos tentando descobrir, Derek, mas agora me explique o porquê dessa chave estar com você? Com quem você a pegou?

- Acredito que essa pergunta, eu mesmo poderei responder.

Ouvimos uma voz desconhecida entrando na sala e rapidamente há quatro armas apontadas para o homem, que agora eu sei quem é, mas que parece não se intimidar com esse fato, colocando as mãos nos bolsos de sua calça social.

- Sérgio Ziegler Júnior. - Ele não esboçou nenhuma reação por ter a sua identidade revelada, deixando-me irritado por não ter percebido a sua aproximação. - Você deve ser muito estúpido em vir aqui sozinho, mas agradeço por isso, afinal não precisarei dispensar tempo para localizá-lo.

- Não me subestime, Tenente Lennox! - Mantenho-me impassível, um pouco surpreso, por ele também ter conhecimento de quem eu sou mesmo não sendo possível identificar a mim ou a minha Equipe no momento. - Garanto que não estou sozinho, mas se vocês estão aqui neste momento, foi porque encontraram os Contratos de Locação que eu facilitei para serem encontrados, além de ter deixado as chaves com o Capitão Augusto para tê-los diante de mim para conversarmos.

- O que o Augusto tem a ver com você? - Derek faz a pergunta, igualmente irritado.

- Bem mais do que você possa imaginar, Detetive Loretto.

- Vamos deixar de conversa fiada, antes que eu perca a paciência e acabe com essa palhaçada aqui mesmo, Ziegler.

Assim que finalizo as minhas palavras, um homem alto, olhos verdes e uma mulher loira, igualmente alta com os olhos azuis, ambos com postura Militar, entram na sala também armados. Mas que porra está acontecendo aqui?

- Relaxe, Tenente, como eu disse, quero apenas conversar. Além do mais, sei que você é honrado e não irá atirar em um homem desarmado.

- Fale! Você tem 3 minutos. - Declan e Ravi dão um passo à frente, não se importando com as armas apontadas para eles.

- Não precisarei mais do que um, quero conversar com Richard e Christian Grey... - Ele para e pensa por um momento, mas vejo-o engolir em seco. - Anastásia Steele também deverá estar presente.

- Tente novamente, porque isso não irá acontecer. E o seu tempo está acabando.

- Eu não sou o inimigo aqui, Tenente Lennox, muito pelo contrário, eu quero apenas ajudar. - Ele respira fundo e encara os seus companheiros, dando um aceno com a cabeça, fazendo-os baixar as armas, colocando-as no chão e chutando em nossa direção.

- Se quiser conversar, faça isso agora. - Mais uma vez ele respira fundo, e levanta as mãos, levando-as ao pescoço. - Sem gracinhas, Ziegler! - Falo entredentes, por estar perdendo tempo com essa situação.

- Não seria o momento para isso, mas imaginei que seria necessário para convencê-lo, afinal, Falcon-1 treina muito bem os seus escolhidos. - Por mais que eu queira saber como ele sabe sobre essas informações, permaneço em silêncio não caindo em suas provocações. - Fique calmo, Tenente, você logo irá entender.

- O que você... - Ele solta a gravata, abre alguns botões da camisa e puxa a pele do pescoço, retirando uma máscara, fazendo-me arregalar os olhos.

- Será que agora poderemos conversar sem que eu tenha armas apontadas para a minha cara, Tenente Lennox?

- Marco Rossetti.

Taylor é uma cabeça-dura mesmo 😤 😤, mas acho que ele terá muito que pensar sobre o seu futuro relacionamento com a Laura 🤔🤔, mas isso... Saberemos no Spin-off do Livro 2, que será sequência de Destinos Entrelaçados 🥰🥰.

Samantha acertou em cheio, afinal, Taylor está mesmo transferindo superproteção, mudou apenas o irmão, pulando do mais velho para o caçula dos gêmeos, ou como Caleb gosta de dizer, "Meu irmão mais novo" 🤭🤭.

Eita! Acho que Laura vai dar uma "canseirinha" no Taylor, mas nada como um "sacode" para acordar para a vida, não é verdade 😏😏?

Hummm! Parece que Otelo Rice e Lúcio Grives não são Empresários tão exemplares, não é mesmo 😏😏? Mas agora qual dos dois será o nosso Psicopata lunático 🤔🤔? Dois Eric's no pedaço 🥴🥴! Quem será que visitava a casa da Manipuladora da Débora 🤔🤔? Eu que não sei, estou tão confusa 🥴🥴!

Ah! Agora soubemos sobre o carro que esteve rondando a casa da Ana? Mocinhos ou Bandidinhos 😏😏?

Minha Nossa Senhora das Mocinhas em perigo sem saber 😱😱! Se o Christian não tivesse comprado a Parker Dress For Less, talvez a Ana nem estivesse mais em Seattle, não é verdade 😱😱? Mas como eu sempre falo: Nada acontece por acaso e nem tudo é o que parece ser 😏😏.

Espera que fiquei confusa 🥴🥴! Sérgio Ziegler Júnior não é Sérgio Ziegler Júnior, mas é Marco Rossetti 😱😱! Eita, lasqueira 😏😏!

Espero que tenham gostado desse capítulo, apesar da demora, mas acho que mereço um desconto não é 🙈🙈? Pois estou dando para vocês 7.244 palavrinhas 🥴🥴. Agora quanto à sequência dessas revelações? Encontraremo-nos no capítulo do Senhor Gelo, Ops, Senhor Brasa. Ah, espera! Nesse caso será Senhor Surtado e muito puto da Vida 😏😏!

Acho que deu para ter uma ideia de como será o Livro Quando nos Reencontramos, o Livro 2 do meu Grey mais velho e sua Isabella, não é? Espero tê-las comigo e essa turma quando chegar o momento de Richard e sua alma gêmea contarem as suas histórias 💋💋.

P.S.: Para quem estranhou o nome do Taylor ter mudado, vocês sabem que não gosto de usar os nomes (Com exceção de Ana, Christian e seus pais) da história original, pois me incomoda para um Senhor Caralho, por isso resolvi mudar, mas em nada influenciará na leitura de vocês ou terá grandes impactos. Então... Com vocês... Taylor Lennox 😏😏!

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