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Capítulo 7

"Lutar e lutar mais"




  Eu estava desesperada, eu não conseguia salvá-la. Por mais que eu tentasse eu não conseguia me mover. Ela estava morrendo na minha frente e eu me sentia terrivelmente dominada por um medo que me impedia de agir. Minha garganta doía, eu não conseguia fazer nada. Meus braços estavam presos, eu estava sendo empurrada para algum lugar, eu não conseguia entender. Eu gritava desesperada por ajuda mas tudo estava confuso, as cenas foram sumindo. Eu sentia meu corpo ser pressionado, alguém estava me sacudindo.

  — PARA!— Eu gritava.

  — Samira está tudo bem.— Uma voz me respondia de longe e eu não conseguia ter ideia de onde vinha. Eu me debatia eu gritava.— Samira está tudo bem, sou eu, sou eu.

  Meus olhos abriram-se e eu percebi que tudo não passava de um pesadelo, pois  estava num banco  de uma praça, percebi que  alguém segurava meu braço. Talvez eu tenha feito um escândalo ali, meus pesadelos eram aterrorizantes. Virei o rosto após erguer do banco percebendo que estava com uma jaqueta preta feminina para frio, que eu não fazia ideia de como ela tinha ido parar ali. Quando encarei a pessoa que estava do lado eu abafei a boca de um grito de susto.

  — Senhor Lúcio? O que faz aqui? Espera..como eu?— Balancei a cabeça totalmente confusa.

  — Você não parecia bem, não sei, estava gritando, chorando e apagou. Eu não podia deixa-la sozinha no chão.— Lúcio respondeu tentando explicar de forma clara. Ele não era muito de enrolar explicações, dava pra notar.

  Meus olhos correram direção a roupa dele, vendo no primeiro contato uma gravata vinho muito bonita. A camisa branca dele era de um branco tão limpo e branco que causaria inveja as minhas roupas manchadas e amarrotadas. Seu sobre tudo longo e escuro como seus cabelos e seus olhos muito preto. Lúcio era muito sofisticado e muito cheiroso, seu cheiro de perfume masculino caro era sentido a distancia dele. Seus tecidos de roupa eram muito macios. Isso me fez lembrar da cena ao qual fui tirada de Carlos na sala da delegacia. Eu senti aquele perfume muito cheiroso.

  Balancei a cabeça negativamente tentando retirar da cabeça aquele pensamento desnecessário. Senhor Lúcio observou-me de olhos estreitos na tentativa de entender meus pensamentos. Eu o olhei fixamente ajeitando os meus cabelos que provavelmente estariam uma bagunça. Quando passei a mão sobre meu braço lembrei da jaqueta desconhecida.

  — Essa jaqueta é sua?— Perguntei estranhando o fato de ele ter uma jaqueta feminina e colocar em mim. Que absurdo! Isso era estranho.

  — Não, é sua.— Ele foi direto.— Eu a comprei naquela loja ali.— Ele fez questão de mostrar uma loja não tão distante. Talvez estava querendo me tranquilizar.— Está frio, como pode andar por aí apenas de regata?— Ele virou o rosto outra direção numa tentativa de esconder algum detalhe que pudesse ser vergonhoso. Eu virei o rosto direção a ele perguntando com o olhar. Ele entendeu.— Bom.. eu vi sua barriga, quis cobrir. Não seria o certo?— Estranhamente Lúcio parecia constrangido ou desconfortável e eu que tinha tido a barriga vista por ele não estava tão nervosa ou constrangida assim.

  — Muito obrigado, elogiável de sua parte. Muito obrigado senhor Lúcio.— Eu levantei do banco  dando as costas para ele. Seu Lúcio segurou meu braço, eu o olhei rapidamente.

  — Pode me chamar só de Lúcio, cada vez que fala senhor eu me sinto dez anos mais velho. — Ele cortou o contato soltando meu braço rapidamente. E eu o respondi o mais rápido que deveria.

  — Não tenho culpa se é velho mesmo.— Mordi a boca rapidamente voltando a olha-lo com um pedido de desculpa com o olhar. Senhor Lúcio sorriu fraco, um sorriso bem simples, era aquele sorriso de lado. Me dei conta de que nunca tinha o visto sorrir, isso deveria ser bom pelo visto. Comprimi os lábios em um sorriso totalmente amarelo por assim dizer.

  Tinha chamado o cara de velho, meu Deus! E na cara dele. Eu gargalhei e senhor Lúcio cruzou os braços tentando entender o que estava acontecendo. Quando ele percebeu que eu não diria nada, ele sentou-se no banco novamente. Seus olhos estavam vagos, ele olhava para frente como se sua mente estivesse raciocinando algo sério. Eu me sentei novamente no banco, ficando calada por um tempo, ele merecia o silêncio dele se ele quisesse. Permaneci assim por longos segundos até ele perguntar enquanto manteve as mãos juntas.

  — Como você está?— Ele perguntou.

  Por alguns segundos eu fiquei paralisada com toda a ficha caindo sobre meus ombros. Lúcio embora fechado e de poucas palavras queria saber como eu estava? Quanto mais o tempo passava mais eu me surpreendia com minha vida e o rumo que ela estava levando, e mais ainda com a mudança repentina das pessoas ao meu redor. Mas o coração deu sinal logo que lembrei de minha vó.

  — Eu não sei, eu acabei de saber que...— Minha voz ficou impossibilitada de sair. Era algo lá dentro de mim, estava dilacerando meu peito só de lembrar tudo que tinha acontecido.— Minha vó faleceu sabe. E eu...— Pausei novamente vendo que lágrimas já escorriam dos meus olhos como cascatas. — Eu não sei como, quando nem porque. Mas ela tá morta, a Camila me falou.

  — Foi ataque cardíaco.— o Senhor Lúcio falou. Eu automaticamente parei encarando a ele confusa.

  — É o que?— Virei meu rosto a sua direção puxando seu braço e tentando virá-lo para encara-lo. — O que o senhor disse?

  Lúcio parecia sem jeito, Ele pareceu manter sua expressão distante mas pela primeira vez eu podia dizer que ele não estava sendo inexpressivo. Ele estava tentando escondendo algo e estava difícil para ele. Ele sabia da causa da morte da minha vó ? Mas como? E porque?

  Ele passou às mãos sobre o rosto suspirando pesado e resmungando um "Droga".

  — Sim eu sei, eu a visitei. — Ele disse simplesmente. Levantou do banco me dando as costas. Mas eu não queria deixar por aquilo, eu queria saber mais. Eu precisava saber mais.

  — Lúcio!— Eu me ergui segurando seu pulso e virando ele. Fazendo ele ficar de frente pra mim. Ele pareceu assustado, talvez fosse por minha persistência, ou por minha ação de segura-lo pelo pulso, ou até mesmo por chamá-lo pelo nome sem o "senhor" na frente. Só percebi isso agora.

  Ele deu um meio sorriso rapidamente voltando a afastar minha mão do seu pulso. Claramente Lúcio tinha uma reação estranha a toda vez que era tocado. Ele se esquivava como se fosse errado toca-lo. Eu não entendi, mas não fui questionar sobre isso, era direito dele querer ou não. E talvez eu tenha sido um pouco invasiva com ele.

  — Eu a visitei, ela e seu filho tinham sido despejados da casa. Aconteceu uma briga bem no dia que eu estava chegando lá. Na verdade eu os vi na casa em que moravam. Eu os ofereci carona para onde ela queria ir.— Lúcio passou a explicar como se não quisesse falar sobre isso.

  — Porque não queria falar sobre isso?— Questionei. Ele passou a língua sobre os lábios rapidamente umedecendo os lábios de forma rápida que nem ele mesmo percebeu.

  — Eu não preciso sair falando o que faço. Gosto do meu sigilo, você não precisava saber sobre isso.— Ele falou colocando as mãos ao redor da cintura como se estivesse preparado para um bate boca. Passei a mão sobre o queixo percebendo suas reações e sua respiração acelerada. Ele aparentemente não queria falar sobre isso.

  Observar aquilo me fez lembrar de algo. Lawrence comentou antes que Carlos não podia aproveitar-se de mim de novo, pois tinha sido denunciado para manter uma medida protetora de distância. Estranhamente ele citou que não tinha sido ele que tinha feito aquilo.

  — Foi você que denunciou o seu irmão para que mantivesse distância de mim? — Lúcio pareceu assustar-se de uma forma que seus olhos quase saiam da cara. Ele suspirou pressionando a mão direita sobre as têmporas. Ele parecia estar desconfortável.

  — Porque está perguntando sobre isso?— Ele franziu o cenho como se estivesse questionando em pensamento a necessidade de estar falando sobre isso. Eu comecei me sentir totalmente estressada, o que ele achava? Eu não era uma indefesa.

  — Vem cá você está com pena de mim? O que aconteceu com você? Pelo o que eu lembro você quase me matou esganada na primeira vez.— Lúcio balançou a cabeça negativamente como se sua resposta fosse óbvia.

  — Minha mãe estava caída morta?— Ele falou como se fosse uma pergunta.— Você era a única na cena, como agiria se encontrasse sua vó morta ao meu lado? Não seja boba Samira.— Ele sacudiu a cabeça voltando a me negar o seu olhar.

  — Não sou uma indefesa, eu sei me cuidar, eu não preciso de sua pena.— Eu falei. Parecia que estava totalmente fora de mim, estava estressada. Mas afinal, porque?

  — Então você queria que eu aplaudisse a agressão que meu irmão causou a você ? Olha eu não estou te entendendo, nem sei porque estamos brigando. Afinal por que me perguntou se não queria saber a resposta?— Lúcio me encarou com seu rosto levemente de lado, a boca entreaberta à espera de uma resposta.

  — Quer dizer que era uma forma de se responsabilizar pelo erro de seu irmão mais novo? É isso? Não fez por sentir pena de mim?— Lúcio me encarou mantendo seu olhar firme fixo e frio pra mim.

  — Pense como você quiser, isso não me importa nenhum pouco. Não pensei que ficaria surtada simplesmente por tentar eliminar uma ameaça do seu caminho.— Ele traçou passos repetidos indo de um lado a outro como se estivesse sem paciência.

  — A verdade é que não adiantou de nada, seu irmão continua me perseguindo, ele está nutrindo algum sentimento estranho por mim, aquele idiota me beijou.— Lúcio assustou-se imediatamente, parando suas passadas rapidamente agora me encarando seriamente.

  — Espera, o que ? O Carlos a beijou?— Ele parecia totalmente surpreso. Eu o entendia, era uma surpresa afinal quem fraturou minhas costelas, como poderia me beijar?

  — Vocês tem algum tipo de transtorno ? São bipolar ou algo do tipo?— Lúcio permaneceu me encarando com aquele olhar rígido dele. Dava pra vê que ele não iria responder aquela pergunta fora de contexto na conversa.

  — Eu sinto muito que tenha passado por isso.— Ele suspirou tornando aquele clima pesado em algo mais leve. —  Eu realmente sinto muito por tudo que teve que passar, Samira. Vou conversar com o Carlos, isso não vai se repetir.

  — Claro, controle seu animal de estimação. — Foi uma frase tosca e ridícula de se falar. Na verdade o Lúcio não tinha feito nada de errado.

  Eu simplesmente não gosto de ajuda de pessoas que podem usar essas situações depois contra mim mesma. Sendo irmão de Carlos e rico como ele era, eu não esperava coisa boa. Embora fosse muito preconceituoso de minha parte achar aquilo ou culpá-lo pelos erros e atitudes cometida por seu irmão. Mas fazer o que, sou imperfeita.

  Lúcio pareceu ficar magoado, era diferente, não foi a falta de paciência como a que teve antes para me responder e debater o assunto. Foi como se minhas palavras o tivesse magoado de alguma forma e eu não iria saber o porque.

  — Me desculpa.— Falei às pressas vendo ele sair me dando as costas sem esperar o que eu tinha a dizer.

  Horas mais tarde quando voltei a casa de Camila ela tentou conversar comigo sobre minha vó. Lá dentro tinha algo quebrado, doloroso, eu não conseguiria explicar nunca. Uma tristeza dentro de mim por pensar que minha vó passou por isso sozinha, por pensar que minha vó foi despejada provavelmente por minha culpa. Quanto mais eu pensava sobre o assunto, pior eu me sentia.

  Eu fui buscar o Caleb na escola no horário de sua saída. Quando o vi eu o abracei tão apertado. Eu senti meu fôlego voltar, eu me senti completa mesmo que incompleta com a falta de minha vó. Vê meu filho vivo, bem na minha frente era a melhor coisa que poderia me acontecer.

  — Aah meu filho, que saudade de você meu amor!— Caleb retribuía o abraço com toda sua força mesmo que inferior a minha. Meu coração acelerou ao sentir o seu calor, o seu cheiro.— Filho eu te amo tanto, a mamãe sentiu tanto a sua falta.

  — Onde a senhora estava?— Ele acariciou meu rosto enquanto me encarava.

  — Eu tô aqui agora!— Não iria dizer que estava na cadeia presa.

  — Vai ficar tudo bem, a mamãe vai achar uma outra casa para nós dois.— Caleb me olhou triste. Era de partir o coração.

  — A vovó caiu na minha frente, o homem segurou ela. Mas a Camila disse que ela morreu e que agora está descansando.— Eu o abracei imediatamente tentando reprimir a vontade enorme que eu estava de chorar. Eu tinha que ser forte por ele, eu sei que era isso que a vovó esperaria de mim.

  Quando cheguei na casa de Camila eu ouvi uma discussão entre ela e sua mãe na cozinha. Elas não perceberam que eu estava ouvindo.

  — Não podemos ficar com ela na nossa casa, pelo amor de Deus Camila, não temos condições para isso. Ela tem um filho, sabe Deus de quem é essa criança. E outra coisa, acusada de matar a própria patroa. Deus me livre!— A mãe dela gritava para ela.

  — Mãe, ela não foi culpada, ela não é uma assassina.— Camila respondeu.

  — Você tem noção de como as pessoas estão reagindo? Não quero ser linchada pela população por causa de uma garota desconhecida. A casa dela foi destruída, as pessoas atacaram a casa. Por isso a dona despejou a vó dela. Não quero perder minha casa por causa dela.

  As palavras foram como soco em mim. Doeram muito. Mas eu tinha que saber que não deveria esperar ajuda de desconhecidos. E não podia deixar que minha reputação estragasse a vida de outras pessoas. Eu não me perdoaria por algo assim. Eu peguei o Caleb e voltei direção a porta. Elas ouviram nossas passadas e nos seguiram chegando na frente da casa.

  — Samira!— Camila entrou na minha frente.— Eu sinto muito, você sabe que eu confio em você, sei que não é culpada daquilo.

  — Tá tudo bem.— Interrompi suas explicações. Eu realmente a entendia.— Você tá com a chave do meu carro? Foi você que o trouxe para cá ?— Perguntei mesmo vendo meu carro no canto.

  — Foi o Lúcio que trouxe.— Ela disse.Eu a encarei confusa.

  — O que? Mas porque ele fez isso?— Questionei perplexa.

  — Ele também cuidou do funeral da sua vó.— Camila completou. Quanto mais ela falava mais estranho eu percebia o quanto era aquilo tudo.

  — Mas porque?— Perguntei.

  — Ele conversou com sua vó. Ela jurou que você jamais faria mau a mãe dele.— Soltei um soluço ao vê ela citar minha vó. Meus olhos estavam cobertos de lágrimas. — Ele acreditou nela.

  Meu peito doeu imediatamente. Eu não conseguia prender.

  — Ele pagou um advogado pra você.— Eu paralisei ao ouvir aquilo. Não tinha sido o Lawrence?

  — O que você tá falando?— Limpei as bochechas ainda mais perdida em todas aquelas afirmações.

  — Só acho que precisava saber disso, você estava sendo acusada de assassinar a mãe dele, o Carlos te acusou, e o Lúcio pagou um advogado pra você. Não sou a única que acreditou na sua inocência. E precisa lembrar que foi difícil pra ele, pois a vítima era a mãe dele. Mas ele foi justo com a verdade. Eu sinto muito por não poder te ajudar mais.— Camila me abraçou apertado e eu não podia mais controlar as lágrimas. Camila me entregou uma carta amassada dizendo que era da minha vó. Eu não li naquele momento, mas chorei desesperada ao olhar para o papel e lembrar dela. Minha vozinha!

  Era uma dor inexplicável. Eu não fazia ideia de como seria minha vida nem de como eu resolveria todos os meus problemas, mas estava disposta a lutar e lutar mais, pois ainda tinha o meu filho.










Supresa!!!! Sim mais um capítulo. Isso é para agradecer pelas 100 visualizações em apenas 6 capítulos e em duas semanas 😍😍😍 grata! E vamos lá vê o que vai acontecer com a Samira. Quero teorias.

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