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( 𖥻 EPÍLOGO ) ERA UMA VEZ...

【 Antes mesmo de saber, eu adivinhava como seria me apaixonar por você. 】━━ Denise Mello.

DOIS ANOS DEPOIS.

Era uma vez...

É assim que a maioria das histórias começam, certo? Um conto de amor profundo, onde o sentimento de paixão recíproco desde a primeira impressão e ambos fazem tudo um pelo outro, até atrocidades. Histórias de era um vez terminam com finais felizes, onde o príncipe da um beijo importante na princesa ou quando se casam e vivem felizes para sempre. Mas... e se esse final feliz não for exatamente como em contos? E se durante toda a história de era uma vez ouve mortes, sangue, lágrimas, términos e possivelmente um final feliz?

Muitos dizem que a palavra amor é forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade e de relações sociais ou atração baseada no desejo sexual. Porém, para Spencer o amor é muito mais do que isso, é uma companhia, algo que ele vem trabalhando a anos para ter com ele da melhor maneira, algo com maturidade para trazer felicidade, e fazer a sua companheira a mais amada do mundo.

Para ele é bem estranho pensar que neste exato momento tem alguém chorando por terminar um relacionamento onde não tinha amor, ou tem alguém saindo de um relacionamento, porque amar também é deixar ir. Diferente de muitos deles, Spencer não passa por situações assim, seu amor está dormindo ao seu lado, com uma criança de dois anos entre seus braços, dormindo calmamente também. Reid com toda certeza diria que essa cena é a definição de amor para ele.

O mais novo se movimenta devagar na cama sentindo o cheiro de lírio de Alex, ela sempre teve esse cheiro, e é automático, todas as vezes que Spencer sente seu cérebro libera oxitocina. O cheiro da pessoa amada é um bálsamo estimulante, quase uma droga que mexe com o cérebro e com o corpo. Seu corpo se aproxima do da mulher ao seu lado e ele deixa um beijo em seu ombro, lhe acordando devagar, percebendo que sua filha, Lily, também está acordando.

Lily tem apenas dois anos, ela tem os traços do pai e a personalidade totalmente da mãe. A pequena ama dormir em seu quarto, mas há noites que ela vai ao quarto dos pais pedindo por um acolhimento que Alex e Spencer sempre dão. Seu é cabelo fino e loiro escuro igual ao de Spencer e seu jeitinho de lidar igual ao de Alex. Ela falou com quase nove meses sua primeira palavra, água, sua primeira palavra foi simplesmente água. Lily é mais inteligente que o normal, isso já era de se esperar, uma garotinha prodígio, assim como seus pais.

—— Bom dia, temos aquele almoço hoje, com a UAC. - Spencer diz abrindo a janela para a claridade entrar, junto com o frio de dezembro —— Faz tanto tempo que não os vemos pessoalmente que acho até estranho. Menos Derek, ele morando a uma hora daqui facilita muito as coisas.

—— Bom dia, doutor. - Alex sai do banheiro após fazer suas higienes. Ela fica na ponta dos pés e deixa um breve beijo em seus lábios, sentindo sua mão preenchendo sua cintura —— Estou ansiosa para ver Hotch e Jack. - Spencer, como todos os dias, abraça a esposa deixando um beijo em seu pescoço, enquanto as mãos dela lhe abraçam.

—— Tem suco de uva para você e Lily. - o mesmo se afasta e sorri se aproximando da pequena que está deitada na cama com preguiça de levantar —— Minha gatinha, vamos levantar? Tomar café da manhã e se arrumar?

Alex sabe exatamente como é sua filha pela manhã, mal humorada e irritante. Parece que Lily odeia acordar, quer dormir o dia inteiro, então acorda com um mal humor terrível, porém quando se desperta é uma criança barulhenta e brincalhona, ela adora correr e gritar, ao contrário de Spencer e Alex que amam o silêncio.

Podemos dizer que eles mimam Lily. Pais de primeira viagem que já perderam um filho e descontam toda a frustração de perder um, na criação do segundo, mimando o segundo filho. Eles educam, mas não sabem como dizer não, a garotinha não é chata ou difícil de conviver, ao contrário, ela é um doce, e sabe ouvir não, porém os pais as vezes não sabem dizer. Além de está passando pela fase dos dois anos, a terrível fase dos dois anos.

Quando o mesmo pega ela no colo para se levantar a mesma começa a resmungar, querendo chorar, Spencer faz de tudo para alegrar a filha, todos os dias é assim, ele conta piadas ou faz brincadeiras para ela não chorar pela manhã, porque se chorar, Lily fica chatinha o dia inteiro. A menina leva a mão ao cabelo do pai e prende com um prendedor de cabelo tirando do rosto dele.

—— Você acha que o papai fica melhor de cabelo preso? - ela assente com a chupeta na boca. Para Alex e Spencer prender um assassino bem é mais fácil do que conseguir fazer a filha parar de chupar chupeta —— Tira a chupeta para falar.

—— Sim, papai. - ela responde tirando a chupeta e em seguida colocando na boca novamente.

——- Vamos tirar essa fralda suja e tomar um banho, Ly? - Alex a chama assim, pois quando a filha estava aprendendo a falar, ela mesmo se nomeava de Ly.

—— Não. - criança tem que ter autonomia, Alex e Reid estudaram sobre a educação positiva desde a gravidez. Spencer está fazendo uma tese sobre psicologia infantil e como perfilam crianças, ele adora ver o comportamento delas, principal com a educação positiva que existe com sua filha. Alex e ele tem orgulho de falar que nunca levantaram a voz para a filha.

—— Vamos trocar essa fralda e tomar um banho, filha? - a mãe questiona novamente e a menina nega —— Tudo bem... hum, qual livrinho você quer escolher para quando eu estiver tirando a sua fralda?

—— Vou ver. - a menina desce do colo do pai para ir escolher um, ela pega um livro e uma boneca. Educação positiva, dando opções para a criança de fazer algo que ela não quer ficar mais legal. Alex da liberdade para a filha com limites estabelecidos, onde a criança é respeitada, sua opinião é respeitada dentro dos limites.

—— Você escolheu esse? Eu adoro esse livro, querida. E a sua boneca é para o banho, certo?

—— É! - Lily assente e a mãe sorri brevemente. A mãe pega na mão da filha indo ao banheiro onde a banheira já está cheia —— Não quero, mamãe.

—— Eu sei quer você não quer, meu amor. Mas precisa tomar banho para vestir uma roupa bem bonita. - Alex tira a fralda suja da filha, jogando no lixo, em seguida levando ela para a banheira, enquanto ela resmunga negando —— Você trouxe a sua boneca para o banho, certo? Então vamos dar um banho nela também, depois vamos colocar seu tênis branco favorito. Você gosta dele?

—— Uhum. - a menina responde enquanto Alex passa o sabonete em seu corpo —— Quero brincar com Hank!

—— Nós vamos, igual na semana passada. - Alex lembra de um acontecimento da última vez e pensa se conversa sobre isso com Lily. Ela se levanta do chão e pega a toalha se aproximando novamente da banheira —— Lily, você lembra que prometeu a mamãe que não iria chorar igual da última vez? Eu fiquei muito triste que você fez aquela birra toda. Promete que hoje não vai deixar a mamãe e o papai triste novamente?

—— Prometo. - a menina realmente parou a brincadeira na água para prometer a mãe. Lily fez birra como toda criança, e os pais acolheram. Eles entendem que como um adulto também tem vontade de chorar, gritar e expressar sua indignação, a criança também tem essa vontade, mas não sabe como, então faz a birra. Acolher é mostrar que ama a criança mesmo na "pior" versão dela, é entender que tem algo incomodando ela, e demonstra com esse comportamento.

—— Estou de dando um voto de confiança, querida. Se algo te incomodar pode falar, mas não há necessidade de chorar igual naquele dia. - ela pega a criança da água, a enrolando na toalha —— Está com fome? 

Depois de algumas horas, Spencer saiu para fazer algumas compras para casa. Alex ficou com a filha se arrumando para saírem mais tarde. Lily estava sentada no sofá comendo algumas uvas e brincando com algumas peças coloridas, quando a porta da sala se abre e Reid entra por ela, segurando algumas sacolas plásticas.

—— Papai! - a menina corre até como se não estivesse com ele a algumas horas. É assim todos os dias, Spencer ama o sorriso da filha quando ele chega do trabalho.

—— Oi, minha gatinha. Comprei uma coisa que você gosta. - ele a pega no colo, percebendo que ela só está de fralda e uma calcinha por cima, o desfralde é um pesadelo para o casal —— Olha o que eu encontrei no mercado, seu biscoito favorito! - a menina pega sorrindo. Um biscoito sem conservantes e natural, Alex optou por Lily ter uma boa alimentação desde pequena.

—— Mas é só depois de comer suas uvas. - a mãe aparece completamente arrumada. Spencer para tudo o que está fazendo e olha a mulher em sua frente. Ele fica hipnotizado, seu sentimento nunca mudou em relação a Alex, ele sempre vai olhar como se fosse a primeira vez —— Gosta do que vê? - ironiza.

—— Uau! - são suas únicas palavras em choque para sua esposa. Alex usa um vestido vinho colado, um pouco a cima do joelho, nada vulgar —— Meu Deus! Eu a-amei. Você está linda. - ele gagueja e ela sorri.

—— Obrigada. Hum... voltando ao assunto, você sabe que ela só come isso final de semana, Spence. - pega o biscoito das mãos da filha e coloca de volta na sacola —— Me ajude a educar a sua filha também, né? - pergunta retórica.

—— Sua mãe esta certa, só amanhã, gatinha. - ele tenta corrigir e desce a menina do colo para ela voltar a comer suas uvas verdes —— Eu não sei qual você usa, então trouxe um de cada marca. E também trouxe o teste que pediu. - Reid coloca uma sacola sobre a mesa, repleta de absorventes e um teste de gravidez.

Alex prometeu a ele que não iria fazer seu perfil, mas as vezes é inevitável. Seu corpo está tenso e com medo, ambos não querem ter mais filhos, eles sempre conversam sobre isso e chegaram à conclusão que Lily vai ser filha única. Não querem ter que passar por todos os estágios da maternidade e paternidade novamente. Foi muito sofrido para a Barker, ela lidou com aquilo de uma forma para tentar ser leve, mas não foi. As memórias da sua gravidez conturbada com Reid preso virou um gatilho.

—— Reid, você é um gênio, como não sabe nem comprar um absorvente. - Alex pega o da embalagem vermelha e pega o teste —— Fique calmo, eu vou fazer e vai dar negativo, em seguida minha menstruação vai descer. Só está atrasada dois dias. E nos nem... fizemos muitas vezes essa mês. - realidade de muitos casais com criança pequena.

—— É, mas quando é rápido e mal feito engravida, Lily foi um exemplo disso. - a mulher arregala seus olhos —— Tudo bem, faça o teste e eu te espero aqui.

Alex entra no banheiro e o mesmo e escora na porta ao lado de fora, divagando sobre isso. Eles recebem muito bem, o departamento do FBI que eles trabalham em Londres tem um salário ótimo, mas uma criança gasta muito, além de demandar muito tempo, paciência e vontade de criar da melhor forma. A morena termina o teste e deixa em cima da pia abrindo a porta.

—— Você está tomando o anticoncepcional? - ela assente —— Só foi aquela vez que não nos prevenimos e nem foi dentr... - ela o interrompe com um tapa.

—— Spencer pare de falar essas coisas na frente da sua filha! Ela tem dois anos mas é inteligente igual a você. - ele solta uma risadinha ao perceber a filha observando os dois.

—— Se for negativo, por que está atrasada?

—— Estresse, talvez. Estou com alguns problemas na ficha criminal que pegamos na semana passada. - a mulher da os ombros indo ver o teste. Suas mãos tremem e quando vira para ela —— Negativo! Não estou grávida. - ela da uns pulinhos e por impulso pula o a braços de Spencer comemorando, observando ele fazer o mesmo.

—— Sem irmãos, senhorita Lily Reid. - ele observa a menina se aproximar do banheiro onde os dois estão —— Ela não quis colocar a roupa?

—— Está implicando com a roupa, eu falei que ela não vai sem o casaco pois está muito frio. - Alex joga o teste no lixo e aponta com o olhar para o pai fazer algo com a filha. Eles entram no quarto de Lily e Reid tenta colocar uma roupa de frio na garota, enquanto a morena está sentada na cama observando os dois conversando sobre qual roupa Lily quer e não quer. A morena não gosta da ideia da maternidade, da ideia que algumas mães passam de ser uma coisa fácil ou exigente demais, Alex leva da maneira mais fácil possível junto ao marido, ela não liga para muitas coisas que algumas mais levam como algo imenso.

—— Não quero essa roupa! - Lily protesta, e Reid junta toda a sua paciência para não se estressar. Aparentemente a filha tirou o dia para negar tudo.

—— Tudo bem, vamos colocar essa então. - Alex se levanta pegando uma roupa branca e a menina assente —— Você vai igual ao papai, uma blusa branca e um casaco cinza.

—— O meu é um terno. - Spencer a corrige e Alex olha para ele cerrando os olhos, para não falar mais nada. Lily está em uma fase... chatinha, aquela que toda criança tem, tudo que o pai fala, ela quer. A famosa fase dos dois anos, a terrível fase.

—— Quero ir de terno, mamãe. - choraminga e Alex nega ficando sem paciência —— Então quero ir de bota rosa. - não vai combinar nada, porém Alex simplesmente não liga, se ela quer ir assim, a mãe apenas assente pra evitar se estressar. Escolhendo suas batalhas.

—— Nos já estamos atrasados, Garcia deve está nos esperando. Você não queria ir de tênis branco, igual falamos no banho? - a morena questiona e a filha assente —— Coloque o tênis nela, por favor. Ly, você contou ao seu pai o que me disse quando eu estava colocando sua fralda?

—— Eu quero um namorado! - Lily responde com as palavras emboladas. Spencer para tudo que está fazendo e olha para Alex e para a filha. Em seguida volta a olhar para Alex. A morena arqueia as sobrancelhas assentindo devagar.

—— O que? Como assim um namorado? - ele questiona e a garotinha da os ombros —— Você sabe o que é isso? Você é muito nova, querida. Um bebê ainda. Meu bebê. Não pode namorar agora, porque você é o bebê do papai.

—— A mamãe disse que você e ela são namorados. - Alex sorri percebendo a filha falando embolado novamente, ela acha absurdamente fofo —— Quero um namorado.

—— Minha gatinha, isso é coisa de adulto. Só adulto pode namorar. - ele coloca as meias no pé da filha —— Como eu e a sua mãe, somos adultos e namoramos. Você é um bebê, não pode namorar.

—— Não é esse tênis, Spencer. É o branco. - a Barker, que agora é Reid, diz ao marido —— Seu pai está certo, Ly. Bebês não namoram, esqueça isso.

O homem assente com a maior paciência do mundo, colocando os tênis brancos. No fundo Spencer está surtando, seus neurônios estão queimando. Sua filha prodígio de apenas dois anos quer um namorado. Oh Deus!

—— Prontinho. - Alex sorri olhando Spencer com a filha no colo, a garotinha sempre teve mania de levar a mão ao pescoço do pai e e deixar ali, e hoje não foi diferente, suas pequenas mãos estão em volta do pescoço de Reid e ela está piscando devagar, devido ao sono —— Minha gatinha, olha como sua mãe está linda, você concorda? - a morena cora minimamente.

—— Filha, olha para a mamãe. - Alex se vira para a menina no colo de Reid —— Se quiser ir ao banheiro avise, está bem? Me chame ou chame o seu pai, mas não faça na roupa, lembre que você já é grandinha e não precisa fazer na fralda.

O processo do desfralde. Um desafio para os pais, Alex não aguenta mais ter que passar por isso, e muito menos Spencer. Eles esperaram o tempo certo de Lily, ela começou a pedir para sair das fraldas, porém as vezes esquece que não usa mais e acaba fazendo na roupa. Em casos como esse, quando eles saem, colocam a fralda apenas para desencargo de consciência, para caso ela faça na roupa, não sujar.

Esse almoço com a equipe já estava marcado a oito meses, porém como o tempo da UAC é raro eles nunca conseguem se ver. Isso faz Alex perceber que sua melhor opção foi ter saído, ela jamais imaginaria sua filha sendo criada por uma babá enquanto ela e Spencer viajam os Estados Unidos para prender criminosos.

—— Juro que se aquele vizinho do apartamento de cima estiver no elevador e ficar te olhando eu vou cometer um crime. - Spencer ironiza e Alex solta uma risada esperando o elevador, enquanto Lily está no colo dele, balançando as pernas com a chupeta na boca, ela fica tão calma quando está no colo do pai com a chupeta —— Será que ele não vê que você tem um anel no dedo e estou sempre ao seu lado? E ainda fica tentando brincar com Lily. Quer a minha esposa e brinca com a minha filha.

—— Ciúmes, Reid? 

—— Jamais.

—— Está vendo filha? O seu pai está com ciúmes. - a Barker brinca e quando o elevador se abre, o homem do andar de cima está nele. Reid bufa disfarçadamente e entra com suas duas mulheres no elevador, colocando uma mão na cintura de Alex, demonstrando ciúmes —— Eu preciso passar no trabalho depois, deixei uns relatórios lá, pode passar comigo?

—— Claro. - ele responde e percebe o homem olhando —— Meu amor. - completa fazendo a morena esconder uma risada. Ele não sabe disfarçar nem um pouco.

Quando ambos chegam na garagem do prédio, Spencer abre a porta do carro colocando Lily na cadeirinha, ela entra resmungando como todas as vezes. Alex olha para ele revirando seus olhos e se aproxima da menina colocando o cinto de segurança nela.

—— Ly, por que você não pega a sua boneca e leva ela na cadeirinha com você? Ou pega um livrinho para ler. - a mãe tenta e a menina olha para o lado observando vários brinquedos que ela sempre leve —— O que acha de ser essa boneca?

—— Quero aquela. - aponta e Alex pega lhe entregando.

—— Não precisa chorar, viu? A mamãe e o papai estão aqui com você e a cadeirinha não é tão ruim assim. Ela é para a sua segurança. - se aproxima deixando um beijo na bochecha de Lily —— A mamãe te ama muito.

Alex fala isso todos os dias para ela. Quando entram no carro, a mulher se senta no banco do passageiro estralando seus dedos querendo contar algo a Spencer. Lily vai a escolinha, fica meio período, mas ela é acima da média das crianças de sua idade, todos percebem isso claramente. Ela tem mais dois anos, mas pode ter certeza que alguns dos seus atos são de crianças de quatro. Para Alex isso é... péssimo.

—— Podemos conversar? - a mulher questiona percebendo a filha entretida cantando a música que toca no carro.

—— Hum, claro! Parece ser importante. - ele bate seus dedos no volante cantarolando a mesma música que Lily —— Tem a ver com ontem de manhã? Você me disse que não queria falar sobre naquela hora. - ontem foi reunião na escola de Lily, Spencer ficou com a filha e a levou para tomar sorvete enquanto Alex decidiu ir.

—— Sim. - ela olha para a rua —— A professora propôs colocá-la em uma outra turma.

—— O que? - ele questiona parando no semáforo —— Eu... bom, sabemos que ela é acima da média. Mas também não é para tanto, certo? Nunca fizemos teste de QI nela. E... Lily ainda usa fraldas. Qual turma seria?

Ele claramente ficou um pouco desconfortável. Spencer sofreu muito com isso de ser o mais novo em sua turma, ele odiava. Isso foi bom pois seu cérebro acompanhava o ritmo de sua turma, mas foi péssimo para amizades, ele era alvo de bullying por ser muito novo. Um pai não quer isso para sua filha.

—— Turma de crianças de quatro anos. Ela também disse que ano que vem, quer tentar fazer alguns testes em Lily para ver se ela pula mais algumas turmas. - a mãe responde —— Eu... acho que não quero isso para ela.

—— Eu com certeza não quero. - o mesmo volta a acelerar —— Mas temos que levar a opinião dela em conta, da nossa filha.

—— Ela tem dois anos, Spencer. É como perguntar se ela quer usar rosa ou verde para ir ao parque, ela vai responder rosa pois é sua cor favorita e verde nos pés, pois seus pés vão combinar com a grama. - Alex bufa, ela odeia assuntos assim —— Não quero crianças fazendo bullying com ela por ser mais nova, uma classe onde só vai ter crianças alfabetizadas e Lily ainda usando fralda e chupeta.

—— Você sabe que ela só não está totalmente alfabetizada pois estávamos tentando seguir um ritmo para a idade dela. Mas a turma dela está aprendendo os animais e nossa filha já sabe escrever paralelepípedo. - ele joga a verdade na conversa mudando de música e olhando no retrovisor central a filha cantando e dançando —— Ela sabe coisas super diferente. Explica tudo embolado, mas explica mesmo assim.

—— Isso dela ficar na turma da idade dela, pode prejudicar? - a mulher questiona e ele nega. Ela vai ser sempre a mais inteligente, vai sempre saber mais que a maioria, mas prejudicar provavelmente não —— Você gostava de ser avançado?

—— Não.

—— Você era sozinho e sofria bullying, certo?

—— Sim.

—— Acha que ela pode sobre bullying?

—— Sim...

—— Então está decidido. Lily fica em sua classe. - ele assente. Spencer também não quer a filha passando pelo o que ele passou. A pequena Lily com um QI superdotado de 138 é quase um gênio, só que seus pais ainda não sabem, ela tem uma mente simplesmente incrível.

[...]

Lily e Hank estão sentados no chão ao lado da mesa do restaurante brindando. Ambos tem nove meses de diferença, então se dão super bem. Enquanto Jack e Henry olham para eles com olhares tão... de adolescente, já o filho mais novo de JJ está brincando ao celular, devido a diferença de idade. Alex sente a mão de Spencer em sua perna por baixo da mesa enquanto todos os membros antigos da UAC estão reunidos conversando.

Ela sente seu corpo se arrepiando por inteiro com o toque dele, ao mesmo desliza a mão pela perna exposta dela, e assente conversando com Garcia. Rapidamente ele sobe um pouco mais a mão e a morena se contorce na cadeira tirando a mão dele dali, colocando sobre a própria perna dele. Em oito anos de relacionamento podemos dizer que Spencer não é mais o mesmo.

—— Reid, acha que sua filha vai ser uma grande amiga do meu. - Derek o provoca. Podemos dizer que Spencer ainda não está na fase de sentir ciúmes da filha com garotos, mas quando provocam ele obviamente sente —— Afinal ambos tem literalmente nove meses de diferença. Imagina quando tiverem uns 15 anos.

—— Derek, eu imploro que não diga essas coisas. - Alex solta uma risada sentindo a mão do marido voltar e apertar em sua perna —— Lily foi visitar uma escolinha com a gente, quando chegamos lá ela fez amizade com um garotinho, um querido. Mas ele ficava toda hora abraçando ela, Spencer quase surtou.

—— Minha filha só tem dois anos, uma bebe que ainda chupa chupeta, pede 'pra fazer mamadeira a noite e acorda na madrugada querendo colo. Nada de ficar abraçando garotos agora. - ele descreve a filha tão bem. Todos abrem um sorrisinho olhando —— O que foi? Eu disse algo de errado?

—— Na verdade você disse algo muito fofo, garoto prodígio. - Garcia sorri —— Minha filhada tem sorte de ter você como pai. - todos observam Luke entrando atrasado com seu cachorro. Ele não é da equipe antiga, mas todos adoram ele, principalmente Alex.

—— Luke! Quanto tempo! - todos dizem sorrindo e o mesmo se senta —— Juro que queria dar mil abraços em você e no seu cachorro, mas eu descobri que tenho alergia. - a morena se dispõe a falar.

—— Então aquela garotinha do cabelo loirinho sentada aqui ao lado da mesa é Lily? Aquela que eu acompanhei desde o início? - todos assentem e o mesmo arregala seus olhos —— Uau, estou em choque de como ela cresceu. Eu literalmente estive lá em todos os momentos.

—— Ainda não acredito que chegamos até aqui! - Derek sorri olhando para todos, enquanto Savannah bebe um pouco de suco —— Emily, como é ficar na UAC só com Rossi e JJ de membro de 2007?

—— Adoro os meus colegas de trabalho atuais, mas vocês estão no meu coração. - diz a chefe e Spencer se virá minimamente para Alex, levando sua boca para perto do ouvido dela, enquanto sente o olhar de Garcia queimando em ambos.

—— Se prepara para a pergunta de Garcia. - ele sussurra —— Consigo perfilar ela tão bem que já até sei o que vai perguntar. - diz olhando a filha de longe. Um olhar na mesa e o outro na filha brincando.

——- Lex, quando vão dar um irmãozinho para Lily? - a loira questiona e Reid da uma piscadela a esposa —— Minha afilhada precisa de irmãos.

—— Nunca. - a morena responde e Hotch solta uma risada com Derek e Savannah, entendendo perfeitamente sobre ter apenas um filho —— Tenho 32 anos, não tenho mais paciência alguma para criança, Lily já gasta todo o meu dinheiro, paciência e tempo.

—— Ela está desfraldando, finalmente! Meu salário inteiro vai em fraldas, precisava parar logo. - Reid diz passando a mão na perna de Alex. Todos ficam surpresos em perceber como a morena mudou ele, ou como mudaram juntos. Jamais imaginariam que o Spencer Reid falaria sobre fraldas —— Então, como está os casos?

—— Ouve um que terminamos ontem... a menina tinha meio que um apego com o sequestrador. - JJ afirma —— Me esqueci como chama.

—— Síndrome de Estocolmo. - Reid afirma —— É um fenômeno psicológico que ocorre quando uma pessoa desenvolve uma ligação emocional com seu sequestrador ou agressor, e começa a ter sentimentos de simpatia, empatia ou até mesmo amor por essa pessoa. - certas coisas nunca mudam.

—— Exatamente isso, ele a queimava e deixava como fome por dias, e depois lhe tratava super bem. - Rossi bebe um gole da sua bebida —— Quando predemos ele, a vítima ainda pediu para ir visitá-lo na prisão.

—— Acho que deveríamos trocar de assunto e falar sobre as pérolas que tivemos juntos esses anos. - Garcia diz olhando para Alex e sorrindo, ela foi a que mais teve assuntos engraçados devido às piadinhas que Derek sempre fazia —— Posso começar contanto? Me lembro de quando meu garoto, Morgam, me ligou e eu disse para ele falar baixaria no meu ouvido, porém todos vocês estavam ouvindo. - todos soltam uma risada alta.

Alex observa a mão do marido saindo de sua perna e sente ele se virando para trás, observando Lily se aproximando com lágrimas dos olhos e o chamando. Ele a coloca em seu colo para ela sussurrar algo em seu ouvido, devido a vergonha de falar alto. Mas a mãe ainda não entendeu o motivo do choro.

—— Papai, quero ir ao banheiro. - ela sussurra e Alex ouve, assentindo para Spencer levar a menina.

—— Tudo bem, vamos lá, filha. - ele se levanta pegando na mão dela —— Você está de parabéns que veio me avisar, mas por que está chorando? - some da vista de todos com Lily.

—— Eu dei um celular para Alex com o número de Reid salvo como meu nome. Ela ligou e era ele. - Derek sorri se vangloriando —— Eu juntei o casal. Sou um gênio. Meses depois entrei no elevador onde eles estavam juntos, fazendo sei lá o que, e eles fingiram que nada aconteceu. Mas eu soube mesmo quando bati na porta do quarto de um de vocês dois e estavam os dois lá, vocês inventaram uma desculpa qualquer e eu fingi acreditar.

—— Você sempre soube que estávamos ficando desde o elevador? - ela questiona indignada e o mesmo assente —— Enfim, tenho várias histórias, como quando derramei suco nas minhas roupas, e tive que passar o resto de expediente cheirando a uva ou quando... abrimos aquele baú de brinquedo e encontramos ossos humanos lá, foi terrível.

—— Eu lembro, foi o seu primeiro caso. - Hotch sorri se lembrando —— Lembro que te liguei para nos ajudar quando Emily ficou presa na igreja com Reid, e explodiu uma bomba, fizeram um bom trabalho. - todos soltam risadas lembrando dos momentos bons que tiveram juntos esses anos.

—— Reid está demorando. - afirma Will. Ele está tão estranho, Spencer sussurrou no ouvido de Alex quando entraram que acha que Will e JJ estão em crise no relacionamento

—— Dez dólares que ele foi trocar uma fralda e ficou para brincar com as crianças. Deve está dentro da piscina de bolinhas. - Derek cerra os olhos para Alex que solta uma risada —— Está gostando de morar aqui em Londres, Lex?

—— Amando, tenho um amor incondicional por quântico, mas adoro aqui e também estou adorando administrar mais meu tempo. - ela afirma sorrindo —— Continuem o assunto, vou ver onde minha filha está e já volto.

—— Se encontrar Reid junto com as crianças você não vai ver diferença. - Garcia comenta. E a brincadeira dele ser mais novo nunca acaba —— Tadinho do meu prodígio.

A morena se aproxima do banheiro e quando bate na porta Spencer abre rapidamente. Ela observa Lily sentada sobre a pia com seus olhos cheios de lágrimas e o pai a consolando, limpando suas lágrimas enquanto a pequena assente entendendo as doces palavras dele.

—— Não tem problema você fazer na fralda, minha gatinha. O importante é que você avisou que queria fazer, só não deu tempo de segurar. Você ainda é a bebê do papai, não tem problema fazer na fralda. - ele limpa as lágrimas da filha —— Certo, Lex?

—— Oh. - um único barulho sai dos lábios dela, Alex admira como Lily tem seis sentimentos tão aparentes, como ela é um doce de pessoa que ama demonstrar tudo que sente. Lily é emotiva e intensa desde pequena —— Você foi tão mocinha quando avisou, filha. A mamãe está muito orgulhosa! Não precisa chorar, isso acontece.

—— Uhum. - a menina resmunga.

—— Posso te dar um abraço? O abraço da mamãe melhora tudo. - Lily assente abrindo os braços e a morena lhe abraça, sentindo o olhar de Reid nas duas. Ele está com um sorriso de orelha a orelha, amando vivenciar cada fase entre os três, amando a relação que tem com a esposa e filha —— Você quer conversar sobre isso? - a menina assente. Alex está estimulando o desenvolvimento de de competências emocionais.

—— Como você se sentiu quando fez na fralda? - Reid questiona olhando nos olhos de mel da filha.

—— Chorando. - ela expressa sua tristeza com uma palavra que não é muito bem um sentimento, mas para ela é. A menina limpa suas próprias lágrimas e o pai passa a mão no rosto dela ajudando.

—— Estamos orgulhosos de você, gatinha. Você foi corajosa, sentiu a vontade e veio me chamar. Infelizmente não deu tempo, mas há problema algum nisso, talvez mais tarde dê tempo, ou amanhã, sem pressa. Tudo no seu tempo. Ok? - a filha assente mais calma —— Fez um bom trabalho.

—— Você está melhor? - Alex questiona e a menina sente novamente —— Vamos comer um pouquinho? Depois você pode ficar no colo da mamãe até dormir.

Lily assente e os três saem do banheiro. Todos eles comem e conversam por mais um tempo, até a pequena Reid começar a resmungar de sono, e ficar um pouco chatinha, como toda criança. Todos em voltam acham incrível que conversam sobre todos os assuntos, mas no final sempre acabam em crianças, afinal todos, ou quase todos, tem filhos.

Alex deixa a filha deitada no colo enquanto termina de comer. Spencer pega a chupeta da menina na bolsa e entrega para a esposa ao seu lado, entregar para a filha. Ele passa a braço sobre a cadeira, sentindo a filha não dormir, ela está um pouco incomodada, mudou a rotina do sono dela, normalmente crianças gostam de uma rotina severa. A mulher então se levanta e se afasta um pouco.

Alex está em pé, fazendo a filha dormir, balançando seu braço em movimentos repetitivos para a bebê. Enquanto Hotch se levanta devagar e se aproxima dela, observando Lily com as mãos no pescoço da mãe. A garotinha está na tentativa de dormir, quando o mais velho chega e fica em silêncio, apenas junto com a filha de consideração.

—— Pode falar, eu acho que ela já dormiu. - sussurra e ele lhe entrega o chocolate que todos estão comendo, menos ela, devido a esta longe fazendo a filha dormir —— Obrigada, Hotch. Eu senti falta disso, de está com você.

—— Jack ficou envergonhado quando te viu, mas ele disse que sentiu muita falta sua. Coisas de adolescente, eu não sei lidar. - comenta sorrindo —— Acho que estou ficando velho. Me sinto um avô, quando Lily chegou correndo para os meus braços me senti literalmente um avô.

—— Ela te chamou de vovô Hotch, eu também me sentiria velho. - ironiza e ele abaixa a cabeça perdendo o riso, sem fazer barulho —— Não quero ir embora, não quero deixar vocês mais uma vez. Me sinto completa no meu dia a dia, mas tem uma parte de mim que ainda sente tanta falta da UAC, de está junto de todos.

—— Você era nova quando entrou, estava começando a carreira aos poucos, se apegou aquele lugar. Mas só tem trinta e dois anos, vai se adaptar em outro, assim como se adaptou a UAC.

—— Não acho. Lá foi ontem tive uma família, conheci meu marido, tive minha filha, você... - abaixa a cabeça se sentindo minimamente triste —— Não faça meu perfil, você vai ver que estou triste e vai ficar preocupado. - ele abre um sorrisinho.

—— Vou continuar ligando todas as semanas e querendo fotos de Lily. - ele se aproxima tocando no ombro livre de Alex —— Até mais, Lex. - se afasta fazendo a morena ficar com lágrimas em seus olhos. Ela não quis se despedir dos outros, muito menos de Morgan, todas as vezes que se despede dele sente algo faltando, um vazio. Então desta vez lhe abraçou, junto a Savannah e Hank, e se afastou.

—— Você está bem, meu amor? - Spence se aproxima e a mais velha assente —— Não fique assim. Podemos ir visitá-los. Você disse hoje mais cedo para nossa filha não chorar, e agora estou dizendo isso a você, não chore, eles estão bem, assim como nós, estão vivendo suas vidas, assim como nós.

—— É difícil me desapegar das memórias de oito anos atrás, de quando entrei para aquele trabalho, dos momentos. - ela limpa das lágrimas se recomendo, ajustando a bebê nos braços que ainda tenta dormir —— Estou bem, eu acho. Ela não dorme, eu estou cansada, odeio despedidas e me sinto... me sinto exausta.

—— Lex...

——- Não, preciso só me recompor primeiro. - ela suspira ficando mais chateada —— Não consigo nem fazer minha filha dormir, quanto mais me recompor.

—— Vamos para o carro, ela dorme quando ele começar a andar. - pega em sua mão lhe puxando devagar —— Não se cobre tanto. Nos conversamos sobre isso ontem a noite.

—— Mas estou cansada, Reid. Eu trabalho, cuido de Lily, não tenho muito tempo para mim, estou exausta. - todos nos tempos um momento de vulnerabilidade onde falamos tudo que precisamos, Alex está em um desses —— Me desculpe, você não tem culpa. Eu... só preciso de um tempo para mim, colocar a cabeça no lugar e tentar ser uma profissional melhor e mãe melhor.

Ele se sente melancólico. Spencer pega Lily dos braços dela e se aproximando do carro, para colocá-la. Quando coloca fecha a porta em silêncio para não acordar a filha e olha nos olhos da morena, antes de abrir a porta para ela entrar também. Como nos velhos tempos, ele sempre gosta de falar com Alex com as mãos em cima cintura e olhando nos olhos.

—— Depois de hoje tive certeza que me casei com a pessoa certa. Fiquei tão... feliz quando vi você consolando a Lily. Ela abriu um sorriso no meio das lágrimas e te abraçou. Se sentiu em casa quando viu você entrando pela porta do banheiro. Você é uma inspiração para ela. O porto seguro dela. Você sentou ela no seu colo e deu a comida na boca, falando que ela tem que comer tudo para se sentir forte, e ela comeu. - ele sussurra colocando as mãos no cintura dela, mostrando para Alex que ela é uma mãe incrível acima de tudo —— Fico orgulhoso de saber que está se esforçando e sendo a melhor nisso também. Você é a melhor mãe que ela poderia ter, Alex. Não falhou em momento algum, não se cobre tanto.

—— Você acha isso mesmo? - questiona e ele assente.

—— Na verdade, a Lily acha. Ela te acha a melhor mãe do mundo, ela te olha como olha para as princesas de filmes, como se você fosse uma a princesa favorita dela. - ela morde os lábios para disfarçar a tensão —— Olhando em seus olhos assim, me vejo em oito anos atrás, observando uma garota nova saindo do elevador e entrando na sala de Hotch. Depois quando entrou na sala, percebi quem você era, olhei em seus olhos, você está envergonhada mas tão confiante. Quando apertei sua mão, senti meu corpo inteiro reagindo, eu me senti envergonhado, você era misteriosa, não contava quase nada sobre si, tive que descobri tudo sozinho. Me lembro de tentar me apresentar mas você me interromper e dizer...

—— Doutor Spencer Reid. Eu te conheço, você foi quem beijou Lilá Archer na piscina. Ficou minimamente famoso nos jornais de Atlanta por isso. - ela o interrompe novamente dizendo a mesma coisa —— Você ficou constrangido, eu me lembro.

—— Eu também já li sobre você. Já li o artigo que publicou sobre três prisioneiros, o segundo que você publicou no dia 18 de maio foi o melhor. - ela solta uma risada, ambos se lembram do primeiro diálogo que tiveram a quase dez anos atrás —— Minha memória eidetica se lembra muito bem de te ver pela primeira vez. Me lembro da roupa que usava, do corte de cabelo, do seu jeito... tudo.

—— Eu não estava a procura de um homem que faz magia quando sai daquele elevador, mas quando apertei a sua mão tive certeza que você faria em minha vida. - sorri.

Spencer abre a porta para ela, deixa um breve selinho em seus lábios e Alex se senta no carro. Percebendo o mesmo dando a volta para entrar no banco do motorista. Aparentemente ele começou a pegar gosto por dirigir a mais ou menos um ano e meio, quando teve que sair quase todas as noites com Lily no carro para ela dormir, ela só dorme quando o carro estivesse andando.

Alex pisca algumas vezes, retomando seus pensamentos e sentidos. Ela rapidamente solta a mão de Spencer com um sorrisinho escondido em seus lábios, e quando seu coração palpita. A Barker se recupera devagar de tudo que pensou, tudo que imaginou. A mesma olha para o lado e percebe que ainda está em seu primeiro dia de trabalho. Suas mãos ainda estão trêmulas e seu corpo anestesiado da ansiedade de começar em um novo local. Uma nova vida.

Ela acabou de sair do elevador, da sala de Aaron e entrou na sala de reunião. Acabou de conhecer os membros da UAC. Eu imaginei tudo isso? Se questiona percebendo que Spencer Reid está em sua frente, ainda falando da onde que conhece a mulher, de apenas vinte quatro anos, que veio apenas para um trabalho temporário na UAC.

Olhos nos olhos. Tão vivos. A Barker se sentiu viva, logo de início ela saberia que se tornariam um só. Ela viu a vida por dentro dos olhos dele, por dentro dos doces e meios olhos do Spencer Reid. Com apenas um toque em sua mão, ambos sentiram aquele sentimento, o garoto também viu. Viu cada momento, cada detalhe, cada palavra e sentimento que sentirá.

—— Eu também já li sobre você. Já li o artigo que publicou sobre três prisioneiros, o segundo que você publicou no dia 18 de maio foi o melhor e... - Derek Morgan o interrompe rindo.

—— Reid, vai assustar a garota. - eles já se cumprimentaram na recepção —— Gostei do cabelo. - diz ao mais novo enquanto bagunça o cabelo dele.

—— Tudo bem, vamos ao caso. - JJ começa. Todos se sentam enquanto ela distribui as fichas. Alex lê algumas coisas do papel e quando levanta seu olhar, observa as fotos do caso no televisor —— Está é Delilah Grennan. Ela foi golpeada e estuprada, ontem a noite em sua casa. Em lower Canaan, Ohio.

De alguma forma, a alma de Alex conhecia a alma de Spencer muito antes de terem chance se encontrarem. Foi como voltar para casa depois de um dia longo, muito longo. Todos sabem que viver e melhor do que sonhar, então a dupla está disposta a viver tudo aquilo que sonharam.

FIM.

Confesso que odeio encerrar ciclos nesse perfil, eu me apego nos personagens e nas histórias, por mim escreveria para sempre sobre suas vidas. Eu amei criar esse livro, entrar em detalhes de assuntos importantes, de ver um lado que eu não conseguia enxergar nas outras pessoas, coloquei tudo isso na Alex, para tentar entender melhor. Eu estou em duvida de cursar psicologia por causa de Cognition. Amei desenvolver eles, amei tentar lidar com os sentimentos, com as frustrações, lidar com a forma de amar. Pra mim, uma das melhores coisas que mostrei foi que a Alex evoluiu, seus pensamentos mudaram. Que o amor não é tudo, mas que vale lutar por ele, mesmo quando existem objetivos diferentes.

Esse fim teve uma inspiração na música Diamonds, tem tudo a ver com o nosso casal principal. E vai por mim, eu tenho certeza que foi apenas um sonho da Alex e do Spencer, mas eles realmente viveram tudo isso, e tiverem um final feliz. Obrigada a quem acompanhou até aqui, espero que esse livro tenha preenchido um buraco em vocês, como preencheu em mim. E cá entre nós, eu falei na dedicatória do início que o Spencer faz magia, e comprovei que faz, não faz?

Com amor, Clara.

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