【 Nunca pense que a guerra, não importa quão necessária, nem quão justificada, não é um crime. 】 ━━ Ernest Hemingway.

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Responsável por estudar e compreender a forma como o cérebro afeta as funções cognitivas, Alex Barker é a melhor no que sempre fez e ainda faz. Ela tem PhD em neuropsicólogia, e estuda a capacidade de julgamento, o raciocínio, as emoções e o comportamento dos prisioneiros.

Seu tempo é ouro, ela é a única profissional da área que tem no estado estado. Para Aaron Hotchner, não foi fácil mexer alguns pauzinhos para colocá-la na equipe neste caso. Mas, após receber um e-mail da UAC, ela logicamente cedeu. Seu sonho sempre foi receber essa proposta.

A porta do elevador se abre, e Alex sai. Percorre seu olhar por todo o andar, tem algumas mesas ali, com alguns agentes. Ela olha algumas portas um pouco a cima e vê o agente Hotchner lhe cumprimentando e lhe chamando com as mãos. Eles já trabalharam juntos a alguns meses, porém em uma missão no qual só ele participou e foi tudo por e-mail, com o grupo dela de Atlanta.

Andando até ele, a mesma ouve alguns sussurros sobre si. Então entra na sala e fecha a porta se aproximando de Aaron, que está sentado olhando alguns papéis sobre a mesa.

—— Olá, agente Hotchner! É muito bom conversar sem ser por e-mail. - ela estende a mão cumprimentando e o homem retribui o gesto —— Soube do caso. Por isso que me chamou, certo?

—— Agente Barker, é um prazer! Você não sabe como foi difícil de conversar com o departamento em que você trabalha novamente. - ele se levanta e lhe entrega alguns papéis —— Este é o caso, vamos passar ele agora. Mas antes quero que conheça a equipe.

—— Tenho certeza que vai se acomodar rápido, eles são todos bem abertos a novas pessoas. Quem sabe assim você não pensa naquela proposta.

—— Temos ainda muito tempo. - solta uma risadinha para o clima ficar mais leve —— E temos um assassino para achar.

O mesmo abre a porta para ela e em seguida sai também. Eles entram em uma outra sala, onde todos os membros da equipe estão. Alguns em pé conversando e outros tomando café e rindo. Parecem ser bem unidos.

—— Pessoal, está é Alex Barker. Especialista no comportamento neuropsicólogico de prisioneiros. - a mesma, um pouco envergonhada, abre um sorrisinho cumprimentando cada um com um aperto de mão.

Eles não tem ideia de como conhecer novas pessoas é difícil para Alex. Porém depois que ela pega intimidade fica tudo mais fácil.

—— Sou Penélope Grécia, é um prazer. - uma loira com roupas coloridas e divertidas, diz educadamente. Após isso, vai cumprimentar um homem alto de cabelo um pouco maior do que o normal.

—— É um prazer, Barker. Sou o... - Alex arqueia as sobrancelhas e rapidamente lhe interrompe.

—— Doutor Spencer Reid. Eu te conheço, você foi o que beijou Lilá Archer na piscina. Ficou minimamente famoso nos jornais de Atlanta por isso. - a mulher diz sorrindo por ver o mesmo constrangido, de uma boa forma —— Eu estudei o caso dela.

—— Eu também já li sobre você. Já li o artigo que publicou sobre três prisioneiros, o segundo que você publicou no dia 18 de maio foi o melhor e... - Derek Morgan o interrompe rindo.

—— Reid, vai assustar a garota. - eles já se cumprimentaram na recepção —— Gostei do cabelo. - diz ao mais novo enquanto bagunça o cabelo dele.

—— Tudo bem, vamos ao caso. - JJ começa. Todos se sentam enquanto ela distribui as fichas. Alex lê algumas coisas do papel e quando levanta seu olhar, observa as fotos do caso no televisor —— Está é Delilah Grennan. Ela foi golpeada e estuprada, ontem a noite em sua casa. Em lower Canaan, Ohio.

—— Lower? Onde fica? - Emily questiona.

—— Uma cidadezinha a 65 quilômetros de Cincinnati.

—— Olha a posição do corpo, barriga para cima com as mãos cruzadas no peito. - Dr Reid diz fazendo Alex reparar nisso também —— Como... me fugiu a palavra.

—— Como um ritual. - Alex complementa com exatamente a palavra que ele queria, a mesma em seguida vê algumas espécies de manchas no estômago da vítima —— O que são aquelas marcas?

—— Pequenas perfurações. - JJ responde. A morena passa mais algumas folhas da ficha lendo para entender melhor o caso, e como a UAC trabalha com eles.

—— Foram feitas depois da morte. Houve outras vítimas? - Rossi pergunta e a fisionomia da loira muda para confusão.

—— Mais ou menos. As características batem com um crime série, da mesma cidade. De dez anos atrás. Seis vítimas em dez meses. Ele se auto denominava... - ela é interrompida por Alex e Hotchner falando ao mesmo tempo.

—— O Criador de Anjos. - ambos se olham e a morena se propõe a falar —— Eu o perfilei na prisão a dois anos, antes de sua morte. - Barker entendeu porque lhe chamaram para esse caso.

—— Ele recebeu uma injeção Letal que completou um ano ontem. - Spencer diz. Alex se pergunta como ele conseguiu lembrar de algo tão fútil para o dia a dia.

—— É um imitador. - Rossi diz após parar de devorar a ficha criminal —— Honrando o aniversário da morte do seu herói.

—— Aqui na ficha diz que encontraram sêmen na cena do crime. Talvez a polícia local identifique o DNA quando pesquisarem no banco de dados. - Alex diz lendo.

—— É agora que fica estranho. - JJ entrega um papel para Rossi —— Já fizeram isso.

—— Se já tem um nome, por que nos chamaram? - questiona Reid —— agora é só encontrar o elemento.

—— O DNA identificado é de Cortland Bryce Ryan. Também conhecido como O Criador de Anjos. - Rossi diz.

Alex, assim como todos ali, arqueia suas sobrancelhas após isso, ela olha as fotos da cena do crime e em seguida volta a ler repassando o caso. Como foi encontrado o DNA dele, se ele está morto a um ano?

[...]

O avião da UAC é menor do que a Barker esperava. Ele é pequeno com a quantidade exatas de lugar para a equipe. Após deixar suas malas com o copiloto, entrar, e se acomodar, ela volta a ler sobre o caso com o restante do grupo.

A mesma está sentada ao lado de Morgan e em frente ao Reid. Que está lendo a ficha criminal extremamente rápido. A morena de verdade queria entender sobre esse garoto prodígio que está em sua frente.

—— O Criador de Anjos golpeava suas vítimas com as próprias mãos? O caso da Delilah então tem uma diferença. - a voz doce de Alex é ecoada pelo silêncio que estava no avião. A mesma com uma caneta na mão, começa a movimentá-la em sua mão, com movimentos repetitivos.

—— Ela foi agredida com um objeto pesado, talvez um martelo. Possivelmente ele é um suspeito mais fraco. - o garoto prodígio complementa o raciocínio dela.

—— Ele levou o martelo para garantir que o vítima não reagiria. - a morena volta a completar, a caneta estava se movimentando tanto que cai no chão atraindo olhares. Vergonhoso aos olhos da barker.

—— Está claro que alguém colocou o sêmen sobre a vítima. - Hotchner percebe a inquietação da Barker —— Mas, dentro da vítima?

—— É uma teoria. - Spencer diz —— A outra é basicamente pensar em uma pessoa que tem o mesmo DNA.

—— Reid, está mesmo realmente pensando na ideia de um Gêmeo mau? - Morgan pergunta e Alex nega pelo homem.

—— Não, ele está pensando em um gêmeo ainda pior. - todos olham sem entender a linha de raciocínio. E a caneta volta a se movimentar repetidamente.

—— Exatamente isso, Barker! - Dr Reid assente —— Tradicionalmente, o conceito é um gêmeo bom e um gêmeo mau. E esse é ainda pior. - faz movimentos com as mãos como se fosse algo super incrível. Mas, claramente ninguém achou e nem entendeu.

O grupo fica em silêncio olhando para Reid, e o prodígio olhando no rosto cada um. Apenas Alex entendeu o que ele quis dizer, mas não faz sentindo nenhum, o que deixa tudo engraçado.

Derek rir junto a Emily. Hotchner abaixa a cabeça sentindo uma pontada em seu ouvido direito. Alex olha para ele obcervando a dor que ele sente e em seguida deixa sua caneta cair novamente. Alguém vai acabar percebendo.

—— você foi liberado para voar, certo? - JJ pergunta e o mesmo não responde —— tudo bem, temos 35 minutos até chegar lá. Estudem o caso.

A morena volta a se concentrar no caso, ela vê sobre a vitimologia. O que não faz muito sentido pois a vítima tinha uma vida comum como todas as outras. Sai do seu foco olhando para Derek lhe chamando.

—— Temos outro gênio aqui? Você estava tão concentrada lendo o caso que nem percebeu que eu estava lhe chamando. - ela abre um sorriso —— Então, como entrou para o FBI?

—— Tenho PhD em neuropsicóloga, meu professor fez algumas ligações e entrei para departamento de Atlanta. - ela guarda a caneta em seu bolso para não movimentar mais —— Quem é o outro gênio?

—— A enciclopédia humana, mais conhecido como Reid. Ele tem memória fotográfica e pode ler vinte mil palavras por minuto. - Alex abre sua boca em choque olhando para Spencer, que ouve tudo um pouco envergonhado, ele não sabe lidar sendo o centro das atenções, odeia isso.

—— Você lê? Emily sempre está com algum livro em mãos. - Morgan volta a puxar assunto —— Eu vi na sua pasta hoje na recepção.

—— Adoro ler, faz minha mente não parar.

Após alguns minutos de voo eles chegam na cidade. Hotchner separou o grupo, alguns foram a a cena do crime, outros o necrotério, e Alex foi direcionada para a prisão com Morgan. Ela gostou, ele é uma ótima pessoa para puxar assunto.

—— Ele conhece tão bem esse caso, quanto a gente. Talvez melhor. - ela começa dizendo ao entrar na sala de interrogatório com um agente e Morgan —— Provavelmente teve contato com Ryan na prisão.

—— Depois da execução. Todos os pertencentes foram armazenados. - o agente diz e coloca uma caixa sobre a mesa —— Ele tinha muitos fãs. Muito sucesso com as mulheres.

Morgan e Alex olha para o agente que descontrai com um sorrisinho, fazendo a mesma revirar seus olhos rindo.

—— E fãs homens? - Morgan questiona.

—— Eu lembro que Ryan me contou em um dos interrogatórios sobre um rapaz que lhe enviou um demo, também uma folha com que escreveu com o próprio sangue. - ela olha para as cartas —— Podemos dar uma olhada no registo de visitas?

O telefone toca. Morgan atente e logo guarda as castas na caixa. Ele olha para Alex e a chama com a cabeça para ir embora. A mesma assente e o segue.

—— Alguma coisa errada? - pergunta saindo da prisão com a caixa e em seguida entrando no carro.

—— Um jornal recebeu uma carta de alguém dizendo ser o Criador de Anjos. - ele começa a dirigir e a mesma assente —— Gostou da equipe? Tipo sou suspeito para falar, e ainda está no começo desse caso, então...

—— Sim, gostei. Me parecem ser bem focados. Mas achei unidos também. O meu grupo de Atlanta é um caos total. Eu peguei o lugar de um agente que morreu, desde então todos parecem me odiar.

—— Uau! Aqui fica tranquila, não pegou o lugar de ninguém e obviamente ninguém morreu. Se bem que o Reid a cada missão ele quase morre, essa vou colocar você para salvá-lo. - ela ri —— Estou falando sério, teve um caso que ele foi mantido refém.

—— Assim vou ficar traumatizada e fugir de vocês logo. - Ele ri também —— Reid parece ser mais raciocínio do que qualquer outra coisa, então parece que vou salvar uma vida.

—— Você tem celular? Vou te passar o número dele. - ela olha para ele —— Estou brincando, vou passar o meu.

—— Bom, na verdade não. Preciso urgente de um celular novo, o meu está terrível.

—— Tenho dois, os dois tem o número de todos da equipe, pega esse aqui. - ele, ainda dirigindo, digita algumas coisas e entrega para ela. Alex ainda não conhece o jeito brincalhão de Morgan, então parece que vai conhecer agora —— Meu número está salvo com "Derek Morgan o melhor agente".

[...]

—— Eu dou a vocês um legado. Um sopro de vida do Criador de Anjos em pessoa. Aqueles que rezaram para me esquecer, um dia verão minha cara e encolher-se-ão com medo. - Reid termina de ler a carta.

—— Parece com com as originais? - Derek pergunta para Reid mas a Barker se posiciona primeiro.

—— Existem características marcantes, com uma lupa e uma luz melhor é mais fácil de identificar. Mas eu diria que é autêntica. - a morena olha para Hotchner e em seguida para Spencer que está lhe olhando, aparentemente ele pensou exatamente a mesma coisa que ela.

—— Como pode ser se ele morreu há um ano? - o policial pergunta.

—— Uma boa falsificação. - Hotch diz.

—— Ou ele escreveu antes da morte, foi enviada por um intermediário. - Reid diz olha para Alex escorada em uma mesa um pouco longe, apenas ouvindo o que eles estão dizendo. Ele procura o olhar dela, procurando sua aprovação, ela já conhece bem esse caso —— O que você acha Barker?

—— Vou ficar aqui para analisar o registro de visitas do Ryan, mas concordo com você. - ela se senta na mesa colocando sua arma ao lado, em seguida vê Spencer se sentando em sua frente com alguns papéis.

Um silêncio. Ambos não falam nada. Spencer tenta falar algo, mas não consegue, ele fica muito nervoso para puxar assunto com alguém desconhecido, a não ser quando é para mostrar seu conhecimento. Não é nada pessoal com a Alex, ele é assim com todas as pessoas, e ela também.

Alex sai dos seus pensamentos ao perceber o mesmo em sua frente perdido nos meios dos papéis, ela solta uma risadinha e vê que deixou os seus totalmente organizados.

—— Nada faz sentindo, esse imitador colocando o semen na cena do crime, as janelas abertas como uma assinatura. - ela diz atraindo a atenção do Reid —— O que você acha?

—— Estão dizendo que ele está vivo. - Barker solta uma risadinha fazendo o mesmo apenas abrir um sorriso no canto do rosto —— Emily, hotch e Rossi estão indo com a polícia ao cemitério para descobrir. Mas eles não gostaram da ideia.

—— É loucura, não acha? Pode encorajar o assassino e...

—— Pode levar ele a cometer mais crimes. - seus pensamentos se conectam. Spencer e Alex pensaram exatamente a mesma coisa novamente. Porém, eles ainda não perceberam isso —— Eu vi o livro que estava lendo hoje no avião, já vi o resumo dele. No final...

—— Eu odeio spoilers, Reid. Porém eu sei que no final, o garoto sobrevive, eu já li esse livro.

Ele estava prestes a voltar a conversar porém o celular que Morgan deu para Alex toca, ela atende Emily e arregala seus olhos ouvindo cada palavra, ao desligar olha para Reid.

—— O caixão está vazio!

[...]

—— O coração dele parou, as pupilas não respondiam. Acreditem em mim. Ele demorou quase uma hora para morrer. - o agente penitenciário diz. Ele está sendo interrogado por Rossi e Morgan, enquanto Emily, Reid e Alex olham tudo do lado de fora —— Não foi a primeira execução que participei.

—— Mas foi a última, alguma coisa aconteceu para motivar a sua demissão desse departamento? - Rossi pergunta e Morgan sai da sala olhando para os três parados ali.

—— Tem alguma coisa errada. - Emily diz.

—— Dez dólares que ele está vivo. - fala Morgan e Alex solta uma risada com Emily olhando a indignação do dr Reid.

—— Dez dólares que ele está morto. - Barker diz.

—— O que? Não podem fazer isso, somos agentes federais e... - Reid é interrompido por Alex.

—— Reid, ele está morto. O roubo do corpo deve ter sido algum fã. - ela coloca a mão em seu ombro e Emily sai dali rindo e negando com a cabeça.

—— Barker, Morgan e Reid? Achamos que quem roubou o corpo teve ajuda de alguém de dentro da prisão. Quero ajuda de vocês. Porém amanhã, já está tarde, vão para o hotel e amanhã cedo continuamos. - Hotchnner diz e o grupo faz isso.

O hotel era grande, um quarto para cada agente. Morgan chamou todo o grupo para sair para jantar, mas Alex está tão cansada que decidiu não ir, e vai ligar para avisar. Ela entra em seu contato pelo celular e ri com o nome que o homem colocou.

O telefone chama algumas vezes e alguém entende. A barker como sempre interrompe a outra pessoais outro lado da linha falando primeiro.

—— Oi Morgan, sei que me chamou e ainda fez drama falando que se eu não fosse alguma criancinha desprotegida iria está em perigo, mas tenho que estudar. - ela diz e ouve uma risada do outro lado da linha, com toda certeza essa risada não é do Morgan.

—— Na minha vez ele disse que alguma senhorinha, avó de quatro crianças estaria em perigo. - Alex ouve a voz de Spencer —— Acho que você errou de numero.

—— Ele me enganou! - ela diz envergonhada e ouve a risada dele novamente —— Disse que esse número era o dele. Ok, agora já sei para não cair nas piadinhas dele. Enfim, tenho que terminar de ler meu livro.

—— Qual o seu patrono? - ele questiona e a mesma quando estava prestes a desligar abre um sorriso.

—— O que? - pergunta para ter certeza do que ouviu.

—— Falei certo? Acho que sim, eu li sobre. O seu patrono. - ele volta a falar —— Eu quero ler esse livro a meses mas não consigo, por falta de tempo. Porém sei muito sobre, a dois casos atrás havia uma adolescente que falou sobre com sua amiga e eu ouvi. - Reid sempre falando muito, mas para Alex isso não é um problema.

—— Você falou certo, Reid. E o meu é uma raposa. Deveria procurar os livros, são perfeitos. - ela olha para a cama e vê uma papelada ali —— Enfim, tenho que estudar sobre e caso. Boa noite agente Morgan. Ele solta uma risada nasal com a ironia dela e logo desliga.

Primeiro capítulo de cognition! votem e comentem, eu amo ler os comentários de vocês. - O Morgan um querido passando o número errado, querendo transformar Alex e Spencer bem friends.