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( 44 ) NOITE DE ENCONTRO.

【 Aceitamos o amor que achamos que merecemos. 】━━ As vantagens de ser invisível.

O elevador parece pequeno quando os choros de Lily invade os ouvidos de Alex e de Rossi, ao lado delas. Spencer saiu logo cedo de casa para o trabalho enquanto a morena ficou para terminar umas coisas. Ele acordou cedo, fez a mamadeira da filha, deu banho e a trocou, quando estava prestes de sair, Reid foi até o quarto e acordou Alex para ela se arrumar. Quando ela chegou na UAC, a creche estava fechada devido a falta da tia Juju, a mais velha sobe ao andar principal à procura do noivo. Ela tenta acalmar a bebê mas nada funciona, aperta algumas vezes no botão na tentativa de andar mais rápido, porém nada funciona, obviamente.

—— Talvez a fralda esteja suja. - Dave comenta percebendo o desespero de Alex.

—— Acabei de verificar. - a porta se abre e todos no escritório olham para a morena, ouvindo o choro da bebê, o que não é comum em um escritório do FBI. Todos olham, Lily está berrando, distraindo tando todos ali, alguns olham como cara fechada e sussurram coisas mas a Barker ignora ainda tentando acalmar a filha. Alex sabe que ali não é local para crianças —— Eu já sei o que ela quer.

—— Ficou sabendo do caso de hoje? - o homem questiona e a morena não ouve, devido ao choro ardente de Lily, porém quando abre a porta da sala de reunião para por completo olhando a televisão.

Choque. Aflição. Todos da equipe olha para a mulher e Lily ainda berrando, aquele chorinho de bebê bem novinho. Spencer se levanta rapidamente, deixa um beijo na bochecha de Alex e pega a filha no colo, fazendo para de chorar em questão de segundos ouvindo a voz do pai. Lily só queria o pai.

—— Oi, minha gatinha. - ele sussurra fazendo movimentos repetitivos com o braço, para acalmar a bebê. O mesmo pega a bolsa de Lily das mãos de Alex —— O papai está aqui, não precisa chorar. - Spencer sussurra se afastando, para a filha não ouvir aquele assunto.

Ele sai da sala observando o carrinho da bebê no corredor. Alguns olhares são lançados o repreendendo, por Reid está em um ambiente de trabalho com uma bebê resmungando em seu colo, o mesmo desvia o olhar e tenta colocar a chupeta na boca de Lily, para ela acalmar aos poucos.

—— A sua mãe deixou leite na mamadeira, então provavelmente você não mamou tudo. - ele tira a chupeta e tenta fazer a filha comer, mas ela rejeita rapidamente —— Eu tenho que verificar alguns papéis e você pode ficar no meu colo enquanto isso, o que acha, filha? - ele questiona entrando no escritório de Emily, olhando a pilha de papel sobre a mesa, quando Spencer se senta a mesma começa a chorar novamente.

—— Tudo bem, vamos ver se a sua fralda está suja, não tem motivos para você ficar resmungando tanto. - ele coloca paninho sobre o sofá para tirar a fralda da filha, que ainda está tensa e inquieta —— O que aconteceu para você está assim minha princesa? Conta para o papai. Você não dormiu? Quer ficar no coloco da mamãe? Conta 'pra mim.

Lily abre os olhos devagar, depois de resmungar e passar as mãos no rosto, olhando para Spencer. Um bebê até os três meses ainda não sabe exatamente que nasceu, eles também não enxergam cores ou muitas coisas de longe, porém Reid está perto da filha, fazendo que ela o enxergue. Ela para tudo que está fazendo e olha para o pai, ouvindo ele atentamente.

—— Sua fralda está suja, será por isso que você está chorando? - Spencer abre a bolsa pegando as coisas para trocar, ele limpa Lily, passa a pomada necessária e em seguida coloca uma fralda limpa. Ele pega menina no colo novamente e percebe ele ainda um pouco chatinha, mesmo depois de trocar a fralda suja de xixi —— Qual nota você dá para essa troca de fralda, Lily? Estou aprendendo bem, certo? Troquei rápido e você não chorou. O papai está revolucionando nas trocas.

A pequena Reid está passando pela crise dos três meses. Desde o casamento de Dave, se passaram duas semanas, Lily está fazendo exatamente três meses, ela está mais esperta, ouve melhor as vozes e consegue ver melhor também. A crise dos três meses pode ser estressante tanto para o bebê quanto para os pais, é importante manter a calma e a compreensão, sem perder a paciência. Alex e Spencer sabe que a bebê não está fazendo birra, mas, sim, passando por uma fase de adaptação e aprendizado.

—— Vamos tentar dormir? Sei que quando a tia Pen aparecer aqui para ficar com você no colo, você vai acordar, mas vale a pena tentar. - ele sussurra rindo, percebendo a bebê fechando os olhos no colo dele, que a balança devagar —— Você é tão linda, minha gatinha. O papai te ama tanto.

Spencer ama ler sobre crianças. Ele leu que expressar palavras positivas durante o início do sono calmo do bebê pode ser bom, mostrando o sentimento puro e o quanto a criança é amada. O mesmo vai de um lado ao outro na sala, olhando Lily de olhos fechados com a chupeta se movimentando na boca, ele abre um sorriso involuntário percebendo que ela é a bebê mais linda que ela já viu na vida. Ele é um pouco suspeito de falar por ser o pai, mas a garotinha realmente é linda. Enquanto ele está fazendo a filha dormir. Alex ainda está em pé, em choque, olhando para a televisão, há uma foto nela. Tacher Gray, seu pai adotivo e Luke Gray, seu irmão adotivo de apenas vinte e três anos. Eles estão amarrados com uma mulher atrás deles, ambos como refém.

—— O que aconteceu? - a morena questiona para Emily, enquanto sente seu coração apertar olhando para a TV.

—— Garcia recebeu um e-mail de um servidor anônimo. A mulher na foto não esconde o rosto, nos dizendo que não tem nada a esconder. - Prentiss responde —— Quando ela recebeu o e-mail ligou automaticamente a sua ficha de alguns anos atrás, quando o senhor Gray ajudou a te chamar, no caso de Diane. Sabemos que vocês dois tem um vínculo, ligamos para Reid primeiro para você não se assustar e sair as pressas.

—— É o meu pai e meu irmão. 67 anos e ele 23, cursa medicina na Europa. - ela responde se aproximando da televisão e olhando o olhar assustado dos dois, enquanto passa o perfil da família —— Por que isso? Tem algo a ver comigo?

—— Quase. - Rossi entrega a ficha para a mulher —— Ela quer que libertamos Catherine Adams em 24 horas. Estamos transferindo ela para a UAC, para um interrogatório, mas não temos ilusões. Isto é só um jogo para ela.

—— Mas a pergunta é: queremos jogar ou não? - Alex lê a ficha de Cat —— Por que? Por que voltar novamente? Por que atacar desta vez a minha família? Isso tudo para ter Spencer com ela? Não entendo.

—— Ele foi o único homem que foi melhor do que ela, isso a cativou. - Tara diz —— E ela sabe que vocês estão juntos, sabe disso a anos. Você é uma pedra no caminho dela, ela tem que fazer de tudo para te tirar e ter Spencer só para ela.

—— Se sou uma pedra, Lily também é, então quem vai ser a próxima? Eu? Minha filha de três meses?

—— Não vamos deixar isso acontecer. - a chefe se aproxima de Alex e assente para o resto da equipe entrar na sala —— Ela já chegou, está na sala de interrogatório e... Spencer vai conversar com ela em breve.

—— Quero acompanhar. - a Barker pede e JJ assente —— Se eu tivesse ao menos uma chance mataria essa mulher com minhas próprias mãos.

—— Spence já tentou fazer isso. - a loira diz e percebe o clima ainda pior —— Hum, bom, como você é da família e não pode entrar me casos assim, vamos dizer aos supeevisores que está apenas aqui com Lily para pegar alguns documentos.

—— Sei que ela é louca, mas é apenas uma assassina de aluguel. - Luke entra na sala dizendo como se não fosse muita coisa, depois de tudo que ela fez. Cat Adams fez um inferno na vida de Spencer Reid.

—— É muito mais do que isso. Ela se aproveita de homens que pode seduzir. Tem prazer com isso. - a morena sente seu sangue ferver de raiva olhando a foto na televisão —— O número de vítimas nunca foi confirmado, mas passa de cem. Uma das mais perigosas que prendemos e é obcecada pelo Spence. O único homem mais esperto que ela.

A mulher sente uma mão em seu ombro e se vira de uma vez, com uma feição seria, ela observa Garcia em pé ao lado dela, tocando em seu ombro com cautela.

—— Se quiser ver o interrogatório, eu fico com Lily. Acho que não vai querer que Cat veja ela. - a morena assente percebendo Lily já no colo dela, com a chupeta no boca —— Tudo bem, eu já sei as regras suas e do Spencer, ele voltou a sua fase germofobico com Lily. Sem pegar na mão e no pé dela, sem falar muito próximo do rosto, sem beijar a bochecha, e quando a chupeta cair no chão, lavar bem. Hum.. quando ela levar as mãos para o nariz quer dizer que está com sono. Pode ir lá, fica tranquila, ela estará em boas mãos. De quanto em quanto tempo ela chora com fome? Só para saber diferenciar o choro.

—— Duas horas, eu apareço de trinta em trinta para ver se está tudo bem. - a mulher assente e Alex se afasta saindo da sala, sem olhar para ninguém, ela está anestesiada, sem conseguir pensar. Quando abre a sala, observa pelo vidro Spencer em pé, com as mãos no bolso, olhando sério para Cat, que está com um sorrisinho no rosto.

—— Técnica de negociação clássica. O primeiro que falar perde, certo? - Cat questiona falando pela primeira vez no dia. Alex sente ódio.

—— Você organizou o sequestro de duas pessoas e fez da mesma forma que antes. Atrás de uma amiga que não está presa. Mas a sua exigência "liberte Cat Adams", não vai acontecer. - a voz de Reid está cansada, ele está cansado de lidar com essa mulher, principalmente pois agora que ela mostrou que pode se aproximar de quem ele ama, ou de quem sua noiva ama —— Então, diga o que quer agora mesmo, antes que eu a mande de volta para a prisão.

—— Oh! Você não sabe? Eu parei de lutar. Pedi que meu advogado me declarasse culpada das mortes e que solicitasse pena de morte. - morena sente um alívio ao ouvir isso do outro lado do vidro —— Eu estou entediada, está bem? En-te-di-a-da. A morte deve ser mais interessante que isto. Mas naquela solitária me pergunto, "o que eu não fiz?" e me lembro de você.

—— Não fez nada comigo? - ele se solta da parede se aproximando da mulher —— Você me abusou sexualmente no México.

—— Tem certeza? Você está drogado, lembra? - ela ironiza —— Você sabe o que as drogas fazem, talvez eu nem precisei fazer nada. Se é que me entende... vai por mim, as vezes eu falo muitas coisas, e você como um bobinho acredita. Mas não temos muito tempo, para ficar tocando no assunto de você... - ela abre um sorriso malicioso e nojento aos olhos do casal.

—— Por que não temos tempo?

—— Eu gostaria de ter um encontro com você. - a Barker, ao outro lado da linha arregala seus olhos e passa a mão nos cabelos preso, devido à falta de tempo de lavar, maternidade é um pesadelo para ela —— Quero ficar bonita e quero me divertir. E quero fazer isso com você. - ele cerra seus olhos se aproximando.

—— O único encontro que irei comparecer será quando enfiarem uma agulha na sua veia. - ele sussurra.

—— Vai deixar um pai e um filho morrerem? Eu acho que não.

—— Eu nunca disse pai e filho. Já está escorregando. - ele se afasta abrindo a porta —— Vamos achá-los, sempre achamos.

—— Foi bom te ver também, Spence. - Cat diz e Reid fecha a porta observando Alex escorada na parede, com os braços cruzados e seu rosto com lágrimas. Ela nunca demonstrou afeto por sua família adotiva, mas esse é o seu jeito de dizer que os ama e sempre foi eternamente grata a eles. A família Gray pode ter mil defeitos, mas eles acolheram Alex com muito amor.

Reid olha para a mulher e tenta tirar a gravata a todo custo. Cat tem um efeito grande em ambos, principalmente nele. O mesmo pega um copo descartável que estava ali, amassa de um vez e joga no lixo, chutando para o longe. Alex coloca as mãos em seu peitoral deslizando até em cima para tirar a gravata, olhando em seus lhe acalmando, a mesma consegue sentir a respiração desregulada dele, junto ao coração acelerado.

A morena sente fúria de Cat, uma fúria que Spencer também sente, algo inexplicável. Ele apoia as duas mãos na parede com Alex entre elas e fica olhando em seus olhos em silêncio, esperando sua fúria passar, devagar isso acontece, quando a mulher toca com sua mão gelada em seu rosto.

—— Precisa se acalmar. - ela sussurra com a voz falhando —— Não pode deixar ela perceber que tem um efeito ruim em você.

—— Eu sei. - sussurra de volta com os lábios próximos aos dela —— Me desculpa por fazer você passar por isso novamente. Me desculpa por fazer nossa filha passar por isso.

—— Não é culpa sua se ela é uma cretina obcecada. - ela fica na ponta dos pés deixando um breve beijo em seus lábios, em seguida vai se afastando —— E se você for a esse encontro? - questiona Cat olhando pelo vidro.

—— O que? Não, Alex! Isso parece loucura. - ele se aproxima por trás, encostando seu corpo no dela —— Ela é louca, deve planejar algo. E... eu tenho certeza que ela vai tentar algo.

—— Faça virar parte do seu plano. Crie você um plano, doutor. - Alex se vira para ele, ficando bem próxima —— Eu não aguento mais essa mulher. Ela já encheu toda a minha paciência, cansei de ter ela interrompendo nossa vida. Se dessa vez foi minha família, a próxima vai ser quem? Lily? Eu? Alguém da UAC?

—— Não diga isso, eu nunca deixaria nada acontecer com você e com a nossa filha. Eu não me perdoaria se acontecesse algo com vocês duas. - a mulher respira fundo —— Não sei se tenho coragem para sair com Cat Adams.

—— Pense nisso, eu tenho que ir ver se Lily está bem e tirar leite do meu seio, de preferência amamentando, sinto que está explodindo. - ela estava prestes a se afastar quando a loira para na porta.

—— Duas coisas aconteceu. - Garcia abre a porta com a bebê nos braços, mas não entra —— Primeira. Aparentemente seu pai e seu irmão foram capturados na rua 4, eles estavam na cidade, Alex?

—— Iriam vim para conhecer Lily, mas não me contaram o dia.

—— Também recebi um vídeo onde a criminosa com seu pai e seu irmão, atira em seu pai com uma arma falsa apenas para assustar. A mulher dividia cela com Cat, por isso está lhe ajudando.

—— Cat a convenceu de fazer isso. - Reid diz —— E a segunda coisa?

—— Lily fez cocô em tudo, tive que trocar de roupa e limpar ela toda com lenços umedecido e dar um banho no banheiro do quinto andar, que é o mais limpo. - Alex arqueia as sobrancelhas —— Por sorte ela só toma leite, então não foi tão ruim assim.

—— Ela não está dormindo? - a morena olha para o relógio —— Horário da soneca, e da fome, deve ser por isso que ela está meio chatinha

—— Na verdade ela está ouvindo a tia Garcia ensinando como usar um computador com dispositivos avançados. - sorri —— De tchau para os seus papais e vamos voltar, lindinha. - se afasta.

—— Você tem que ir ao encontro. - Alex diz percebe do Emily entrando na sala com Tara —— Cat sempre escorrega nas palavras, podemos criar um perfil com isso. Ela sempre faz isso com você, tem que jogar o jogo dela uma vez, hoje parece ser a data que prendemos ela, como um aniversário, tente mostrar que essa data é especial, que se lembra disso. Mostre que não demonstra tanto interresse assim por mim e sim por ela.

—— Odeio ter que dizer isso, mas Alex está certa. - Tara responde —— Podemos descobri onde ela quer ir enquanto você se prepara para o encontro, pode ser?

Spencer olha para Alex, pedindo sua confirmação mais uma vez. A mulher assente e o mesmo se vira para Tara e a chefe assentindo. A Barker se propôs ir falar com Cat para descobrir o lugar, ela quer olhar em seus olhos, quer ver o que passa em sua cabeça quando a mulher que Reid ama sentar em sua frente.

A porta se abre e a morena entra devagar. O olhar de Cat se assusta rapidamente mas volta ao normal para disfarçar. Alex se senta na frente dela em silêncio com alguns papéis em mãos, colocando sobre a mesa e virando para a assassina ver e escolher.

—— Olá, Cat. Sou a agente Barker. - o olhar de Cat pesa e a morena se sente aliviada em ver isso —— Trouxe opções de lugares para você escolher ir. Tem três. Cinema, restaurante e pista de patinação. - ela aponta para a folha, porém por segundos esqueceu de tirar seu anel de noivado, fazendo a mulher perceber.

—— Eu te conheço. É um belo anel. Sempre soube que ele tem bom gosto para essas coisas. - sorri ironicamente —— Você está... diferente do que eu me lembrava.

—— Escolha o lugar.

—— Está noiva? Spence pediu a sua mão, novamente? - Cat se apoia na mesa se aproximando —— Como você está, Alexzinha? Com o seu papai em minhas mãos.

—— Eu escolho por você. - deixa o papel da pista de patinação sobre a mesa e se levanta —— Reid sempre fala que quer ir a pista de patinação quando nossa filha estiver maior. - ela sai da sala percebendo o olhar de Catherine cair completamente. Ela tinha tudo em mente, principalmente que Spencer e Alex tiveram realmente um bebê. Ela só não sabia que era um menina, Reid realmente teve um filho com Alex e isso abalou seu ego, mesmo ela já sabendo dessa informação.

Cat sabia, mas não tinha certeza, ela não focou nisso e fez seu plano todo conforme sabia da vida de Spencer de alguns meses atrás. Alex grávida e eles separados, mas tudo mudou, ela está noite e a bebê nasceu, seu plano está falhando aos poucos. Seu ego foi abalado pois quando Cat estava grávida queria que seu filho fosse o de Reid, pois sabia que um filho era o ponto fraco dele.

[...]

A Barker se recusou a ver Spencer Reid e Catherine Adams saindo juntos da UAC, cercados por policiais, óbvio. Ela está sentada na sala de reunião amamentando a bebê calmamente em seus braços, Lily estava estressada, mudou sua rotina e ela passou em muitos colos, isso a estressou, então só um ambiente calmo com a mãe para lhe acalmar. Emily entra na sala falando alto com Garcia e Tara mas a morena rapidamente pede silêncio. Quando olham para ela, da claramente para perceber um olhar preocupado.

—— Oh! Nos desculpe. - Prentiss sussurra percebendo Alex tampando com um paninho para ter privacidade.

—— Está tudo bem. Ela se acalmou agora, parece que sente quanto estou tensa. - percebe Lily fechados os olhos devagar, enquanto ainda está comendo —— Isso tudo me estressou muito e também estressou ela, sinto que ela está um pouco quente, não sei se é febre.

—— Eu li em algum lugar que os bebês até três meses ainda não sabem que nasceu, e ainda tem uma ligação enorme com a mãe, como no útero. Talvez Lily sinta que você está tensa. - Tara se senta próximo falando baixo —— Luke foi com Spencer e os polícias, ele disse que Reid pediu uma dica e Cat disse apenas 23.

—— Poderia ser 23 Cromossomos. Foi assim que Cat achou o pai. - Rossi entra na sala falando baixo também —— Ainda não contamos a você, Alex. Mas Cat achou o pai dela, aquele que Reid mentiu que achou. Mas ele está morto, morreu há anos.

—— Não, isso não tem nada a ver com Cat. - a Barker se propõe a falar após olhar uma mensagem chegando em seu celular. Ela entrega o celular para Garcia rastrear a mensagem, sem dizer nada para os outros. Rapidamente Lily se solta da mãe e volta a resmungar, fazendo ela se arrumar rapidinho e colocar a bebê em seus braços para não passar mal —— Um segundo, pessoal... se acalma, filha. A mamãe está aqui com você, não precisa ficar nervosa. - passa a mão devagar no rosto dela e todos a olham, percebendo que mesmo ela não querendo ser mãe, se tornou uma ótima mãe.

Lily para de chorar devagar, a Barker puxa o carrinho dela, colocando a menina no bebê conforto, mas em questão de segundos ela volta a chorar novamente. Ali a Alex confirmou que a filha está ficando um pouco doente, ela só quer o colo da mãe, nem no carrinho, que ela adora ficar, ela não está querendo mais.

—— Voltando ao assunto. Ela nunca pensa em si, pensa em Reid. Ela quer que pensamos que tem a ver com o pai, mas tem a ver comigo. Não é coincidência demais que Cat só resolveu agir agora que Lily nasceu? Ela sempre soube que Spencer seria pai, Lindsey trabalhava na minha casa, ela sabia e contou a ela, não sabia detalhes, mas sabia em média quando que o bebê iria nascer. - a mulher em pé, balança os braços fazendo a filha se acalmar e fala baixo, sentindo a mão da bebê em seu pescoço, como uma mania na hora de dormir —— Como Tara disse, eu sou a pedra que ela quer tirar do caminho. Com Lily viva é como se juntasse mais eu e o Spencer, e fazendo algo contra mim e minha família, na cabeça dela vai nos separar.

—— Consegui! - Garcia mostra o local —— Alex recebeu uma mensagem agora vindo deste local. Na mensagem para que ela ir ao apartamento onde mora com Spencer. Mas este local aqui é próximo à rua 4 onde a família Gray foi pega.

—— JJ e Tara vão ao local com policiais. É bem provável que a família Gray esteja lá, sejam cautelosas. - Emily manda e elas assentem saindo, antes de sair, a loira passa a mão no ombro de Alex lhe dando consolo disso tudo que está ocorrendo —— Alex, você vai para o apartamento.

—— Mas e se for um plano? Não vou colocar minha vida e a vida de Lily em risco.

—— Agora é um plano nosso. Ela quer que você vá para te persuadir, ela quer que você veja, que mesmo com um bebê com Reid, Cat ainda consegue ter um controle sedutor nele. Ela vai tentar beijar ele ou fazer ele falar coisas na sua frente, coisas para te atingir. Tente mostrar que se sente atingida. - Alex se levanta assentindo —— Vamos te monitorar com escutas o tempo todo e teremos policiais nos quartos e ao lado de fora.

—— Se ela tentar pegar Lily ou coisa do tipo? - Garcia questiona.

—— Ela não vai tentar fazer isso. Cat quer que Spencer jogue o jogo dela, e se ela pegar Lily nos braços ele vai mudar automaticamente e não vai jogar coisa nenhuma. - Alex responde.

—— Exatamente. E ela vai tentar te fazer jogar também, Alex. Vai mentir ou coisas do tipo sobre coisas envolvendo bebês. Chore ou finja raiva. - Rossi diz e a Barker assente —— Ela estava grávida, se lembra? Perdeu o bebê meses após aquele interrogatório, mas ela provavelmente vai tentar dizer que foi culpa de Reid, para você ficar contra ele.

—— Ela vê um mundo de um jeito onde todos querem ser como ela, tenho apenas que jogar com isso. - olha para a filha dormindo calmamente em seus braços —— Quero que me prometam que vai ficar tudo bem comigo, com minha filha e com a minha família.

Todos na sala se entreolham.

—— Eu prometo. - Emily diz e a Barker assente saindo da sala com a bebê.

—— Emily, e se algo der errado? - Garcia questiona com medo da resposta.

—— Aí perdemos Reid e Barker da UAC, para sempre. - olha para Penélope tensa —— Porém, acho que depois de hoje já perdemos. Eu duvido muito que os dois fiquem depois desse caso. Alex se mostrou uma mãe bem protetora quando o assunto se trata de Lily. Ela não deixaria isso acontecer novamente com sua filha, então acho que ela vai sair. E onde ela for, o Spencer vai também.

—— Ou seja... - Tara diz.

—— Já perdemos os dois da UAC. - Emily completa.

Alex dirige devagar pelas ruas de quântico sentindo sua cabeça doer. Ela já tomou os devidos medicamentos, porém devido a tensão, não resolveu. De repente um carro de polícia para em sua frente e ela bate no volante do carro negando. Ela precisa está em seu apartamento em alguns minutos para que tudo ocorra conforme o plano. Abre a porta do carro e sai, ficando ao lado de fora e olhando Lily se mexendo no bebê conforto dentro do carro.

—— Olha agora não posso está bem? Estou ocupada. - um policial se aproxima —— É uma emergência. Eu sou do FBI. - quando ela estava prestes a tirar sua credencial da bolsa, olha em volta e percebe Tacher e Luke, seu irmão, ali.

—— Allie? - Tacher chama a filha por uma apelido, e ela corre até lhe abraçando. Seu pai envolve os braços em sua cintura sentindo falta daquela mocinha que ela adotou, aquela que era fechada e não demonstrava sentimentos com palavras e sim com tempo de qualidade —— Oh meu Deus! Ela nos disse que você estava em perigo, mas está bem! Você está tão linda!

—— Cadê a minha sobrinha? Não passei por esse perrengue todo para não conseguir nem pegaremos no colo. - Luke abraça a irmã mais velha —— Caraca, Alex! Você já tem 30 anos, já é mãe e... tem um anel de noivado em seu dedo. Enquanto isso faço faculdade e fui sequestrado. - ironiza.

—— Lily está no carro. Prometo que vou deixar vocês ficarem com ela por muito tempo. Mas tenho que terminar uma coisa antes. - ela olha para os dois —— Spencer, o meu noivo e pai de Lily, está em um trabalho do FBI e eu também estou, quando terminar prometo que encontro com vocês lá na UAC.

—— Vai ficar bem, Allie? - Tacher questiona e ela assente —— Vai lá, esperamos você neste lugar que a loira JJ e a Tara disse. - o homem sorri gentilmente.

—— A mamãe mandou lembranças e fez uma roupa de crochê para Lily. - Luke se afasta entrando no carro e Alex acena com a mão, querendo ir com eles, mas tem que ir enfrentar o demônio... Cat Adams.

Ela rapidamente entra no carro e chega no apartamento observando ter policiais por todos os lados. Entra se sentando na sala e colocando a bebê no carrinho e conversando com ela, enquanto entra mais alguns policiais na casa indo em direção aos quartos.

—— Está vendo filha? O seu pai é um homem importante que prendeu uma creti... não, não vou falar isso na sua frente. Ele prendeu uma moça ruim e agora a mamãe tem que aguentar tudo isso. - Lily brinca com seus próprios pés ouvindo a voz de Alex —— Por favor, não chore e não queira o colo do seu pai quando ouvir a voz dele. Ele é um homem muito ocupado.

—— Aqui, Alex. - Emily aparece lhe entregando uma escuta —— Sua família já está na UAC e Spencer já está vindo com ela. - a morena assente e a chefe sai do apartamento.

A morena leva a mão a testa de Lily sentindo um pouquinho quente, ela percebe que a menina não está com febre, mas pode começar a ter. Seu corpo está pedindo pelo colo da mãe o tempo todo, além de ficar resmungando toda hora.

—— Ok, agora somos eu e você novamente, Lily. - ela sorri se levantando e balançando o carrinho de um lado ao outro —— Está ouvindo isso? Sãos os passos do seu papai e aquela mulher ruim.

A porta se abre devagar, mas antes que vejam o que tem dentro, se fecha. Alex de longe olha e franze o cenho sem entender. Ela ouve sussurros ao lado de fora, mas não entende, então a porta se abre de uma vez e ela observa Reid beijando Cat Adams.

Os lábios de Spencer nos lábios de Cat.

Um beijo deles dois.

O plano.

Por alguns segundos a Barker poderia deixar todo o plano de lado e sentir fúria. Mas ela o perfila, consegue ver o corpo dele tenso e Cat gostando disso. Spencer não é assim, ele não beija assim, Alex conhece cada centímetro do corpo dele, cada jeito que ele age e com toda certeza não é desse jeito. Porém, entrando no personagem ela finge magoada, fechando o carrinho da filha para Lily não ver isso.

Quando Spencer desgruda os lábios dos dela, coloca Cat sorrindo para o lado de fora do apartamento e Luke, o policial, entra com Reid fechando a porta. O prodígio se aproxima de Alex rapidamente ficando preocupado e surpreso, sem entender o móvito dela está li, naquela hora.

—— Está fazendo o que aqui? Não era para você ver isso! - diz sussurrando —— Uma assassina no mesmo cômodo que Lily?

—— Deixa ela entrar, fica quieto e me acompanha. Traga ela aqui e nós deixe sozinhos. - Cat aparece na porta com um sorriso. Tudo está indo conforme o plano —— Recebi uma mensagem dizendo para vim aqui ou meu pai e meu irmão morreria, o que você quer? - Alex é uma ótima atriz.

—— Estamos aqui, o que quer falar? - questiona Spencer para Cat que está limpando seus lábios de uma forma sedutora.

—— Muita coisa. - olha para Alex e em seguida para a bebê acordada, brincando com suas próprias perninhas no carro —— Ela é uma graça. - quando se aproxima do carrinho Spencer a puxa para perto dele. Cat se afasta com dois passos para trás fazendo exatamente como Alex disse que ela faria.

Alex tira rapidamente Lily de perto de Spencer e Cat colocando do outro lado da sala, e se sentando no braço de uma poltrona ao lado. Ela sente um clima desconfortável entre os três, sentindo Cat andar por toda a sala sorrindo, e olhando os mínimos detalhes. Livros, coisas de bebê e mais livros, espalhado por toda a casa.

—— Ficou com muita raiva por que eu estava beijando seu marido? - Cat questiona.

—— Não. - Alex responde sem nenhum tom de ironia.

—— Por que não?

—— Bem, ele não é meu marido e tem outras coisas me deixando preocupada. - a Barker se faz de vítima, sentindo o olhar de Reid queimando nela, começando a entender seu jogo, o jogo de Alex —— Por que você me queria aqui, Cat?

—— Geralmente, Spence e eu passamos o nosso tempo juntos fazendo vários joguinhos, mas hoje eu os trouxe aqui para falar uma coisa. - todos se entrem olham —— Estão juntos a quanto tempo? Três? Quatro?

—— Seis. - Reid responde e ela cerra seus olhos.

—— Eu não estava falando com você. Estava falando com você. - aponta para a Barker —— Porque para se casar com ele, tem que saber a verdade sobre seu maridão.

—— Ele não é meu marido.

—— Óbvio que não, ele rejeitou seu pedido. - Alex percebe que Spencer distorceu a história para entrar em uma parte do plano. Isso é bom —— Que mulher que pede o homem em casamento? Só para te informar, se está pedindo por conta dessa criança aí, filho não segura relacionamento.

—— Contou isso a ela? - a Barker olha para Reid forçando um olhar triste. E ali ele percebe que tem algo por trás dessa visita dela aqui.

—— Eu tive que falar muitas coisas está noite.

—— Ele disse que você não era eu. - a morena percebe Lily começando ficar incomodada no carrinho. Não Lily, agora não, por favor. Alex pensa —— Ele não consegue me tirar da cabeça.

—— Tudo que eu disse era mentira, para salvar a sua família, Lex. - Spencer ainda está um pouco perdido sobre quem Alex está acreditando ou se ela realmente está jogando com Cat.

—— Nosso beijo pareceu uma mentira, Lex? - Cat ironiza o apelido. A Barker abaixa a cabeça negando triste, para mostrar que o beijo foi real —— Olha, todo mundo pensa que o doutor Spencer Reid é um gênio gentil e estudioso que sempre salva o dia com todas as suas respostas. E não tem nenhum problema com a mamãe. Mas eu conheço o Spencer real. - ela anda pela sala e pega o quadro de Reid com Diana.

—— Ah, é? Qual é o Spencer real, Cat? 

—— O real Spencer Reid joga as mulheres contra as paredes. - todos ali se lembra de Reid prensando Cat contra a parede da prisão, a sufocando e JJ com Alex tentando lhe soltar —— E sussurra que vai matá-las.

Lily rapidamente começa a chorar. A mãe pega ela em seu colo tentando lhe acalmar, pensando no que essa mulher pode fazer quando se irritar com o choro da bebê. O olhar dela vai rapidamente para a Barker começando a amamentar ela, fazendo Spencer tentar esconder um sorriso genuíno.

—— Oi, querida. A mamãe está com aqui. - Alex tenta. Spencer fica perdido, ele quer retrucar Cat, mas percebe no olhar da Barker a preocupação em ver sua filha. Ele rapidamente se toca que Lily está com alguma coisa.

—— Aquela foi uma situação diferente. - Reid diz olhando para Alex. Pois foi o único dia que ela lhe viu fora de si.

—— Não foi. - o choro da bebê não para, mesmo ela ainda mamando —— Faz essa criança parar de chorar! Pelo amor que chatice! Vou acabar jogando ela por essa janela.

—— Mude de assunto! - Alex pede quase implorando —— Minha filha não precisa ouvir essas palavras vindo de vocês. Por favor. - a Barker finge um drama, seus olhos se enchem de lágrimas acalmando a bebê e olha pra Reid, fingindo, mas ele não sabe ao certo se ela está fingindo.

—— Cat... - ele tenta parar.

—— Eu tive um aborto. - a mulher se aproxima de Lily e Alex —— Depois que o seu maridão me enforcou, eu perdi o meu bebê, era para está como você, com meu doce bebê, mas ele me fez perder. - Reid olha em choque para Cat e em seguida para Alex, que chora falsamente, em silêncio.

—— Isso não é verdade.

—— Pode parar. Olha Spencer, sua filha, sua doce filha viva e o meu bebê não. Sua ex mulher transtornada por sua causa. - Alex limpa as lágrimas —— Ela só está fazendo o papel de uma mãe, amamentando. Era para eu está fazendo isso também. - Cat é louca.

—— Me desculpe. - Spencer sussurra se sentando no sofá ao lado de Alex. Olhando para o chão, se sentindo culpado por tudo que fez, mas na verdade é tudo mentira de Cat.

—— Observe ele se desculpando para você e essa criança chorona, no lugar de está se desculpando para mim. - Cat olha para a as fotos do casal junto em quadros na sala. Ela sente fúria, fúria que mesmo tentando fazer Alex se virar contra ele, ela sabe que não vai conseguir. Então decide outro método —— Posso pegar a bebê no colo?

—— Não! - Reid se coloca na frente de Alex e a filha negando —— Não, você não pode.

—— Vai me jogar contra a parede de novo ou só faz isso com mulheres grávidas? Vai deixar sua filha ver isso? Ou vai fazer isso com a ela também? - mulher olha nos olhos de Reid que se afasta se sentando e Alex nega, não deixando ela pegar na criança —— Qual é! O que eu feria com essa criança? Jogaria pela janela?

—— Por que está fazendo isso? - a Barker toma um pouco mais de autoridade. Quando o assunto virou Lily ela mudou totalmente, cansando dos jogos de Cat.

—— Quero que veja que ele não é melhor do que quem já te machucou. Da pra ver na sua cara. - Cat tentar levar a cabeça de Lily mas Alex se afasta negando —— Me conte então uma situação sobre Spencer que faz você repensar no seu casamento.

Alex pensa, mas não diz nada.

—— Diga, meu amor. - Spencer também está cansado dos jogos de Cat e decide ficar ao lado da mulher que ama —— Diga o que ela quer ouvir.

—— Meu amor? - Adams questiona sentindo ciúmes de alguém que ela não tem —— Vamos, Alex. Me diga a história e eu libero sua família.

—— Quando... ele estava na prisão e... - Alex faz todo um drama, ela coloca Lily no carrinho e olha para Cat com um olhar melancólico totalmente falso —— Ele terminou comigo. - Spencer se sente realmente triste por isso, por ouvir essas palavras vindo de Alex.

—— Você estava grávida na época, não era? - Alex assente de cabeça baixa —— Me diz uma coisa, ele é bom de cama?

—— Cala a boca! - Spencer diz em um tom mais baixo após perceber a filha se acalmando.

—— Que foi? Quero saber. - Cat da os ombros e olha para a mulher de cabeça baixa —— Como ligou com isso? Lidar com um termino e uma gravidez. Você não contou, certo? Ah meu Deus! Não contou por que...

—— Não! - Spencer já entende o que Cat quer falar e se levanta negando.

—— Demorou para contar porque o filho não é dele. - a Barker não diz nada. Isso obviamente é mentira, porém ela percebe Spencer triste, então a mesma olha em seus olhos e lhe dá aquela piscada que sempre lhe deu, só eles se entendem com esse gesto. Spencer então rapidamente capta que é mentira que Cat está inventando para ambos se separam na frente dela —— Você sabe escolher muito bem, não é? Ela admitiu que a filha não é sua.

—— Fico me perguntando "como?". - Alex deixa o carrinho perto de Reid cansando dos jogos de Cat, querendo colocar um ponto final nisso.

—— Lex, não! - Reid pede.

—— Como o que? - questiona Adams.

—— Como uma mulher que se diz tão inteligente acha que vai me enganar? Eu estudei pessoas como você a minha vida toda, sei suas formas de falar, agir e pensar. Você nunca iria conseguir me colocar contra Spencer. - a morena se aproxima da assassina —— Acha mesmo que Reid faria comigo as coisas que fez com você? Você foi só mais uma na lista de loucas que ele já prendeu. Acha mesmo que eu iria fazer o mesmo que você? Enganar ele dizendo que o filho não é dele? Eu não transo com carcereiros quaisquer para suprir a necessidade de transar com Spencer. Eu tenho ele, eu tenho o Spencer Reid que você tanto quer. E eu tenho uma filha com ele, vou me casar com ele!

—— Sua vadia. - Cat diz baixinho mas Alex nega pegando um papel de cima da mesa.

—— Você é. Eu não tenho que me humilhar por um simples momento com Reid, não tenho que suprir as minhas necessidades com outros pensando ser ele. - Alex entrega o papel para ela —— Consegui tirar a sua pena de morte, agora é perpétua, na solitária, sem contato com carcereiros. Vai passar a sua vida toda em um lugar quadrado e fechado, lidando com o fato que Spencer não te quer. E agora com licença que meu pai e meu irmão estão me esperando.

Alex se sente mais leve. Talvez, lá no fundinho, ela perdeu um pouco do profissionalismo falando com Cat, mas ignora por que se sentiu bem mais leve. Ela passa por Reid pegando a filha e sai do apartamento percebendo ele lhe seguindo enquanto Adams é presa novamente. O prodígio tenta acompanhar os passos da mulher e quando consegue ela de vira para ele com um olhar feliz.

—— Você sabe que aquilo tudo que eu disse sobre você terminar comigo e as lágrimas foram falsas certo? - questiona colocando uma mão no pescoço dele e a outra no peitoral —— Sabe que eu nunca iria cair no papo de Cat, certo?

—— Como...? - questiona sorrindo sem entender nada.

—— Tivemos que pensar rápido, um passo à frente que ela. Enganamos a Cat e deixamos você no escuro para ela não desconfiar. - a mesma sorri sentindo as mãos dele preenchendo a sua cintura —— Tínhamos escutas no apartamento e o plano já estava formado. Eu vi meu pai e meu irmão antes de chegar, Lily está bem e agora Cat está presa novamente.

—— Eu te amo. - diz baixinho e ela sorri —— Não, você não entendeu. Eu realmente amo você. Me orgulho de ter escolhido você. Amo suas imperfeições, amo seu jeito de agir, falar, andar, lidar com os outros. Eu amo você por completo, Alex.

Eu. Amo. Ele. Alex pensa sorrindo enquanto ouve as doces palavras saindo dos lábios de Spencer. Ela sente que acertou tanto em sua escolha, pensa o quão é sortuda em ter ele em sua vida, mesmo com todas as desavenças e problemas eles ainda ficam juntos. Spencer Reid é o homem que ela leu em milhares de livros e finalmente achou, o homem que faz magias e move mundos por sua amada. O destino não foi cruel com Alex quando lhe colocou na agenda de telefone de Aaron para uma possível candidata de trabalho.

—— Eu te amo, Spencer Reid. - sorri passando a mão no rosto dele —— Porém, agora temos que ir a UAC, para você conhecer pessoalmente meu pai. E também tem outro assunto...

—— Por favor que não seja sobre como Cat Adams é insuportável ou sobre aquele beijo completamente nojento. - pede segurando em sua mão e puxando ela para entrar no carro com a bebê.

—— Eu vou sair da UAC. - diz em alto e bom som para ele ouvir. O mesmo fica parado por alguns segundos, demorando para pensar —— Eu não quero, eu vou. Vou aceitar a proposta que Emily me fez a muito tempo. Vou me mudar e vou cortar todos os meus vínculos com esse emprego.

—— O que? - questiona baixinho ainda racionando.

—— Não estou pedindo para você escolher, eu nunca faria isso. Só estou dizendo que eu, Alex, não sou a mesma de seis anos atrás, a que escolhia o trabalho do que a família. - a mulher antes de entrar no carro olha nos olhos de Reid determinada a falar isso —— Eu não quero nossa filha envolvida em casos criminais, não quero o nome dela em manchetes de crime. Como Jack ficou com Foyet. Lily merece uma vida normal, com pais em empregos normais, onde buscamos ela na escola e levamos pra tomar sorvete depois do primeiro dia de aula. E não pais que só conseguem ver ela duas vezes na semana, durante a noite, ou levam uma assassina para dentro de casa. Eu cansei, Spence. Se o meu pai foi sequestrado, não imagino quem poderia ser o próximo? E se fosse a nossa filha? Eu nunca vou me perdoar se esse emprego causar danos dela, como causou na filha de Kate, como em Jack, como em Henry... eu não quero isso para Lily. Não quero tomar outro tiro e perder mais um filho, não quero ser refém, não quero você preso novamente, não quero que minha filha seja criada por uma babá.

Ele ouve tudo tão calmamente entendendo o lado de Alex. A UAC é uma família para Spencer a muitos e muito anos, porém, agora ele está construindo outra, onde precisa ser um lar, um lar seguro. Um lar que quando acontecer algo de ruim, ele recorre a esse lar para se acalmar e se sentir confortável, se sentir bem. Sua família é a prioridade agora.

—— Levar aos parques aos domingos, buscar na escola e contar no banho como foi o dia na escolinha me parece ser uma boa opção. - ele diz se aproximando da mulher e deixando um beijo no topo de sua cabeça —— Derek fez essa escolha, Hotch fez depois de muito tempo. Acho que ainda dá tempo de fazermos também. Lily merece pais que sejam presentes. Eu concordo com você, meu amor. E se fosse para escolher, escolheria sem pensar, escolheria mil vezes você e a nossa filha.

A Barker assente, soltando um ar que nem sabia que estava preso. Reid inclina um pouco mais seu corpo e deixa um beijo em seus lábios, fazendo Cat que estava entrando no caminhão da prisão ver e sentir fúria. A morena sorri contra os lábios de Spencer, durante o beijo, fazendo ele rir também.

—— Esta preparando para conhecer seu sogro? - ela questiona e o mesmo abre um sorriso —— Eu juro que você rir dos apelidos que ele me chama, vai ficar um mês dormindo na sala e sem...

—— Por favor não. - ele pensa em besteira e Alex solta uma risada.

—— E sem ler livros. - a mesma arregala seus olhos —— Seu bobo, está pensando em besteira na frente da sua filha! Mas se rir dos apelidos vai ficar sem isso também.

Depois de longas horas na UAC, Tacher está segurando Lily e brincando com a neta. Spencer e Alex conversaram com a equipe e pediram demissão, todos choraram, principalmente Garcia. Quando voltam as baias dos escritórios Luke, o irmão de Alex, está fazendo a bebê dormir, se sentindo o melhor tio do mundo.

—— Então você é o marido da minha filha? - Tacher se aproxima de Reid.

—— Ele não marido dela! - todos falam juntos fazendo Reid rir e ficar constrangido.

—— Spencer Reid, senhor Gray. - estende a mão —— Sou o noivo dela.

—— Allie tem um gosto muito bom para homens, você me parece ser muito bom para ela. - ele sorri —— E eu não queria falar não, mas Lily é a sua cara. Não tem nada a ver com a Lexie. - mais um apelido.

Alex olha Emily se aproximando e assentindo com a cabeça. Apenas uma ligação e ela já está empregada com Spencer, em um serviço do FBI de Londres. Cada um vai seguir sua área da melhor maneira, a Barker vai fazer o que fazia antes, estudar o comportamento humano em criminosos presos. Seu olhar percorre pela sala até parar em Garcia, limpando as lágrimas, ela se aproxima e abraça a loira, pegando de surpresa.

—— Tenho certeza que vocês vão ser muito felizes em Londres. Você e o garoto prodígio merecem isso. - ela limpa as lágrimas —— Não acredito que aquela menina envergonhada que entrou por aquele elevador está me fazendo chorar tanto por uma mudança. Quero ir visitar vocês urgentemente.

—— A casa está sempre aberta para você, Pen. E Lily vai adorar, eu tenho certeza. - sorri passando as mãos no cabelo loiro dela —— Por favor, seja boazinha com as pessoas que entrarem no nosso lugar. Eles não vão ser iguais, mas não seja ruim com eles.

—— Não há nenhum prodígio envergonhado como Reid e nenhuma atiradinha como você, vou rejeitá-los sim! - a morena solta uma risada —— Me promete ligar por chama de vídeo quando ela estiver acordada?

—— Prometo. Agora vai ser bem mais fácil, vou está em casa a noite com Lily e Spence. Não vou ficar viajando e me submetendo a crimes.

—— Está fazendo isso por ela, te entendo. Você está certa, Lex. - sorri para a morena —— Por favor, quando Lily dizer papai ou mamãe pela primeira vez grava, quero ouvir. Já imaginou a voz dela? Oh meu Deus! Agora estou ansiosa para saber como é.

—— Ela vai dizer papai primeiro, tenho certeza. - Reid comenta e Alex nega fazendo todos soltarem uma risada, da típica discussão que todos os pais tem.

[...]

As luzes quentes e um pouco apagas do quarto de Lily fazem ambiente ficar mais agradável e propício para o sono da pequena menina. Alex está com ela em seus braços balançando levemente na tentativa dela dormir, quando finalmente o sono tão esperado chega, a morena devagar coloca a filha no berço com medo dela acordar, mas isso não acontece.

A porta do quarto dela se fecha e a mais velha entra no seu quarto colocando a babá eletrônica em cima do armário ao lado da cama. Ela se aproxima de Spencer sentado sobre a cama, ainda de terno, tirando o relógio do pulso com a maior concentração do mundo.

—— Ela dormiu. - ela diz se aproximando, ficando entre as pernas dele —— Isso significa que temos um tempo para nos dois. - a mesma sente o olhar dele levantando para ela, enquanto ele coloca suas mãos rodeando um pouco a baixo de sua cintura.

—— Demorou um pouquinho. - Alex assente e aponta para a babá eletrônica, ele acompanha o olhar e sorri percebendo a pequena Lily dormindo —— Deve ser por causa da febre, impressionante como ela só quer o seu colo agora que está doente.

—— Como foi hoje lá? - Alex sobe devagar se sentando sobre o colo dele, passando uma perna de cada lado, percebendo a mãos dele ir em suas costas —— Eu liguei para o ex chefe de Emily, ele disse que podemos começar logo e que o seu cargo vai ser igual ao meu, como aqui na UAC, a diferença é que não viajamos, analisamos o caso pela papelada. Podemos até trabalhar em casa e ir ao escritório poucas vezes.

—— Eu gosto da ideia de ficar com Lily por mais tempo. Isso é bom para nós três, sabemos que a UAC não vai nos proporcionar isso, e também não vamos ter segurança. - ele diz e Alex leva seus lábios ao pescoço dele, deixando beijos molhados por ali, fazendo ele perder total a concentração —— E... qual foi a sua pergunta mesmo? - ela ri contra o pescoço dele, após deixar um beijo mais demorado.

—— É assim que um QI de 187 vai para 60. Concentre-se, doutor. - ela olha em seus olhos deixando um selinho em seus lábios —— Como foi lá na UAC hoje?

—— Bom, Emily disse que vamos ter que assinar uns papéis e fazer um... - ele para de falar sentindo as mãos dela desabotoando a camisa social dele —— Fazer um relatório do motivo que estamos saindo.

—— Simples, Cat é uma louca e quer nossa cabeça em uma estaca, então decidimos sair pois somos pais e somos responsáveis por uma vida. - ela passa a unha no peitoral levemente malhado do noivo —— O que vai colocar no seu relatório? - a Barker volta a trabalhar seus beijos no pescoço dele.

—— Vou colocar que estou em busca de segurança e mais tempo com a minha famíl... - ele para de falar sentindo a morena movendo sua cintura sobre o corpo dele repetidamente e devagar, o provocando. Alex usa uma calça de pijama e apenas um sutiã de amamentação, nada atraente, mas não precisa de muito para Spencer se sentir atraído por ela —— Ouça, Alex, odeio ser o portador do que deveria ser uma notícia óbvia, mas não há realidade concebível que eu consiga responder as suas perguntas enquanto você está em cima de mim. - ela solta uma risadinha deixando levemente seu pescoço avermelhado, ela odeia deixar marcas, acha ao vergonhoso.

—— Tudo bem, se você quiser que eu saia. - quando ela estava próximo a se levantar, ele pega em sua cintura a deixando em se colo —— Então responda as minhas perguntas, enquanto eu tiro o seu cinto. Você pegou as coisas no meu armário na sala da mesa redonda? - Alex sorri olhando seus corpos juntos, e ela tirando o cinto dele. Ambos nunca admitem isso, pois não gostam de falar sobre, mas a morena gosta de mandar, dominar, ela gosta de sempre se sentir potente em tudo, inclusive quando Reid lhe obedece em momentos íntimos.

—— Hum, s-sim. - ele está acompanhando as mãos dela —— Uma blusa verde e dois livros de psicologia.

—— E quanto ao meu relógio? - ela abre os botões da calça dele e o mesmo não responde, soltando um ar pesado repleto de luxúria, como um gemido baixo, que fez o corpo de Alex pulsar —— Responda-me.

—— Peguei, eu acho que peguei, está tudo na bolsa preta na sala. - ele responde rapidamente —— Cacete eu preciso te beijar. De verdade, isso que está fazendo é tortura. - ela solta uma risada.

Alex aproxima seu rosto do dele e beija os lábios do noivo devagar, sem pressa alguma. Ele não está desesperado e muito menos ela, então o beijo flui devagar, o que deixa tudo mais cativante. As mãos finas da mulher adentram no cabelo dele e as dele aperta a cintura da Barker, a fazendo se movimentar em seu colo.

Reid pede passagem com a língua sentindo a morena aceitando. Um pequeno barulho sai dos lábios dela quando o ar falta e ambos se separam por segundos, mas rapidamente o homem junta os lábios novamente fazendo o corpo de Alex se arrepiar por inteiro, quando ela percebe o corpo dele dando sinais óbvios que quer ela.

O clima no quarto estava quente, mas nada muito desesperado por uma relação, eles estão deixando levar. Spencer leva a mão a calça de Alex para tirá-la, porém antes de qualquer movimento brusco um choro é ouvido na babá eletrônica, eles não se movem, apenas olham pra a telinha em cima do armário. Lily acordou.

—— Eu vou lá. - Alex deixa um selinho em seus lábios e se levanta do colo dele —— De um jeito disso passar, pois hoje não vamos fazer nada. - ela aponta para ele e sai do quarto indo ver a bebê.

—— Lily, é a mamãe, querida. - ela pega a filha no colo balançando devagar percebendo que a febre abaixou. A mulher tenta fazer ela parar de chorar, mas devido a gripe que a bebê está, nada adianta, então ela decide amamentar para ver se dá certo e finalmente da. Depois de alguns minutos a garotinha volta a resmungar, ela apenas quer ficar no colo da mãe, mais nada —— Spence, pode me ajudar aqui? - em questão de segundos o pai aparece na porta já de pijama, cheirando a sabonete.

—— O que aconteceu? Quer alguma coisa? - ele questiona se aproximando —— A febre abaixou? Eu mandei mensagem para o pediatra, estou esperando ele responder novamente.

—— Tire a blusa e se sente na cadeira. - Reid não entende o motivo mas obedece. Alex entrega a menina para ele e no lugar dela chorar, Lily se acostuma —— Conforto emocional, sua pele em contato com a dela faz isso. Ainda bem, agora posso comer um pouco enquanto ela fica com você.

—— Se quiser dormir também, eu fico com ela. - ele diz e Alex agradece aos deuses pelo homem que tem —— Vou fazer uns cálculos com ela no meu colo durante a noite. Hum... quero te perguntar uma coisa.

—— O que foi? - ela questiona indo ao armário da filha, pegando um cobertor para colocar sobre o corpo dela e do pai.

—— Está usando algum método anticoncepcional? Porque acho que não queremos outra surpresa inesperada. - ele sorri brevemente e Alex se aproxima colocando o cobertor —— Pílulas?

—— Método fé. - ela ironiza e ele arregala os olhos lembrando da noite no qual ambos não se protegerem —— Claro que estou tomando pílulas, Reid. Você não me vê tomando todos os dias? Anticoncepcional, com todo respeito filha, mas Deus me livre de ter outro filho. Enfim, vou comer algo.

Quando a mulher pisa para fora do quarto, a bebê volta a chorar novamente.

[...]

—— Por favor, Spencer, só faz ela parar de chorar ou eu vou acabar chorando junto. - Alex diz se escorando no carro, o estacionamento da UAC —— Eu estou exausta, eu sei que poderia dormir e você ficaria com ela, mas isso é um trabalho impossível para uma mãe. Não existe isso de dormir enquanto o bebê está doente.

—— Calma, minha gatinha, está tudo bem, o papai está aqui. - ele da a chupeta e Lily diminui o choro —— Como você está, meu amor? - para na frente de Alex.

—— Quando tenho noites mal dormidas tenho sonhos... perturbadores. Não são pesadelos, são sonhos agitados que faz a minha mente trabalhar 24 horas.

—— Quer me dizer um deles ou prefere manter para si? - ambos entram no elevador após passar pela recepção —— Eu também tenho e passo por acompanhamento, você também deveria.

—— Eu sonho com aquele bebê. - ela olha para ele no elevador —— Aquele que não tivemos oportunidade. Eu vejo ele nos meus sonhos, um menino. Tem cabelos loiros e ondulados, a pele dele é tão branca quanto a neve e seus olhos são de mel. Spencer ele seria lindo. - os olhos da Barker estão lacrimejando.

A porta do elevador se abre e Luke olha para trás, um sorriso aparece nos lábios dele e o mesmo chama Garcia. Alex limpa as lágrimas rapidamente abrindo um sorriso falso de orelha a orelha, fechando o carrinho da bebê para ninguém pega-lá no colo. Criança doente não tem que ir no colo de mais ninguém a não ser os pais.

—— Oi, vocês vão sair mesmo, certo? - Luke questiona —— Lily ainda está doente? Reid contou ontem.

—— Sim para as duas coisas. - Alex responde —— Ele trouxe os papéis da demissão e eu precisava sair um pouco de casa para não surtar. Como está os casos? Preciso pensar em alguma coisa sem ser febre, amamentação, choro ou mudança para Londres.

—— Não diga a Emily ou Rossi que te contei isso, mas estamos com um caso difícil. - Garcia sussurra —— Você e Spencer saíram no momento certo, o elemento está atrás de alguns membros do FBI, e ainda bem que vocês dois não estão mais vinculados a equipe.

—— Ok, eu não quero saber sobre isso, acho que prefiro saber sobre febre e amamentação. - a morena sorri observando o noivo voltando depois de entregar os papéis. Eles não trabalham mais para a UAC —— Tenho que ir, Lily ainda está doentinha, mas prometo ligar para todos antes de mudar.

—— Qualquer coisa ligue para nós dois ou para Hotch, até mesmo se Lily piorar. - Luke diz. Ambos saem em silêncio e entram no elevador. Reid olha para ela, mas não entende, devagar as lágrimas descem pelo rosto dela e o mesmo não se move, sem entender.

—— Ethan. - ela sussurra no meio das lágrimas —— Se Lily fosse um menino eu gostaria que se chamasse Ethan. E no sonho, o garotinho diz que se chama assim. Já faz tanto tempo, eu superei tudo aquilo, afinal agora temos um bebê e ela é perfeita. Mas o luto que vivi foi tão... eu me olhava no espelho e só observava a cicatriz.

—— A dor nunca vai passar, Lex. Você só se acostumou com ela. - ele olha para a mulher e coloca uma mão no rosto dela —— Mas tem momentos que temos que nos permitir chorar com isso, para passar. Lily está doente na mesma época em que passamos por tudo aquilo, e estamos encerrando um ciclo, é um gatilho para você.

—— Eu sei, eu só... - ela desvia o olhar limpando as lágrimas que não param de descer —— Eu não queria filhos, mas todos os dias sozinha no meu apartamento passando pelo luto, eu me imaginava mãe. E... era um menino, Spence. Teríamos um menino.

Ele deixa um lágrima silenciosa escapar, mas tenta ser forte para ajudar Alex a todo momento. Já faz tanto tempo, mas ambos nunca vão esquecer que esse bebê seria quase cinco anos mais velho que Lily.

—— Eu tenho certeza que o nosso Ethan está tão orgulhoso de você. Ele deve dar pulos de felicidade em ver você cuidando tão bem da irmã dele, de ver que você seria a melhor mãe do mundo para ele. - Spencer sussurra olhando nos olhos marejados da mulher —— Nos teríamos um menino lindo, eu tenho certeza absoluta. Mas eu também tenho certeza que Ethan gostaria de ver você feliz, e ficar pensando em algo que não aconteceu não vai te fazer feliz.

—— Você está certo! Eu não posso me prender ao passado. - ela limpa as lágrimas, observando a filha dormindo no carrinho —— Eu estava congelada pela dor, estava tendo esse sonho frequentemente na gravidez e tive essa noite novamente.

—— Por isso achava que seria um menino. - Spencer diz e ela assente —— Vamos recomeçar, voltar ao começo. Recomeçar a nossa vida novamente, nova cidade, novo emprego... vamos encerrar esse ciclo! Depois de anos estamos encerrando uma vida para começar outras.

—— Obrigada por ser você. - ela sussurra.

Spencer segura na mão de Alex entrelaçando seus dedos sentindo os mesmos sentimentos que da primeira vez. É incrível que essas sensações nunca mudam, só aumentam mais ainda. Apenas eles ali, em silêncio, no local onde tudo começou, e jamais imaginariam que seria o local onde tudo terminou. O fim de um ciclo.

Tudo começou com coragem e um mundo de possibilidades de um novo trabalho que Alex estava se envolvendo. Para o garoto prodígio é um dia de despedidas. Talvez amanhã ele ainda falará com Garcia, Emily... mas e daqui uma semana? Ou quem sabe daqui um mês? Será que vão se reconhecer daqui a 10 anos? A vida separa as amizades com o tempo, mas as memórias permanecem, os bons momentos que passaram juntos não nos abandonam.

E daqui a alguns anos o casal olhar para trás e pensar "onde está a UAC de 2007? Onde está Derek com suas piadinhas? Garcia com seus adornos coloridos? Hotch pensando que é pai de Alex?" E será neste momento que o coração da morena irá apertar e as única coisa que terá para se agarrar, serão as lembranças e a saudade. Ela sempre vai sentir saudades da época que estava se apaixonando pela primeira vez, suas trocas de olhares, as piadas de Morgan na tentativa de juntar os dois.

Certa vez o filósofo Olavo de Carvalho disse: "Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre" Spencer Reid e Alex Barker são para sempre.

Um fim tão próximo, aguardem o epílogo.

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