( 39 ) PROBLEMAS INTERNACIONAIS.
【 Há tantas coisas frágeis no fim das contas. As pessoas se quebram tão facilmente, assim como os sonhos e corações. 】━━ Neil Gaiman.
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Três dias após a viagem de Spencer, ele viajou pela manhã e no final da tarde o caso já estava resolvido. Emily elogiou e equipe pelo bom desempenho em resolver um caso em tão pouco tempo, ela chamou todos para sair, Alex não foi para ficar me casa com Diane, e após três dias Aaron remarcou o jantar com a morena. Ela se arruma, coloca uma roupa mais confortável e verifica novamente o celular para ver se tem alguma ligação do seu noivo, mas não tem.
Três dias sem se falarem.
Mesmo um pouco brigados, ela ainda está preocupada, sua última mensagem foi dizendo que estava indo viajar e que voltaria em breve, não disse quando. "Oi, Lex. Agora são cinco e quatorze da manhã e eu tô saindo agora, quando chegar em casa quero conversar com você sobre nossas brigas, acho que não precisamos ficar assim, podemos ser melhor nisso. Eu pensei e percebi que estou colocando muita pressão nisso de casar, podemos ir com calma, deixar isso para o final do ano. Sem pressa, se estou com você, estou bem. Beijo, te amo muito, meu amor".
Alex ouviu seu recado sorrindo de orelha a orelha, pronta para ter um diálogo de adultos entre eles, ela sabe que seu relacionamento precisa disso a muito tempo, sabe que a falta de diálogo está levando ambos a um caminho que ela não queria. "Oi, Spence. Temos que conversar sobre muitas coisas, eu errei e assumo isso, me perdoe, mas vou tentar mudar minha forma de pensar e agir. Quando você chegar em casa podemos sair e jantar para conversar sobre tudinho. Te amo, ah... já estava me esquecendo, eu tenho um assunto pendente, um beijo e me responda assim que possível".
Ela perguntou se a mãe do namorado gostaria de ir com ela ao jantar mas a mesma negou. Apenas questionou várias vezes onde estava o filho, e Alex não sabia responder. Depois disso se despediu e Diana ainda deixou um beijo na cabeça da morena como um sinal de carinho, dizendo que Alex mudou, está mais radiante. Estranho! Talvez seja coisa de mãe, Diana ama Alex como uma filha desde Reid apresentou ela a cinco anos.
Uma hora depois, a Barker coloca sua jaqueta e toca a campainha, esperado na porta da casa de Hotch. Em questão de segundos a porta se abre e Jack pula nos braços de Alex abraçando ela fortemente, um abraço repleto de saudade. Quando entra cumprimenta Beth e Aaron com um sorriso triste que o mais velho percebeu, enquanto o garoto pergunta sobre Spencer para ela. Hotch fica olhando tudo, ele percebe a fisionomia que a morena fez quando Jack perguntou.
—— Tia Alex, finalmente você veio, meu pai estava falando de você todos esses dias. - Jack sorri puxando ela pela casa, mostrando os desenhos dele na parede ——Tio Spencer me ensinou a fazer a mágica da moeda e agora eu faço para todo mundo. Cadê ele?
—— Hum... é uma boa pergunta.
—— O que aconteceu, Alex? - Aaron questiona colocando os copos sobre a mesa. Ele consegue ler ela como um livro, a Barker se permite ser ela mesma, se mostrar vulnerável na frente de Hotch para ele conseguir identificar cada sentimento dela.
—— Eu e Spencer não estamos nos dando muito bem. Ele viajou e não me disse para onde iria, agora simplesmente não atende o celular a dias. Minha cabeça está doendo muito, meu estômago se revirando e estou extremamente nervosa com isso tudo. - ela se senta com um olhar triste. Ela só queria voltar para o início, onde qualquer coisa que acontecia eles sentavam e conversam como duas pessoas maduras. A morena olha para Hotch pedindo um conselho —— Acha que devo ficar pensando se ele está fazendo algo de errado no nosso relacionamento? Porque não faz sentindo enquanto eu chorava a noite, ele está com outra, faz? Spencer não é assim, eu o conheço. Eu deveria me preocupar?
—— Spencer sabe o que faz, não se preocupe com mentiras e infidelidade, isso não é do perfil dele. Tenho certeza que ele nunca faria algo assim. Mas se preocupe com ele em si, Reid sabe o que faz até certo ponto. - a mesma assente sorrindo —— Pediu para Garcia rastrear o celular?
—— Ainda não, caso esteja tudo bem vou parecer uma noiva louca e obcecada por ele. Vou esperar até mais vinte e quatro horas, caso ao contrario peço para Garcia me ajudar com isso. Se ele não responder eu surto. - ela observa Beth entrando com a comida —— Enfim, vamos mudar de assunto. Beth, está gostando de morar aqui? Soube que você é de Londres. - há melancolia em sua voz, Aaron percebeu.
—— Amando, eu adoro quântico, e amo crianças adoro ficar com o Jack. Me faz ter uma sensação de casa cheia, como se eu tivesse filhos. - ela sorri —— Pretende ter filhos? - Aaron olha para a mulher arregalando os olhos.
—— Não, e não pretendo ter. - diz simples, esse assunto não lhe abala mais —— Eu tento o máximo evitar, mas se algum dia não der certo também não vou rejeitar. Tenho em minha cabeça que tudo tem um propósito. Mas não quero não. - da os ombros sorrindo.
—— Eu também sou assim, não queria ter filhos, ainda não quero, mas se algum dia acontecer não vou deixar de amar a criança. - Beth sorri —— Você fala entendendo do assunto, já tem filhos? Oh, Aaron não me contou que tem.
Alex engole seco. Ela olha para Jack indo se sentar ao lado dela e nega com a cabeça rapidamente. Hotchner coloca o copo sobre a mesa fazendo um barulho e todos olha para ele, o mesmo limpa seus lábios com o guardanapo e nega novamente para a mulher, pedindo para ela não perguntar mais sobre o assunto.
—— Hum, na verdade... eu... não tenho filhos, acho que falo assim por ser psicóloga, fiz meu estágio de psicologia em uma escola. - Alex umedece seus lábios e sente seu celular vibrando freneticamente em sua bolsa —— Com licença, pode ser do trabalho. E parece ser urgente. - se levanta ouvindo Aaron sussurrando com Beth "não toque nesse assunto com Alex, por favor, depois eu te explico".
—— Olá, esta mensagem está sendo gravada. Sou o policial Max Pool de uma cadeia do México. Você é Alex Reid, certo? Confirme com palavras por favor. - a morena já cansou de negar então apenas responde "sim" —— A polícia do país do México prendeu seu marido, você está no contato de emergência do doutor Spencer Walter Reid, ligamos para avisar que o mesmo está sobre custódia. Está é uma ligação de rotina, você tem direito de fazer perguntas. - uma voz grave preenche os ouvidos da mesma, deixando ela totalmente desnorteada.
Alex se apoia na parede sentindo seus ossos fraquejando, seu estômago embrulhando e as lágrimas querendo sair. Foi uma reação automática que ela poderia jurar ser os hormônios, afinal ela nunca teria uma reação assim. Ela surtaria e depois seria profissional, mas dessa vez foi tão diferente que até mesmo Aaron percebeu. Ele levantou e parou ao lado da mulher, colocando a mão em seu ombro, ela se vira para ele e o mesmo percebe a reação dele pelo olhar.
México. O que Spencer Reid estava fazendo no México? Alex se questiona. Mentiras atrás de mentiras.
—— Qual é a acusação, polícial Max? - Alex questiona. Hotch se arqueia as sobrancelhas e Alex sente seu corpo se revirar por inteiro —— Onde no México?
—— Posse de drogas e tráfico. Cocaína e heroína. - a mesma pede um segundo, tira o celular da orelha e olha para Aaron em sua frente, sem reação alguma, apenas choque —— Próximo a fronteira.
—— Spence... foi preso por porte de drogas no México. - ela afirma sussurrando para Aaron —— Eu... - não sai nada dos seus lábios. Nada.
—— Eu vou avisar a Emily, não estou na equipe mas sei que posso ajudar fazendo isso. - a mesma assente. Beth se levanta tirando Jack da sala e deixando apenas os dois ali, para se resolverem.
—— Polical Max, pode me passar o endereço por e-mail por favor. Eu e minha equipe vamos chegar aí em no máximo cinco horas. - o mesmo diz que passará e questiona quem é a equipe —— No momento sou do FBI, e não a esposa do Reid. Não toque ou questione nada ao suspeito até que alguém do governo apareça. Obrigada pela informação, por favor mandar atualizações no meu e-mail. - desliga.
—— Avisei, ela é a equipe já estão indo ao aeroporto. - Alex assente sentindo as lágrimas descendo por seu rosto na frente de Hotch, ela assente várias vezes com a cabeça e o homem lhe abraça —— Me mantém informado, eu vou te ligar para saber se você está bem. - ela assente.
—— Spencer e drogas? - questiona baixinho e o mesmo nega.
—— Tem algo por trás disso, Lex. Tenho certeza. - ele entrega a bolsa para ela —— Vá descobrir o que aconteceu. Eu trabalhei com ele por anos, Spencer não é de fazer isso, tem alguém armando para ele.
[...]
—— Sim, eu já contei toda a história! Reid me disse que iria viajar para comprar o remédio da mãe, mas não me disse onde, pois estávamos brigados. - Alex diz sem paciência para todos no avião. Ela anda de um lado ao outro pensando. Seu coração está acelerado, suas mãos trêmulas, é como se medicamento para hiperatividade não estivesse fazendo efeito e ela estivesse em uma crise —— Vocês sabem que ele não fez isso, certo? É impossível o Spencer traficar. Espera... Diana, a mãe do Spencer... ela está na minha casa, o que vou fazer?
—— Ela está bem, está estável. - JJ diz ao telefone, apenas Alex, Emily, Rossi e Luke estão indo ao México, o resto ficou —— Alex, você tem certeza que é só isso que se lembra dele? Tem certeza mesmo? - a loira coloca uma pressão que na hora Luke percebe o desconto da Barker, ela claramente não está bem com Reid preso, seus medicamentos não fazem muito efeito e colocar pressão sobre ela piora tudo.
—— Eu... eu geralmente percebo, percebo cada gesto dele. Uh, que ódio! Não acredito que não notei nada e... - a mesma abaixa a cabeça. Ela está se cobrando muito pelo fato que estava brigada com Reid e não percebeu nada —— Ele só estava estranho, diferente do normal, eu o fiz prometer que essa viajem daria certo e ele prometeu, estava confiante. Mas... o que ele foi fazer lá? Com drogas, oh Deus! Drogas!
—— Você precisa se acalmar. - Luke se levanta parando na frente dela. Ele percebe Alex acelerada, muito mais que o normal, suas pílulas estão dilatadas, seu coração acelerado e suas veias saltadas. Todos percebem o quão abalada e preocupado ela esta —— Urgentemente.
—— Não consigo! Eu... eu vou vomitar. - ela abre rapidamente a porta do banheiro ficando de joelhos e colocando tudo o que comeu para fora. Luke segura os cabelos dela e olha preocupado ao resto da equipe. Derek saberia exatamente o que fazer. Ele espera a mesma terminar de dar descarga e se recompor devagar, ficando em pé e olhando para o micro espelho do jato —— Quando eu fico muito nervosa sempre da nisso. Se acostuma, todos já estão acostumados. Algumas pessoas choram, outras trem crises de ansiedade, eu tenho crises de vômito, meu estômago expulsa tudo que como quando fico nervosa. - o mesmo cerra seus olhos.
—— Tem algo maior na jogada, que fez ele cruzar a fronteira e guardar segredo até para a noiva. Todos sabemos que isso é armação mas o que tem por trás? - uma voz, no qual Alex não conhece, aparece na chamada —— Oi, agente Barker, melhoras. Sou Walker, novato temporário que iria ser apresentado no jantar de hoje. Voltando... o que faria ele arriscar tudo?
—— Alex e a mãe dele. - Rossi comenta —— Mas ambas estavam em seguranças. Aqui no boletim diz que ele estava dirigindo em alta velocidade de jeans e confuso.
—— Eu estava brigada com ele a dias e Diana está passando por uns problemas com remédios que ele estava me escondendo. Spencer mal dirige e ele odeia usar Jeans. Olá Walker, devido às condições eu não diria que é um prazer. - a morena diz se sentando, colocando sua mão na barriga contento seu nervosismo para não vomitar novamente, enquanto pega um chiclete para mascar —— Confuso, ele não usaria drogas. Principalmente depois daquele caso que vocês tiveram a uns sete anos atrás, onde o elemento drogava ele com injeções.
Duas horas depois, após chegarem no México e ir na delegacia do país, próximo à fronteira, Alex sente suas mãos trêmulas, assim como suas pernas. Ela está tão nervosa que seu estômago está se revirando novamente, sua cabeça dói e a respiração está desregulada. Luke está lhe acalmando a todo momento, ele lhe trouxe água e um medicamento para acalmar. A Barker vê Morgan nele, ocupa o lugar do seu melhor amigo no novato que está lhe ajudando.
—— Quem gostaria de falar com ele primeiro? - o polícial aparece e a morena se levanta rapidamente. Ele assente a chama com a cabeça. Apenas o barulho do salto é ouvido por todo o local, onde ela caminha rapidamente se apoiando na parede. Incrível como ela ama trabalhar com pessoas presas, nesses lugares, ela adora lidar com isso, mas quando é com alguém que ama e se importa, ela perde total o equilíbrio —— Sem contato fisico. Você já foi revistada, não me faça fazer isso novamente, garota. - ela olha seria para o homem. Alex nunca admitiu ninguém lhe achar assim, e não vai ser ele que vai ter esse direito, só porque se sente superior por prender o seu noivo.
—— É agente federal para você. - ele não entende e a mesma mostra a credencial —— Agente Alex Barker, FBI do governo americano. Não se finja, você sabe disso, quando me ligou disse "o doutor Spencer Reid" eu me lembro muito bem de suas palavras. Faça o meu trabalho ser fácil, que faço o seu também ser. Me ajuda a te ajudar. - a morena entra na sala.
Alex vai sempre se lembrar das palavras do polícial Max. Para ele foi só mais uma ligação de rotina onde prende um homem fazendo coisas ilícitas, mas para ela foi a ligação que pode está acabando com tudo, planos, sentimentos... tudo. A voz de Max vai sempre está guardada na memória de Alex.
Seu olhar vai rapidamente para Spencer. Seus olhos avermelhados com olheiras, sua mão tem um corte grande, seu cabelo bagunçado e suas roupas de detento, roupas azuis. O mesmo se levanta e ela sente seus olhos se encherem de lágrimas, da um passo a frente observando o mesmo abalada.
—— Spence. - diz baixinho —— Oh meu Deus, Spence. - são as únicas palavras que saem dos seus lábios. Ela da mais um passo à frente e pula nos braços do noivo, sentindo ele rodear seus braços na fina cintura dela. Ignorando a regra de sem contato físico.
Ela sente o seu cheiro, cheiro de perfume amadeirado no qual só ele tem. O mais novo deixa dois simbólicos beijos no pescoço dela e em seguida se separam, ela está olhando em seus olhos, perfilando tudo o que ele quer falar apenas com um simples e triste olhar. Spencer tem total certeza que tudo isso está sendo péssimo para Alex lidar, ela visitava seu pai na cadeia e agora visitar o noivo já é demais para ela.
—— Me diga tudo o que aconteceu, por favor, seja verdadeiro. Eu preciso saber. - ela se senta na cadeira de frente a ele, pegando em sua mão por cima da mesa —— JJ disse que revistou todo o nosso apartamento e achou revistas médicas, você estava mudando o medicamento de sua mae e não me contou nada. Garcia me disse que estava fazendo pesquisas sobre Alzheimer, Reid o que está acontecendo? São 20 mil dólares de drogas.
—— Alex, tem que confiar em mim. Me desculpa, eu prometi que iríamos conversar, temos que conversar, você não se sente confortável com casamentos eu entendo e... - sua voz ainda está um pouco... distante. Ele ainda está muito confuso —— Rosa Medina. Acho que ela é médica. Estava escrito no meu braço e... Rosa. Não me lembro de onde encontrei ela.
—— Isso não importa agora, o casamento vai ter que esperar até você sair dessa. Perdeu a noção do tempo, flash's de memórias. E... você foi drogado. - Alex sussurra observando o mesmo assentindo perdido —— Spencer você está muito drogado!
—— Eu... não sei. - ele abaixa a cabeça —— Você está... diferente. Não consigo te perfilar, mas está diferente. Oh Deus, eu estava forçando você se casar. Você está diferente, o que aconteceu? - sua voz sai baixa, ele está drogado mas tem consciência do que está falando.
—— Sim, chorei por mais de cinco horas seguidas, nada para em meu estômago e meu noivo está preso no México. Pois é, estou diferente porque emagreci uns três quilos nas últimas horas. - a porta se abre e Emily entra, a mesma coloca uma foto em cima da mesa e mostra Spencer —— E você não forçou nada, esqueça esse assunto e foque nesse.
—— Pseudônimo dela é Rosa Medina mas o nome verdadeiro é Nadie Ramos, conhece ela? - Spencer assente com a cabeça —— Garcia rastreou ela em um motel aqui perto, os policiais foram até la com Rossi e Luke, mas acharam a mulher morta com mais de 25 facadas. Tem coisas suas no local, por toda a parte, Reid se fizerem DNA, vai ter o seu por todo o local.
—— Em um motel...? - Alex sussurra se levantando, o prodígio e Prentiss olham para ela —— Podem continuar eu vou dar uma volta pra esfriar a cabeça. Preciso comer alguma coisa e fazer umas ligações.
Alex se senta em uma cadeira ao lado de fora da sala, respirando fundo, sentindo as lágrimas doendo em sua garganta. Ela sente um misto de tristeza e fúria por Spencer esconder tanta coisa, é tanta tristeza por saber as circunstâncias no qual ele se encontra. Luke aparece ao lado da mulher e se senta entregando um café quente, com pouca açúcar, ela pega agradecendo e percebendo que está igual ao que Derek sempre fazia.
—— Achamos que o elemento drogou ele, matou Rosa e fugiu com faca, e Spencer perseguiu ele já drogado. Mas ele tem um corte na mão... pode ser da arma do crime. Quem fez isso teve muito trabalho para parecer que foi ele. - Luke diz e Alex assente tomando o café —— Deveria tentar se acalmar, você e JJ estão péssimas. Qual é o lance dela com ele?
—— São melhores amigos. - a morena diz baixinho e em seguida olha para o homem ao seu lado —— As vezes acho que ela já gostou dele. - da os ombros.
—— Acha?
—— Não falo sobre para não dar uma de louca. Mas isso não importa agora, eu sou uma péssima noiva, péssima nora, Spencer vai ser preso pois não se lembra de nada e não paro de passar mal. - ela da os ombros jogando os fatos no ar —— Conhecemos as regras, até não ter provas ele vai ser julgado e preso. Eu... queria tentar ser forte novamente mas lidar com isso acaba comigo. Lidar com o Spencer acaba comigo.
—— Eu também sou psicólogo, vamos, me conte o motivo e vamos achar uma solução. - ela olha para Luke e ele abre um sorrisinho amigo.
—— Lidar com o Spencer é tão... ele é o meu ponto fraco. Podemos está na pior fase possível que sempre acontece algo que vai nos unir, mas dessa vez eu sinto que... não. - ela coloca a mão na boca sentindo o café voltando, Luke observa ela agindo totalmente diferente do normal e cerra seus olhos.
—— Precisa se acalmar, vai ficar desidratada. - ela assente tentando se recompor —— Se ele é o seu ponto fraco pense em como ajudá-lo para sair dessa logo. Mesmo que achamos que ele vai preso, você tem que pensar em como agir quando isso acontecer, para não prejudicar a si mesma.
—— Isso vai ser impossível. - ela da os ombros —— Conheço muito bem penitenciárias para saber como um detento lida lá dentro, ainda mais se descobrirem que é do FBI. Ele cruzou a fronteira três vezes e não me contou, onde eu estava durante todo esse tempo que não vi nada? Me sinto tão... ocupada que nem ao menos percebi o que estava acontecendo. - Emily sai da são ficando na frente da morena.
—— Está melhor? - Alex assente —— Os exames deu positivo para drogas. Vamos fazer uma entrevista cognitiva, Spencer confia em você e sente mais a vontade para conversar. Acha que consegue fazer isso? Ele ainda está um pouco drogado e não para de falar do casamento, eu tenho em mente que ele tinha uma fala planejada para falar quando encontrar você e agora que encontrou não consegue se lembrar devido às drogas. - ela assente.
A morena entra novamente na sala onde está seu noivo. Ele ainda está tão drogado, com seus pensamentos aéreos, sua cabeça avoada pelos efeitos das drogas. Ela coloca o café por cima da mesa e se senta em uma cadeira na frente dele, olhando nos olhos cansados e avermelhados de Spencer.
—— Oi, Spence.
—— Eu...
—— Quando você sair dessa nos vamos conversar sobre o casamento, sobre a minha insegurança de casar. Você vai me provar que casar não é tão ruim, eu confio em você, poderá me provar que pode ser bom. Mas vamos deixar isso para outro momento. - ela respira fundo e então aperta o botão do celular começando a gravar —— Está é uma entrevista cognitiva, onde está sendo gravada, qualquer coisa que dizer pode e será usado contra ou a favor a você. Está bem, você disse ao agente Alvez que se lembra de ter pousado em Houston mas não se lembra de atravessar a fronteira.
Alex começa na tentativa de recuperar algumas lembranças dele. A mão da morena está tremular, sua perna de movimento rapidamente com gestos compulsivos, seu noivo percebe sua inquietação, a mesma que ela sempre tem quando está muito nervosa. Ela então desvia o olhar do olhar dele e o mesmo fecha os olhos tentando pensar.
—— Peguei um ônibus para Brownsville. E atravessei a pé. - sua voz sai cansada e triste.
—— Foi onde se encontrou com Rosa? - ele assente —— Consegue especificar melhor?
—— Nesta viajem nos encontramos em um... - ele demora para falar, levanta o olhar e olha nos olhos da noiva negando, mostrando que não aconteceu nada do que ela vai pensar —— Motel. Ela não tem escritório aqui e disse que era mais seguro lá.
A mulher engole seco todo o seu orgulho e ciúmes. Ela umedece seus lábios passando a mão no rosto enquanto seu estômago está se revirando de tanto nervosismo que está passando. É muita coisa para uma noite e um dia só.
—— Se já conhecia Rosa, por que escreveu o nome dela no seu braço? - a voz doce de Alex preenche os ouvido de Spencer, ele queria tanto ouvir essa voz a algumas horas, mas ele também percebe que sua voz doce está tomada de dor. Reid nega com a cabeça, não sabendo sobre o nome no braço, então a morena parte para a próxima pergunta —— Quando a conheceu?
—— Em Houston em uma clínica. Ela escreveu um artigo sobre Alzheimer. Por isso eu vim aqui, me lembro disso com clareza. - a morena assente não reconhecendo o Spencer Reid em sua frente. Ela mande ele fechar os olhos e falar mais sobre Rosa —— Ela me deu os frascos, disse que minha mãe só precisava de apenas três gotas por dia. E eu agradeci a ela, depois alguma coisa deu errado. Ela está preocupada e olhamos pela janela.
—— Tinha mais alguém? Se lembra de vê-los?
—— Tinha, mas não consigo ver quem é. A porta se abriu. Devem ter me nocauteado, pois eu não... só sei que eu cai no chão. Lex, eu não... não me lembro. Não me lembro de nada, Lex. - ela percebe o mesmo precisando o machucado enfaixando em sua mão, e leva sua mão a dele, tocando devagar, deslizando o polegar devagar —— A Rosa também estava no chão. E havia mais alguém lá. Há uma faca e muito sangue.
—— Quem está com a faca, Spencer?
—— Eu não sei... - ele nega com a cabeça ainda de olhos fechados —— A faca está na minha mão. - Alex tira sua mão da dele devagar ouvindo essas palavras. Ela reconhece que isso é uma armação, mas sente que passar por tudo isso, novamente, porém com outra pessoa, é demais para ela. Traz memórias de Andy, seu pai.
—— Certo, vamos dar uma pausa. Você está drogado, pode está criando falsas memórias. - a morena desliga o gravador —— Eu... preciso ir ao banheiro. - ela se levanta, vai até a porta, mas antes de abrir ouve a voz dele novamente.
—— Coloque na sua cabeça que não precisa ficar passando mal por minha causa, Lex. - ele sussurra —— Você sabe que ficar vomitando por muito nervosismo não é saudável. Já te informei disso. Tenho certeza que não está comendo e está trêmula de ansiedade. - ela sai da sala.
A mesma escora na parede ao lado de fora fechando seus olhos e respirando fundo. Sua barriga está roncando de fome, sua bexiga está cheia e sua cabeça dói, ela sente seu corpo todo reagir ao mesmo tempo, mas quando faz algo para mudar, ela simplesmente não consegue.
—— Alex? - Emily aparece colocando uma mão no ombro da morena, ela abre seus olhos devagar e limpa as lágrimas que queriam descer —— Acusaram Reid pelo assassinato de Nadie Ramos, a Rosa.
A Barker morde com força seu lábio inferior sentindo gosto do sangue em sua boca, para aliviar a tensão. A mesma apenas tenta controlar sua respiração e sua mão tremula, olhando Luke, Prentiss e Rossi observando tudo em sua frente. Ela sente vontade de chorar, gritar, de se abaixar e colocar tudo o que comeu para fora no lixo ao lado, mas lembra das palavras de Spencer e ela não comeu nada para vomitar, seu estômago está vazio, apenas com café.
—— Ele... ele disse que tinha outra pessoa no quarto, mas a faca estava na mão dele. Ele não fez isso, mas isso é só mais uma prova contra ele. - Alex leva suas mãos a sua têmpora pensando enquanto um guarda se aproxima.
—— O sistema atualizou, Spencer Reid irá para prisão de segurança máxima El Diablo. - o policial diz e a morena se afasta rapidamente em passos largos e rápidos, sendo seguida por Luke, deixando Emily e Rossi para resolverem isso.
Ela entra no banheiro fechando a tampa vaso e ficando de joelhos, segurando para não vomitar novamente, em seguida se sentando no chão da cabine, tentando se acalmar. O moreno entra no banheiro feminino abrindo cabine por cabine até chegar na última e ver Alex no chão, com seu rosto inchado e lágrimas em seus olhos de mel.
—— Banheiro feminino, Alvez. - ela afirma respirando fundo, sem olhar nos olhos do homem em pé ao seu lado.
—— É, eu sei. - ele se senta ao lado dela —— Quer conversar?
—— Quero ficar longe desse caso. - ela olha finalmente nos olhos dele —— Passou pela minha cabeça apagar o áudio da entrevista, passou pela minha cabeça várias coisas fora da lei para tirá-lo daqui, tirá-lo dessa. Eu não vou aguentar ver ele preso em uma prisão de segurança máxima aqui no México. Não. Vou. Aguentar. - diz pausadamente.
—— Trouxemos alguns agentes de Chicago, eles vão tentar barrar a transferência de Spencer para El Diablo. Os frascos do remédio não é ilegal, isso é uma ótima notícia. - a mulher assente —— Ele já está se recuperando, voltou a falar muito e está preocupado com os componentes do remédio da mãe dele e com você. Ele está preocupado com você.
—— Hum. - ela não diz nada, apenas assente com a cabeça.
—— Você está bem? Se não quiser mesmo ficar aqui, posso conversar com Emily e você poderá ir para a UAC, ajudar de lá, ou tentar pegar outro caso, ficar em casa... sei la, qualquer outra coisa. - ela nega e olha nos olhos dele, o mesmo cerra o olhar fazendo a mesma solta um ar pesado.
—— Preciso contar isso para alguém. Promete que não vai contar a ninguém? - questiona baixinho —— Ninguém mesmo.
—— Estamos no México, no chão de um banheiro sujo e nojento, eu prometo qualquer coisa. - tenta ironizar, mas percebe que ela não está para brincadeiras no momento —— Prometo.
—— Eu acho que estou grávida. - ela sussurra baixinho, quase inaudível, mas o banheiro é grande e está vazio, então Luke ouviu. Ele demora para raciocinar, o mesmo para Alex, nem ela acredita que está falando essas palavras —— Acho que estou grávida, eu não quero ser mãe e o pai do meu suposto filho vai ser preso em segurança máxima. - joga a cabeça para trás reprovando tudo o que falou.
Um banho que tomaram juntos, desprotegido, movido a brigas e melancolia pode resultar em muita coisa.
—— Quem mais sabe? - ele questiona no mesmo tom. Luke percebeu que isso para Alex não é motivo de comemoração, principalmente devido a tudo que está acontecendo —— Você ainda não tem certeza?
—— Só você. - ela da os ombros se levantando junto com ele —— Eu não quero fazer o teste, pois não quero ver o positivo. Não quero acreditar nisso. Mas da última vez foi exatamente assim, eu vomitava e pensava que era o nervosismo, sentia dor na barriga, minha cabeça doía e sentia vontade ir ao banheiro toda hora. Mas acho que estou com algumas semanas, eu queria falar sobre isso com Reid no natal, eu nem se quer bebi álcool neste dia pois já desconfiava, mas nós brigamos e não consegui dizer nada. Eu sempre estrago tudo com minhas inseguranças, confusões e meus medos. Odeio com todas as minhas forças ter medo do futuro.
Ele sabe sobre Diane atirar em Alex, Garcia lhe contou cada detalhes dos casos mais famosos incluindo esse. O mesmo então apenas não toca no assunto, Luke é um ótimo perfilador para saber que a Barker está odiando tudo isso, odiando Spencer preso e a possível ideia de ser mãe futuramente. Era a última coisa que ela queria no momento.
—— Vai contar a ele logo? Quando? Você vai contar a ele?
—— Não, ele já tem problemas demais, e saber que provavelmente vai ter um filho não pode ser mais um dos problemas. - ela limpa as lágrimas que queriam descer —— Vou contar, mas só quando tiver certeza e ele estiver foras das grades.
—— Quer ouvir a real? - ela assente —— Eu diria que ele tem direito de saber e que você não falando poderia ser como uma falta de maturidade de comunicação da sua parte. Mas é o seu corpo, seu útero que está com o bebê, você que vai passar por mudanças hormonais, você que vai ter que aguentar tudo isso sozinha, vai ver seu corpo crescendo e seus sentimentos a flor da pele. Sua saúde física e mental está em jogo, no momento com ele preso você tem que fazer o que for melhor para você e seu filho se sentirem bem, e se contar quando tudo isso acabar for o melhor para você, então faça. Não deixe os outros falarem que seu relacionamento não está saudável, que você está errada ou coisa do tipo, quem está grávida é você, e você sabe o certo a se fazer para esse bebê.
—— Você é um ótimo amigo. Eu acho que nunca ouvi um conselho assim antes, Alvez. - ela sorri gentilmente se sentindo acolhida —— Eu vou fazer isso, se eu realmente estiver grávida, vou contar no meu tempo para o meu nervosismos não me prejudicar em nada. Quero ficar tranquila, Reid merece saber, afinal ele é o pai, mas merece saber meu tempo, quando tudo isso que ele causou passar.
[...]
Rosa tem dupla nacionalidade, ou seja agora a equipe tem jurisdição concorrente. Alex, depois de algumas longas na delegacia, vai ao aeroporto esperar todos no avião da UAC, Emily entra no avião ao telefone junto com Cruz, um agente de Chicago, Rossi, Luke, Alex e Spencer. Todos começam a fazer algo disfarçando para deixarem o casal conversarem a sos.
A morena observa Spencer se aproximando devagar, e ficando em pé, na sua frente dentro do avião. Alex morde a parte interna dos seus lábios e Spencer engole seco se aproximando também, ela o abraça. As mãos do namorado preenchem a cintura dela e a mesma encosta seus lábios nos dele. Sentindo um misto de sentimentos em seu corpo, mas parece que tudo para quando ela está beijando Reid.
—— Eu pisei feio na bola, me desculpa. - ele diz baixinho próximo ao ouvido dela, quando seus lábios se separam —— Não sei o que aconteceu, só sei que eu não matei ninguém.
—— Eu confio em você, doutor. Todos confiamos. - ela olha nos olhos doces dele —— Agora temos que ir. Mas você sabe o que vai acontecer, certo? Temos quinze minutos quando pousarmos, vamos para a UAC, em seguida a delegacia e de lá vão te levar para uma prisão federal. Até lá você tem que ficar algemado pois é um caso de assassinato e drogas, então por favor, fique quieto. - ela sorri guardando as algemas no bolso.
—— Isso tudo está sendo um pesadelo, mas vamos tirar você dessa. - Rossi diz e todos assentem —— Sua cognitiva foi confirmada, Reid, tinha uma terceira pessoa no quarto, havia digitais.
O mesmo solta uma ar pesado se sentando ao lado da namorada no avião. Spencer está querendo dizer algo, mas tem receio de ser uma decisão muito precipitada por tudo que está acontecendo, ele apenas sabe que Alex está sofrendo e vai sofrer mais ainda com tudo isso.
—— Lex... você sabe que eu te amo. - ele começa mas a mesma o interrompe, já sabendo exatamente o assunto.
—— Não quero falar sobre o México. Não quero ter que pensar nisso.
—— Está bem. - assente obedecendo ela —— Eu deveria ter contato para você, nunca imaginei que isso poderia acontecer. - o mesmo leva a mão ao rosto dela, olhando nos olhos de Alex.
—— Você não está sozinho nessa, está bem? E agora é sem segredos. - ele assente descendo sua mão pelo corpo de Alex e parando em sua cintura, próximo a sua barriga, e como um deja-vu a morena se afasta devagar não se sentindo muito confortável com isso —— Eu ainda estou passando mal, sabe? Acho que fiquei tão nervosa que meu corpo todo reagiu... a minha menstruação até veio antes que o normal. - mente para ele não pensar em outras coisas.
—— Quem toma anticoncepcional não menstrua. - Reid é sempre muito esperto.
—— Sangramento de escape. - tenta mentir novamente..
—— Você está bem?
—— Estou, não precisa se preocupar, eu prometo. E a sua mãe também está bem, a cuidadora e JJ estão dando seus melhores com ela, eu fiz compras com ela também. Acredita que compramos pijamas iguais? Jack também foi lá no dia que viajou, sua mãe adorou, ficamos brincando por horas. - um sorriso sem graça aparece nos lábios dele.
—— Sinto muito por ter que se preocupar comigo e com ela, eu vou fazer de tudo para...
—— Eu amo você e ela é a sua mãe, vou sempre me preocupar com a sua mãe. Adoro ter ela comigo lá em casa, fique calmo, eu e ela estamos nos dando muito bem. - ela olha para Luke que está lhe encarando preocupado. Se Alex realmente estiver esperando um filho, isso é muito para ela, muita pressão lidar com a prisão de Spencer e um bebê.
Horas depois, no final da tarde todos chegam a UAC, Spencer abraça todos da equipe e na hora de ir para a delegacia Alex lhe acompanha, eles estão dentro do elevador, em silêncio total. Ela não sabe o que falar ou como agir, quando a porta se abre a mesma observa policiais ao lado de fora esperando o seu noivo, ele para de andar e se vira para ela.
—— Você vai ir comigo até la? - o mesmo questiona olhando para a noiva, ela limpa as lágrimas silenciosas e passa a mão no rosto de Spencer arrumando o cabelo dele —— Não chore, Alex, por favor.
—— O FBI não pode tomar conta do seu caso até que se prove que tem alguma coisa envolvida. - sua voz sai embaraçada —— Não consigo assimilar tudo. E sim, claro que vou, vou passar em casa primeiro. Tenho que ver como sua mãe está e resolver uns assuntos.
—— Eu sou um otario. Tentei ajudar minha mãe e cai em uma armadilha. - ela deixa seus lábios em uma linha fina e reta ouvindo ele falar —— Vocês tem ideia de quem possa ser?
—— Há um caso antigo da UAC do "senhor arranhão" eu não participei dele, Emily acha que pode ser ele, mas não sabemos ainda. - os policiais se aproximam —— Amanhã eu vou te visitar, eu juro. - deixa seus um beijo em seus lábios e observa o mesmo se afastando com os policiais.
Isso doi na Alex.
[...]
Quase duas semana indo visitar Spencer todos os dias, a UAC se envolveu em um caso de crianças desaparecidas em uma cidade vizinha, mas Emily e Alex não quiseram participar pois estão na cola dos advogados e policiais para tentar resolver o problema que o garoto prodígio está passando.
Alex está sentada na mesa de casa com a mãe de Reid em sua frente, ela tem dias bons e dias ruins, hoje por exemplo é um dia ruim, ela molhou alguns livros da prateleira e jogou seu remédio no vaso sanitário. Mas a Barker não liga para as crises, ela sabe que Diana está doente e que isso vai acontecer diariamente.
Cassie, cuidadora de Diana, chega um pouco mais cedo que o normal é cumprimenta as duas, Alex termina de comer seu croissant de chocolate, de toda quarta, e coloca as louças sujas na pia, arrumando seu cabelo para sair.
—— Cassie, se precisar de algo, me ligue. O número de Spencer está desativado, ele... perdeu o celular. - mente. Ela se recusa a contar a verdade, principalmente na frente da mãe dele —— Vejo vocês mais tarde. - sai do apartamento.
Ela dirige até a UAC, quando chega as baias de escritório, coloca suas coisas em cima da mesa observando Emily conversando com a advogada. O FBI não pode se envolver no caso de Reid, mas Prentiss e Barker colocam suas carreiras em riscos por ele. Por mais que Alex já esteja de saco cheio disso tudo, ela ainda sim está tentando.
—— Alex, como está? - JJ se aproxima, a mesma também está bem abalada essa semana, mas bem menos do que a morena —— E Spence?
—— Estamos bem na medida do possível. Vou ver se consigo visitá-lo hoje. - sorri gentilmente, Alex coloca sua mão na barriga sentindo seu estômago se revirar e sentindo um enjoou começando aos poucos —— Ele não gosta de receber visitas, mas talvez se você fosse ajudaria. - se afasta.
Ela senta na cadeira da mesa de Reid, guardando as coisas dele. Ela abre a primeira gaveta e observa um quadro virado para a gaveta, quando pega vê que é uma foto sua, Spencer tem uma foto de Alex em sua mesa, mas estava guardada devido aos brigas constantes. Ela percebe que a foto é descontraída, onde ele tirou sem ela perceber, um sorriso involuntário aparece em seus lábios, e logo se desfaz quando Luke se aproxima, sentando em cima da mesa do garoto e olhando para Alex. Ele questiona uma algo bem objetivo para ela com o olhar e rapidamente ela nega desviando seus olhos.
—— Não quero fazer o teste, Alvez. - afirma guardando os livros de Spencer —— Não quero ver o positivo e minha ficha cair. Não quero me sentir pressionada para contar a Spence.
—— Se você realmente estiver grávida precisa tomar vitaminas e medicamentos necessários para isso, Alex. Exames, ultrassom... - diz baixinho —— Tem que fazer o teste. Acha que está de quantas semanas?
—— Oito. - ele arregala seus olhos, uma resposta muito precisa para quem não tinha certeza —— Dois meses, oito semanas. Faz nove terça que vem. Eu tenho certeza. Eu vou fazer o teste, mas preciso que a audiência de Spencer aconteça primeiro, quando acontecer e ele for preso ou solto, faço, já vou está mais calma. - sussurra para ninguém mais ouvir.
—— O julgamento é sobre o que pode ser provado e não sobre o que ouve. Pode demorar horas, dias ou meses. Se demorar meses sua barriga vai começar a crescer. - ele diz e Alex derruba sem querer uma garrafa de água que tinha em cima da mesa, molhando a blusa dela. A mesma se levanta ainda sem olhar nos olhos de Luke —— Oito semanas e não fez nenhum exame? Tem noção da gravidade disso?
—— E como lido com fato de não querer ser mãe? De não querer ter filhos? De não querer ver minha barriga crescendo? O pai do meu suposto filho está indo a julgamento para ser preso, eu moro com a mãe dele e estou trabalhando quase dezesseis horas por dia para tirá-lo de lá. Eu não durmo, nada para meu estômago e quando me deito tudo vem a tona, então eu choro na tentativa de me sentir melhor. - ela finalmente olha nos olhos do agente em sua frente —— Estou adiando esse teste para dar tempo de preparar meu psicológico para duas coisas que não quero. Um filho e uma prisão. Eu estou organizando meus pensamentos aos poucos, preciso desse tempo ou eu acabo enlouquecendo. - se afasta.
Spencer ainda não teve sua audiência, ele está em uma cadeia local, só será transferido a uma penitenciária se realmente tiverem provas, após a audiência, de que ele é culpado. A morena chegou na delegacia e os policiais disseram que Reid está em reunião com a advogada, Fiona, a mulher que Emily estava conversando.
A Barker entra na sala de vistas da cadeia e observa o noivo sentado conversando com a mulher. Ambos se levantam e a morena sorri gentilmente para a advogada, em seguida estendo sua mão para a conhecer.
—— É um prazer, sou Alex Barker. - a morena sorri pegando na mão de Fiona —— Desculpe interromper, é que Emily, esperando ao lado de fora, disse que a promotoria ofereceu um acordo. Ela também disse que eu poderia entrar.
—— Na verdade essa conversa é apenas entre cliente e... - Spencer interrompe Fiona. Seu coração está acelerado ao ouvir a voz doce de Alex em sua frente.
—— Não, ela pode ficar. Quero que ela fique. Ela pode ouvir tudo que você tem a me dizer. - Reid coloca as mãos no bolso da calça —— Alex é minha noiva. - a Barker sorri gentilmente a Fiona que assente.
—— Querem que você se declare culpado de homicídio culposo. A oferta é de 3 a 10 anos. - por alguns segundos Alex para de respirar. Ela coloca sua mão no pé da barriga pensando em um futuro onde pode sair dos seus planos —— É muito tempo. Mas é uma questão de perspectiva. É mais do que nenhum e menos do que 25 a perpétua, o que você teria que cumprir.
A morena observa Spencer de cabeça baixa negando. Ela coloca uma mão na boca sentindo tudo que comeu voltando, mas se recusa a sair e ir ao banheiro. Sua cabeça dói, principalmente depois de ouvir todas as palavras de Fiona. Se ele aceitar o acordo vai ser julgado e preso de três a cinco anos por um crime que não cometeu.
—— Acha que eu devo aceitar? - Reid questiona para Alex. Ela arqueia as sobrancelhas e obedece seus lábios tirando a mão da barriga e tentando falar algo, mas não sai nada —— Não consigo mentir e dizer que fiz isso, acha que é uma idiotice?
—— Não, claro que não, Spence. Não quero que minta e se declare culpado de um crime que não cometeu. - a Barker se vira para Fiona —— Uma oferta tão baixa... ou o governo acha que é um caso simples ou querem resolver logo. O que me diz, Fiona?
—— É uma boa oferta, mas não sou eu que vou cumprir a pena. - a advogada diz —— Tem que pensar.
—— O que decidir, eu vou ficar do seu lado, todos nós vamos, doutor. E se quiser lutar até o fim, prometo que vou dar o melhor de mim. Não posso prometer um resultado bom, mas sei que não fez isso e que uma hora a verdade vai aparecer. - Alex se aproxima dele, olhando nos seus olhos, ela sente tanta saudade de ter ele no seu dia a dia. O mesmo coloca uma mão no ombro dela e deixa um beijo em sua testa, assentindo com a cabeça.
—— Eu não vou aceitar. Quero lutar. Não vou aceitar o acordo.
—— Tem certeza? - Ele assente e Fiona sai da sala e deixando os dois ali, sozinhos.
—— Vamos, Alex. Você é especialista no comportamento de detentos, me perfile. - ele ironiza colocando suas mãos na cintura dela e tirando o cabelo dela do rosto, dando acesso livre para seus lábios avermelhados.
—— Não, não podemos fazer isso aqui. Sem contar que estou quase vomitando em você de tão nervosa. - ela se senta na cadeira fazendo ele se sentar em sua frente —— A cuidadora da sua mãe acha que estou assim devido ao estresse excessivo. Ela é ótima, adora Diana e sempre tenta me ajudar em tudo.
—— Por que não vai ao médico?
—— Tenho que te contar algo, sobre... a arma do crime. - ela muda de assunto, percebendo ele se aprumando na cadeira —— Eles a acharam.
—— O que?
—— Tem sangue e as suas digitais. Foi encontrada no deserto, provavelmente durante a perseguição da polícia você ou o elemento jogou pela janela do carro. - Alex pega na mão dele, onde está enfaixada —— A lâmina da faca, foi a que cortou sua mão. Emily me contou antes de entrar aqui. Isso é...
—— Ruim. Isso é muito ruim. - o mesmo sussurra e ela assente —— Eu não sei o que falar.
—— Se você não aceitar a oferta vai a julgamento. Se perder é de 25 anos a perpetua. Não se lembra de nada? Nada mesmo?
—— Estou tentando, mas eu não me lembro. E eu não vou aceitar a oferta. Entendo o que está em jogo, mas não vou aceitar. - mesma arregala seus olhos —— Sei que quer eu que aceite, você disse que iria aceitar qualquer coisa que eu decidisse, e eu digo que não quero aceitar.
—— E se pegar perpétua? O que vou fazer da minha vida, Spencer? Ou o que você vai fazer? - ele fraze o cenho —— Três anos é suportável, somos jovens, mas perpétua...
—— Eu não fiz isso, não vou ficar preso por anos por algo que não fiz. E não posso ter uma vida depois disso, como vou trabalhar no FBI? Eu seria um criminoso condenado. - ele pega na mão dela por cima da mesa —— Eu tenho certeza que quem é que for me incriminado vocês vão pegar, eu sei. Confio em vocês, confio na UAC.
—— 25 anos. Spencer é uma vida inteira. E sei que vamos pegar esse criminoso, mas e se não der para pegar em uma semana, ou um ano, ou dez anos...? Spencer eu não posso mais ficar aqui sem você. - Alex consegue ficar sem ele, mas ela não pode mais. Ela precisa urgente voltar a saber viver sem ele. Reid abaixa a cabeça deixando as lágrimas escorrem por seu rosto, ele respira fundo, limpa elas e em seguida olha nos olhos da namorada, perdido, completamente perdido.
—— O que eu faço?
—— Eu não sei, mas eu tenho medo por você.
—— Eu também. - o policial bate no vidro dizendo que o tempo acabou —— Normalmente quando não aceitam acordos, a audiência é marcada no dia seguinte, consegue trazer um terno? Acho que vai ser amanhã.
—— Claro. - ela se levanta —— Eu vou trazer o seu terno amanhã.
—— Eu amo você. - ele diz para si mesmo observando ela saindo da sala e encontrando Emily ao lado de fora. Alex nega com a cabeça, mordendo seus lábios, mostrando que não conseguiu nada. A guerra só começou, não acabou.
Spencer preso (como na série) e Alex grávida. Me pediram gravidez e vai ter, porém já deixando claro que como a Alex nunca quis isso, ela vai demorar um tempo para associar tudo. Tenham paciência! Vai acontecer muita coisa com essa prisão, eu só peço que saibam esperar o tempo certo das coisas e não deixem de ler pois tá incrível dms o desenvolvimento deles (Spencer papai 😭😭)
Vocês entenderam o lance da Alex não querer contar para Reid agora? Se não entenderam e acham ela muito confusa, apenas se coloquem no lugar dela, ela não quer ser mãe, seu namorado está preso e ela não tem um histórico bom de familiares presos, isso gera um gatilho nela.
Uma nota para o capítulo? De 0 a 10, eu acho qie 10 por esse plot twist incrível (me falem aqui o que querem ver sobre essa gravidez, o que esperam, como querem, eu já escrevi os capítulos, mas as vezes vocês comentam algo que me faz mudar porque amei a ideia.
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