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( 18 ) O MATADOR NOTURNO.

【 E da escuridão saíram as mãos que tocaram a natureza para moldar o homem. 】 ━━ Alfred Lorde Tennyson.

Alex sai do elevador chegando atrasada para esse novo caso. A mesma recebeu uma mensagem, logo de madrugada, da JJ dizendo ter um caso urgente. Então se levantou em um pulo e foi para a UAC, entregou os papéis para Strauss e ficou esperando a coordenadora dizer algo, mas apenas olhava aos papéis.

—— Espero que vocês dois sejam felizes e por favor... - ela o interrompe.

—— Somos profissionais, não vai acontecer nada dentro dessas portas. Confie em mim. - ela sorri gentilmente e sai da sala. Ela olha seu relógio e abre aporta percebendo que já está atrasada. Seu olhar varre a sala e observa que Reid ainda não chegou.

—— Como estávamos falando, a namorada do doutor Reid iria voltar hoje. E de cabelo novo. - Morgan diz para todos da sala ouvir. Ele está com um sorriso em seu rosto se aproximando de Alex, que está em pé sem entender nada —— As notícias correm rápido. - lhe abraça, envolvendo Alex em seus braços.

—— Eu fiquei fora por uma semana e volto com todos sabendo da minha vida pessoal? - ela sorri olhando para todos na sala. Eles sabem que ela e Reid estão teoricamente junto de acordo com Morgan, mas nada confirmado aos olhos deles —— Bom dia.

—— Te entendo, Barker. As vezes não quero olhar na cara de ninguém aqui. Adoramos seu cabelo. - Rossi comenta se sentando ao lado de Horchner. O homem olha para Alex, ela está em pé, segurando sua bolsa e alguns papéis para estudar, Aaron deixa seus lábios em uma fina linha reta cumprimentando com a cabeça.

—— Oi Hotch. Como está o Jack? - ela questiona se sentando.

—— Ele está brincando com Henry, e perguntou por você. Por favor Alex, qualquer dia depois do trabalho passe lá em casa para ele te ver, pois pergunta todos os dias. - ela abre um sorriso.

—— E Reid ama o Henry, vocês dois podem sair com eles. Adorei do cabelo. - diz Morgan.

—— Por favor, eu apoio Spencer e Alex de babás por um dia. - JJ aproxima tirando uma risada de todos —— Henry está no desfralde, Reid te ensina a trocar uma fralda rapidinho.

—— Reid ensina muitas coisas a ela. - Morgan com suas piadinhas sempre. Alex olha a ele cerrando seus olhos e ele a encara rindo. Seu rosto está corado.

—— Acho que Morgan deveria ter uma namorada, tenho alguns contatos e vou anunciar em um comercial de televisão que você está a procura de alguém. - Alex diz tirando uma risada de todos —— Derek Morgan, um agente do FBI, solteiro, sem filhos e sem cachorros está a procura de alguma gatinha. Interessados por favor mandarem seus currículos. - ele revira os olhos rindo.

Antes que alguém faça mais alguma piada, JJ entrega papeis sobre o caso. A porta se abre e Spencer entra, ele está de cabelo curto. Uau! Alex pode sentir seu coração acelerar em ver o mesmo se sentando em sua frente, na enorme mesa arredondada. Ele está calado e sem foco, mas mesmo assim conseguiu tirar a atenção de todos com o novo cabelo.

—— Olá? - JJ o cumprimenta com um tom de surpresa. O mesmo cumprimenta todos com um aceno com a cabeça, mas quando seu olhar para em Alex ele abre, o mais disfarçadamente possível, ou talvez nem tanto, um sorriso de canto.

—— Você entrou para uma banda? - Hotch questiona tirando uma risada de todos.

—— Ah... não. - Reid responde tirando seu olhar da morena em sua frente e olhando a Hotch —— O que temos aqui?

—— Vamos para Los Angeles. Arrombamentos seguido de homicídio. Acharam Gregory Everson, 56 anos, morto com tiro na cabeça. A esposa, Colleen foi espancada e violada várias vezes. - JJ começa a passar o caso mostrando as fotos na televisão.

—— Várias vezes? - Alex questiona abrindo sua boca em choque.

—— Foi o que ela relatou. Ela sobreviveu, decidiu deixá-la viva. - Hotchner responde.

—— Tudo indica que é um criminoso organizado e experiente. - Reid começa —— Ela conseguiu identificá-lo?

—— Disse que era branco, tinha olhos cruéis e hálito Repugnante. Ele a violou na frente do marido. - JJ fala —— E tem mais. As balas vinculam a um homicídio duplo no centro de Los Angeles, a 80 km. Onde a tres dias elas foram violadas e mortas.

—— A cidade não está com apagões? De meia noite às três da manhã? Ele então ataca a esse horário. - diz Alex.

—— Um matador noturno. - Morgan nomeia.

[...]

—— O cara é bom demais para ter começado agora. Ele matou sem perturbar os vizinhos, fez horas de tortura e roubou a casa. - Alex olhando pela janela do avião —— Hotch? O hotel que vamos ficar é no centro da cidade ou afastado?

—— No centro, por que? - questiona sem entender e ela da os ombros fingindo não ser nada. Alex sente o olhar de Reid queimar nela, ele sabe que a mesma não consegue dormir, e o hotel sendo do centro de Los Angeles vai ser mais impossível ainda de dormir.

—— Como foi que ele entrou na casa? - Emily questiona.

—— A Sra. Everson disse que ouviu um barulho na porta, saiu do quarto por uns minutos E quando voltou, ele já estava lá. - JJ responde —— A vitimologia é inconsistente. Em três crimes ele matou homens, mulheres, idoso, jovem, negros, brancos. Bom, é bem aleatório.

—— Aleatório significa imprevisibilidade, Parece que proposital. Tanta gente diferente na mensagem, ele quer todos com medo. - Reid entra no assunto —— Como a imprensa ficou com isso?

—— Ficaram apavorados. - a loira responde.

—— JJ e eu vamos montar a base. Rossi, Reid e Barker visitarão a Sra. Everson no hospital, quero que Alex faça o maior papel, ela é mulher e a senhora foi violada. Morgan e Prentiss são esperados pelos investigadores na cena do crime. - Hotchner diz —— Descansem até chagas lá, o dia está amanhecendo agora e quero todos bem para esse caso.

Alex então escora sua cabeça no banco do avião fechando seus olhos devagar, mas é interrompida ao sentir alguém se sentando ao seu lado. Quando abre seus olhos, ela vê Reid com um livro em mãos lendo, em silêncio.

—— Achei que não tinha como melhorar. - ela sussurra e ele lhe olha sem entender —— O cabelo.- ela levanta sua mão levando para tocar no cabelo curto dele.

—— Você conseguiu dormir? - ele questiona olhando nos olhos dela, ele desce devagar seu olhar como se estivesse decorando cada detalhe do seu rosto. Reid faria de tudo para se aproximar e beijar seus lábios, mas o mesmo se contém mantendo o profissionalismo.

—— Nem tanto, fiquei pensando seriamente em ter um gato. E... . - ela começa a sussurrar para apenas ele ouvir —— Eu agradeceria se pudesse parar de me olhar assim.

Ele ri corando.

—— Sabia que sempre pensamos a mesma coisa? Tenho quase 100% de certeza que está pensando no mesmo que eu agora. - a morena diz.

—— No que estou pensando? Tecnicamente é um pouco impossível transmissão de pensamentos, mas se me dizer ao certo no que estou pensando talvez pudéssemos abrir uma exceção e... - ela o interrompe percebendo Hotch sentando na frente deles.

—— No gato, estamos pensando no gato. - Reid olha para Hotch que está prestando atenção no assunto e depois para sua namorada em sua frente —— Tenho que pensar em um nome. Que tal... - ele a interrompe.

—— Joe. - a mesma abre um sorriso animado fazendo um toque em suas mãos e comemorando. Transmissão de pensamento. Hotchner ri.

Após chegarem em Los Angeles os tres foram diretamente ao hospital. Alex para em frente ao quarto e olha a Sra. Everson amarrada na cama, ela está dormindo calmamente e seus braços tem marcar avermelhadas dos equipamentos usados para lhe prender.

—— Por que ela está contida? - Reid questiona parando ao lado da Barker.

—— Tentou tirar a própria vida. - Rossi responde parando ao lado dos dois —— Duas vezes. - eles entram no quarto. Alex faz exatamente o que Hotch pediu, se aproxima primeiro da mulher, lhe acordando.

—— Sra. Everson, somos do FBI. Sou Alex Barker, mas se quiser pode me chamar apenas de Alex. - ela tanta ao máximo deixar a vítima confortável —— Sabemos que já falou sobre, mas se puder me ajudar com algumas perguntas pode ser útil.

—— Por que ele não me matou? - sua voz está fina e grogue devido aos remédios. Alex olha a Reid e abaixa o olhar juntando suas forçar para respondê-la —— Por que, agente Alex?

—— Este homem pensa em poder e controle, não foi pessoal, mas deixar a senhora viva dá essa sensação a ele. - ela responde e a mulher fecha seus olhos chorando. Alex pega em sua mão ajudando ela a se conformar e se sentir confortável.

—— Ele falou diretamente com a senhora? - Rossi da um passo à frente e Alex sente ela apertando sua mão. Seu coração se parte em pedaços.

—— Não. Me desculpem. - fala chorando.

—— Não tem problema. Sem pressa. - a morena diz calma, segurando a mão da loira debilitada, deitada na cama. E fazendo sinais para ambos os dois homens não aproximar.

—— Ele só me olhava. Tentei ser forte, mas fechei os olhos. E todas as vezes que fechos os olhos eu... eu vejo ele. Quanto tempo vai ser assim? - ela questiona chorando. Alex olha para Reid buscando alguma forma de consolar a mulher, mas todos estão em estado mórbido.

[...]

A Barker chega na delegacia sentindo sua cabeça doendo um pouco, ela então se acomoda no sofá da sala onde está o quadro de crime, com todas as fotos e pontos interligados sobre o crime. Spencer entra conversando com JJ, mas ambos se dispersam ao perceber o celular da morena tocando.

—— Oi Garcia, JJ e Reid estão aqui comigo. - Alex se levanta aproximando deles.

—— Oi meus amores. Bom, a uma taxa extremamente baixa de arrombamento em Los Angeles. Achei um caso em Westchester que o cara arrombou a porta da rua, chutou o cachorro e levou a TV.

—— Coitado do cachorro. - Alex se dispersa —— Mas por mais que isso seja ruim, o nosso elemento é ainda pior.

—— Arrombar a porta da frente É um aviso. Ele quer intimidar as vítimas. - Reid conclui —— Ele tem prática, procure talvez em outra cidade.

—— Pode deixar. Mandem um beijo bem quente ao Morgan, e falem que estou com saudades. - ela solta uma risada junto a Alex e JJ —— Não fique com ciúmes, Reid. Agora você tem uma pessoa que possa fazer isso com você. - Alex arregala seus olhos e vê que Garcia desligou.

—— Eu preciso de cafeína. - a morena sai de perto sentindo o olhar de Reid queimando nela —— JJ temos mais atualizações?

—— Vamos falar ao vivo notícias das 23h. - a loira diz —— Sera que ele vai assistir?

—— É tarde. Ele já pode está caçando. - Spencer responde e JJ se afasta saindo da sala. Deixando apenas os dois ali, a menina se aproxima indo até a máquina de café para pegar. Ela tentar, mas não consegue, o mesmo então se aproxima lhe ajudando e entregando o café em suas mãos —— Você está estranha desde que fomos ao hospital.

—— Eu sei, é que não gosto de lidar com essas vítimas, sabe? É tão difícil. E aquela mulher foi tão forte de aguentar tudo aquilo, eu não seria assim.

—— Seria sim. Gosto disso em você, você é bem forte. - ela sorri bebendo o café e percebendo está extremamente adoçado. A mesma então lhe entrega e ele prova achando perfeito.

—— Como você gosta disso, Spence? É muito ruim.

Ambos estão um na frente do outro, respirando o mesmo ar. Reid está com o pescoço um pouco inclinado para baixo, olhando nos olhos castanhos de Alex. Seus olhos são doces, açucarados como uma bala com muito mel. Ela tem um olhar leve quando se trata de lidar com Spencer. O mesmo, com seus novos cabelos curtos, que agora não o impede de olhar afundo também.

—— Gosto quando me chama de Spence. - ele sorri bebendo o café —— Você e JJ são as únicas que me chamam assim.

—— O que? Como assim não sou a única que te chama assim? - ela abre a boca em choque —— Agora não tenho uma coisa única com você. - ela revira seus olhos ironicamente.

—— Alex? - ele da um passo à frente segurando no queixo dela, com seus lábios próximo aos dela —— Você é a minha namorada! - ela arqueia as sobrancelhas e ele ri.

—— Tudo bem, namorado. - ironiza —— Vou ir organizar alguns papéis e dar uma estudada no caso. Talvez possa te encontrar mais tarde. - a mesma, no impulso, se aproxima e deixa um beijo em sua bochecha, deixando ele raciocinando do que aconteceu. Quando ela da as costas vê Emily entrando na sala, a impedindo de sair.

—— São crimes sem sentido nenhum, sem razão óbvia, pura maldade. - o Investigador entra na sala conversando com Emily.

—— Hum... maldade não é definida cientificamente. É um conceito moral ilusório não visto na natureza. Suas origens e conotações são inexoravelmente ligadas à religião e mitologia. O criminoso não mostra sente remorso. - Emily está com um pequeno sorriso em seu rosto olhando a reação do Investigador junto a Alex —— Eu sou Spencer Reid.

—— Matt Spicer. - o homem diz —— É um prazer agente Spencer Reid.

—— É doutor. - Alex se aproxima ainda olhando o homem em choque —— E sou Alex Barker, mas sou agente. JJ estava te procurando, queria que você falasse com à imprensa.

—— Sou o único que topa falar com eles. - ele diz —— Vou lá, foi muito bom conhecer você e o doutor Reid. - dá ênfase na sua penúltima palavra.

Horas depois, no dia seguinte após o último apagão, Alex acorda mais cedo que o normal que vai para a próxima cena do crime. Uma mulher, mãe solteira de 30 anos morta dentro de casa. Quando a morena entra no quarto da vítima vê uma mensagem do assassino "Olá! Olá"

—— Você viu? Estamos achamos que é para gente. - Morgan entra no quarto entregando café gelado para Alex —— Está com pouca açúcar, sei que odeia.

—— Agradeço todos os dias por ter você na minha vida, Derek Morgan o melhor agente. - ela ri pegando o copo —— Acha que ele fez a criança ver isso? Sádico, não?

—— Sim. E ele prefere caçar e matar no escuro. não quer ser visto. - Morgan olha o sangue por todos os lugares possíveis nesse quarto —— Por que?

—— Talvez vergonha. Não quer olhos em cima dele. Menos o menino, quis que ele visse tudo. Isso vai ser um trauma para o resto da vida.

—— Você lida bem com crianças. Ele está lá na sala com um oficial. - Derek diz e Alex arqueia as sobrancelhas esperando alguma piadinha, mas não sai nenhuma —— Olha, você realmente pede. Eu não iria falar nada, mas foi você que pensou.

—— Sou apenas um ano mais velha que ele, seu bocó. - ela ri —— E se duvidar Reid tem até mais maturidade. - passa indo até a sala encontrar o garotinho.

Quando aproxima vê um menino de aproximadamente seis anos, sentado na cadeira da mesa de jantar com um brinquedo em mãos. Ele tem um olhar triste, não consegue manter contato visual com nenhum dos agentes, pois são pessoas desconhecidas. Alex se senta ao seu lado e consegue a atenção do menino.

—— Uau! Que caminhão legal! - a mulher diz apontando para o brinquedo —— Ele é bem grande, serve para carregar o que?

—— Manter o homem longe. - o menino diz e volta a brincar.

—— Posso te fazer uma perguntinha? - ela questiona e o menino olha em seus olhos assentindo —— Você viu o homem? Ele era mal?

—— Ele me colocou no armário e a mamãe mandou fechar os olhos. E depois que o homem mal foi embora eu corri até ela e fiquei com ela. - o menino fala com seus olhos cheios de lágrimas. Alex então se aproxima limpando as lágrimas ele. Sentindo o peso das palavras do menino. Ela passou por isso. E passou por esse interrogatório depois, relembrar tudo é a pior parte.

—— Você foi muito forte, sabia? A sua mãe deve está tão feliz por isso. - o menino deixa seus lábios em uma fina linha reta prendendo o choro —— O que você acha que pegar uma mochila legal para colocar as suas melhores roupas? Eu fiquei sabendo que você vai passar uns dias fora. - o menino assente saindo.

—— Ele não enxergou nada? - Hotchner entra na casa e a Barker nega —— Mas ouviu.

—— Roubou a infância dele. Talvez se espelhou em alguma experiência dele próprio. E o recado está escrito errado, ele tem pouca escolaridade. Talvez aconteceu algo que lhe ocasionou isso. - Alex diz olhando os policiais se aproximando —— Ele mata aleatoriamente e no escuro. É oportunista. O escuro é sua assinatura.

—— Está passando o perfil sozinha. - Hotchner sussurra com um tom de felicidade em sua voz. Em seguida ele volta a falar com todos —— Ele derruba os retratos da família, então é algo íntimo.

—— Improvável que um homem assim tenha tido qualquer tipo de relacionamento. E talvez se envergonhe de alguma coisa. - a morena volta a dizer.

—— Por exemplo? - um policial questiona.

—— Talvez uma deformidade física. Uma coisa pequena para nós, mas para ele é tudo. Muitas vezes algo diferente de nós pode levar a ele a uma solidão extrema de uma personalidade esquizoide.

—— Uau! Temos uma nova Spencer Reid aqui. - Morgan diz —— Está convivendo tanto com ele, que está ficando igual. Reid te forçou a ler todos os livros da estande ele? Pode falar, nos vamos aceitar.

—— Eu confesso! Spencer toma uma poção mágica para ficar inteligente daquele jeito. A poção está no açúcar do café. - ela ouve seu telefone tocando e atende rapidamente —— Alex Barker.

—— Bom dia, Alex Barker. - Reid responde do outro lado da linha, fazendo a mesma abrir um sorriso ao ouvir sua voz —— O que está fazendo? Estou atrapalhando?

—— Não está atrapalhando, Spence. Acredita que passei a vitimologia quase sozinha hoje? Foi incrível! - ele sorri do outro lado da linha —— O que acha de sair hoje à noite? Vamos sair do turno um pouco mais tarde, mas Morgan me disse sobre uma cafeteria que fica aberta 24 horas.

—— Morgan não é muito confiável para isso, eu aposto que quando chegarmos la vai ser um bar. - ela ri.

—— Vamos ter que ir para saber. Enfim, depois conversamos. Beijo. - ela desliga percebendo o que falou. Foi tão involuntário. Já Reid por outro lado está parado olhando ao telefone com um sorriso, percebendo as palavras de Alex.

[...]

Ao chegar na delegacia, no final da tarde, Spencer se aproxima de Alex com um sorriso em seu rosto. Ele está radiante, seus cabelos estão bagunçados como sempre, sua gravata, por incrível que pareça, está arrumada e ele uma café gelado em suas mãos. Quando para em frente a ela estende a mão lhe entregando o café.

—— Boa noite, Lex! - ele sorri.

—— Boa noite, doutor. - ela se aproxima beijando sua bochecha, bem próximo ao seus lábios. Quando se afasta, Alex não se importa e claramente não percebeu o que fez, ja Spencer pode sentir seu estômago dando uma revira volta —— Como vai o caso? Tivemos que ir a casa do novo crime, tinha um garotinho lá.

—— Você não está bem com isso? - questiona sem entender o que ela sente.

—— Estou bem, mas o elemento deixa as crianças vivas para testemunhar. Isso é tão terrível. - ela olha em seus olhos, Spencer tem a incrível capacidade de focar e se interessar em qualquer assunto que ela diz. A mesma arqueia as sobrancelhas e leva a mão a sua gravata percebendo ela arrumada —— Como vai o caso?

—— Garcia tem noticiais. - ele responde e a mesma assente.

——Hoje você arrumou até sua gravata. - ela entra na sala onde estão todos —— Por mais que eu goste de arrumar para você, ficou boa.

—— É melhor se sentaram pois vou balançar vocês e não é do jeito que eu gosto. - Garcia diz tirando uma risada de todos —— Passei o pente-fino e vocês tinham razão. O suspeito já faz isso a décadas. Ele esteve em todo canto nos últimos 26 anos. Mas se safou por nunca atacar a mesma cidade. - ela desliga.

—— Vão cancelar o apagão hoje. Então provavelmente ele vai fazer algo. Estamos o forçando a não matar. - Alex diz.

—— Estou recebendo os arquivos que a Garcia mandou. Trata-se de mais de 200 casas nos últimos 26 anos, eram apenas roubos, depois agredia e agora assassina. - Reid mostra os papéis —— Alex... quero dizer, a Agente Barker estava conversando comigo sobre o elemento colocar crianças para assistir. E se ele estiver provocando?

—— Deixando testemunhas novas demais para ajudar. - Barker completa —— Começou a 26 anos, e por que isso agora?

—— Eu comecei a trabalhar a 26 anos. - o investigador principal, alguns anos mais novo ou da idade de Rossi, diz —— Sera que é tudo por minha causa? Tem duas mulheres mortas no meu controle, depois um casal, onde a mulher ficou viva e depois uma mãe, deixando o filho.

—— Ele voltou por algum motivo. - Horchner diz.

——- Eu estou avaliando os crimes dele. Arrombamento. Marido assassinado e uma mulher viva. É igual ao caso. - Reid responde —— E depois ele foi para Santa Monica.

—— Tenho família lá. - Matt Spicer, o investigador mais novo, comenta —— Meus pais morreram lá, mas em um acidente.

—— Assalto a residência e duplo homicídio. Joe e Sylvia Spicer foram mortos. - Alex lê os papéis que estão na mão de Reid. Ela olha a Matt que não está entendendo, ele se levanta e o garoto entrega os papéis para ele —— Quem te disse sobre o acidente?

—— Meus avós. Eles mentiram?

—— Você foi a primeira criança que ele deixou viva. Seu nome estava em todos os jornais. Ele te conhece. - Emily diz entrando no assunto —— E se essas crianças forem um aviso para você?

—— Ele quer reconhecimento. Quer que todos saibam que fez de você um investigador. Se você estivesse morto isso não seria possível. - Alex diz movimentando suas mãos —— Filhos! Você tem filhos?

——- Sim, está com a minha irmã, na minha casa.

—— Barker e Morgan vão até o local com Matt. Entrem armados. - Alex assente pegando sua arma e colocando dentro do seu casaco. Ela pega o distintivo colocando também. Sente Reid se aproximando e parando em sua frente, observando ela se ajeitando rapidamente.

—— Boa sorte. Não esqueça de quando chegar chamar a polícia, a escuta está ligada? - ele questiona e a mesma assente observando só ter os dois na sala —— Sua arma está carregada?

—— Eu estou pronta, Reid. E tenho que ir. - a mesma anda até a porta, mas antes de abrir volta parando na frente de Spencer. Alex fica nas pontas dos pés, coloca as mãos em seu pescoço e deixa um selinho demorado em seus lábios —— Agora sim eu tenho que ir.

[...]

Ao entrar na casa da família Spicer, os três percebem que o elemento desligou a força da casa, então estão completamente no escuro. Alex entra com sua arma em uma mão e uma lanterna na outra, vai no quarto observando não ter mais ninguém na casa, o elemento só deixou um jornal, que a notícia fala sobre Matt Spicer.

Matt chamou os três para ir a casa de sua irmã, não muito longe dali, no meio do caminho a luz da cidade toda acabou, junto com a aérea da ligação. Deixar a cidade totalmente ligada sobrecarregou a empresa de energia elétrica e fez toda a cidade ficar sem luz e internet. Mas antes disso Morgan avisou para Hotch onde estão indo.

Ao chegar na casa, Alex pega sua arma e lanterna novamente, entra pelos fundos tentando chamar reforço pela escuta, mas sem resultados. Ao entrar anda até a sala e corredor da casa, que não é muito grande. Ao abrir a porta de um quarto, Alex vê a irmã e filha de Matt amarradas na cama, acordadas e Morgan apagado no chão. Quando a morena vai se aproximar dele sente uma forte pancada em sua cabeça e estômago.

Ela vai de joelhos no chão, sentindo sua cabeça latejando de dor, rapidamente se senta no chão sem conseguir se mover, sentindo muita dor. Morgan acorda devagar mas está muito impossibilitado de fazer algo, pois está amarrado. Alex sente gosto de sangue em sua boca, leva a mão observando o sangue escorrer por seu pescoço e roupas.

Matt entra no quarto e aponta a arma ao elemento. Ele é alto, não muito magro e seus dentes são podres, mas faz questão de mostrar isso com um sorriso nos lábios. Alex escora na parede observando que o elemento está segurando a arma dela e de Morgan, ao mesmo tempo fazendo a garotinha de refem.

—— Largue a arma. - a voz nojenta do elemento preenche os ouvidos de Alex, que está de olhos fechados, sentindo sua cabeça latejado de dor e seus braços doendo devido a corda que está amarrada.

—— Por favor papai, faça o que ele manda, por favor. - a garotinha que está de refem pede.

—— Spicer... não. Ele não mata crianças. - Alex diz.

—— Não obedeça, Matt. - Morgan pede. Ele está mais consciente que Alex, consegue falar melhor, mas ainda está sentindo muita dor —— Se largar a arma ele te mata.

—— Abaixa a arma, Matt! - a irmã de Matt pede e o mesmo faz isso jogando a arma no chão. O elemento solta a criança que corre até a tia, enquanto aponta a arma para Matt. Alex tenta pegar a arma de Spice mas toma um soco no ombro.

—— Promete que vai cuidar dela, Morgan. - Matt pede com lágrimas nos olhos, Alex então abre os seus olhando tudo —— Eu te amo Ellie, o papai te ama.

—— Eu prometo. - Morgan diz e apenas um tiro é disparado.

O corpo de Spicer cai no chão. Sua filha e irmã começam a chorar enquanto o homem vai até Ellie lhe puxando para sair da casa. Alex tosse algumas vezes se recompondo, finalmente tomando consciência. Ela vê Morgan amarrado com cordas e sangrando também, a mesma então sentindo dor tenta ir até ele, mas o soco que tomou em seu estômago lhe impede.

—— Alex, fica acordada. A polícia já está a caminho. - Morgan diz tentando se soltar das cordas, uma tentativa que falhou —— A polícia já está chegando.

—— Eu... estou bem. - ela diz com uma voz fraca —— Matt, meu Deus Matt está morto! E ele levou Ellie, uma criança! - a respiração de Alex começa a descontrolar, a irmã de Matt está em silêncio amarrada na cama enquanto a Barker sente seu corpo inteiro doendo e sem conseguir se movimentar.

—— Não olha para ele, olha para mim. - Morgan pede —— Me conta algo que vai te fazer pensar em outra coisa. Tem que desacelerar a respiração. Me conte algo sobre Reid.

—— Tudo doi. - ela fecha seus olhos com força —— Tudo.

—— Quando foi que disse "eu te amo" pela primeira vez? - a mente de Alex para por completo. Ela nunca disse essas três palavras fortes para ele. Alex o ama? A morena não sabe responder isso, ela nunca amou ninguém o suficiente para saber sentir essa sensação. A mesma então abre seus olhos e olha para Morgan sentindo suas roupas molhadas do sangue que estava escorrendo por seu rosto —— Me fale coisas que gosta nele.

—— Eu não sei se o amo. - sua voz sai quase inaudível fazendo Morgan lhe olhar nos olhos —— Mas gosto quando... ele está falando muito ou quando me olha com aquele sorriso de canto, também gosto quando me trás café, e fica nervoso quando chego perto... - antes que ela fale mais algo a mesma sente sua fisgada em seu estômago. Ela vira o rosto para o lado e cospe no carpete, cospe apenas sangue.

—— Olhe para mim, Alex. - a mesma faz isso devagar —— Você o ama, sabia? - ela não responde fechando os olhos.

Os três no quarto ouvem barulhos de sirenes, Alex solta um ar que nem sabia que estava prendendo e escora sua cabeça na parede ainda sentindo seu corpo doer por inteiro. A porta do quarto de abre e Reid entra junto com Hotchner e alguns paramédicos. Spencer solta sua arma no chão correndo até Alex, ele tira as cordas dela e mede seu pulso, quando percebe que seu coração está até acelerado o mesmo toca em seu rosto fazendo ela abrir seus olhos.

—— Alex? Acorda! - ele lhe chama.

—— Você não vai se livrar de mim tão cedo, doutor. - a mesma diz com a voz fraca —— E eu preciso de um remédio para dor. Ajudaram Morgan?

—— Ele está bem, agora o importante é você.

[...]

Alex está deitada na ambulância, sem frente a casa onde tudo ocorreu, ela está um pouco dopada sentindo os remédios fazerem efeito. Reid está ao seu lado segurando sua mão, está tarde, todos estão cansados, mas ele não fecha seus olhos nem por um segundo. Qualquer movimento que ela faz o mesmo já se levanta ficando preocupado.

—— Reid, preciso falar com ela - Hotchner aparece fazendo Alex abrir seus olhos devagar —— JJ foi para o hotel pagar roupas para você e Morgan, mas preciso saber se está conciente o suficiente para me contar o que aconteceu.

—— Eu não sei ao certo, Hotch. Não conseguia abrir os olhos. Mas ele me deu uma pancada na cabeça e no estômago. E minha boca sangrou tanto que estou completamente suja de sangue. - ela responde se sentando um pouco tonta —— Acho que já estou bem, ele levou Ellie, temos que achá-la.

—— Está com efeito de remédios, Alex. - Aaron responde —— Reid, ajuda ela e vai me atualizando de vinte em vinte minutos. - ele se afasta.

—— Spence, ele violou sexualmente e irmã de Matt, matou ele e está com a filha, uma criança. Esse homem é um monstro. - Alex olha nos olhos do garoto que está em pé, na frente dela —— E eu estou bem para voltar a trabalhar.

—— Não me parece bem. - ele leva as mãos colocando um pouco do seu cabelo atrás da orelha —— E acho que todas as vezes que marcamos de sair da errado.

—— Um segundo encontro em uma ambulância? Não acho muito romântico. Mas posso colocar na minha lista de coisas estranhas. - ela ri —— Estou totalmente suja de sangue e em uma cena do crime. Eu prefiro a cafeteria que poderia ser um bar, segundo Morgan.

Spencer ri. Ele está com uma mão em seu pescoço e a na cintura dela. Alex olha em seus olhos parando de dor devagar, observando o olhar dele descer devagar até parar em seus lábios avermelhados. O garoto intercala o olhar dos lábios dela com os olhos, até a mesma se aproximar um pouco fechando seus olhos.

Reid tem Súbito aumento de endorfina em seu corpo.

Ele então junta seus lábios com um beijo calmo. Nada muito agitado, ela ama isso nele, ama que mesmo juntos, namorado, eles gostam de curtir cada pedaço do tempo. Sem nomear nada ou expor os sentimentos sem ter certeza, tudo no seu devido tempo. Alex, assim como Spcener, não vê necessidade ter ter algo a mais como outros casais, eles não precisam dormir juntos ou dizer aquela frase para demonstrar que se gostam. Querem fazer tudo isso no tempo certo e quando realmente tiverem certeza de tudo.

Reid inclina um pouco seu pescoço para baixo e Alex aprofunda o beijo sentindo as mãos dele reforçarem em sua cintura e pescoço. Seus lábios macios se tocam com uma facilidade, como se fossem feitos um ao outro. Uma conexão incrível. Uma corrente de energia passando de um ao outro. Claramente ambos sabem separar desejo carnal de paixão.

Eles são interrompidos por JJ, que abre a porta da ambulância e se vira de costas rapidamente fazendo os dois se separarem em um pulo. Se a loira queria ter certeza, agora com certeza ela tem. Alex se levanta da maca, sentindo seu rosto queimar de vergonha, eles estão proibidos de aproximação assim durante o período de trabalho, mas o casal ama quebrar essa regra.

—— Desculpa... eu só vim trazer a sua roupa e uns lenços umedecido para limar o sangue. - JJ se vira devagar observando para Spencer olhando para seus próprios pés e Alex que pega as roupas da mão dela —— Fiquem tranquilos, Strauss não vai saber de nada e...

—— E eu vou sair para você se limpar e trocar de roupa. - Reid deixa seus lábios em um linha fina reta saindo da ambulância e dando de cara com JJ —— Eu... sabe? Eu não sei o que falar. Mas você é minha amiga e sempre sabe.

—— Você gosta dela, Spence? - a loira questiona e ele assente sem pensar duas vezes —— Alex é uma boa pessoa. Eu só quero a pessoa certa para você e ela me parece ser. - ele ouve suas palavras com um sorriso de canto.

—— Eu... - ele não termina a frase ao ver Alex saindo da ambulância já com outras roupas —— Como eu estava falando, vou ir ajudar Morgan.

—— Atualizações do caso? - Alex questiona e JJ se aproxima dela. A morena está mostrando a todos algo que ela não está sentindo, ela foi agredida, viu uma cena de tortura e morte em sua frente e finge está tudo bem.

—— Você deveria dar um tempo, Alex. Todos nós já passamos por algo assim mas... - a loira diz com uma voz doce, fazendo a Barker abaixar o olhar.

—— Eu disse a Matt que deveríamos esperar reforços. E ele fez Derek prometer cuidar da Ellie. - olha nos olhos de JJ, que se aproxima lhe abraçando —— Como está a tia? Ele ficou em silêncio o tempo todo.

—— As costelas estão quebradas, e ela foi ao hospital. Morgan está bem também, ele teve apenas alguns ferimentos superficiais.

[...]

—— O elemento está em caos comportamental. - Hotchner entra na sala de reunião da delegacia junto ao investigador.

—— Traduzindo? - o mais velho questiona.

—— Criminosos em série, principalmente, os bem sucedidos a muito tempo, não mudam de repente o que fazem ou como fazer. - Alex se vira com uma cadeira giratória, observando a equipe entrar na sala onde ela estuda o caso. Ela está sentada, ainda sentindo seu corpo totalmente dolorido, mas se recusa a ir ao hospital —— Isso que ele fez, sequestrar uma criança, é bem fora do comum para a criminologia dele.

—— Exato. As vezes eles se desesperam quando percebe que o tempo deles está acabando. Mas desespero significa perda de controle e ele está ficando cada vez mais controlado. - Reid diz olhando para o quadro onde tem todos os pontos do caso interligados —— Ele passou a vida matando aleatoriamente e de repente procurou Spicer, recriou a morte dos pais se sequestrou a filha. - diz sem parar, como sempre faz, deixando todos parados ouvindo. Alex então se dispersa ao sentir seu celular vibrando sobre a mesa.

—— Oi, Garcia. - a voz doce e calma da mais nova preenche os ouvidos de todos na sala, inclusive de Garcia ao telefone, que solta um ar mais leve ao perceber que a morena está bem.

—— Ainda bem que está viva! Meus futuros filhos precisam de uma madrinha e você precisa ter filhos prodígios com Reid para eles serem amiguinhos. - a morena fecha seus olhos com força sentindo todos da sala olhando para a mesma. Ela está tão envergonhada que não tem coragem de continuar a conversa, então Hotchner se aproxima sentando ao lado de Alex e olhando para Spencer que desvia o olhar meio desnorteado e envergonhado.

—— O que conseguiu, Garcia?

—— Queria ter notícias melhores, mas não existe trailer na Califórnia com a placa que vocês me passaram. - Alex olha em volta perdida sobre o assunto, Aaron percebe e passa a ela um papel com as informações sobre o automóvel do elemento —— Desculpa, não achei mesmo.

—— Desculpa não adianta de nada! Preciso de resultados! - Derek fala ríspido e todos arqueiam sua sobrancelha olhando a atitude rude. Alex então desliga o celular antes que ele complete sua fala para Garcia não ouvir —— Como vamos achá-lo? - anda de um lado ao outro.

—— A irmã de Matt disse que ele fica com o rádio ligado o tempo todo. Podemos mandar uma mensagem. - Emily aproxima —— Mas a polícia de Los Angeles falou exatamente tudo o que sabemos... todas as informações sobre o trailer.

—— Isso pode força-lo a trocar de veículo. - Rossi diz.

—— Ou matar a... - Reid começa sua fala mas não termina. Ele olha para Alex e a mesma cerra seus olhos negando —— Não, ele não faria isso.

—— Ele poderia ter matado Morgan e me... - ela da uma pausa desviando o olhar que estava nos olhos de Spencer para o chão —— Mas não fez isso, nos manteve apenas machucados. Provavelmente apenas quis mostrar algo, mostrar que não tem medo de nós, afinal ele mostrou o rosto.

—— Podemos mandar uma mensagem por todas as estações. Vou tentar dar um jeito. - JJ se afasta saindo da sala. Todos conversam entre si, menos Morgan e Alex, eles estão calados e tensos.

A Barker abre sua bolsa pegando alguns remédios para dor e se levanta devagar e com dificuldades, ela passa pela porta puxando o braço de Derek para sair da sala. Eles param em frente ao bebedouro, ela bebe água e o remédio em seguida olhando para ele.

—— Você sabe que não é justo o que Spicer te pediu, certo? - ela questiona mas Derek não olha em seus olhos —— Nada daquilo foi justo. Mas você não pode culpar outras pessoas por isso, Morgan.

—— Desde quando lidamos com o que é justo? - ele tenta sair mas a mesma impede.

—— Desde que somos justos. Escolhemos lidar com o lado certo. Você acha justo tratar Garcia daquele jeito? Ela não sabe ao certo o que aconteceu, não estava lá. Assim como Spencer, ele ficou preocupado mas eu não tratei ele mal. - Morgan para e finalmente olha nos olhos de Alex —— Você está bem?

—— Você está bem? - ele questiona dando ênfase na primeira palavra. Ela assente —— Então também estou bem.

Após essa conversa a polícia recebeu um aviso dizendo que o elemento foi visto em uma casa. Ele matou os pais e deixou os dois filhos vivos, e logo após fugiu com Ellie no carro da família, deixando o trailer. Ao chegarem na cena do crime, Alex entra no trailer varrendo seu olhar pelo ambiente sujo, frio e escuro. Seu olhar vai diretamente ao chão, olhando os cabelos de Ellie ali, o elemento cortou e deixou a sujeira ali.

—— Por que disfarçar alguém que vai matar? - ela da um pulo de susto ouvindo a voz de Spencer atrás de si, enquanto colocava as luvas azuis de látex —— Desculpa eu não quis assustar. - Reid entrega a ela um artigo no jornal, que fala sobre Spicer, onde ele cita a filha.

—— Eu geralmente não pego crianças mas essa é muito espacial.

—— O que? - Spencer questiona.

—— Quando eu estava tentando me manter acordada ouvi ele dizendo isso. Ellie era o alvo o tempo todo, não Matt. - ela passa as mãos no rosto bufando e andando de um lado ao outro —— Esse lugar fede.

—— Tem drogas no armário. - ele abre o armário e em seguida fecha fazendo uma fisionomia de nojo —— E se ele quer os créditos pela menina, e não por Spicer ser um investigador? Se ele matasse Spicer naquela noite, Ellie não existiria.

—— Incrível como você sempre pensa em tudo. - ela sai do trailer olhando o dia amanhecendo —— Garcia tem razão sobre os filhos prodígios.

Quando ela percebe o que falou, que pensou algo demais, para de andar e arregala seus olhos sem coragem nenhum de se virar para trás e olhar nos olhos de Spencer. Mas o mesmo facilita isso a ela e para ao seu lado.

—— Estudos revelam que crianças herdam inteligência a partir das mães e não dos pais. Então sim, esse bebê seria ainda sim muito inteligente. - ele pega o celular ao ouvir ele tocar, Alex já sabe que é Garcia.

—— Olá, Garcia. Bom dia. - Alex a cumprimenta.

—— Olá minha agente comprometida e olá doutor Reid, liguei para saber como está o meu bonitão.

—— Sabendo que você não está falando de mim, vamos dizer que eu não queira ser o elemento quando Morgan colocar as mãos nele. - Spencer responde —— Ainda bem que ligou, até quando pode pesquisar registros? Preciso ver de um homicídio de 1968, acho que pode ser a morte da mãe do elemento. - Alex recebe uma mensagem de Horchner lhe chamando para a cena do crime.

—— Tchau, Garcia. O dever me chama, conversamos depois. - ela se aproxima do celular, que Spencer segura, para dizer isso. E sucessivamente se aproxima do garoto. Alex olha para os dois lados não observando ninguém e em seguida deixa um beijo na bochecha de Reid, próximo ou quase tocando no canto dos seus lábios —— Tchau, Doutor Reid. - ela de afasta indo encontrar Hotchner.

—— Você está bem? - ela assente com um sorrisinho de bom humor —— JJ vai falar no rádio com o elemento. Ela não é negociadora mas você é ótima nisso, então quero que diga a ela como é e como tem que fazer. - ele entrega o celular já na ligação com a loira.

—— Oi, sou eu, Barker. Hum... o mais importante é estabelecer uma ligação com ele. Crie empatia. Mostre compreensão. Não critique o que ele faz. - ela ouve JJ murmurando um "uhum" enquanto anota —— Ele precisa compreender que está fazendo Ellie passar por uma dor que ele também passou.

—— Hum... Ok... Está bem.

—— Não fique perdida, você é boa com as palavras. Todos sabem disso. Estarei aqui ouvindo tudo. Boa sorte. - antes de desligar Alex olha um papel em cima da mesa —— O nome dele é Billy Flynn. Vou te mandar fotos dos arquivos, fala um pouco sobre ele. - Alex desliga e segundos depois JJ começa a falar para toda a cidade ouvir.

—— Billy? Eu... eu sei o que a sua mãe fez quando você era pequeno. Sei o que ela era e fazia o que você ver... e isso me deixou tão... não é justo. - a Barker pode ter certeza que todos a esse momento estão parados ouvindo as palavras de JJ —— Ninguém pode aliviar isso. Eu queria de voltar ao passado e impedir isso tudo, queria abraçar o senhor e dizer que vai ficar tudo bem. Isso que as mães devem fazer. Elas não devem ser a fonte da dor, devem ser a o que faz a dor passar. Devem dizer que vai ficar tudo bem, que os trovões só são anjos jogando boliche, que é normal ter medo do escuro e que tudo bem você dormir na cama dela só mais uma vez.

A morena escora suas costas na cadeira ouvindo cada palavra, cada vírgula que JJ diz. Ela se sente acolhida por essas doces palavras, sente que teve isso por um curto período de sua vida, mas passou. Ela creditava por muito tempo que teria essa sensação novamente, e se o seu erro for acreditar, ela vai continuar errando.

—— Mas, a cima de tudo as mães devem amar seus filhos. O que houve com você não é justo, mas... - JJ trava, ela tenta falar mas algumas palavras mas não sai nada —— Me pediram para simpatizar com o senhor, mas não consigo. Não consigo fazer isso com uma pessoa que matou tantas outras. Porem, o que posso lhe dizer é o que uma mãe falaria também, que não vai se livrar da dor, ferindo outras pessoas. Tudo o que passou não vai desaparecer assustando uma criança como a Ellie. Você está fazendo ela sentir a sua dor. Por favor, escolha ela ter uma vida como todas as outras crianças. - ela desliga e Alex sai de onde está indo para a sala encontrar com todos os outros agentes.

Quando chega a mesma passa a mão no rosto escondendo as lágrimas que queriam descer. Ela sente o olhar de Reid queimando nela, o garoto faria de tudo para ir até ela e lhe envolver em um abraço apertado, mas a cima de tudo, agora ele é apenas um colega de trabalho mantendo o profissionalismo. Eles odeiam isso.

—— Recebi uma ligação com duas notícias, uma boa e uma ruim. A irmã de Matt morreu, Ellie não tem mais família. - Emily entra na sala —— E a boa é que JJ conseguiu. Ele a liberou a umas seis quadras daqui.

[...]

Ellie está bem. E no final o elemento, Billy, tirou sua própria vida. Todos estão agora no avião, em um silêncio absoluto, alguns dormindo e outros concentrados em algo. Como Alex, que lê seu livro sem reparar no que todos fazem em sua volta. Ela entra em uma bolha apenas onde ela vive quando está focada em algo. De repente, sente alguém se sentando ao seu lado e olhando para Emily, movimentando suas mãos com algum tipo de quebra cabeça.

—— O que é isso? - Reid, que se sentou ao seu lado, questiona a Emily.

—— Chama-se quebra cabeça estrela. Quase impossível de ser resolvido. você tem que juntar todas as peças para formar uma estrela perfeita. Mas a sua origem é uma fábula bem romântica. - Alex levanta seu olhar para as mãos de Reid se aproximando do brinquedo —— Havia um jovem príncipe que queria conquistar o coração da jovem mais linda do reino. Então ele subiu no topo da torre mais alta e pegou uma estrela cadente para ela. Mas infelizmente ficou tão animado que deixou cair e todos esses pedaços são delas.

—— E então ele montou de volta para provar seu amor a ela. Ele conseguiu e viveram felizes para sempre. - Alex completa sorrindo —— Minha mãe me contava essa história. Ela tinha esse quebra cabeça. É impossível de montar.

—— Isso não faz nenhum sentido. - Reid começa e Alex franze seu cenho junto a Emily —— Não é possível pegar uma estrela cadente, ela se queima na atmosfera. E não tem moral, fábulas sempre tem uma moral.

—— É uma história romântica, Spence. - a Barker diz e percebe que os poucos que estão acordados no avião, estão prestando atenção —— Não estrague minhas expectativas infantis do meu namorado pegar uma estrela cadente para mim. - quando ela olha para ele, desce seu olhar até suas mãos observando a estrela montada. Um verdadeiro gênio.

—— É muito fácil te odiar, Doutor Reid. - Emily diz em choque ao perceber a estrela montada. Spencer então entrega a Alex, que larga seu livro a segurando em suas mãos, a estrela completamente montada.

—— É impossível te dar uma estrela cadente. E você sabe disso. - responde e a mesma ainda raciocina sua atitude.

Ele pegou a estrela para ela.

Claramente Spencer não demonstra gostar com presentes ou palavras de afirmação, e sim com tempo de qualidade. Porém, quando faz algo diferente, Alex consegue exalar carisma e felicidade, dessa vez ela não reagiu, apenas se levantou indo pegar um café, deixando Reid intrigado e lhe fazendo segui-la.

Ela está de costas, segurando um copo de café quente em suas mãos, no qual ela coloca açúcar, muita açúcar. Spencer se aproxima devagar e ela se vira provando o café, que ao ser ver está extremamente ruim.

—— Café quente e com açúcar? - ele questiona e ela abre um sorriso de canto —— Alex... - antes que possa falar, Reid é interrompido.

—— Eu estou bem. Você já me fez essa pergunta muitas vezes.  As vezes sinto minha cabeça doendo, ou meu estômago onde foi os socos, mas nada que um remédio ou uma bolsa quente de água não resolva. - entrega o café para ele, se recusando a tomar isso —— E também estou bem em relação ao que JJ falou. As vezes fico meio para baixo mas logo passa.

—— Sua mãe deve ter sido uma ótima mãe. - ela olha em seus olhos —— E você também seria uma ótima mãe. - o mesmo aproxima deixando um beijo em sua testa e saindo totalmente envergonhado para se sentar. Toque físico. Spencer não gostava disso, mas ao perceber as atitudes dela, ele começou a gostar, apenas do dela.

"E você também seria uma uma ótima mãe" eu conto ou vocês contam? Vou deixar o Spencer descobrir sozinho. - esse capítulo tem mais de 7 mil palavras, valorizem comentando, estou aqui me humilhando por um comentário seu 😭😭

Me perdoem por qualquer erro, como o capítulo está muito grande fica difícil de revisar tudo, então caso encontrem algum, me avise os comentário que logo vou mudar.

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