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i n o c ê n c i a





aqui está o último capítulo de Coelho Branco ^^

obrigada a todos que chegaram até aqui, votaram e comentaram <3

espero que gostem do desfecho

Boa Leitura <3

***

A chuva afinou enquanto Jeongguk chorava em silêncio, joelhos fincados na lama, mãos apertadas em punhos sobre as coxas. Taehyung permanecia de pé, sua sombra cobrindo o garoto. As máquinas enfim tinham descansado e dado a eles alguma quietude.

Os soluços de Jeongguk machucavam Taehyung, mas eram só mais um corte na ferida profunda de sua alma. Ele achava que conhecia a dor e que estava preparado para qualquer coisa. Sua profissão o fez forte, mas Jeonguk era e seria para sempre sua fraqueza. Ele ainda o amava tanto que não entendia como era possível que estivesse sendo racional. Isso o assustava, o que havia dentro de si o assustava, porque ele pegou o distintivo de investigador, o esticando inutilmente sobre a cabeça de Jeongguk, e empunhou o .38 na direção do garoto. O estalo da trava sendo puxada fez Jeongguk gemer alto.

— Jeon Jeongguk, você tem a chance de confessar e diminuir sua pena. Faça isso agora.

Jeongguk passou o punho sujo de lama pelo rosto, catarro e lágrimas se misturando ao rastro sujo. A mão de Taehyung tremeu; quando tudo aquilo acabasse, ele ia embora. Largaria o cargo no Departamento e fugiria para longe, ele se enterraria em sua própria dor, porque não havia um futuro sem Jeongguk. Ele não havia nascido com essa capacidade, viver longe dele. O amor que sentia pelo garoto estava costurado em sua alma; ele não tinha como arrancar a própria alma, então viveria uma vida escura como uma estrela morta.

— Confesse — o tom gentil na voz de Taehyung o traiu. Pelo amor de Deus, confesse, Jeongguk, é melhor para você...

Taehyung estava a ponto de enlouquecer, os olhos ardendo de desespero e tristeza quando enfim Jeongguk começou a falar, as palavras quebradas entrecortadas pelos soluços.

— Eram quatro homens. Eu lembro os rostos deles, to-todas as noites. Eles estarão comigo mes... mesmo quando eu mo-morrer. Não lembro de quase nada durante aqueles dias de cativeiro, mas lembro dos rostos de-deles. A barba por... fazer. A carne crescida no olho direito... do que dirigia o carro, e a fo-forma como ele me olhou pelo retrovi-visor. — Jeongguk fungou e passou o punho outra vez pelo rosto, ele era uma bagunça miserável de ranho, lama e lágrimas, pequeno e desamparado como uma criança. Ele respirou fundo, regulando a voz, os punhos apertando a ponto dos nós ficarem exangues. — Tinham mais crianças lá. Cinco ou dez, não dava para saber. Ficávamos todos em quartos escuros, sem saber se era dia ou noite. Havia uma ordem, mas eu nunca soube qual era, fugi antes da minha vez chegar. Mas eu ouvi. Os gritos, os choros e o silêncio depois que elas desistiam de lutar. Tinha uma menina, ela segurava minha mão quando os gritos começavam, mas um dia ela também foi levada.

Taehyung mal conseguia respirar. Todo o seu autocontrole se fora enquanto Jeongguk falava, finalmente confessava o que tinha acontecido naqueles cinco dias de cativeiro. Taehyung processava em choque a informação de que ele não tinha sido violentado. Deus, ele não tinha. Ninguém o tocou, seu garoto, ninguém o machucou, bom Deus, obrigado.

— Não sei como aconteceu. Um descuido, e havia uma porta aberta, uma rota de fuga. Eu acho que eles estavam discutindo e se distraíram. Tinha um desmanche de carros atrás da casa, foi horrível passar pelos vidros e pelos estilhaços de metal no chão. — Jeongguk estava estranhamente calmo agora, falando monotonamente, olhos vagos fixos na lama brilhosa, e Taehyung soube que ele não estava ali. Estava no passado. O Jeongguk adulto olhando para o garotinho correndo pelo asfalto com os pés cortados. — A viatura me encontrou no acostamento. O resto, você já sabe.

Taehyung firmou a arma e engoliu a emoção. Seu corpo pedia por Jeongguk, envolvê-lo, beijá-lo, mas isso havia acabado. Ele podia amar um monstro, mas jamais perdoá-lo. Não.

— Entendo que tenha sido difícil, Jeongguk, e sinto muito por isso. Não posso imaginar o que você passou naquele lugar horrível, mas entende que não justifica os seus crimes? Você teve escolhas. Podia ter feito diferente, mas abusou de crianças, não há perdão para isso.

Jeongguk levantou a cabeça de repente, olhos enormes e assustadores encarando Taehyung.

— Eu não abusei de nenhuma criança!

— Jeongguk, por favor. Você é o Coelho Branco.

— Sim! Era como ele me chamava, o homem que vinha todas as noites me dizer que eu seria o próximo, que eu seria o último porque eu era seu coelhinho branco. — Jeongguk piscou, percebendo que estava sendo acusado, e puro terror o dominou. Ele balançou a cabeça furiosamente, olhos ardendo ejetados de súplica. — Tae, acredite, eu nunca toquei em uma criança com intenções ruins! Eu me tornei o Coelho Branco para proteger elas, eu...

— Você se tornou o Coelho Branco? — Taehyung sentiu um nó amargo apertar sua garganta, a risada ácida fazendo Jeongguk se encolher. — Me diga como se tornar o Coelho Branco, o cabeça de uma rede de pedofilia nojenta, protegeu crianças inocentes, Jeongguk?

— Porque eu tinha que estar na rede para me vingar! Eram eles, Tae, não os mesmos homens, mas a mesma rede de criminosos que estavam pegando crianças, como fizeram comigo! Todos esses anos eu procurei por eles, eu me fingi de vítima e isca para chegar até eles, eu planejei rastreá-los e os encontrei, e era só uma questão de tempo até que eu tivesse tudo para incriminá-los e eu daria todos eles a você, Tae, os nomes, tudo, mas eu não tive tempo! — Jeongguk rastejou pela lama, aflito, mãos esticando-se para agarrar a barra do sobretudo de Taehyung, que ficou imóvel.

A arma entre eles não era mais uma ameaça. Jeongguk sabia que Taehyung não ia dispará-la e Taehyung sentia-se idiota por sequer tê-la sacado, como se ele pudesse criar coragem de atirar em Jeongguk, sob qualquer circunstância. Ele abaixou o .38, o que não significou que estivesse tremendo menos.

— Jeongguk, espere. Está dizendo que... esses anos todos... o Coelho Branco foi você, mas você era um infiltrado?

Jeongguk estalou a língua no céu da boca com impaciência.

— Tae, preste atenção, naquela noite que vocês acharam o corpo do garoto, eu tentei impedir. Eu sabia o nome dele, o cabeça, foi ele quem pegou o garoto e eu tentei impedi-lo, eu estava tão perto de conseguir acabar com tudo, mas eu cometi um erro. Eu... — Jeongguk franziu os lábios, perturbado.

— Você sabia? O que quer dizer com isso, Jeongguk?

— Eu o sufoquei de ódio. — Jeongguk ofegou. — Eu não devia, mas quando vi o garotinho, o que aquele monstro havia feito com ele, eu lembrei de tudo, fiquei fora de mim. Não consegui pensar, Tae, não consegui.

Taehyung piscou. Ele lembrou das palavras do terapeuta de Jeongguk. O que eu posso dizer é que, o que quer que tenha acontecido com Jeongguk no passado, vai encontrar uma forma de vir à tona.

Tae, eu sinto muito. — Jeongguk enterrou o rosto na coxa de Taehyung, não encontrando resistência. Os soluços que tinham cessado voltaram com o dobro de violência, fazendo o garoto tremer e guinchar contra a perna de Taehyung, mãos apertando seus quadris. Taehyung sentia-se estranho, vivendo uma realidade paralela. Jeongguk era inocente. Jeongguk não fora violentado. Jeongguk era o Coelho Branco e o Coelho Branco sempre existiu para conduzi-lo até a toca.

O Coelho Branco era inocente. Seu Jeongguk era inocente.

Então, uma questão cutucou a mente de Taehyung por trás.

— Jeongguk. — Os dedos dele roçaram os cabelos molhados do garoto com cautela. — Jeongguk, se você sufocou o cabeça da quadrilha... O que... O que aconteceu com o corpo?

Jeongguk afastou-se da perna de Taehyung, os olhos virando-se lentamente para a esquerda. Para a imensa obra a céu aberto, cujo pistão descansava silenciosamente como um punho adormecido.

— Ah, merda. — Taehyung suou frio. Fechou os olhos, tentando encontrar a lucidez. Jeongguk encostou a cabeça em sua perna novamente, o peso cedendo contra o seu, e Taehyung finalmente relaxou. Ele caiu de joelhos, pegando Jeongguk nos braços como seu corpo inteiro gritava para fazer, beijando o pescoço e o rosto do garoto sem se importar com a sujeira e o catarro, porque seu garoto era tão forte, tão corajoso, precioso e lindo e ele quase o perdeu. — Está tudo bem, meu amor. Vai ficar tudo bem agora. Acabou.

— Eu sinto muito. — Jeongguk choramingou, balançando no abraço de Taehyung. — Sinto tanto, Tae, me desculpe, me desculpe, eu falhei, eu fiz o mal, deixei que o mal me dominasse, eu sinto muito!

— Está tudo bem, meu amor — Taehyung repetiu, lágrimas de alívio e gratidão finalmente se libertando e ele deixou que elas viessem com força, soltando a arma na lama e apertando Jeongguk de uma forma que ele sabia que machucaria o garoto, mas nenhum dos dois se importava. — Vamos cuidar disso juntos, eu prometo. Juntos.

***

Era outono, a estação preferida de Taehyung. Ele vestiu um suéter macio e calças de algodão folgadas, afivelando o cinto enquanto olhava para Jeongguk adormecido em sua cama. Ele nunca ia deixar de ser atingido pela pureza única de Jeongguk dormindo. Ele estava lindo, nu e suave, a curva da coluna unindo-se graciosamente à elevação das nádegas, e Taehyung sorriu ao ver as marcas da noite anterior, dedos e chupões estampando a linda pele do garoto. A intensidade do sexo, cada vez mais gostoso agora que Jeongguk estava na terapia, se tratando dos traumas antigos e se libertando deles, era avassaladora. Jeongguk não se escondia mais, não relutava, e eles construíam um nível de confiança e afeto totalmente novo e renovado. Era um processo longo e ainda havia muitas camadas de nós para desatar, mas ele estava indo bem.

Às vezes, Jeongguk tinha uma crise. Talvez elas jamais sumissem completamente, mas agora eles a entendiam e Taehyung ajudava Jeongguk a passar por elas sem nenhum tipo de degradação, só com exercícios de respiração, beijos doces e palavras de conforto.

Jeongguk estava sorrindo mais e frequentando as noites dos amigos com Jimin e Jin, e ambos estavam surpresos e felizes com a integração do garoto. Jeongguk até mesmo começou a levar Taehyung nas visitas à mãe.

Ele respondeu por homicídio, é claro, mas tivera a pena atenuada por ter colaborado com a polícia e entregue os nomes de toda a quadrilha de pedofilia, além da evidência de que o crime havia sido em defesa de incapaz. Jeongguk pagou a pena, dois anos e meio, e Taehyung o esperava na saída a cadeia no dia em que ele ele recebeu a liberdade, com um buquê de rosas amarelas que fez Jeongguk rir e corar ao mesmo tempo.

E eles tiveram um encontro. Não exatamente algo a luz de velas, foi um passeio na praia, o tempo tendo sido preenchido praticamente todo com beijos e arquejos de saudade, palavras murmuradas entre promessas e declarações de amor.

E hoje, enfim, Taehyung ia dar a Jeongguk um presente. O presente. Eles estavam prontos, seu Jeongguk estava pronto. Não curado, mas pronto.

— Acorde. — Taehyung desceu uma trilha de beijos pela espinha dorsal de Jeongguk até chegar no músculos da nádega. Arrastou os dentes de leve, provocando-o, e ouviu Jeongguk resmungar manhosamente contra o travesseiro. — Acorde, eu tenho uma surpresa.

— Eu também tenho.

Jeongguk virou de barriga para cima, olhos sonolentos e boca inchada de sono. Taehyung mordeu o lábio ao ver a ereção matinal do garoto, orgulhosamente dura contra barriga rígida, e ponderou. Ainda tinham alguns minutos, não o necessário para transarem, além do que Jeongguk certamente estava dolorido, – Taehyung não foi exatamente um príncipe na noite anterior, transando com ele com força e urgência – mas havia o bastante para satisfazer Jeongguk e ouvi-lo gemendo enquanto gozava em sua boca.

Era um dos fetiches que Taehyung estava adorando descobrir sobre Jeongguk; ele adorava sexo oral matinal, e qualquer coisa envolvendo água morna. Banheiras, Chuveiros. Taehyung estava secretamente planejando levá-lo para um cruzeiro no caribe só para transar com ele naquelas águas quentes e doces. Ele daria tudo a Jeongguk, tudo que seu garoto não pudera viver até agora.

***

Já era o meio da manhã quando saíram de casa. Jeongguk não tinha ideia de para onde Taehyung o levava, arregalou os olhos quando estacionaram o carro e ele leu a placa afixada no prédio simples e três andares.

Orfanato Lar Feliz.

— Tae, isso é... o que eu estou pensando? — ele engasgou, voz engrolada.

— Só uma visita, hm? Você gosta de crianças, não é? — Taehyung murmurou, beijando o rosto de Jeongguk quando este estacou nos degraus da entrada, nervoso.

— Não sei se consigo, Tae. — Jeongguk puxou o ar com força, ameaçando começar uma crise.

— Respire fundo, meu amor. Com calma. Só uma visita, ok? — Taehyung falou suavemente, beijando-o no rosto até que sua voz e seu cheiro acalmassem Jeongguk.

Eles entraram, sendo recebidos pela assistente social. Ela apresentou o orfanato, as dependências, conversou com eles num tom amistoso, mas cauteloso. O tempo todo, Jeongguk olhava para as crianças com medo, como se elas fossem feitas de porcelana delicada. Mas Taehyung sabia que ia dar certo, porque elas sorriam para Jeongguk, elas sentiam que havia algo nele, algo que as deixava à vontade como se ele fosse um amigo imaginário, um segredo só delas.

E isso não demorou a se comprovar quando uma garotinha tocou os dedos de Jeongguk timidamente. Ele olhou para baixo e encontrou um par de grandes olhos azuis mestiços o fitando. Ela tinha uma estrutura frágil, cabelos longos e lisos, um rostinho macio e afetuoso e dentes proeminentes que mordiam a orelha de um coelho branco de pelúcia. Ela não disse nada, só encarou Jeongguk abertamente, fixamente, dedinhos enrolados aos dele.

— Esta é Yeondoo — a assistente disse, intrigada. — Ela é arredia. Foi resgatada de um lar insalubre e promíscuo. Não costuma confiar em ninguém, vocês sabem, o passado dela não foi fácil. É curioso que tenha confiado em alguém. Quero dizer, em um homem. — ela sorriu para Jeongguk. — Yeondoo é sensitiva. Ela não tem lindos olhos julgadores?

Taehyung e Jeongguk olharam para ela. Sim, ela tinha. Olhos que viam a verdade. Olhos puros e inquisidores que não temiam ou recuavam. Jeongguk apertou os dedos em torno dos dela e Yeondoo sorriu, chupando a pelúcia entre os dentes.

Eles voltaram no fim de semana seguinte, e no próximo. Jeongguk e Taehyung brincavam com Yeondoo no jardim, e ela se deixava ser abraçada por eles e ria com eles timidamente, o coelho branco de pelúcia inseparável. Eles ainda teriam um longo processo pela frente até conseguir levar Yeondoo para casa, mas no fundo Jeongguk sabia; ela era deles, e eles eram dela.

E tudo terminaria bem.

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utilizem a #coelhobrancotk no tt

taekook

<3

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