capítulo único
O CONVÉS DO BARCO DE DOFLAMINGO ESTAVA QUIETO DEMAIS PARA O GOSTO DE LEADER, e nem devia ser ela a achar isso e muito menos se incomodar com tal coisa. Um silêncio incomum rondava, como se todos na tripulação estivessem cientes de algo que ela, por pura ironia, ainda não sabia.
Não que fosse incomum haver segredos no navio — principalmente quando Doflamingo estava envolvido — mas aquela sensação de estar sendo observada pelas costas começava a irritá-la.
Do lado oposto, Doflamingo estava sentado em uma cadeira que mais parecia um trono todo focado em tons rosados e dourados, com um sorriso ladino estampado no rosto, e Leader acreditava que até por trás daqueles óculos, o homem poderia estar sorrindo. Era o tipo de expressão que dizia, sem palavras
E Leader sabia bem o que significava quando Doflamingo sorria assim: confusão, joguinhos, tudo para mero entretenimento dele.
— Está me irritando — disse ela, cortando o silêncio, mas sem olhar diretamente para ele.
— Irritando? — Doflamingo riu, o som baixo e carregado daquele cinismo típico. — E o que eu fiz agora? A bichinha anda se irritando muito fácil estes dias, não? — Ele se inclinou para a frente, quase soltando uma pequena pergunta que Leader só não lhe chutou com sua bota porque logo lhe respondeu à segunda pergunta.
— Nada ainda. E é isso que me irrita — Leader rebateu. — E nem volte a querer perguntar o que ia perguntar, entendeu? Já não basta a que anda ensinando coisas que não devia?
— É loirinha, posso bem dizer que é minha cria.
— Claro, e daqui a pouco enfio a minha espada pela sua cabeça a baixo. — Antes que a conversa pudesse continuar com alguma provocação dele, a pequena piratinha loira — que, recentemente, havia se tornado mais um elemento caótico na tripulação e olhem que ela só tinha três anos de idade — apareceu, praticamente saltitando pelo convés.
— Mamãe, ganhei uma aposta e recebi moedas do Diamante!
— Maldita hora que simplesmente descobriram que eu tinha uma filha e ficaram encantados porque ela é mais bonita que a mãe. — Ela virou as costas, vendo a filha logo saltando para o colo de Doflamingo, revirando os olhos. — Sorte que tu achas mesmo que o teu pai é esse arrombado aí. — Falou na sua língua nativa, respirando fundo, vendo terra à vista, logo em seguida ouvindo-se um dos tripulantes gritando sobre tal.
— Chegamos finalmente a Alabasta. Cuidem bem dessa pirralhinha enquanto estamos fora, hm? Precisamos tirar um papo com o Crocodile e ela não pode nos seguir.
— Papo, sei. — Leader diz. — Incrível como um homem daqueles diz que eu sou dele, mas não se importa deste abestado estar comigo vinte e quatro horas por dia.
— Eu também tenho a minha ambição e sou cínico. E claro... te conheci primeiro.
— Que argumento mais... típico de homem. Sorte que... essa pirralhinha te vê como um pai mesmo, porque o Bellamy é tão cachorrinho que ele me aceitaria de volta.
— Esse cachorro deve ter aproveitado bem. Conheci-te graças a ele e te tomei para mim.
— E depois entrou o Crocodile, meu ex-amante. Eu, sinceramente, não sei quantos dedos ainda tenho de tantos dedos podres que já tive na vida. Primeiro o quem sabemos bem que é, Crocodile, Bellamy, e agora você. Eu claramente mereço.
Doflamingo riu alto, aquele som rouco que parecia sempre esconder algum segredo. Ele balançou a cabeça, ainda com a pequena no colo, enquanto ela brincava de mexer em seus óculos escuros.
— Você deveria dizer que tem sorte, piratinha — respondeu ele, em um tom meio debochado, meio sério. — Eu faço de tudo para te manter interessada.
— Interessada? — Leader cruzou os braços, girando nos calcanhares para encará-lo. — Tu achas mesmo que me tens assim, na palma da mão? — Doflamingo deu um sorriso.
— Talvez eu tenha. Não só eu, mesmo que eu tenha mais posse.
— Já terminaram a cena, ou querem que eu peça pipoca? Pipoca para os três!
— Ah, minha querida Byeol... sempre tão prática. — Doflamingo levantou-se com a pequena, colocando-a no seu ombro. — Sua mãe devia pensar de vez em quando nessas coisas. E relaxar também.
— Relaxar? — Leader repetiu, com um riso seco. — Como, exatamente? Com você armando alguma coisa e essa pirralha — apontou para a filha, que agora ria enquanto tentava roubar os óculos de Doflamingo, que logo conseguiu e colocou no rosto — seguindo os seus passos? E lembre-se do detalhe mais importante.
— Eu sou um ótimo professor, diga-se de passagem. — O mais velho disse, com um sorriso travesso. — Antes que Leader pudesse responder, o som das âncoras caindo anunciou que haviam atracado em Alabasta. A tripulação já começava a se movimentar, e os três adultos trocaram olhares rápidos.
— Certo. — Ela ajeitou a pequena nos braços de Doflamingo assim que subiu na grande cadeira dele, como se passasse uma responsabilidade que ele claramente não pediu. — Cuidem dela enquanto eu e Doflamingo resolvemos as coisas com Crocodile. — Disse assim que a tinha no colo, descendo na cadeira, deixando-a perto de Diamante. — Nada de apostas, ouviu, garotinha? Diamante vai levar com a minha bota se eu descobrir isso, e você não vai poder mais usar os óculos do papá Mingo, ouviu?
— Até ela me chama disso, como que eu não vou ser mais do que quem a fez. — Doflamingo comenta sozinho, rindo-se enquanto subia no corrimão do convés, olhando para Leader antes de dizer: — Vamos logo para a princesa não perder os óculos do papá. — Leader apenas revirou os olhos, jogando os óculos no homem antes de subir no corrimão, logo descendo do barco com cuidado para não entrar em contacto com a água do mar, diferente de Doflamingo que só deu um salto, sendo completamente exibido e extravagante.
— Não sei como conseguem levar este homem a sério. Só porque tem aquela cara de machão? Sei bem metê-lo na linha se for por isso. — Comentou novamente na sua língua nativa, virando-se para trás, encarando o navio. — Mas, infelizmente, ele tem razão num detalhe, que Crocodile vai empalar cada um de nós quando souber.
Com certeza, vou continuar a partir do que escreveu e desenvolver a cena com o Crocodile, mantendo o tom e a dinâmica que já criou. Aqui vai:
O clima seco e sufocante de Alabasta imediatamente envolveu Leader assim que ela pisou ainda mais na areia quente. O ar parecia pesar ainda mais com cada passo por conta do calor, e ela sempre se perguntava como diabos Crocodile conseguia viver num lugar destes sempre vestido com tantas roupas — realmente são bastante roupas, ela se agonia cada vez que tem que tirar, quase que fazendo birra de criança quando ele veste-as, porque consegue sentir seu corpo literalmente morrendo de tanto calor que passaria com aquela roupa.
Enquanto pensava tais coisas, Doflamingo liderava o caminho, obviamente sem pressa, a postura arrogante de sempre refletida no andar descontraído, como quem não quisesse nada por ali. Ele adorava exibir o controle — como se fosse ele quem marcasse o ritmo de tudo. Leader seguiu logo atrás, os olhos atentos às movimentações ao redor, enquanto resmungava ainda mais em sua língua nativa e graças a Deus que Doflamingo, propositalmente ou não, possa ter ignorado completamente.
A recepção em Rain Dinners foi tão calorosa quanto Crocodile podia oferecer — até mesmo para eles: um olhar entediado e uma sala com um cheiro extenso de charuto, como de costume. Ele estava sentado em sua poltrona usual, cercado de fumaça do charuto, com seus olhos afiados, mesmo que soubesse que eles estavam ali para visitá-lo.
— Doflamingo, Leader. — Sua voz saiu lenta, arrastada. — O que vocês trazem vocês até aqui? Sem tirar as porcarias que vocês sempre inventam. É sobre a nova reunião dos Corsários? Porque já estou informado, e sobre o Chapéu de palha que vale trinta milhões também. Vale o mesmo que você — riu seco, baforando. — Imagino a sua decepção, ainda mais depois de ter quase morto para o Caçador de Piratas que supostamente está com ele. — Doflamingo apenas riu enquanto se acomodava em uma cadeira ao lado, completamente à vontade. Leader ficou de pé, os braços cruzados, não se importando com a ofensa que Crocodile devia querer que ela sentisse. Pouco se importava naquele momento, ainda mais porque não tinha mais a sua cabeça em jogo como antes — mesmo ainda valendo trinta milhões.
— Crocodile, sempre tão direto e sem pensar no que suas palavras podem causar na nossa pirralhinha. É o que gosto em você — começou, com um tom quase melódico. — Mas não se preocupe, não estamos aqui para negócios tão... sujos quanto pensa. Mas é claro que também não vou ser mauzinho. Não confio nesse seu maldito gancho para me roubar o que é mais meu do que seu. — Crocodile não pareceu minimamente convencido. Seus olhos pousaram em Leader, avaliando-a.
— Quem diria que uma piratinha de trinta milhões pela cabeça estivesse no meio de dois Corsários. Tem muita sorte de gostarmos, minimamente, de te ter por perto. — Leader bufou, já sentindo a irritação crescer dentro do seu pequeno corpo. Normalmente, as provocações vinham dela para o Corsário, mas desta vez ele parecia que estava testando a paciência como todas as vezes que ela lhe testou quando estavam os dois sozinhos.
— Protegida é exagero. Eu só estou aqui porque tenho coisas melhores a fazer do que discutir com homens que acham que têm tudo sob controle. Quer dizer, prefiro vocês discutindo por mim. É tão patético que chega a ser engraçado.
— Sempre com a língua afiada, não é? — Crocodile rebateu, um canto da boca curvando-se em um sorriso enviesado.
— E ela é boa nisso, Crocodile. Faz parte do charme. — Doflamingo cortou, inclinando-se casualmente na cadeira. — Mas admito, ela é especial, não diga que não. Tão especial que tem uma pequena piratinha correndo pelo meu convés. — O ar na sala pareceu congelar por um momento. Leader virou-se bruscamente para ele, os olhos arregalados em um misto de incredulidade e fúria.
— Você não acabou de dizer isso. — Ela pensou, quase o matando com seu olhar, até mesmo pensando em pegar sua espada, mas manteve-se quieta, ainda mais porque Crocodile, por sua vez, ergueu uma das sobrancelhas.
— Pequena piratinha? Você tem uma filha, Leader? — Leader cerrou os dentes, obviamente furiosa com o Donquixote.
— E o que isso importa agora? — respondeu, tentando manter a compostura, mesmo que quisesse por tudo arrancar a cabeça do imbecil loiro de três metros ao seu lado.
— Importa porque, francamente, é surpreendente. — Crocodile exalou mais fumaça, parecendo bem interessado na conversa pela primeira vez desde que eles entraram. — De quem é a criança? Não me diga que é desse traste loiro que parece um flamingo. — Leader acabou por gargalhar, um som curto e seco que escapou antes que ela pudesse controlar mesmo perante a raiva que sentia.
— Pelo amor de deus, claro que não! — ela respondeu-lhe, ainda rindo. — Graças a deus, não.
— Então? — Crocodile insistiu, o tom levemente irritado por não ter uma resposta clara.
— Então, não é da sua conta, como sempre. — Ela cruzou os braços, um sorriso travesso no rosto, tentando virar o jogo e quem ser a provocadora ali ser somente ela. — E, honestamente, não sei por que você acha que isso importa.
— Importa porque crianças são fraquezas — o Corsário respondeu, com uma rispidez que ela conhecia bem. — E você, Leader, tem sorte de ainda estar viva se está carregando algo assim. E não estou dizendo por estar sobre a nossa proteção. — Antes que Leader pudesse responder, Doflamingo interrompeu, sorrindo.
— Não se preocupe, Crocodile. Se existe alguém que sabe jogar com fraquezas e transformá-las em força, é ela. — Ele se levantou da cadeira ao qual estava sentado, ajeitando o casaco. — E a pequena? Bem, ela já é mais inteligente que metade da Baroque Works. — Leader lançou-lhe mais um olhar mortal, mas não respondeu. Crocodile riu baixo, claramente se divertindo com a situação.
— Vocês dois são um desastre ambulante.
— Um desastre funcional. — Doflamingo corrigiu, piscando para Leader. — Crocodile não pareceu disposto a deixar o assunto de quem era o pai da filha de Leader morrer tão facilmente. Ele soltou um suspiro pesado, apagando o charuto no cinzeiro à sua frente, encarando Leader.
— E quem é o pai da criança? — insistiu, como se a resposta fosse mais importante do que ele deixava transparecer. Leader franziu a testa, incomodada com a pergunta sendo repetitiva, ainda mais com o tom dele.
— Eu já disse que isso não é da sua conta, Crocodile. E, sinceramente, por que você está tão interessado? Está preocupado com algo? — Ele estreitou os olhos, ignorando a provocação dela. Mal ele sabia que ela só estava usando esse típico dela para parar de se sentir desconfortável naquela conversa. Porque ele queria saber? Que importância tinha? Era só uma criança não planeada que mesmo assim ela aceitou vir e lhe deu todo amor e carinho, para, no auge dos três anos, preferir Doflamingo que nem era seu pai biológico, mas ele a tratava como tal.
— Preocupado, não. Apenas curioso. Afinal, você não é exatamente o tipo de pessoa que deixa essas coisas... passarem despercebidas. — Antes que Leader pudesse responder com alguma resposta cortante, Doflamingo interveio, rindo alto enquanto se apoiava na cadeir novamente, como se a cena fosse um espetáculo montado só para ele.
— De quem você acha, Crocodile? — disse ele, ainda rindo. — Com quem ela andava antes de me conhecer? — O clima na sala ficou imediatamente mais pesado. O olhar de Crocodile endureceu, e a carranca habitual dele parecia ainda mais marcada. Apesar de toda a frieza que exibia, algo no jeito que seus ombros ficaram tensos e no brilho furioso que surgiu em seus olhos entregava um detalhe interessante: ciúmes, fora que estava achando que poderia ser seu e Doflamingo estava assumindo o papel de pai porque aqueles dois, ao contrário dele que era visto como um herói, eram uns completos filhos da puta. Leader percebeu a mudança de humor e suspirou, já imaginando a confusão que aquilo estava prestes a se tornar.
— Doflamingo, cala a boca antes que eu decida usar a minha espada para resolver isso. — Ela olhou para Crocodile, cruzando os braços na frente do corpo e assumindo uma postura defensiva. — E você, por que está tão carrancudo? Não me diga que acha que a pirralha é sua. — Crocodile bufou, mas não lhe respondeu. O silêncio que se seguiu foi mais intimidante do que sua presença.
Doflamingo, claro, aproveitou a deixa para alfinetar ainda mais a situação.
— Ah, não acredito. — Ele gargalhou, inclinando-se para frente, divertido. — Crocodile, você... logo você? Você com ciúmes da Leader?
— Cala essa maldita boca, Doflamingo! — Crocodile exclamou com a voz baixa, mas puramente irritado. Leader revirou os olhos, cansada daquilo tudo.
— Primeiro de tudo, Crocodile: não, ela não é sua filha. Segundo, graças a deus por isso. Terceiro, ela é loira, mas não é do Doflamingo, como já disse. E quarto... por que isso importa tanto para você? Achei que fosse acima dessas coisas sentimentais. — Ele ficou em silêncio novamente, mas o olhar que lançou a ela deixou claro que não era tão "acima disso" quanto gostava de fingir.
— Não me interessa se é ou não. Só achei que, considerando sua... história, fosse algo importante de discutir.
— História, é? — Leader arqueou a sobrancelha, irritada. — Você é inacreditável. Isso ja pa... — Doflamingo interrompeu, com um sorriso que só aumentou a raiva de Crocodile.
— E eu sou irresistível.
— Um de vocês vai acabar morto se continuar com isso. — Leader finalizou, massageando as têmporas, claramente já sem paciência, e só massageou as têmporas na forma de não pegar suas espadas e simplesmente cortar a cabeça de algum.
— Mas eu ainda quero saber quem é o pai dessa piratinha pirralha. — Leader bufou, jurando que surtaria a qualquer momento.
Ele parecia incapaz de largar o osso, o que era incomum para alguém tão frio e calculista de personalidade vista por todos ao redor. Talvez fosse a maneira dele de marcar território? Ou talvez só gostasse de cutucar as feridas alheias? Fosse qual fosse o caso, Leader estava a um ponto de surtar pela falta de paciência que tinha.
Ela não era como eles, ela explodia facilmente. Sua altura era completamente equivalamente à sua paciência.
— Já falei que isso não é da sua conta, Crocodile! Por que você insiste? Porra! Não tem outra coisa para fazer além de ficar tentando descobrir sobre a minha vida? Você pouco fez questão quando eu contei a minha história e agora se importa?
— A questão aqui não é você, Leader. É sobre o tipo de problemas que qualquer conexão sua pode trazer. Eu prefiro saber onde estou me metendo, especialmente quando Doflamingo está envolvido. — A voz dele foi dura, quase um rosnado, mas Leader percebeu o desvio sutil: aquela frase deixava claro que o problema não era apenas a criança — era ela, mesmo que ele tenha dito que não. — Antes que ela pudesse responder, Doflamingo riu alto mais alguma vez.
— Crocodile, você está se superando hoje. Tão preocupado com a pirralha da Leader? Estou começando a achar que tem um lado paternal que ninguém sabia. Quem diria? — Crocodile lançou um olhar mortal para Doflamingo, mas isso só pareceu divertir o homem ainda mais.
— Diga de uma vez, Doflamingo. Quem é o pai dessa pirralha? — Crocodile insistiu, ignorando Leader completamente e focando toda sua atenção no loiro de óculos escuros. — Ou será que você também não sabe? - Não me admiraria que você fosse um completo babaca em soltar a informação sendo que nem sabe, porque é o que você mais faz. Doflamingo abriu um sorriso largo, cheio de malícia, inclinando-se para frente na cadeira como se estivesse saboreando o momento.
— Oh, mas eu sei quem é o pai. — Ele respondeu, o tom carregado de escárnio. — Mas por que acabar com a diversão tão cedo? É tão interessante ver você, Crocodile, tentando entender algo que claramente está te incomodando mais do que devia.
— Doflamingo, para com isso! — Leader interveio, tentando cortar o jogo antes que as coisas saíssem ainda mais do controle — mais do que já estavam. Mas ele apenas riu como esperado, sempre rindo, ignorando o pedido dela por completo.
— Tudo bem, tudo bem. — Ele ergueu as mãos em rendição após a risada, encarando-a já preparada para pegar uma das espadas, mas o sorriso não desapareceu. — Já que o nosso fumacento burro aqui não consegue juntar as peças... é do Bellamy. — A sala caiu em um silêncio quase sufocante. Leader sentiu o calor subir ao rosto, os punhos cerrados ao lado do corpo, enquanto Crocodile piscava uma vez, tentando processar o que acabara de ouvir.
— Bellamy? — Ele repetiu, a voz carregada de incredulidade. — Aquele... imbecil?
— Exato, fumacento burro. — Doflamingo respondeu, gargalhando como se aquilo fosse a piada mais engraçada do mundo. — Não é irônico? O cachorrinho conseguiu mais do que você. — Leader soltou um suspiro pesado, balançando a cabeça em frustração.
— Você é um cretino, Doflamingo.
— Ah, minha piratinha, você sabia disso antes mesmo de se envolver comigo. — Ele respondeu, com um sorriso que parecia dizer "e você gosta disso".
Crocodile finalmente recuperou a compostura, mas a carranca ainda estava lá, agora misturada com algo que Leader não conseguiu identificar de imediato — talvez fosse irritação, talvez fosse orgulho ferido. Ela não sabia.
— E onde ele está agora? — Crocodile perguntou, com um tom que claramente não era de curiosidade desinteressada. Leader soltou uma risada seca.
— Ele está onde deve estar: longe o suficiente para não me dar dor de cabeça. E antes que você pergunte, não, ele não sabe. E, sinceramente, prefiro que continue assim. — Doflamingo sorriu, orgulhoso de Bellamy não saber que aquela pirralhinha era sua filha e ainda chamava o Donquixote de pai, levantando-se com a elegância teatral de sempre.
— Bem, agora que o mistério foi resolvido, que tal voltarmos ao que realmente importa? Vamos às apostas no casino que prometemos para hoje e coisar um pouco, não é isso que você gosta, Crocodile? Ou quer continuar discutindo sobre a vida familiar da Leader? Porque assim, não tem muito mais de interessante que se fale sem ser a filha do Bellamy que ele nem faz ideia que tem. — Crocodile bufou, mas não lhe deu resposta. O silêncio dele disse mais do que qualquer palavra.
Leader, por outro lado, sentia que estava a um passo de explodir — mas sabia que não podia ceder, pois né, depois ficava sem os dois e sabia muito bem que surtando, podia bem voltar par Bellamy na maior hipocrisia.
— Vamos logo jogar no casino. — Ela disse, ignorando os olhares dos dois homens e movendo-se em direção à saída. — Porque se essa conversa continuar, um de vocês dois vai sair daqui morto pela minha espada e depois, no auge do meu surto, eu vou ser hipócrita e volto para o pai da minha filha, e prefiro mil vezes vos aturar.
E, com isso, ela deixou os dois para trás, sem olhar para trás, sem nem imaginar que Doflamingo estava comentando com Crododile que ela realmente estava a um ponto de surtar, pois ambos sabiam que quando ela surtava, poderia fazer tudo, sobretudo ser hipócrita ao nível extremo.
E né, eles jamais permitiriam isso.
[...]
A MESA DO CASINO ERA ILUMINADA por luzes douradas, refletindo o brilho intenso das fichas espalhadas diante dos jogadores. Donquixote exibia o mesmo sorriso confiante de sempre, embora já tivesse perdido inúmeras rodadas naquela noite.
Crocodile, sentado do lado oposto, era o completo oposto: imóvel, frio, e com o olhar afiado, como se tivesse tudo sob controle — e, de fato, ele parecia ter. Leader, no entanto, estava mais focada em observar a dinâmica entre os dois do que nas cartas na mesa — ela não perderia, então estava salva quanto a esse assunto.
— Isso está ficando monótono. — Doflamingo resmungou, jogando as cartas na mesa sem cerimônia após mais uma derrota. Ele balançou a cabeça, claramente frustrado. — Que tipo de casino é esse? Vocês manipulam as cartas para que eu perca? — Crocodile soltou uma risada seca, respondendo com sarcasmo:
— Ou talvez você simplesmente seja ruim nisso, Joker. Surpreendente, não é? — Leader conteve uma risada, inclinando-se na cadeira para assistir ao espetáculo.
— Já chega. — Doflamingo disse, mostrando-se com pouca paciência. — Vamos fazer isso interessante. Uma última rodada, porque estou cansado de perder, sobretudo, para você, Crocodile. — O homem arqueou uma sobrancelha, mas permaneceu em silêncio, permitindo que Doflamingo continuasse com sua proposta. — Quem perder... vai se vestir de coelho. — Ele anunciou, estalando os dedos, como se fosse a ideia mais brilhante do mundo que acabara de ter. — Mas não qualquer coelho. Quero uma fantasia bem erótica. Hm? Que tal? — Leader piscou, incrédula, antes de soltar uma risada.
— Você é completamente insano. — comentou, mas Doflamingo ignorou-a, voltando sua atenção para o Corsário que acabara de acender mais um charuto.
— Aposto que você deve ter algo assim escondido por aqui. Ou, quem sabe, pode usar o seu gancho para buscar uma fantasia? Pelo menos o gancho vai servir para alguma coisa. — Crocodile estreitou os olhos, mas antes que pudesse responder, um sorriso acabou por aparecer no canto dos seus lábios.
— Coelho? — Ele repetiu, com uma risada baixa e seca. — Talvez fosse mais adequado algo de flamingo. Combina mais com você, não acha? — Leader acabou por gargalhar.
— Crocodile, você está começando a me divertir. Continue assim, talvez eu até aposte contra o Doflamingo só para te ajudar a ganhar.
— Sempre tão leal. Até parece que é mesmo quanto a outros assuntos. — Doflamingo resmungou, mas não perdeu a pose. Ele pegou as cartas novamente, embaralhando-as com destreza. — Vamos ver quem vai se arrepender disso. — Crocodile apenas observou, enquanto Leader, ao fundo, sentia que o resto da noite estava prestes a se tornar ainda mais caótico — como sempre acontecia quando aqueles dois estavam envolvidos.
Nenhum dos dois gostava de perder, mas também, nem mesmo ela gostaria, só que tinha o porém: Doflamingo realmente era terrível jogando.
[...]
O CLIMA NA MESA TINHA SE TORNADO MAIS ELETRIZANTE DO QUE O PRÓPRIO PODER DA FRUTA DO DIABO DE LEADER — que era a do Raio. Doflamingo tinha suas cartas cuidadosamente protegidas, enquanto Crocodile permanecia imóvel, como se já soubesse o resultado. Leader, por sua vez, parecia estar em um dilema interno, tentando não ceder à pressão — tudo por conta deles, e ela não iria perder depois de Doflamingo apostar tal coisa. Era para ser entre eles, não ela acabar sendo um coelho para alegrar os fetiches do Donquixote.
Mil vezes o ver vestido eroticamente de Flamingo pois, tecnicamente, ele já parecia um.
As apostas finais foram colocadas em jogo, e o silêncio pesado dominou o ambiente. Doflamingo tinha aquele sorriso irritante no rosto, como se já soubesse que tinha a vitória garantida.
— E então, Leader? — Ele provocou, olhando por cima dos óculos. — Vai desistir agora e me deixar enfrentar o grande Sir Crocodile sozinho? — Ela apenas jogou as cartas na mesa.
— Não me importo. Eu fico em segundo lugar. Já estou mais que satisfeita por não ser eu a virar coelho. — Doflamingo soltou uma gargalhada, enquanto Crocodile estreitava os olhos para as cartas na mão do loiro.
— Parece que é só você e eu agora, fumacento. — Doflamingo cantarolou, revelando suas cartas com um movimento exagerado. O ar pareceu ser sugado do ambiente quando o resultado se tornou claro: Doflamingo havia vencido, e Crocodile... perdido.
Crocodile se levantou de repente, batendo com força na mesa, fazendo as fichas saltarem.
— Você... — Ele começou, apontando o gancho para Doflamingo. — manipulou isto de algum jeito, seu flamingo maldito! Não há outra explicação! — Doflamingo apenas riu, despreocupado, recostando-se na cadeira como se nada pudesse abalá-lo.
— Aceite, Crocodile. Eu simplesmente fui melhor a jogar do que você desta vez. — Ele deu de ombros, estendendo a mão para Leader. — E agora, Leader, o que acha de ajudar o perdedor a encontrar sua nova fantasia? — Leader, no entanto, estava ocupada empilhando as fichas e recolhendo o dinheiro ganho por Doflamingo.
— O que diabos você está fazendo com o meu dinheiro?
— O que você acha? — Leader respondeu, sem sequer olhar para ele. — Não vou deixar esse dinheiro no casino e muito menos nas suas mãos. Alguém precisa ser responsável aqui.
— Ah, então agora você é a responsável? — Ele riu, enquanto Crocodile bufava ao lado, visivelmente furioso enquanto acendia mais um charuto naquela noite. — Você acha que vou você, um completo palhaço nos jogos que conseguiu ganhar uma única vez, gastar tudo em apostas? Nem pense nisso. — disse, carregando as fichas em uma sacola improvisada.
Crocodile por sua vez, ainda estava imóvel, olhando para a mesa como se pudesse mudar o resultado com o poder da sua mente.
— Isso não acabou, Doflamingo. — Ele disse. Doflamingo apenas piscou, levantando-se com a elegância habitual.
— Claro que não, fumacento. Só está começando. — Enquanto os dois trocavam farpas, Leader suspirou, pegando o último punhado de fichas.
— Vocês dois podem continuar discutindo, mas alguém precisa garantir que essa noite não termine em outra confusão. Vamos logo. — Doflamingo a seguiu com um sorriso divertido, enquanto Crocodile permanecia parado por alguns segundos, antes de finalmente caminhar atrás deles, ainda bufando — sabe-se lá já quantas vezes naquela noite — de raiva. A aposta estava resolvida com o perdedor sendo o mais velho, mas digamos que o verdadeiro caos parecia estar apenas começando.
[...]
— Esta merda serve? Foi o que o meu gancho conseguiu arranjar por agora. Suas fantasias sexuais não agradam a toda a gente aqui em Alabasta, se quer que te diga. Este país não é como o seu de flamingos.
— Dressrosa. — Ele corrigiu, sorrindo enquanto via a roupa que estava presa ao gancho do corsário. — É perfeita! Pode vesti-la. Vou esperar com Leader lá fora e depois entraremos.
— Filho da puta. — Doflamingo conseguiu ouvir o xingando, gargalhando mesmo depois de passar da porta e fechá-la, encostando-se à parede, tendo Leader se encostando nas coxas dele — que era o lugar exato ao qual chegava por ele ser tão alto.
Doflamingo esperou fazendo carinho nos cabelos de Leader até que virou-se para a porta com um sorriso amplo, claramente antecipando o momento. Leader estava ao seu lado. Leader apenas olhava suas unhas, já um pouco grandes demais para o gosto dele — mesmo que gostasse das suas costas cravadas, mas isso poderia significar que o outro Corsário também ficaria com as marcas facilmente.
A porta se abriu com um estrondo assim que o gancho do corsário chegou perto para abrir, revelando Crocodile parado no meio do quarto, com uma expressão que oscilava entre puro ódio e vontade de arrancar a cabeça do Donquixote. Ele usava a fantasia que, para desgosto dele, era ajustada demais para o seu porte imponente, até mesmo as orelhas de coelho.
Com tudo isso... houve um momento de completo silêncio.
Então, Doflamingo começou a rir.
Uma gargalhada alta, estrondosa, que ecoou pelo corredor, enquanto ele batia uma mão na coxa, visivelmente se divertindo com o espetáculo.
— Não... não acredito nisso! — Ele conseguiu dizer entre risos. — Eu sabia que ficaria ridículo, mas isso superou minhas expectativas! — Leader, por sua vez, apertou os lábios, tentando não rir, mas não conseguiu. Sua risada escapou, mais contida que a de Doflamingo, mas igualmente escandalosa.
— Crocodile... eu não consigo... — Disse ela, tentando recuperar o fôlego ao segurar-se nas próprias coxas. — Como você se deixou convencer disso? Não consigo levar a sério o Doflamingo, mas agora te vendo desse jeito, nunca mais vou te ver como via.
Crocodile estreitou os olhos, cruzando os braços, mas sua vontade era de empalar aqueles dois.
— Vocês dois já terminaram? — Ele rosnou, irritado. — Ou querem tirar uma foto também?
— Uma foto seria perfeita, na verdade. — Doflamingo foi o único que respondeu, com um sorriso travesso. — Acho que a Baroque Works e toda Alabasta... não... toda a gente do mundo inteiro! Toda a gente gostaria de ver o seu... lado mais leve. — Leader riu ainda mais, e Crocodile bufou, avançando alguns passos com uma postura rígida, claramente tentando manter a dignidade.
— Aproveitem a piada, porque é a última vez que isso acontece. — Ele avisou, mas Doflamingo apenas balançou a cabeça, ainda sorrindo, enquanto Leader tentava se recompor sem muito sucesso. O embaraço de Crocodile era a cereja no topo daquela noite completamente absurda.
— O que vale é que também é excitante. Incrível como sinto prazer em ver algo completamente ridículo deste homem. — Ele disse mais para Leader, mas ela acabou ignorando, indo em direção à cama enquanto tentava se recompor devido à risada, puxando seu ar.
— Eu quero arrancar a vossa cabeça. — Crocodile rosnou, revirando os olhos quando o homem mais novo ali fechou a porta, trancando-a.
— Tire o bom proveito disto, Crocodile. Para a próxima, eu te deixo vestir de crocodilo. Nham Nham. — Zombou até com as próprias mãos, fazendo o gesto como se fosse a boca de um crocodilo, tendo o gancho de Crocodile colocado no seu pescoço. — Quer me excitar mais, é? — Ele provoca, encarando a cama, onde Leader apenas observava, parecendo vidrado com o momento.
Mas não era bem o momento de Doflamingo quase ser enganchado, de facto.
— Eu invejo sua bunda. — Ela soltou, vendo o homem se virar após jogar Doflamingo no chão, que se levantou mais rápido do que caiu naquele chão.
Donquixote acabou olhando também, mas tentou segurar a risada enquanto o via ir completamente puto até Leader, colocando o gancho bem perto do pescoço dela.
— Quer ser hipócrita e voltar para o Bellamy? Porque eu te faço fazer isso, mas é no inferno. Pode até ficar com o Bellamy e o Doflamingo ao mesmo tempo. Eu não tenho paciência para vocês dois, entendeu, mocinha?
— Tadinha da nossa filhinha. Mesmo eu nem sendo o pai biológico.
— Não provoque mais, Donquixote.
— Então se deita na cama e me deixe satisfazer. Se não, não me culpe depois se eu ficar fascinado por sua bunda igual sou com as coxas da Leader. Tenho uma tara seria desde que a conheci. Já viu essas coxas? Ela é tão pequena, mas tem um coxão. Ui, gozaria agora se fosse um franguinho.
— Você está mais para um flamingo ridículo.
— Posso pular no coelhinho? — Leader acaba soltando a provocação quando o gancho sai do seu pescoço, dando um sorriso.
— Esta é a minha Leader. — Doflamingo comenta, com um sorriso malicioso em seus olhos. — Mostra para ele as suas coxas, ele vai se animar. Faz tempo que ele não brinca, hm? Estes dias só eu tenho brincado com suas coxas gostosas.
— E está reclamando?
— Não. Estou sendo generoso em partilhar com o nosso querido Crocodile, que hoje, exclusivamente, virou Rabbit. — O gancho de Crocodile volta a atacar o Donquixote, que apenas usa seu poder da fruta e se livre do aperto, fazendo com que o mais velho tocasse seu corpo.
— Não brinque muito com o fogo, Doflamingo. Usar seu poder para isso é completamente sujo, nem mesmo é digno de você.
— Você é chato. — Ele diz. — Pensei que tinha me dado permissão.
— Nunca te dei permissão.
— Eu dei. Ele consegue com que eu faça coisas que nem eu sabia que conseguia.
— Gozar nos próprios dedos bem na minha frente... algo que os dedinhos nem chegam onde querem. Você sofre tanto, né? Sendo minúscula desse jeito?
— Tem seus prós e contras. Mas não me considero com contras porque eu tenho os meus altões para me ajudar.
— Crocodile é só alto para você, Leader, para mim ele é minúsculo. — Crocodile revira os olhos, bufando.
— Você está me irritando, Donquixote Doflamingo.
— Ih, me chamou pelo nome completo, vai dar merda.
— Você não queria coisar? Então pare de enrolar. Já está me tirando do sério toda essa pose de teatro. Como você é ridículo.
— Eu quero coisar sim, e muito. Meto até sua boca cheirando melhor.
— Você não passa de um psicopata. — Um silêncio se faz no cómodo. Os passos de Doflamingo só se ouvem segundos depois, mas logo ele tirou-os dos pés, tirando também seu casaco felpudo cor de rosa.
— Eu quero saltar no coelho! — A voz de Leader se ouve de repente, assustando Crocodile por ter a mais nova pulando em cima de si, tirando o charuto da boca, fumando-o enquanto dava pulinho em cima do torso.
— Bebé, você está pulando errado no coelhinho. — Doflamingo diz, colocando-a no local certo onde ela devia pular, ouvindo-se um resmungo do Corsário. — É tão ridículo o ver assim. Nunca mais o vou levar a sério. E pena que não posso expor. Teria que expor que adorei também.
— Cala a boca, flamingo idiota. Me devolva o charuto, Leader. — Ele apenas esticou a mão direita, tendo o charuto de volta enquanto as mãos de Leader tocavam a pélvis do homem, mas o mais velho entendeu que ela estava sendo controlada pelo Donquixote, que riu quando viu o Corsário olhando para si.
— O que foi?
— Idiota. — Apenas xingou, metendo as mãos atrás da cabeça. — Faz ela me chupar, já que seu poder só vai ser útil para isso. Quero ver se você faz melhor do que ela faz por si. — Doflamingo apenas olha para Leader para saber se tem permissão, recebendo um olhar que lhe deu a resposta, fora ela se afastando, puxando o penis de Crocodile para fora daquela fantasia.
— Nem está te levando a sério sendo que vai te chupar.
— Está assim tão na minha cara? — Ela ri fraco, encarando o Corsário mais velho, que a olhava com um olhar mortal. — Não me olha assim, você com certeza que eu estivesse vestida de coelha.
— Claro. Você seria uma coelhinha bem sexy. Agora eu? Tem noção de quem eu sou?
— A mesma pessoa, só que vestida de coelho porque perdeu contra mim no casino. — Doflamingo diz, gargalhando, mas logo se recompõe quando vê que Leader começou por si o trabalho, logo usando seu poder da fruta, mas também pegou uma cadeira para ficar apreciando, levando a sua mão livre até à elevação em sua calça rosa, mordendo os lábios enquanto apreciava a cena que ele que conduzia, sendo bem brando pois sabia que se ultrapassasse das barreiras, a espada estaria bem na sua garganta em segundos.
Mas bem, digamos que por enquanto ele preferia que outra coisa estivesse na garganta dela.
— Está sendo brando por quê? Este é o nível dela, toda fofinha.
— Quer que eu morra? Eu sei os limites dela mesmo que o pau não seja o meu.
— Você tem que passar pelo menos uma semana connosco, hm? Vai saber bem depois meus limites.
— Seus limites podem bem ser ultrapassados uma vez ou outra. — Crocodile diz e segura os cabelos dela, fazendo interferência com os movimentos de Doflamingo, que parou e concentrou-se desta vez em seu próprio pau, rendendo-se à visão de estar vendo Leader engolindo Crocodile tão bem, mesmo que fosse ridículo — porém excitante, até demais — o Corsário com aquela estúpida fantasia.
Lhe cabia tão bem, será que era dele? Porque, como que ele tinha pego uma fantasia que parecia que tinha sido feita à sua medida?
— Vossos corpos são tão bonitos, me sinto sortudo e eu odeio que você, Sir Crocodile, é tão carrancudo, mas não se importa se eu meter um pouquinho de melhor cheirinho na sua boca.
— É que você é psicopata, mas tem umas peculiaridades que eu até gostei.
— Remete ao seu passado? — Ele brinca, mas Crocodile não gostou da provocação.
— Quer que eu enfie este gancho pelo seu pescoço a dentro?
— Pode usá-lo para me sufocar um pouco, hm? Quero me masturbar vendo vocês.
— Vcoe é tão...
— Já sei. Lindo, maravilhoso, irresistível. Ah não, pera — ele gargalha — você com certeza vai me chamar de psicopata porque não tem outra coisa para me chamar. Que tal gostoso? Hm? Bem melhor do que essa ofensa.
— Você é, o problema é esse.
— Traga logo seu gancho para eu bater uma enquanto vos vejo. — Crocodile assim o fez, apertando o pescoço do mais novo entre seu gancho e a cadeira, deixando o loiro mais excitado, tirando seu pau para fora e o bombeando rápido, gemendo rouco enquanto via a cena, se vislumbrando. Ora era Leader se enganando ora era os gemidos grossos e roucos de Crocodile, fora o gancho apertando seu pescoço.
Facilmente ele gozaria, e talvez fosse seu plano ali mesmo para uma primeira ronda daquela noite.
Quando Crocodile se desfez pela primeira vez na boca da mais nova ali, Doflamingo também fez por isso, mas se aproximando dela e gozando também dentro da boquinha, que ainda estava cheia do gozo do Corsário, já que o Donquixote não quis que ela engolisse sem antes ter o seu a melando toda.
Ele se veio em jatos fortes, melando tanto a boca como fora, melando a roupa que ela ainda tinha vestida — que obviamente foi tirada, colocada em cima de Crocodile mais uma vez, mas desta vez com a sua bucetinha bem em cima da cara dele, enquanto Doflamingo brincava com os bicos rijos dos peitos pequenos, se melando até com o próprio gozo, sentindo-se duro mais uma vez, tirando o resto da roupa. Brincando, Doflamingo levou seu membro até o rosto de Crocodile que estava ocupado, mas obviamente ele logo notou, parando o que estava fazendo.
— Está com tanta necessidade assim? Parece até que é uma pica de ferro.
— E se eu for?
— Ele não é. — Leader logo interrompe, ouvindo a risada de Crocodile contra a sua intimidade.
— Me difamando desse jeito?
— Você aguenta vários rounds, mas ela não é de ferro.
— Nhenhenhe, você reclama demais sendo que gosta de levar com ela.
— Também, para você ficar com este traste, tem que gostar muito de pau.
— Se ela tem uma pirralhonha do Bellamy, é sinal que não importa o pau. — Doflamingo acaba provocando, levando um tapa no abdómen.
— Importa sim, ok? Não se ache também no poder de saber mais da minha vida. Eu não era assim antes.
— Está bem melhor assim, se quer que te diga. Você era uma peste antes. — Crocodile comenta, apertando a coxa da garota com sua destra. — Hoje em dia é bem fácil meter a mão que você fica cadelinha.
— Até lembrar que você está vestido de coelho.
— E tinha que voltar para esse assunto. — Ele revirou os olhos, tirando a garota do seu rosto, colocando-a em cima de seu peitoral.
— Vou ser bem mauzinho, pois você perdeu na aposta, né? E coelhinhos normalmente são presas.
— Nem pense, Doflamingo. — Crocodile dá o aviso, se sentando na cama com as costas apoiadas na cabeceira.
— Eu estou de acordo, hm? Quero pular no coelhinho!
— Vocês não prestam. — Doflamingo resmunga. — O que vale é que eu tiro proveito de qualquer maneira.
— E quem seria você se não tirasse proveito de qualquer coisa para seu próprio prazer. — Donquixote apenas sorri cínico.
— Ainda bem que vocês sabem bem.
— Toda a gente sabe o que a casa gasta. — Leader comenta, vendo o homem subir na cama após se encontrar completamente nu.
— Realmente suas pernas são todas tortas, parece um flamingo autêntico.
— Esquecendo esse detalhe, ele é um completo gostoso, não é? — A pergunta de Leader fez com que Doflamingo sorrisse maliciosamente, lhe dando carinho em seu rosto com sua grande mão.
— Não aprecio psicopatas. — O revirar de olhos do loiro foi notável, mas pouco ligou, vendo a mais nova levar suas mãos assim como sua boca até seu membro, começando a chupá-lo.
— Está vendo, não me chamou de gostoso e ela te deixou.
— Cala a boca. Mal aguenta com um e quando vocês têm a lata de me visitar, ela fica ainda mais desacostumada a levar com dois.
— Porque só precisa de um, mas eu sou muito bonzinho com você.
— Não ache tanto que isso aí não é muito grande. Até um humano da altura dela teria facilmente algo assim. Quer dizer, eu acho. Não aprecio muito então não é o meu ponto forte e já me basta este flamingo.
— Pior que eu conheci um na Terra do Nunca que era assim. Tinha um e setenta e três e o pau era enorme para a altura dele. — Leader comentou ao tirar sua boca do pénis de Doflamingo. Ele a encarou com um olhar incrédulo, porém bem mais dramático do que deveria ser.
— Está me chamando de pau pequeno?
— Não! Estou falando que para um humano da altura dele era muito grande. Para você está ótimo. — Deu beijinhos na glande, mimando o loiro, mas ele não gostou nem um pouco da comparação.
— Eu já sei de quem está falando.
— De quem? — Crocodile questiona, realmente não sabendo de quem eles estavam falando.
— O loirinho de olhos azuis que ela decapitou. Era o objetivo dela. Por vinte milhões, credo. Ainda bem que assentou as ideias e agora está aqui connosco. Sua recompensa é de cem mil, tem noção? Esse piratinha conseguiu te comer uma vez, ainda você não valia nada. Mas pensa agora ser comida por dois corsários e sua cabecinha ser protegida, sendo que vale cem milhões. Pode não ser nada para muitos, mas para quem não era ninguém e o objetivo era decapitar alguém com cabeça de vinte milhões... Nem o cachorrinho do Bellamy vale isso, tem noção? Ele vale metade da sua cabeça. Por isso que não vale nada e aquela pirralhinha me prefere. Mas acho que está na hora de lhe dar uma irmãzinha, hm?
— Não fique armado em pai. — Ela diz, largando o pau. — Tive aquela e não quero mais nenhuma.
— Quem sabe. Desde que não tenha dele.
— Eu estava aqui no meu canto apreciando vocês apenas. Sei lá de quem estavam falando e, sinceramente, já nem quero saber. Vocês andam empatando ainda mais. Vamos logo para o que interessa ou vocês querem continuar na conversa.
— Vamos logo para o que interessa. Assim a Leader pensa se quer que eu enfie um bom neném aí dentro.
— Nem pense, Doflamingo. Te garanto, tu nunca mais transa comigo se isso acontecer. Tem noção que a minha Byeol é do Bellamy e simplesmente pegou suas manias? — Doflamingo apenas se gaba. — Não se gabe. É o combo do horror! Eu gosto muito dela, o problema são vocês mesmo.
— Traga ela para me conhecer então. — Crocodile comentou.
— Vai sair daqui fumando mais charuto que o Smoker da Marinha.
— Vamos partir para o que interessa! — Quem diz é Doflamingo, indo para mais adentro da cama, encarando Crocodile. — Vai para o meio, quero espaço. — O corsário obedeceu, o que até deixou o Donquixote com um sorriso travesso no rosto. Leader ainda estava em cima do mais velho, que logo o puxou para um beijo e rebolou em cima de si, mas logo o loiro a puxou para cima de si, mas quando a terminou de beijar e certificar que ficava com marcas novas, ela voltou para cima de Crocodile e não demorou para se encaixar no mais velho, masturbando o Donquixote enquanto ele repousava, até deixando Crocodile admirado que ele não estava fazendo nada, apenas aproveitando os toques.
— O quê? Ela também tem que ir por ela, não posso ser sempre eu. Estamos sendo bonzinhos, coelhinho. — Crocodile revirou os olhos, arfando, segurando o seio esquerdo da garota com sua destra, levando o gancho até ao biquinho na outra, estimulando-o desse jeito.
— É bom partilhar ela comigo mais vezes. Tenho uns planos que possivelmente vão gostar.
— A Baroque Works não é páreo para mim. — Doflamingo comenta.
— Não tem a ver com a Baroque Works. Mas enfim, depois falsmos.
— É, depois falamos. Agora é hora de coisar.
— Não roube minhas expressões, seu velho.
— Eu ainda trabalho bem.
— Vestido de coelho, então. Sinceramente, te ver assim me deixa mais excitado.
— Não vem com isso.
— Vocês estão falando demais. — Leader reclama, parando os movimentos. — Deem um beijo para se calarem, juro, imploro. Vocês às vezes são tão chatos. A sorte é que fazem bem para caralho.
— Ao menos compensamos. — Ela revirou os olhos, cruzando os braços à frente do corpo enquanto olhava o Donquixote com uma cara emburrada. — Vem cá. — Ele chama com os dedos, tendo ela indo até cima de si, dando carinho no rostinho, logo em seguida dando um beijo no biquinho que se formou nos lábios. — Senta um pouquinho em mim que isso passa, hm? Não fica de burrinho.
— Vou calar sua boca! — Ela disse, calando a boca dele com sua pequena mão, mas conseguindo ouvir perfeitamente a risada. Doflamingo levou seu pau até à intimidade dela, que logo ela se encaixou, fazendo movimentos enquanto mantinha a boca do Donquixote fechada.
— Você fez um favor para a humanidade. — O comentário de Crocodile a faz rir fraco, mas não perde seu foco, mas isso porque sentia-se chegar perto mais uma vez, o que fez com que Doflamingo tirasse a mão dela de sua boca e a tirasse de seu colo, a colocando de quatro, com a face virada para Crocodile, bem perto de seu pau, enquanto a bunda estava virada para o loiro, que não demorou em penetrar e fazer movimentos rápido, bofeteando as nádegas como as pernas, mas nada muito além do que ela aguentava — fora além do que permitia, senão, ele estava completamente tramado com ela.
Gozando mais uma vez naquele momento, ela foi virada e o Donquixote deu carinho com sua boca na região, sendo realmente bonzinho, não passando de beijinhos e pequenas lambidinhas, parecendo um gatinho.
Colocada perto de Crocodile, o homem apenas deu carinho no cabelo de Leader que se recuperava, masturbando o pénis dele, mas logo levou a mão ao de Doflamingo, masturbando os dois ao mesmo tempo, fazendo carinha manhosa quando os encara.
— Será que ainda aguenta os dois ao mesmo tempo? Ou perdeu na prática? Embora eu gostasse de fazer outra coisa...
— Lá vem. — Leader diz.
— Não é só com você. Eu gostava de ter um certo coelhinho me fazendo uma coisa.
— Lá vem. — Crocodile repete.
— Osh, não copie as falas da Leader.
— Diz lá logo o que quer. — Doflamingo sorri de lado, se colocando de joelhos, perto de Crocodile. — Nem pensar. Nem sei porque ainda te deixei dizer o que queria.
— Abre a boca, não quero o que está pensando porque você me mata se eu te quiser ajoelhado, então fica para uma próxima.
— Mas você quer morrer hoje, Doflamingo?
— Então abre só a boca. Estou bem perto.
— É bonzinho. Se quiser experimentar. — Crocodile apenas coçou a testa, revirando os olhos, abrindo pouco da sua boca, fazendo uma careta quando sentiu o sabor bem salgado, querendo cuspir, mas o olhar de luxúria de Doflamingo fez com que ele pegasse no rosto de Leader e cuspisse tudo aquilo na boca dela.
— Ok, essa não esperava, melhor ainda. — Disse o Donquixote, dando as últimas movimentadas em seu membro, se deliciando com a cena de Leader sorrindo.
— Você tem um sabor horrível. Nem eu, Doflamingo, nem eu.
— É bom, eu gosto.
— Você é você. Você é toda docinha e ele amargo demais. Por isso que prefiro chupar essa buceta docinha.
— Falta você.
— Falta ele o quê, eu ainda aguento mais uma. Deixa eu meter um filhinho ainda dentro, vai.
— Quem entretanto vai meter alguma coisa sou eu em você, mas é a minha espada na sua goela! Tanto sítio para encher do seu leite e quer logo aí? Esquece, tá? Cria aquela, já me basta aturar vocês, ok?
— Poxa. Ia ser tão bom te comer gravidinha no navio. Deixar o buraquinho bem aberto para o bebé sair de uma só vez.
— Agora até eu estou com vontade de te engravidar. — Crocodile comenta. — Você iria ficar tão lindinha gravidinha e manhosa.
— E eu estou com vontade de vos matar! Que taras vocês têm por grávidas?
— É só porque eu não esperava que logo você tivesse uma, e lembrando que ainda tenho as minhas opiniões sobre.
— Pois, mas não me importa. Me fodam de novo porque estou com raiva. Quem me foder leve vai levar na fuça, estou fula com vocês, façam algo de jeito. Gozei duas vezes, mas estou chateada e insatisfeita.
— Seu pedido é uma ordem. — Doflamingo ri. — Vamos irritar ela mais vezes com isso, que tal?
— E ela de coelhinho na próxima vez.
— Hm... vamos pensar num bem mais... sexy!
— Tinha que ser Donquixote Doflamingo. — Crocodile e Leader comentam em unissono, mas a garota logo cruza os braços e faz beicinho, tendo o Corsário a colocá-la em cima de si, penetrando seu membro e fazendo-a rebolar em cima de si, enquanto Doflamingo se aproximou atrás dela, cuspindo para a região que seu pau iria invadir, mas antes a preparando primeiro, puxando o cabelo para a provocar, mas provocou-a mais sexualmente, pois mesmo chateada, ela adorava um puxão de cabelo.
Assim penetrada nos dois orifícios, eles esperaram um pouco, e então quando tiveram a permissão, Doflamingo foi quem foi o mais bruto, novamente, puxando o corpo de Leader para si, beijando os lábios enquanto a segurava pelo queixo, cuspindo na sua boca enquanto a via revirar os olhos de prazer, pedindo por mais, deixando a raiva toda que eles lhe tinham provocado ir embora com mais um orgasmo dos bons, tendo Crocodile gozando dentro de si, que logo pediu desculpa, pois o prazer que sentiu ao ver Doflamingo a dominando daquela forma, foi inevitável o descuido.
— Deixa eu colocar um pouco também, vai, só para ser justo. — Doflamingo pede, tendo o buraquinho sensível completamente liberado para si, entrando e dando algumas estocadas, também se vindo mais uma vez, dentro dela.
Com os três se recuperando na cama, o silêncio vem à tona, tirando o facto que Crocodile acendeu um charuto.
— Coelhinho se eu fosse como tu... — Leader começa a cantar sem algum motivo iminente, parecendo cheia de sono pela moleza que se encontrava, vendo o Corsário rasgar rapidamente o resto daquela maldita fatiota na pura raiva, apenas com uma ganchada, ficando completamente nu perante os dois. Ele olhou Doflamingo, que apenas ria, ainda mais pela mais nova estar zoando Crocodile, mesmo que tivesse mais para lá do que para cá.
— Na próxima não ficava zoando o queridinho de rosa, como o queridinho me chama.
— Cala a boca, seu flamingo idiota. — Crocodile diz, de forma rude, sentindo o corpo pequeno de Leader se aninhar em cima do seu peito. — Que na próxima você perca e se vista de flamingo.
— Isso nunca irá acontecer.
— Nunca diga nunca. Coelhinho... se eu fosse como tu... — O Donquixote também começa a cantar, se aproximando para se deitar junto a eles.
— Proibido cantar essa porcaria enquanto estiver aqui!
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