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12 • Mãos inimigas

Possíveis gatilhos: violência, tortura física e psicológica.

Samantha despertou em um cubículo tão minúsculo que mal caberia outra pessoa de seu tamanho. Somente uma luz vermelha brilhava forte, iluminando as paredes grossas à centímetros de seu rosto.

Ela tinha grilhões grossos e metálicos prendendo mãos e pulsos contra a parede, suspendendo seu corpo a alguns centímetros do chão com os braços abertos. Sua cabeça tombava para o lado, e doía forte e constantemente. Não usava roupa alguma além de suas peças íntimas, e hematomas grandes cobriam seu corpo por inteiro. O olho direito estava roxo, o lábio inferior estava inchado e o sangue seco escorrido pela testa e nariz manchava-lhe o rosto.

A primeira coisa que fez foi molhar os lábios. Sentia muita sede e fome. A segunda foi tentar se mover, totalmente em vão. Seu corpo todo doía e permanecia imóvel.

— Mas que drog-

Sua voz saiu rouca e fraca. Tentou calcular a quanto tempo estava ali, e tudo o que conseguia lembrar era da luta nos corredores do Conselho. Ela lembrou-se de serem cercados, e de Aiden puxando-os para trás de uma grande porta.

Ele deveria fechar a porta. — Lembrou-se da voz de Aiden, referindo-se ao plano de Stalker.

Samantha balançou a cabeça, tentando desvencilhar-se desses pensamentos. Sua mente estava bagunçada, um misto de dúvida e indignação. Lembrou-se de Lux sendo atingida, e de tentar salvar a ela. Lembrou-se de tentar proteger a todos com seus poderes, e do portão se fechando. Confusão pura. Golpes e mais golpes. Lembrou-se de ser espancada ali mesmo, naqueles corredores, ao lado de Aiden.

— Aiden! — Ela tentou gritar por ele, ao lembrar-se do companheiro.

Ela desesperou-se, tentou se mover novamente. Concentrou todas as suas forças para ficar intangível mas assim que o fez, uma descarga elétrica percorreu por todo o seu corpo. Samantha foi dominada pela total escuridão.

Quando as luzes retornaram, brilhando forte contra seu rosto, estava em outro aposento, este maior, de paredes, teto e piso de um vidro negro e espelhado.

Ela ainda tinha grilhões prendendo as mãos, desta vez em suas costas, mas não estava mais sozinha. Aiden estava de joelhos diante dela, também usando apenas sua peça íntima. O asiático estava igualmente ferido e abatido, mas, ao contrário dela, carregava ferimentos quase que completamente já curados e cicatrizados. Ele forçou um sorriso para a super-ata, como se dissesse que tudo ficaria bem, mas Samantha não acreditou.

Ela ouviu passos, salto alto batendo contra o chão, e com dificuldade virou-se para o lado. Sentiu

A mulher fumava seu cigarro eletrônico compulsivamente, tinha um largo sorriso em seu rosto, e usava trajes brancos combinando com o cabelo preso em um coque apertado. Ela andou até parar ao lado de Samantha. Encarando-a por cima, estudou todo o rosto da jovem.

— Então você é a escolhida? — Daria tinha uma voz debochada.

— Vai pro inferno. — Samantha cuspiu sangue na roupa da mulher. O líquido vermelho bateu na coxa da mulher, e escorreu lentamente pela sua perna.

— Você vai morrer hoje, garota. — Daria ignorou o cuspe — Não importa o que você faça, você morre. Nós ganhamos.

— Não. — Samantha se rebateu, tentando se soltar em vão.

— O Corvo finalmente criou um pouco de juízo e fez o que era sensato. Ele fez um acordo conosco... — enquanto falava, caminhava lentamente pelo aposento, rodeando os seus dois prisioneiros — Após o seu plano de salvar Caliope, ele decidiu fazer o que era certo, me entregou você em troca da morte de Caliope e da paz. Eu, como também sou sensata, aceitei o acordo. Você realmente é a escolhida, garota, irá poupar a vida de uma centena de meta-humanos com a sua morte.

Daria gargalhou. Samantha ainda tentava se soltar.

— Por que ainda não nos matou? Se já conseguiu o que queria? — Aiden encarou Daria.

— Eu ainda não consegui o que queria. Irei matar Samantha e Caliope, como o combinado, mas antes quero uma coisa...

— Nós não daremos nada a você. — Aiden fechou seu semblante.

— Você vai morrer, Samantha. — Daria ignorou Aiden — Mas ele pode viver. Diga-me, onde está Stalker?

— Eu não sei. — Samantha forçou-se a encarar Daria, demonstrando todo o seu ódio por aquela mulher.

— Você sabe sim... — Daria sorriu com malícia — Sabe qual a vantagem do poder do seu amigo? O corpo dele se adapta as coisas externas, fazendo com que ele tenha grandes vantagens de sobrevivência... Basicamente ele não pode morrer... E sabe por quê acho isso incrível? Podemos espancá-lo incansavelmente, por toda a eternidade, ele sentirá dores, sofrerá com isso, mas jamais irá morrer...

Samantha encarou Aiden com desespero. Ele olhou para ela de volta, tentando em vão parecer tranquilo.

— Eu posso assistir isso o dia inteiro. Cedo ou tarde, você irá contar onde ele está.

Daria encostou seu corpo na parede e tragou seu cigarro. Neste instante, um homem alto e encapuzado entrou na cela, carregando um porrete metálico em cada mão. Ele parou na frente de Aiden e iniciou sua sessão de tortura.

Golpes atrás de golpes, o bastão metálico batia contra Aiden sem cessar. Aiden gemia de dor, engolindo cada grito, seu sangue espirrava no chão. Sua pele endurecia, mas os golpes não paravam. Samantha assistia aquilo rebatendo-se contra os grilhões e tentando se soltar. A super-ata gritava para que parassem, continha as lágrimas que insistiam em querer sair.

— Parem por favor! Batam em mim. Não nele. Pare!

Mas ele não parava. O homem continuava a bater. E bater. E bater...

— Na antiga-

— Não! — Aiden berrou.

— -sede do Conselho... Em um megacomputador. — Samantha ignorou Aiden.

Mesmo dizendo aquilo, o homem continuou a bater em Aiden, e só parou quando um dos bastões partiu-se ao meio, rolando pelo chão. Daria aplaudiu àquilo e, antes de sair, acariciou a cabeça de Samantha com uma das mãos.

— Obrigada. — Ela disse, se retirando da sala em passos lentos e elegantes.

— Por que você...

— Me desculpe... — Samantha não deixou que Aiden terminasse sua pergunta, caindo aos prantos.

Pelo pouco que Aiden conhecia de Samantha, ele jamais imaginou vê-la naquela situação. Em seu peito batia o duplo desespero de olhar para ela daquela forma e de imaginar o pior acontecendo a Stalker. Ele soltou um sorriso fraco tentando confortar a si e a ela, miseravelmente.

Os dois permaneceram ali, de joelhos na cela espelhada. Samantha respirando ofegante e controlando as lágrimas; Aiden desesperadamente tentando pensar em alguma saída. O tempo passou tão devagar que eles sequer podiam medir as horas que permaneceram daquela mesma maneira, quando finalmente, a porta se abriu.

— Mentirosa!

Daria avançou rapidamente em direção a Samantha, e chutou-lhe a face com toda força que conseguia, fazendo a garota cair para o lado. Fraca demais para se erguer, Samantha permaneceu com o rosto colado ao chão, respirando fundo. Ela olhava de canto para Daria, que ofegava furiosa enquanto caminhava de um lado ao outro.

— Diga onde Stalker está! Agora! — Ela berrou histericamente.

— Eu não sei!

— Mentirosa! — Outro chute, este na barriga de Samantha.

— Pare! Ela não sabe! — Aiden gritou, mas foi ignorado.

— Olha o que você me fez fazer!

Daria puxou a cabeça de Samantha com violência, erguendo-a e colocando-a novamente de joelhos. Naquele instante, uma das paredes revelou-se um grande monitor, mostrando o galpão que Samantha usava como casa.

— Última chance... Diga onde ele está!

— Eu não sei! — Samantha gritou, sua voz saiu rouca e falhada.

Daria soltou a cabeça da garota e se retirou da cela. Samantha encarava o grande monitor, via o galpão com ansiedade e desespero e, antes que pudesse pensar qualquer coisa, uma grande explosão consumiu o prédio, reduzindo-o à cinzas.

— Não! — Samantha berrou.

Ela caiu em um choro descontrolado, imaginando a morte das centenas de pessoas que viviam ali. Aiden deixou uma lágrima escapar ao assistir aquilo, completamente dominado pelo sentimento terrível da impotência.

Os dois receberam choques fortes e intensos e, mais uma vez, ficaram inconscientes.

Fim do capítulo

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