"Μοναδικό Κεφάλαιο"(Capítulo único)
Glossary
αγαπητός: querida
μαμά: mamãe
το μωρό μου: meu bebê
συγγνώμη μαμά: perdão mamãe
Grécia, 2024
Pyrgos
━━ Lavina! Corra aqui αγαπητός (agapitós). ━━ Gritava Lia Vassilakis - Minha mãe - enquanto arrumava meu quarto.
━━ O que foi μαμά ( mamá)? ━━ respondi da cozinha onde preparava meu desjejum.
━━ Seu computador está estranho, a tela está piscando. ━━ Ela dizia já no topo escada.
━━ Ah não! Não posso perder minhas histórias! ━━ Subi os degraus correndo, com o coração acelerado, e cheguei ao quarto esbaforida. Minha mãe, observava a tela piscante do meu notebook. Tentei ligar o aparelho novamente, mas ele não respondia.
━━ Não pode ser... ━━ murmurei, pressionando o botão de ligar repetidamente.
Mamá colocou a mão em meu ombro, tentando me acalmar.
━━ Calma, αγαπητός (agapitós). Talvez seja só um problema menor.
━━ Espero que sim, μαμά (mamá). Não posso perder minhas histórias... ━━ falei, sentindo a ansiedade crescer. A tela do notebook piscou uma última vez antes de apagar completamente.
━━ Precisamos levar isso para consertar ━━ disse minha mãe, com um tom decidido. ━━ Vamos até o centro da cidade hoje mesmo.
━━ Até Argostoli? ━━ perguntei, mencionando a cidade mais próxima de onde morávamos, uma região mais afastada da agitação urbana. ━━ É a única opção?
━━ Sim, Argostoli é o lugar mais próximo com uma boa assistência técnica. Não podemos esperar. Quem sabe, eles conseguem resolver isso rapidamente ━━ ela respondeu.
Eu suspirei, resignada. Argostoli não era tão longe, mas significava passar o dia fora e torcer para que o conserto não demorasse.
━━ Tudo bem, vamos logo então. Não posso ficar sem meu notebook por muito tempo ━━ falei, pegando o aparelho e seguindo dona Lia escada abaixo.
Saímos de casa e logo estávamos na estrada que levava a Argostoli. O clima estava fresco, com uma brisa suave vindo do mar, acariciando nossos rostos. As janelas do carro estavam abertas, deixando entrar o cheiro salgado do oceano.
A estrada sinuosa revelava vistas deslumbrantes da costa. O mar Egeu brilhava sob o sol matinal, suas águas azuis contrastando com o verde das colinas ao nosso redor. Pequenas casas brancas com telhados vermelhos pontuavam a paisagem, dando um charme especial àquela região pacata.
Passamos por algumas vilas menores, onde as ruas eram estreitas e as pessoas nos cumprimentavam com acenos amigáveis. Os mercados locais estavam começando a abrir, e o aroma de pão fresco e café começava a se espalhar pelo ar.
Enquanto dirigíamos, minha mãe e eu conversávamos sobre a rotina da semana e sobre minhas histórias. Me chamo Lavina Vassilakis, sou escritora e minha mãe sempre foi minha maior apoiadora, interessando-se genuinamente por cada trama que eu criava.
━━ Tenho certeza de que vamos resolver isso rápido ━━ disse ela, otimista. ━━ E quem sabe, esse pequeno contratempo não se transforma em inspiração para uma nova história? ━━ desviava a atenção da estrada minimamente para olhar-me com carinho.
Sorri, apreciando seu apoio incondicional.
Finalmente, ao chegar em Argostoli, fui recebida por suas ruas tranquilas e charmosas. A cidade tinha um ar acolhedor, com cafés à beira-mar e lojas de artesanato locais. Apesar de ser relativamente grande, Argostoli ainda mantinha aspectos da Grécia antiga que a tornavam tão fascinante quanto nossa querida Pyrgos. Estacionei o carro perto da principal rua comercial e nos dirigimos à loja de eletrônica.
A loja era moderna, mas não imponente. Parecia um pequeno oásis tecnológico em meio à arquitetura tradicional de Argostoli. Entramos e fomos recebidas pelo som suave de música ambiente e pelo brilho das telas de exposição.
Logo, um homem alto se aproximou. Seus olhos castanhos profundos eram hipnotizantes, a pele clara contrastava com os cabelos escuros e seu corpo atlético lembrava um verdadeiro deus grego. Mas o que realmente me chamou a atenção foi seu sotaque russo ao falar.
━━ Bom dia, posso ajudar? ━━ perguntou ele, com uma voz grave que parecia ressoar pelo ambiente.
Expliquei o problema do meu notebook, tentando não me distrair pela presença imponente dele.
━━ Entendo. Posso dar uma olhada? ━━ ele disse, pegando o notebook com cuidado.
Observando-o enquanto examinava o aparelho superficialmente, notei suas mãos firmes e precisas, que pareciam feitas tanto para consertar eletrônicos quanto para algum tipo de atividade física intensa.
━━ Parece um problema sério, mas vamos precisar de mais tempo para um diagnóstico completo. Se puder deixar o notebook aqui, em 48 horas teremos um orçamento para você ━━ explicou-me, olhando diretamente nos meus olhos.
Assenti, sentindo uma mistura de ansiedade e curiosidade.
━━ Claro, sem problemas. Agradeço a ajuda ━━ respondi, tentando esconder a ligeira frustração com o tempo de espera.
Deixei o notebook com ele e saí da loja com minha mãe. Aguardaria ansiosamente pelas próximas 48 horas, esperando que ele pudesse resolver o problema e talvez ansiosa para vê-lo novamente.
Passei o resto do dia melancólica. Voltamos a Pyrgos mas nada me animava, precisava atualizar minhas obras, mas sem meu notebook seria quase impossível e trabalhar pelo celular estava fora de cogitação.
Sem opções do que fazer resolvi dar um passeio pela praia, talvez apreciar o mar me trouxesse a paz e calmaria que tanto necessitava. Desci as colinas e avistei as ondas quebrando na enseada. A brisa marinha e o vento gélido refrigeravam minha alma e me traziam tanta inspiração. Lamentei um pouco mais pela perda do meu aparelho, ele seria tão bem-vindo agora.
Ao lembrar dele, não pude esquecer o homem intrigante que me atendera. Sorri negando ao perceber onde minha mente inquieta me levava, mas não posso ser hipócrita, o atendente era realmente divino. Quando a noite caía e o ar frio já tomava conta da atmosfera, resolvi voltar para casa. Mamá me aguardava sentada na varanda balançando-se em sua cadeira com um xale envolto em seus ombros.
━━ Perdestes a hora το μωρό μου ( to moró mou)? Já estava preocupada !
━━ συγγνώμη μαμά (syngnómi mamá). Me deixei levar pelos encantos do mar. ━ respondi sentando-me no assoalho aos seus pés. Mamãe acariciou meus fios ruivos e desgrenhados pelo vento.
━━ Não fique triste, amanhã irei a Argostoli novamente e passo na assistência pra ver seu notebook. ━ ela confortava-me com a voz doce.
Olhei-a subitamente de olhos arregalados e brilhantes.
━━ Irás a Argostoli? ━ indaguei ansiosa. ━━ Posso ir contigo? ━ continuei animada.
━━ Você... em Argostoli... dois dias seguidos? Quem é você e o que fez com meu bebê?
Sorri com a constatação de mamá, eu realmente odeio sair de casa, digamos que prefiro a companhia dos livros. Pessoas são complicadas e entediantes. Mas eu tinha um bom motivo, não? É, talvez esse não fosse o real, mas ainda assim era um bom motivo.
No raiar do dia seguimos viagem a Argostoli, me sentia ansiosa, tanto pelo notebook quanto pelo técnico. Mas minha alegria se desfez ao chegar na loja e encontrar outro atendente.
Para o meu azar o Deus grego estava em outra filial, justamente naquele dia. Suspirei pesadamente e coloquei meu melhor sorriso no rosto. O rapaz me atendeu confuso pois não sabia nada sobre meu aparelho. Ligou para o russo e me deu informações nada animadoras. Teria que esperar até segunda feira e ai sim saberia o real problema.
Mais uma vez retornei a Pyrgos entristecida. Meu final de semana foi um desastre improdutivo. Não me concentrei em nada, não li, não escrevi, enfim vegetei literalmente.
Passado o horroroso fim de semana lá fui eu a Argostoli novamente e dessa vez o técnico estava presente. Conversamos sobre as falhas do aparelho e descobri que ficaria mais um dia sem ele, mas dessa vez saí da assistência com o número do bonitão.
Começamos a conversar - lê‐se flertar - sobre as possíveis áreas a serem consertadas. Em um dado momento já não falávamos mais de notebook, nas entrelinhas estavam as nossas reais intenções. Me senti uma adolescente emocionada. Mas aquilo me fazia bem.
Mamá notava meu sorriso para a tela do celular e me olhava com advertência, sei que era apenas preocupação e que ela me apoiaria em qualquer decisão desde que não me machucasse.
Tamec Bravanuk - como se chamava o deus grego - se mostrou muito solícito nos últimos dois dias que conversamos. Mandava-me vários vídeos do processo de conserto. No dia programado voltei a Argostoli com mamá. Tamec estava ainda mais divino e dessa vez um sorriso iluminou sua face ao me ver. Ficamos mais próximos e conversávamos em voz baixa, nada de estranho, apenas flertes sutis, enquanto mamá pagava pelo serviço prestado à outra atendente.
Precisei me ausentar e deixei dona Lia conversando com eles. Fora o suficiente para ela contar sobre meu trabalho e gabar-se de sua filha escritora - o que só descobri mais tarde. Ao retornar me despedi de todos e troquei olhares prolongados com Bravanuk.
Na viagem de volta a Pyrgos mamá me interrogou durante todo o caminho. Dei respostas simples pois não havia o que falar. Não sou lá tão comunicativa e Tamec me deixava ainda mais tímida.
Em casa, coloquei meu amado notebook para funcionar, tive que reprogramar tudo, com a ajuda de um certo Russo claro. A noite caiu e continuava minha luta com o note e minha conversa com Tamec.
Mensagem on
Lavina: Neste momento não estou conseguindo nem formatar a página do arquivo.
Bravanuk: Vou passar pra te ver te ajudar a escrever ksksks.
Lavina:Você não ajudaria em nada.
Bravanuk: Eita me chamou de analfabeto. Depois dessa, fiquei magoado.
Lavina: Eu não teria concentração em colocar uma vírgula no local certo.
Bravanuk: Mas por que ?
Lavina: Porque iríamos ficar conversando.
Bravanuk: Eu ficaria caladinho.
Lavina: Quietinho me vendo escrever?
Bravanuk: Sim! Por incrível que pareça. Não gosto de ler, mas gosto de ver pessoas escrevendo.
Lavina: Por qual motivo você faria esse sacrifício?
Bravanuk: Porque eu sou uma pessoa que mora só, aqui está um tédio, não tenho nada para fazer, durmo as 3 da madrugada ou mais tarde e se eu ocupar minha mente isso me deixaria melhor.
Lavina: Ficaria aqui só me olhando?
Bravanuk: Curtindo sua beleza escrevendo.
Lavina: Então vamos conversar nas noites de insônia.
Bravanuk: Não me incomodo.
Message off
Sorri deixando o aparelho de lado e finalmente me concentrando em meu trabalho. A lua cheia já iluminava os céus de Pyrgos quando recebi uma notificação de Bravanuk dizendo que estava na cidade e queria me ver.
Corri para contar a mamá, tive medo e ela também. Subi ao meu quarto e encarei meu reflexo no espelho. A mulher de olhos verdes a minha frente sempre foi uma mulher de coragem e intensidade, se fosse para arrepender-me, seria por algo que fiz e não que deixei de fazer.
Me dirigi ao banheiro, tomei uma ducha rápida e me arrumei da melhor maneira que pude. Escovei meu cachos ruivos coloquei um vestido preto, arrumei meu celular e carteira em uma bolsinha transversal e desci as escadas. Digamos que fugi, pois mamá já dormia profundamente. Ao cruzar a porta, lá estava ele, trajando uma Polo branca, jeans de lavagem clara, em sua moto sorrindo lindamente. O cumprimentei timidamente pegando o capacete que estendeu em minha direção, subi em sua garupa e fomos passear pela orla.
Descemos a encosta e chegamos até a praia, sentamos lado a lado apreciando as ondas que se quebravam na rebentação e conversamos mais sobre nós. Descobri que Tamec era realmente russo, um ex-lutador, campeão, hacker e que gostava de fazer programação.
Sobre mim ele já sabia muito, pois mamãe fez questão de falar-lhe.
O clima frio me envolveu e junto dele os braços de Tamec. Nos aproximamos e um ósculo lento se iniciou, trocamos beijos suaves enquanto ele explorava meu corpo com suas mãos.
A atmosfera entre nós se tornou quente e envolvente. Nossos beijos, ardentes e desejosos. Bravanuk debruçou-me sobre a areia e encaixou-se entre minhas pernas. Seu corpo se friccionava sobre o meu e pude sentir a rigidez de seu membro. Suspirei, gemendo afetada enquanto ele apertava a carne farta das minhas coxas.
Tamec distribuiu beijos pelo meu corpo me venerando e me causando ondas de prazer intenso. Desceu minha calcinha lentamente, arranhando minha pele com suas unhas curtas deixando‐me arrepiada e encharcada.
Guardando‐a em seu bolso, encarou- me com luxúria e se aproximou de minha intimidade.
Sua língua brincava com maestria enquanto seus dedos me penetravam com lentidão. O russo absorvia todo meu prazer e sorria com meus delírios. Soltei um gemido e encolhi as pernas.
Parando para observar-me, suas mãos desenhavam os contornos do meu corpo. Abrindo minhas pernas encaixou-se novamente entre elas e ouvi o som do zíper se abrindo enquanto ele continuava a me torturar chupando meus seios intumescidos.
Erguendo-se minimamente vi ele deslizar a camisinha por seu membro veiudo e rosado.
" Tão gostosa" ele me elogiou antes de voltar à posição inicial. Sem aviso fui invadida brutal, mas deliciosamente. Toda delicadeza do início foi trocada por estocadas firmes e certeiras.
Arfei eletrificada pelo sentimento indescritível de estar sendo preenchida por ele. Gemi palavras desconexas e ouvi sua respiração entrecortada. "Lavina" meu nome saiu como um mantra ao pé do ouvido. A voz rouca e sussurrada. " Vira" ele ordenou se retirando de mim e eu fiz, sem pestanejar, me surpreendendo com minha estranha obediência.
Ele entrou em mim mais uma vez, retirou-se lentamente e empurrou de volta. A sensação era enlouquecedora. Mal me importava com a areia molhada que arranhava meu corpo. Me perdi no prazer de ser fodida como nunca fui antes.
"Merda" gritei quando Bravanuk se agarrava em meus quadris e investia repetidamente e sem pausas. "αγαπητός(agapitós)" ele rosnou entre dentes como uma fera no cio ao chegar em seu ápice. Meu corpo se contraiu em volta de seu membro e cai na areia, sem forças, pelo orgasmo arrebatador. Senti Tamec deitar-se sobre mim beijando meus ombros, o olhei de canto e apenas sorrimos. Não foram necessárias palavras naquele momento. Nós nos amamos em meio às areias de Pyrgos, com o mar Egeu e a lua cheia como testemunhas silenciosas.
Horas mais tarde, já limpos e vestidos, continuamos nossa conversa. Tamec me desafiou a escrever sobre nós e aceitei o desafio. Jamais imaginei que um momento aleatório seria uma inspiração. Voltei pra casa e me despedi daquele homem misterioso.
Ainda tenho seu número salvo, mas não ousei contatá-lo, achei melhor assim.
Bravanuk, sem dúvidas foi uma bela experiência e ficará guardado em minha memória.
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Tamec Bravanuk um técnico desconhecido além de consertar meu notebook Programou a Minha História.
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