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5 - Ardilosa

Presente para vocês: Mais um capítulo!!! Fiquem atentos que eu postei o capítulo 4 pela manhã (confiram se vocês o leram ♥)

O ronco potente de sua moto Ducati cadenciou todo o percurso que Igor fez ao longo da avenida principal da cidade litorânea onde se hospedara após a convocação. Um milhão de estrelas salpicavam o céu e se refletiam nas águas enegrecidas do oceano.

Havia chegado à cidade pela manhã. Assumiria seu posto oficial apenas no dia seguinte. Por isso, decidira subir em sua moto e aproveitar a noite agradável. Não sabia como sua vida ficaria nos próximos dias ou semanas ou meses.

E não havia nada mais relaxante do que andar sem rumo em sua moto, principalmente depois de reuniões pessoais com o pai. Amava aquela Ducati vermelha de um jeito insano. Era uma das poucas coisas que possuía e que o velho general reprovava, mas que ele se recusara a abrir mão.

Igor estacionou em um vaga junto ao calçadão e desceu, mantendo-se recostado à moto enquanto observava o movimento crescente dos turistas. Tirou o capacete.

O vento marinho batia em seu rosto, erguendo seus cabelos, permitindo que ele inspirasse fundo.

"Finalmente poderá me mostrar que não perdi meu tempo ao investir dinheiro em cima de alguém como você".

Igor cerrou os punhos, lutando para não deixar a raiva corrosiva escorregar para fora da muralha onde ele a mantinha.

O velho iria engolir cada uma daquelas palavras.

Porque ele iria garantir que a missão fosse realizada e extremamente bem-sucedida.

Mesmo sem saber direito, ainda, para qual trabalho seria enviado.

Tudo era confidencial demais.

E, quando dizia respeito ao EQA, era três vezes mais confidencial.

— EQA — murmurou para si mesmo.

Esperava que aquele dia nunca chegasse. Esperava que nunca tivesse que, de fato, seguir o caminho traçado por seu pai.

"Finalmente poderá me mostrar que não perdi meu tempo ao investir dinheiro em cima de alguém como você".

— Você vai ver, general. Você vai ver...

A veia em seu pescoço latejou. Ele inspirou fundo, preparando-se para se virar, subir na moto e voltar para o hotel.

E então a viu.

Ela não parecia uma moradora local, mas também não parecia uma turista como os demais.

Igor se afastou um pouco da moto, de forma quase imperceptível, quase magnética, apenas para observá-la melhor.

Não podia ver o rosto daquela garota por completo, apenas o vislumbre do perfil, as mãos que seguravam a água de coco, a curva tentadora do pescoço que se revelava quando a brisa marinha soprava seus cabelos para trás. A blusa preta que usava contrastava com a pele branca e acentuava o volume escuro dos cabelos, assim como a calça jeans apertada que desenhava suas curvas e que convidava a imaginação dele para seguir caminhos perigosos.

E então, sem que ele esperasse, ela virou o rosto, como se o sentisse, os olhos incidindo dentro dos seus.

Igor se pegou preso entre uma respiração e outra.

Os olhos dela eram castanhos; mas não um castanho qualquer. Carregavam um brilho ardil, uma insinuação de um oceano tão profundo quanto aquele que quebrava e se refazia na praia diante deles.

Igor balançou a cabeça e desviou o rosto.

Que diabos estava pensando?!

O estresse com a convocação, com o adiamento da viagem que poderia mudar sua vida e com as garras controladoras e invisíveis do pai deviam estar mexendo com ele.

Igor esfregou o pescoço; de súbito, a jaqueta parecia apertada, a pele, quente e irritada.

Contra seu senso de racionalidade, voltou a virar o rosto, apenas para contemplar mais uma vez os olhos dela.

Mas a garota não estava mais olhando para ele.


**************


Era incrível o poder relaxante que uma água de coco tinha sobre ela.

Satisfeita, Maju descartou a fruta vazia em uma lata de lixo e voltou a caminhar pelo calçadão, tentando não procurar pelos olhos profundos do motoqueiro que captara sua atenção.

Já havia arranjado problemas demais por conta de homens nas últimas semanas.

Segurou um sorriso travesso, fitando a imensidão do oceano.

Mesmo que ela quisesse se jogar em cima daquele problema de jaqueta de couro e ar perigoso que havia sido capaz de roubar seu ar com apenas um olhar.

Rindo para si mesma, Maju andou de forma despreocupada pelo calçadão, ensaiando se pisava na areia ou não, se caminhava à beira-mar ou não. Queria tirar os sapatos e sentir a carícia da água em seus pés. Queria que o mar tragasse todas as suas preocupações.

Hum... Talvez, só um pouquinho.

Maju pisou na areia, seguindo o chamado das ondas do oceano, se afastando dos turistas do calçadão, cada vez mais próxima do mar e...

De repente, um calafrio subiu por sua espinha.

Maju se arrepiou da cabeça aos pés.

Discretamente, olhou para os lados, tentando não demonstrar nenhuma emoção em seu semblante.

Alguém a seguia. Podia sentir.

Era impossível que Víbora a houvesse rastreado até ali.

Mas, mesmo enquanto voltava para o calçadão, a sensação de estar sendo seguida e vigiada pelas sombras que escureciam a areia da praia se intensificava.

Maju engoliu em seco.

Precisava sair dali. Precisava voltar rápido para o hotel.

Droga, tinha andado demais e perdido a noção do tempo. Estava distante do hotel para retornar a pé. Além disso, seria arriscado demais. Tinha que escapar dali sem deixar nenhum rastro.

E se...

Isso!

Bom, não era o melhor dos planos, mas era a ideia mais rápida que surgira em sua mente.

E não seria a primeira vez que faria aquilo.

Nem a segunda.

Merda.

Ora, uma garota precisava aprender alguns truques ardilosos para sobreviver.

Maju procurou pelo motoqueiro alto que se destacava no meio dos turistas e, evitando olhar por cima do ombro para confirmar se alguém a seguia, começou a andar na direção dele.


*******************


Como se o universo o estivesse tentando, Igor sentiu um puxão invisível que o fez virar o rosto, captando a misteriosa garota dos cabelos escuros vindo rapidamente em sua direção.

O corpo dela colidiu com o seu; os braços ágeis de Igor a ampararam, o cabelo dela sacudindo no ar, espalhando um cheiro adocicado e provocante sobre seus sentidos, que se impregnou em sua pele, em seus ossos.

— Ei...!

A garota se moveu, como se tentasse se esconder atrás dele, as mãos delicadas agarrando sua jaqueta com força.

Um instinto selvagem e protetor ressonou dentro de Igor.

Conhecia os crimes do litoral. Trincou o maxilar ao imaginar que poderia haver algum filho da puta a perseguindo; e a ideia do que poderia acontecer com ela o atingiu de uma forma alarmante, aumentando a fúria encarcerada que sentia no peito.

Igor desceu a mão até a cintura, mas parou antes de sacar a arma. Havia muitas famílias na orla, e ele não queria colocar ninguém na linha de fogo. E não desejava imaginar como seu pai reagiria se descobrisse que ele se meteu no meio de um tiroteio em campo aberto.

Já tinha problemas demais com o velho general.

Só que nada lhe permitiria deixar a garota sozinha e desprotegida.

— O que foi? — perguntou, os olhos correndo por entre os turistas que caminhavam na areia. — Tem alguém atrás de você?

Igor olhou para onde a garota assustada estava, apenas para constatar que ela já havia sumido.

Mas...

Ele se virou, no mesmo instante em que o som de um motor que conhecia muito bem ecoou pelo calçadão da praia.

Sua mente estalou.

Igor enfiou as mãos nos bolsos da calça, procurando pela chave da moto. Mas a chave não estava ali.

Só teve tempo de ver sua preciosa Ducati vermelha sendo levada para a grande avenida, com os cabelos escuros da misteriosa e ardilosa garota que a conduzia balançando em suas costas.

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