uno
A sala da diretoria do ASSI nunca teve tanta gente presente, o lugar de paredes cinzas escura - as da esquerda e direita com prateleiras cheias de arquivos, e a mais ao fundo exibindo certificados e notícias sobre o colégio e o diretor- está com seis cadeiras alinhadas do outro lado da mesa de vidro com uma cadeira alta preta, ocupando o espaço acima do tapete branco.
Há uma mistura de sons irritantes no ambiente, e apesar de os ali presentes desejarem o silêncio, ninguém parece querer ser o primeiro a querer parar, ou pedir.
A garota sentada na cadeira mais próxima da mesa, clica uma caneta vezes repetitivas, ansiosa por saber porque fora chamada ali e desesperada para sair, algo há diz que não está ali para receber parabéns por suas boas notas como vezes antes, e Caterine nunca fora chamada para nada além disso. Alguns chamariam a garota de pele negra clara, olhos e cabelos encaracolados, sempre com algum acessório os enfeitando, castanhos escuros, de nerd, como já ouvira pelo corredor, mas ela prefere se referir a si mesma como uma garota que prefere ficar na sua e ter notas boas o suficiente para ir para a melhor universidade em Suvellié, porém, secretamente, ela também se refere como uma garota solitária.
O moreno de descendência tailandesa sentado ao seu lado revira os olhos quando o som da caneta explode em seus ouvidos mais uma vez, e ele acerta a bolinha que achou na única gaveta aberta da mesa, contra a parede cheias de certificados, causando um barulho oco. Um sorriso se abre no rosto de Luca quando a garota ao lado treme com o barulho, e ele torce para que ela diga algo e acabe com o silêncio irritante, mas ela permanece quieta, apertando sua caneta e balançando a perna coberta pela saia azul do uniforme, um resmungo sai de sua boca e ele taca novamente a bola na parede, Luca não sabe se ela não diz nada porque é tímida pra caralho ou se é por causa da jaqueta do time que ele veste.
Talvez ele mesmo quebre o silêncio, principalmente quando sua cadeira é chutada pela décima vez desde que chegou. Ele se vira na cadeira e encara com raiva a ruiva com um sorriso vitorioso atrás de sim.
Letitia cruza os braços sobre a gravata vermelha desarrumada e ergue as sobrancelhas acima de seus olhos castanhos, para Luca, esperando ele dizer algo, torcendo para que seja o primeiro a se render, mas seu sorriso se fecha quando o garoto apenas revira os olhos castanhos escuros, quase pretos, e volta a se virar para frente. Um suspiro zangado sai de seus lábios e ela desliza pela cadeira, o som de seus saltos vermelhos batendo contra a cadeira continuando para o irritar, a garota está acostumada a ser o centro das atenções, e gosta disso, mas irritar tanto o capitão do time de futebol do colégio ao ponto de ter toda a atenção dele em si, é melhor ainda. Seus fios na altura dos ombros são puxados com força para o lado e ela olha zangada para o culpado.
Enquanto Letitia ama irritar Luca, Drace ama irritar Letitia, não por diversão, mas sim porque parece ser o único jeito de fazer a garota perceber o que está fazendo. Ele solta os fios ruivos e passa as mãos em seus cachos loiros no alto da cabeça, antes de voltar a estalar os dedos das mãos, ele não vem para o lugar com tanta frequência, e quando vem, é porque foi testemunha de algum plano armado pelo que chama de amigas, mas dessa vez, nenhuma delas parece saber o porquê receberam a mensagem os chamando para a sala do diretor, e a ansiedade só não é pior do que não saber onde diabos está a dona da única cadeira, além da do outro lado na mesa, vazia na sala, se meteu.
A porta da sala se abre em um rompante, e as pessoas ali presentes erguem a cabeça, esperando finalmente encontrar quem os chamou ali e não outro aluno, como todas as cinco vezes anteriores, um bufo é emitido da terceira cadeira na primeira fileira pelo garoto com a jaqueta jeans quando vê quem passa pela porta. O loiro volta o olhar para frente e volta a deslizar o zíper barulhento de sua jaqueta para cima e para baixo outra vez. Ao contrário de Caterine, a garota na outra ponta da fileira, Rocco está acostumado a estar ali, e não é por boas notas, mas seu gesto irritante é mais uma forma de passar o tempo, desejando vazar dali o mais rápido possível e não ter que ouvir mais uma vez o velho resmungar sobre como sua jaqueta não pertence ao regulamento escolar. É engraçado como as jaquetas do time parecem pertencer. A garota que entrou fecha a porta atrás de si e ele ergue o olhar para o relógio na parede a sua frente, se ele passar mais tempo ali, pode acabar contaminado com tanta gente podre no mesmo lugar.
A recém chegada se joga na última cadeira vaga ao lado de Letitia e cruza o tornozelo calçado por coturnos pretos acima do joelho da outra perna. Luna não esperava ser a última a chegar, mas não teve culpa se só percebeu a mensagem na secretária eletrônica do quarto, após sair do banheiro e teve que se vestir às pressas para chegar, é por causa disso que abandonou sua jaqueta vermelha e teve que vestir o blazer preto sem graça do colégio.
— Abaixa essa perna, alguém pode ver sua calcinha. – Letitia sussurra ao seu lado, ela vira o rosto em sua direção.
— Quem disse que estou usando calcinha? – Ela ergue as sobrancelhas, a fazendo revirar os olhos, mas abaixar a perna – Foda-se, porque estamos aqui? – Ela sussurra quando continua. – E com essa gente?
— Me diga você Luna, o que aprontou dessa vez? – Uma risada soa atrás dela e ambas desviam o olhar para Drace.
— Não sei o que aprontou, mas é melhor arrumar esses cabelos antes que o diretor ache que você andou fodendo na biblioteca outra vez. – Luna abre a boca em choque, mas leva as mãos aos cabelos loiros e tenta os prender em um coque. Drace sabe que tudo não passou de um mal entendido, mas gosta de a fazer lembrar do ocorrido, principalmente na frente de estranhos.
— Eu estava no banheiro ok? Tomando banho – Frisa quando a ruiva revira os olhos – Por isso só vi a mensagem depois, mas pensei que só haveria nós três aqui – Ela aponta com a cabeça para a fileira da frente. – Mas seja o que for, acho que estamos de acordo que a culpa é de Luca.
Um barulho alto soa quando a bola cai no chão, e os outros barulhos que faziam companhia a esse, param também. Luca respira fundo, sabendo que nunca terá paciência suficiente para lidar com o trio atrás de si, e se vira, seus olhos parando na loira que termina de prender o cabelo.
— Sabe gatinha, você pode ter olhos lindos, mas é uma tremenda vaca. – Luna abre um sorriso e inclina a cabeça, fazendo questão de piscar seus olhos azuis.
— Se seus argumentos para o diretor forem iguais a esse, ou você vai receber um boquete ou uma suspensão no final da noite. – Letitia sorri ao seu lado.
— Suspensão? – Ela leva a mão ao queixo – Acho que expulsão seria mais adequado. – Um resmungo soa, mas não vindo de Luca. Rocco se vira para trás em sua cadeira, e passa superficialmente o olhar pelos três.
— Vocês não podem calar a porra da boca? Só falam merda. – Letitia abre a boca em choque.
— Melhor falar algo do que não falar nada. – Todos os olhares vão para a garota da primeira cadeira, que enrijece as costas e vira o pescoço devagar para o lado, Caterine sente o rosto esquentar com tanta atenção sobre si.
— E-eu – Ela coça a garganta – Apenas estou com medo do que ele falará. – Luca solta uma risada, Luna revira os olhos e encara a garota.
— Relaxa, você é a boa garota, se fosse algo sério, não estaria aqui.
— Mas vocês estão, e costumam ser sempre por algo sério. – Os cinco se encaram.
— Bem, você tem um ponto – Letitia dá de ombros e cruza as pernas, atraindo o olhar de todos para a parte de sua coxa não coberta pela saia quadriculada preta, branca e vermelha. – Então, porque os piores, médios e não encrenqueiros foram chamados domingo à noite para a direção?
Ninguém tem a oportunidade de responder, a porta volta a ser aberta, dessa vez, revelando o diretor. Como tradição, todos se levantam quando ele entra na sala, alguns revirando os olhos e segurando palavrões, e aguardam impacientes o diretor dar a volta em sua mesa e sentar em sua cadeira, só assim podendo voltarem a se sentarem.
Porém, estranhamente, o diretor de meia idade, alta estatura por baixo de um terno cinza giz e cabelos pretos misturados com fios grisalhos, não está sozinho. Todos acompanham em silêncio e surpresos quando outra figura passa pela porta, dessa vez, outra aluna, mas não parece estar encrencada como eles.
Bianca Fontana fecha a porta e atravessa a sala silenciosamente, suas sapatilhas pretas, típicas do uniforme, não gerando som ao tocarem o chão, suas costas continuam retas mesmo sendo encarada com raiva por cada um ali, ela está acostumada com olhares desse tipo, afinal, ser a editora do jornal do colégio, que mais divulga fofocas e fala mal, do que da noticiais, a deu esse título, apesar disso, torce para que ninguém perceba suas mãos trêmulas apertando uma pasta azul contra seu peito.
Rocco é o primeiro a sair da posição, deixando de cruzar os braços atrás das costas e passando aos cruzar a frente do peito, ele desvia o olhar entre o diretor, em pé os encarando, para a garota metida a sabichona parada ao seu lado, os analisando, ele está pronto para perguntar "que porra é essa?", quando o diretor finalmente abre a boca:
— Sentem-se - Ele indica as cadeiras, todos trocam um olhar, confusos, a regra principal de conduta do colégio era só sentar quando ele se sentar. - Agora.
O som dos corpos tomando novamente os assentos soa, e eles encaram confusos a dupla que continua em pé na frente da sala.
— Vocês devem estar se perguntando o que fazem aqui - Luna morde o lábio, impedindo de responder com sarcasmo. - Quase meia noite de um domingo, e não sozinhos.
— Eu também queria saber porque não serviram comida no refeitório hoje. - Drace pergunta, tentando ser engraçado, apesar de no fundo estar realmente curioso, mas sabe que sua pergunta não será respondida assim que vê o olhar do diretor sobre si.
— Agradeceria se só eu falasse por enquanto senhores - O diretor cruza os braços e seu olhar passar a ser analítico - Creio que todos conheçam a aluna Paola Savoia - A reação de todos é diferente, mas expressão o mesmo sentimento: desprezo - Pelo visto sim - Ele abre um sorriso e estica a mão para Bianca ao seu lado, que entrega a pasta em suas mãos para ele. - Já que todos tem o conhecimento, gostariam que vissem essa foto.
O movimento parece acontecer em câmera lenta, todos veem o diretor puxar uma foto no tamanho de uma folha A4 e virar em suas direções, Caterine é a única a soltar um grito, os olhos de todos se arregalam, Letitia leva a mão a boca, tentando impedir nada de sair, as mãos de Luca apertar os braços da cadeira com força, Rocco engole em seco e desvia o olhar, os últimos, Luna e Drace, sentem o coração prestes a sair pela boca, mas não expressão nenhuma reação visível, de qualquer forma, todos são afetados pela foto de uma Paola pálida no meio de uma poça de sangue.
O diretor guarda a foto novamente, seu objetivo já atingido, não precisando contar todos os detalhes.
— P-por que e-estamos v-vendo isso? - Caterine gagueja, Luca fica surpreso por ela ter sido a quem teve coragem de falar.
— Porque queridos alunos - Um suspiro sai dos lábios do diretor - Paola foi encontrada morta ontem à noite, no meio do jardim que leva aos dormitórios - Ele se inclina sobre a mesa, apoiando as mãos sobre ela e ficando mais perto deles, permitindo ver suas reações mais de perto. - E o culpado disso, está nessa sala.
Um longo silêncio se instala, todos parecendo absorver o choque inicial, até uma gargalhada soar. Olhos ainda arregalados, olham para a loira que chega a se inclinar para a frente de tanto rir, a reação não dura muito tempo quando percebe que ninguém ri com ela, Luna ergue o rosto e olha para todos.
— Que caras são essas? É claramente uma piada - Rocco revira os olhos e se vira para frente. - O que? Você realmente acha que essa garota foi morta e ninguém viu o corpo? Eu estive aqui o final de semana todo!
— Exatamente senhorita Esposito - Ela revira os olhos com o sobrenome que o diretor decide proferir - Você esteve aqui todo o final de semana, assim como todos nessa sala - Ele assente com a cabeça. - E assim como Paola, que está morta.
— Ok, calma lá, isso é loucura - Drace se ergue da cadeira, é impossível se manter sentado com tanta adrenalina percorrendo seu corpo - Você tá realmente nos acusando de assassinato? - O diretor dá de ombros. - Mas que porra?!
— Eu quero um advogado - Letitia se levanta. - Não vou admitir que me acusem sem motivo.
— Você não me ouviu? Eu tenho motivos o suficiente para acusá-los - Um resmungo coletivo é soado. – Ninguém diferente entrou ou saiu desse colégio recentemente, vocês são os únicos e principais suspeitos.
— E os funcionários do colégio? - Rocco pergunta, também se levantando. - Faxineiros, cozinheiros, seguranças...?
— Nenhum deles tem acesso ao jardim, somente os alunos. - Rocco desvia o olhar quando percebe que ele está certo.
O jardim é uma área de acesso entre os dormitórios e as instalações do colégio, ninguém além dos alunos têm acesso à área que é fechada por uma porta automática com leitor biométrico destes, afinal, eles são os únicos que passam pela área com uma grande fonte no centro e rodeada por flores e natureza a caminho dos dormitórios que são suas casas durante a semana.
— Ok, e cadê o corpo? - Luca se levanta - Se quer me acusar de algo, quero ver o corpo então - Caterine faz uma careta. - Porque não vi ninguém da polícia ou do necrotério por aqui.
— Ah sim, polícia - Luna se levanta devagar, um sorriso se abrindo durante o ato. - Minha mãe vai adorar investigar esse caso.
— Basta - O diretor ergue a mão, impedindo que os argumentos continuem e saiam de seu controle. Ele se afasta da mesa e ergue a mão indicando Bianca, em silêncio até então, ao seu lado. - Não quero que o caso chegue a polícia, por isso a senhorita Fontana está aqui.
— Não estou entendendo. - Caterine inclina a cabeça, ao contrário dos demais, teme ficar de pé, não confia em suas próprias pernas no momento.
— É o seguinte - O diretor suspirar e ajeita a postura. - Tenho um caso de assassinato ou homicídio em mãos, mas para que envolver a polícia para o resolver?
— Por que é o sensato a se fazer? - A fala de Letitia é ignorada.
— O ASSI é um colégio de grande renome e prestígio, nunca tivemos uma só notícia ruim divulgada sobre nós, e se vocês estão aqui, querem ter uma carreira sólida e integra, e imagine o que aconteceria se tivessem seus nomes como suspeitos de um crime.
Ele cruza os braços atrás das costas e passa a analisar um por um, começando com Caterine
— Uma bolsa na SMD ou em outras universidades de prestígio não seria mais possível - Caterine abaixa a cabeça, e ele passa para o próximo - Uma carreira de sucesso no esporte? Impossível - Luca encolhe os ombros - E você - Ergue as sobrancelhas para Rocco - Acho que não preciso dizer - O garoto desvia o olhar - E vocês aí atrás, sabemos de que família vieram, e que todos esperam uma oportunidade para acusar todos eles novamente. Isso tudo, é claro, levando-os em conta como suspeitos, imaginem assassinos.
— Como pretender resolver isso então? - Luna murmura, odiando estar com as mãos atadas.
— Bianca é uma das pessoas mais inteligentes que passaram por esse colégio em muito tempo - Ele assente com a cabeça, indicando para que a garota de um passo à frente. - Ela conhece vocês como ninguém, cresceu com vocês e os analisa e vigia todos os dias, ela sabe os que o motivaria a causar uma atrocidade dessas, além disso, não interromperá nosso ano letivo, por isso, vai investigar a situação.
— Você vai botar um caso de polícia nas mãos de uma adolescente jornalista? - Luca solta um riso - Eu não gosto da garota, e acho a ideia ridícula, mas se for assim, o mais sensato seria botar os três patetas aqui atrás para investigar. - Três pares de olhos são revirados.
— Você deve ter algum déficit de atenção - Bianca da outro passo à frente, falando pela primeira vez desde que entrou na sala - Mas já foi dito que os três também são suspeitos, eles não poderiam investigar nada. Além disso, os pais deles eram inteligentes, não eles - Letitia fecha as mãos em punho e dá um passo à frente, a mão de Drace segura seu braço, a impedindo de pular no pescoço da garota de grandes olhos castanhos e cabelos de mesma cor acima dos ombros - Já que estamos todos de acordo - Abre um sorriso. - Vamos falar das novas regras?
— Novas regras? - Caterine repete.
— Nenhum de vocês poderá deixar as instalações do colégio enquanto o caso não for solucionado - Rocco solta um riso de escárnio. - Nem contar nada a ninguém, seja seus pais ou outros alunos, além disso, teremos um interrogatório, irei avisar quando, tirando nos finais de semana. às nove da noite na antiga sala do clube de literatura.
— Fala sério - Letitia revira os olhos. - Isso é ridículo, você não vai descobrir porra nenhuma, é melhor chamar logo a polícia.
— Logo você falando isso Mancini? - Bianca inclina a cabeça. - Pelo que eu saiba, sua mãe e seus amigos resolveram um caso de assassinato e corrupção com apenas vinte anos.
— É, mas nossos pais eram inteligentes - Drace cruza os braços e olha a morena de cima a baixo. - E tinham contatos, o que você tem?
— Inteligência e não sou um dos suspeitos - Ela respira fundo. - Olha, ninguém quer envolver a polícia nisso, vocês não querem ferrar seus futuros e suas famílias, então podem só cooperar com isso?
— Até quando? - Rocco pergunta. - Porque não vai dar para esconder por muito tempo, além do mais, seja quem for, a garota merece ter o culpado ou culpada, preso.
— Os pais de Paola cuidam de uma ONG em uma área que quase não tem acesso à internet, não procurarão a filha por um tempo - O diretor diz. – Iremos dar uma desculpa pros pais de vocês caso os procurem. Se Bianca não descobrir nada em três meses, contataremos a polícia.
— Três meses? - Caterine grita e se levanta da cadeira.
— Vocês são loucos - Luna nega com a cabeça - Não contar as autoridades, mexer em uma cena de crime... rezem para descobrirem quem é o culpado, porque se não, o senhor e todo esse prestigiado colégio - Gira o dedo pela sala. - Estão fodidos.
— Agradeço a preocupação senhorita, mas tenho ordens superiores para tomar essas decisões, e eles irão lidar com elas caso haja consequências.
— Claro, com dinheiro. - Drace sussurra, tão baixo que ninguém ouve.
— Então, não vejo mais nada a ser discutido, a não ser, é claro, que algum de vocês queira admitir a culpa - Ninguém diz nada. - Bem, então respeitem as ordens de Bianca e cooperem, quanto mais sinceros forem, mais rápidos lidaremos com a situação. Estão dispensados.
Todos levam mais tempo que o necessário para se mover, alguns esperando outra ordem ou um "Há! É pegadinha!" mas quando não ocorre, os passos são baixos e lentos em direção a porta.
— E senhores – Chama quando a primeira deles, Letitia, abre a porta. Seis cabeças se viram em sua direção. - Um de vocês é o culpado, rezo para que se entreguem e não deixem a morte dessa garota em vão. Assim que quiser assumir a culpa, minha porta estará sempre aberta.
Ninguém responde, apenas deixam a sala da direção, saindo para o corredor mal iluminado do colégio, todos atravessam o local em silêncio na mesma direção, os dormitórios, quando chegam, cada um segue seu caminho. A noite termina com um longo suspiro de alívio ao se deitarem na cama.
N O T A S F I N A I S
Hey amores, sejam bem vindos a esta nova história. A quem já é leitor antigo, espero que tenham gostado das férias, aos novatos, boa sorte.
Peguem seus bloquinhos e tentem adivinhar o ou os, culpados desta história.
Por enquanto, não tenho dia certo para postar, pois estou tentando postar está história e outra ao mesmo tempo, mas por enquanto, tentarei deixar semana sim, semana não, revisando com a outra.
Beijos e até logo detetives.
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