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dos

Letitia Mancini é uma riquinha acostumada a ter tudo o que quer e quando quer, grande parte graças ao seu dinheiro, mas outra parte, dentro da ASSI, por ser uma das únicas ruivas, pelo menos natural, a desfilar com o uniforme do time de torcida nos corredores. Muitos poderiam odiar estar em seu lugar, e muitos a odeiam por ele, ela tem momentos em que concorda com todos, mas outros momentos, o fato de seus pais serem donos do melhor hospital de toda a ilha de Piena, é positivo.

A garota mal dormiu a noite, passou se revirando na cama, seus pensamentos indo para a noite que não deveria estar no colégio, sua respiração sempre controlada para não atrair a atenção de sua colega de quarto. Seu sobrenome foi o que a ajudou a ter Luna como colega de quarto, mas agora, ela desejou nunca ter escolhido-a, porque a loira faz jus ao seu nome, e nesse momento, isso a prejudica pra caralho.

— Você está acordada a quanto tempo? – Letitia segura um grito quando ouve a voz de Luna pelo escuro do quarto, graças às persianas blackout que já a fizeram se atrasar muitas vezes, mas era um luxo que ela não abriria mão.

— Mal dormi – Respira fundo e abre os olhos, encarando o que deve ser o teto branco, mas é só um borrão escuro no momento. – E você?

— Também. – Um suspiro é dado em uníssono, e como tantas vezes antes, seus movimentos são sincronizados quando chutam o cobertor, se sentam na cama e ligam o abajur.

Letitia encara a garota loira no outro lado do quarto, seus cobertores amontoados ao seu redor, os olhos com olheiras profundas e o cabelo desgrenhado ao redor de seu rosto, ainda assim, seus olhos azuis passam a mesma sensação de sempre: desconfiança.

Letitia solta um suspiro e baixa o olhar, ela está acostumada com aquele olhar, ela o vê todo dia desde que nasceu, até quando se olha no espelho, mas nesse momento, ele faz seu peito doer.

— Você... – As duas falam em conjunto e param, Luna respira fundo – Deixa pra lá – A loira se joga pra trás na cama e respira fundo. - Na única vez que dormi, sonhei com o corpo dela morto, e eu nem vi a porra da foto direito.

— É normal seu cérebro criar situações que não ocorreram tentando-

— Por favor, não de uma de sua mãe agora. – Luna resmunga, Letitia solta um riso.

— Eu realmente queria o conselho dela agora.

— Certeza que quer conversar com uma psicóloga agora? – O rosto de Letitia se fecha e discretamente, pelo menos ela torce que tenha sido, engole em seco.

— Você está me ofendendo Luna. -  A loira parece pronta para dizer algo, mas a porta do quarto é aberta e Drace, já vestido com o uniforme, entra e fecha rapidamente a porta atrás de si. Ele acende a luz.

A calça social preta, blusa branca e blaser com traços da mesma cor da gravata, vermelho, o deixam fora de ordem, o completo oposto do que Drace costuma ser. O garoto se encosta contra a porta de madeira e respira fundo antes de encarar Luna.

— Seu irmão está puto com você – Ela revira os olhos e se levanta, decidindo começar a se arrumar. – E me enchendo o saco.

— Fala sério, quando Dom não está puto comigo? – Ela fecha a porta do banheiro antes que alguém possa responder. Letitia e Drace trocam olhares.

— E quando ela não está puta? – Drace pergunta, Letitia da de ombros, o loiro se move e ocupa o lugar deixado por Luna enquanto Letitia se levanta e abre o armário buscando o uniforme, não tem água quente a essa hora da manhã.

É época de neve em Ammou, que normalmente não passa de uma breve geada, mas em ASSI, situada em um local especial da cidade, a geada as vezes parece mais uma nevasca. De qualquer forma, é impossível tomar banho se não for com água quente e andar fora dos corredores do colégio quentes graças aos aquecedores.

— Se prepare, o radar de desconfiança dela está nas alturas. – Drace solta um riso e desvia o olhar quando a ruiva começa a tirar a calça do pijama.

— Quero ver como ela vai enrolar os pais para não ir mais pra casa nos finais de semana e esconder tudo deles – Letitia solta um riso. – Dom disse que eles ficaram putos por ela não ter ido para casa este final de semana.

— Bem, esse é o lado bom de ter pais mega ocupados administrando um hospital, eles não sentirão falta de mim. – Drace engole em seco e olha para a garota, já vestida pela saia quadriculada vermelha e branca uma palma acima dos joelhos.

— Você sabe que isso não é verdade.

— Não? – Drace morde o lábio. – Como você vai esconder isso de sua mãe?

— Ignorando ela e só falando com meu pai – Letitia da risada. – O que? Preciso de ajuda do mais de bem com a vida da família, e ele é o senhor Dante

— Ok – Luna abre a porta do banheiro, seus cabelos agora estão penteados e há um cheiro de pasta de dente no ar. – Nada de contar para Dom, Isobel ou Tomas sobre o que tá rolando.

— A gente nem pode contar. – Letitia argumenta enquanto veste a blusa branca social.

— Não podemos, mas eles vão desconfiar, já são sensíveis por serem os mais novos, se descobrirem que estamos escondendo alguma coisa, nossa vida vai se tornar um inferno e a notícia vai vazar daqui.

— Talvez fosse melhor que vazasse – Drace da de ombros – Sua mãe e minha mãe descobririam o culpado em um estalar de dedos. – Luna nega com a cabeça.

— E arriscar a carreira delas? – Drace ergue as sobrancelhas.

— Você aceitou a situação muito fácil, aceitou seguir as regras... – Letitia para de tentar dar um nó na gravata e encara os dois, o ar do lugar se tornando tenso – Está escondendo algo Luna? – A loira abre um sorriso.

— Você está? – Letitia bufa.

— Odeio ser prima de vocês – Fecha o armário com força. – E odeio essa merda de desconfiança que rodeia essa família.

— Acredite, se você fosse prima de sangue, seria tão desconfiada quanto. - Drace solta um resmungo com o comentário de Luna, Letitia respira fundo antes de responder.

— Eu vou relevar isso porque você está afetada pelo que aconteceu, e não porque queria me magoar. – Antes que Luna possa tentar argumentar, não que ela quisesse, Letitia passa esbarrando por ela e entra no banheiro, fechando a porta em seguida. Luna sentiu o sermão que levaria de Drace, sem nem mesmo vêr-lo.

— Voce precisa se controlar melhor.

— Obrigada por me chamar de louca. – Zomba antes de se virar e abrir o armário, ao contrário de Letitia, prefere usar a outra variação do uniforme: calça preta, blusa social branca, gravata vermelha e quebrando as regras do uniforme, jaqueta vermelha e coturnos pretos.

Não que Letitia ou Drace não quebrassem as regras, já que a primeira, colocou strass na gola de seu blazer vermelho, tradicional do uniforme, e só usa salto alto, já Drace, ajustou a calça para definir suas pernas magras e colocou strass nas mangas do blazer.

Luna desvia o olhar do nó ridículo que fazia na gravata, ela entrou em um acordo de que poderia usar os coturnos desde que usasse a gravata – a jaqueta ainda lhe rende algumas advertências -, para Drace sentado em sua cama. As vezes a incomodava como Drace e Letitia eram tão próximos e parecidos, enquanto isso, ela era o completo oposto, um pouco mais parecida com Isobel, filha de seu tio Matteo, mas só via ela durante as refeições já que ela, Tomas, filho adotivo de seu tio Pietro e seu irmão rabugento, são dois anos mais novos que ela. Ainda assim, ela não se sentia confortável o suficiente para contar tudo de sua vida para nenhum deles.

— Você sabe que eu não quis dizer isso – Drace a responde com calma – Mas voc~e também sabe que suas palavras podem ferir, e muito, quando não controladas. – Luna suspira e desiste de dar o nó na gravata, se encosta contra o armário, de frente para o primo, vestida somente com a blusa e as peças intimas, Drace já viu ela e Letitia em situações piores, muitas vezes com vômitos envolvidos.

— Eu sei, só... não dormi bem, não dormi nada na verdade. – Drace abre um pequeno sorriso.

— Eu também, ainda mais tendo que dividir o quarto com seu irmão encherido querendo saber porque fui chamado para a diretoria.

— O que você falou? – Luna se desencosta do armário, preocupada, ela conhece o irmão, e sabe que uma das únicas coisas que tem em comum, é conseguirem detectar uma mentira.

— Que vocês duas fizeram merda e fui testemunha. – Luna suspira, sabendo que o irmão acreditou.

— O mesmo de sempre então. – Ela se vira e pega a calça para vestir, ao mesmo tempo que Letitia sai do banheiro, as duas trocam um olhar breve, mas nenhuma diz nada.

— Enfim, andem logo que estou com fome.

Drace sente uma mistura de sensações toda vez que entra no refeitório: a primeira, felicidade por ser um dos raros momentos em que vê todos os seus primos, de sangue ou não, reunidos, era uma tradição desde que vieram estudar aqui, uma promessa que fizeram na verdade, mesmo que algum deles estivessem bravos um com o outro, sentariam juntos. Essa mesma razão é sua segunda sensação, apesar de amar cada um da família, na maioria das vezes, termina a refeição desejando estrangular algum.

É isso que acontece quando um bando de pais egoístas, arrogantes, e cheios de egos, tem filhos egoístas, arrogantes e cheios de egos.

Drace para por um segundo no caminho, ao sair da fila do café da manhã, em direção a mesa, permitindo que Letitia e Luna avancem na frente, para respirar fundo, pedindo paciência para qualquer Deus que exista.

O pedido não adianta de nada, já que assim que se senta na mesa, do outro lado de Dom, ouve Dom ameaçar Luna, porra, justo Luna?

— Da próxima vez que não for para casa e me largar lá sozinho, contarei para nossa mãe que você fumou maconha semana passada. – Luna, sentada entre Tomas e Isobel, se inclina em direção ao seu irmão do outro lado da mesa, bem a sua frente.

— Qual é, nosso pai deve ter usado coisa pior, ele vendia coisa pior – Ela revira os olhos. – E foi só aquela vez, para experimentar, não gosto de coisas que destruam meu lindo cérebro, bem maior que o seu, pirralho.

— Começou. – Letitia murmura do outro lado de Dom e dá uma colherada em seu iogurte com pedaços de morango.

— Não me chame de pirralho. – Dom segura sua maçã com força, e Tomas, o mais calmo entre todos, solta um resmungo.

— Por favor, não precisamos que mais gente se afaste de nossa mesa.

Todos olham ao redor, encontrando as três mesas, já que a nossa fica encostada na parede, vazias ao redor, mesas que costumavam serem cheias, mas as pessoas preferiram ficar sem lugar para se sentar do que sentar perto da mesa da família que discute e sempre algum alimento acaba voando, nunca os atingindo, e sim os coitados ao redor.

— Eu até gosto – Isobel abre um sorriso maldoso, sorriso que lembra muito o de Luna, Letitia pensou. – Fica mais espaçoso, pena que vocês me proibiram de juntar as mesas.

— Você gosta que todos desse colégio nos ache uma família problemática? – Drace pergunta, sentado de costas para a parede e de frente para o refeitório, ele ve os olhares tortos que recebem.

— Não vejo problema nisso – Luna abre um sorriso, o mesmo de Isobel. – Somos uma família problemática.

— Fale por você – Letitia murmura de boca cheia – Nessas horas agradeço por não ser dessa família. – Ela ergue a mão com as unhas pintadas de vermelho, sabendo que Tomas tocará nela, e como resultado, como tantas vezes antes, deixarão os outros irritados.

— Se não quer ser dessa família, porque não vai sentar na mesa das lideres de torcida? – Dom alfineta, Letitia abre um sorriso e passa um braço pelo pescoço do primo, o abraçando a força, um gesto que ele odeia.

— Oh Dominique, não posso, é tradição minha irritar os Bianchi's toda manhã.

— Foda-se – Dom se afasta, seu rosto vermelho de vergonha, o que faz Luna revirar os olhos entre a mordida de seu sanduiche – O que vocês fizeram de tão interessante aqui durante o final de semana? – Drace, Letitia e Luna trocam olhares apreensivo, a verdade era que nenhum deles sabia o que o outro fez durante o final de semana, fora uma das raras vezes, em que nenhum deles estava junto.

— Vai se foder Tomas, você sabe que eu tenho alergia a essa merda. – Isobel grita, largando o talher, atraindo a atenção e começando uma discussão com os outros dois mais novos que pegaram, de forma estranhamente gentil, seu café da manhã, seu café da manhã com granola, a qual ela é alérgica.

Os outros três soltam um suspiro em alivio, mas no fundo, todos se perguntam o que o outro fazia no sábado a noite, quando Paola foi morta.

No meio do refeitório, sentada em cima da mesa, Bianca analisa o trio com desconfiança, desde que chegaram ao colégio, quando tinham nove anos, trazendo os primos mais novos juntos, eles não se desgrudaram.

Era óbvio que cada um tinha um jeito diferente, núcleo social também, já que Drace pertencia ao clube de teatro, Letitia as lideres de torcida e Luna ao clube de defesa pessoal, tinham amigos diferentes também, mas ainda assim, mesmo de longe, sempre pareciam estar juntos de alguma forma, conectados, Bianca se lembrava da vez que um dos garotos do time arrumou briga com Drace, e como logo após o primeiro soco, Leittia e Luna apareceram do nada para o defender.

Mas apesar de parecerem terem uma relação forte, olhando agora, não era sólida, e isso poderia significar que ou os três poderiam ter cometido esse crime juntos, ou algum deles o fez, e talvez, a relação não seria forte o suficiente para acoberta-lo.

Bianca anota em seu caderno para ficar de olho na relação dos três, e descobrir se ela realmente é forte o suficiente. Um sorriso abre em seu rosto, ela sabe exatamente como por a prova isso.

Se fechar bem os olhos e ignorar onde está, o colégio irá parecer com um zoológico, cheio de conversas, gritos e cantorias que parecem mais duas gaivotas brigando. Se abrir os olhos, você verá os cercados, cada espécie em seu próprio ninho, à direita, as líderes de torcida, que são bajuladas por cada idiota do colégio, principalmente pelos nerds na mesa à frente, que continuam babando por elas mesmo elas os menosprezando. A esquerda, estão as mesas dos times: basquete, natação, lacrose e vôlei, pelo que se lembra, futebol deixou de ser um esporte oficial em Piena há anos, todos dos times se sentem os reis, e suas súditas, são as garotas dos clubes: do livro, teatro, música, arte, xadrez e corte e costura. Não ajuda o fato do nome do time ser os leones.

Os leonês do vôlei, os leonês da natação, os leonês do lacrosse...

É tudo como uma cadeia alimentar, do topo a base, mas há também as sobras. Sentado na mesa perto da porta de entrada, Rocco faz parte dos que estão cagando pra essa cadeia de merda, apesar de fazer parte de um club, mas só porque é obrigatório. Além dessa mesa, que na verdade são três, há também a mesa isolada perto da parede, a dos Bianchi's. Quando ele chegou aqui, no começo do ano, ouviu falar tanto esse nome que achou que fosse o nome do time, até descobrir que pertence a uma família, odiada por todos, os motivos? Variados.

Rocco se lembra de achar um exagero falarem que eles são insuportáveis, arrogantes, mesquinhos, exagerados e poderosos, mas Rocco percebeu que eles são assim quando estão em sua bolha familiar, cada característica deles se une e os tornam insuportáveis, mas separados, alguns são suportáveis. Ele ainda não decidiu se acha... bonitinho seu orgulho a família, ou assustador.

Bianca, a garota sabichona que ficará metida a detetive por tempo indeterminado, se levanta da mesa mais ao centro, do jornal, e se vira em direção a porta, Rocco se apressa em segui-la, discretamente.

Uma qualidade e defeito de Rocco: ele é precavido. Enquanto os outros estão vivendo o dia normalmente, mesmo após terem sido acusados de assassinato, Rocco está seguindo Bianca desde que acordou, ou melhor, apenas saiu da cama já que mal dormiu, sua cabeça ocupada demais temendo que descubram o que ele fez no final de semana.

Bianca vira no corredor à direita, que leva a sala do jornal, que Rocco já tentara invadir, sem sucesso, maldita biometria. Ele se vira para seguir pelo mesmo corredor, e quase atropela Bianca, parada a sua frente e com os braços cruzados, seus olhos dizem que ela sabe o que ele estava fazendo.

— Achou mesmo que iria me seguir o dia inteiro e eu não ia perceber? – Rocco recupera a compostura que perdeu com o susto e cruza os braços.

— Não sei o que está dizendo – Ela solta um riso desacreditado. – Acha que eu perderia meu tempo te vigiando?

— Sim se isso conseguir te livrar do que aconteceu no sábado à noite. – A postura de Rocco cai novamente.

— Não sei o que está dizendo – Volta a repetir, Bianca respira fundo e se aproxima dele. – Eu não fiz nada.

— Bem, se quer que eu acredite nisso, porque não descobre então o que os outros fizeram? – Rocco franze a testa – Minha dica? Porque não começa com os três patetas? Se eles são tão... próximos assim, poderiam ter cometido aquela atrocidade juntos? Ou é tudo mentira e eles não sabem nada um sobre o outro?

— E como faria isso?

— Com uma boa briga.

— Por que está me dizendo isso?

— Porque você só estaria me ajudando – Ela abre um sorriso, nada confiável. – Além disso, acho que você tem mais a perder do que os outros, né? Ou melhor, nada a perder.

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