Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

21 | 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐌𝐔𝐒𝐓 𝐁𝐄 𝐒𝐎𝐌𝐄𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆 𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐓𝐄𝐑

▪ GAME OF THRONES: TEMPORADA 5 SERÁ PARCIALMENTE FILMADA NA ESPANHA. JAMIE HARINGTON FOI VISTA ANDANDO PELO SET COM LENA HEADEY, MAS RELATOS CONFIRMAM QUE ELA ESTAVA APENAS VISITANDO ENQUANTO SUAS FILMAGENS NÃO COMEÇAM EM BELFAST.

▪ JAMIE HARINGTON SAI DO JFK PARA PEGAR UM TÁXI EM NOVA YORK NA QUARTA-FEIRA.

⋆ ⋆ ⋆

Jamie podia dizer que acreditava em aeroportos. Não nos aspectos logísticos e extenuantes deles - como os agentes da TSA que pareciam sentir o cheiro do medo, ou todas as lojas caras pelas quais você provavelmente pagaria metade do que eles estavam pedindo - mas ela acreditava nos bons momentos dos aeroportos. Como a maneira como ela podia entrar em uma cidade e sair horas depois em uma completamente diferente, e como os aeroportos mantinham os arranjos de viagem dela e de Taylor uma possibilidade. Elas não moravam no mesmo país, e nenhuma delas parecia inclinada a deixar suas cidades. Mas elas faziam o melhor para estarem sempre próximas.

A inglesa sentou ao lado de Joe no avião em uma terça-feira à noite depois que ela pousou em Londres naquela mesma manhã - de Belfast, onde ela estava filmando - e viu sua família, então se encontrou com o ator em Heathrow. Joe estava digitando em seu celular, completamente perdido nas mensagens cheias de emojis de Paul. O relacionamento deles existia em um espaço liminar, embora morassem na mesma cidade, e isso porque ambos tiveram um último ano agitado. Jamie podia se identificar com esse sentimento. Afinal, seu relacionamento com Taylor existia em seu próprio fuso horário, que era quase um relógio único, com ponteiros que às vezes avançavam e às vezes voltavam demais, dependendo da costa em que estavam. Gravando, para Jamie, isso ficava ainda mais acentuado.

— Paul disse que sente falta da minha cara idiota — Joe murmurou, e o tom que ele usou quase enganou como falsa irritação, mas ele estava sorrindo imediatamente — Com essas exatas palavras. Se um dia terminarmos, saiba que foi por isso.

— Mas você bem tem uma cara de idiota mesmo — Jamie sorriu suavemente, como se o que tinha dito tivesse sido um grande elogio.

— Como se você não gostasse dela — o ator cutucou Jamie com o cotovelo, depois de colocar o celular no bolso da calça, e ela riu.

Eles embarcaram no avião alguns minutos antes - um voo comercial, o que parecia um pouco mundano demais para alguém cujo rosto ocasionalmente aparecia em anúncios de produções famosas, mas Jamie não se importou. Ela admitiu que tinha se acostumado com os últimos meses, sendo levada de um lugar para outro pelo avião particular de Taylor, mas enquanto um deles estava com o pai da americana - que tinha ido para Filadélfia procurar casas, já que aparentemente estava se mudando de Nashville, e Filadélfia era consideravelmente mais perto de Nova York, e consequentemente mais perto da filha -, o outro estava com Taylor, que tinha pousado em NYC no dia anterior, vindo de Los Angeles. Havia também o fato de que Taylor mal tinha ideia de que Jamie estava indo visitá-la. De qualquer forma, a inglesa não se importava muito se estava embarcando em um avião particular ou prestes a suportar nove horas de um voo comercial, desde que no final estivesse batendo na porta do apartamento de sua namorada na Franklin Street.

E foi exatamente isso que aconteceu. Jamie sentiu o baque suave da cidade de Nova York sob seus pés assim que pousou. Estava quente, mas nada fora do comum. Era verão, então era de se esperar que a cidade estivesse mais viva e movimentada, mais quente, mais barulhenta.

Joe se despediu de Jamie na frente do JFK e então ela pegou um táxi para TriBeCa. O ator, por outro lado, estava indo para o Brooklyn. Outra vez, Jamie não tinha dito a Taylor que ela estava indo. Ela não tinha certeza do porquê - talvez aparecer sem avisar fizesse parecer que ela estava fazendo algo espontâneo, o que ela estava. Mas também havia algo romântico nisso, algo que pessoas normais faziam e que nos relacionamentos passados ​​de Taylor, além de seu relacionamento com Jamie, não eram tão comuns. Ser espontânea era difícil quando calcular seus passos era também parte do trabalho.

Jamie saiu do táxi quase uma hora depois de pousar em Nova York. O ar quente já a tinha feito tirar o cardigan azul-bebê que ela estava usando no avião, e ela estava vestindo apenas uma camisa creme "growing peace" da Story MFG, jeans retos em um tom mais claro e tênis Adidas branco, um modelo antigo que ela tinha em seu armário há mais tempo do que conseguia se lembrar. Jamie tinha uma mala de viagem Prada com a alça estendida sobre o ombro - e bagagem suficiente para cobrir sua semana e meia de estadia, já que depois disso ela precisaria voltar direto para Belfast.

Ao se aproximar da porta da frente, ela avistou um policial parado perto da entrada, com as mãos descansando preguiçosamente no cinto. Ela não achava mais a presença da polícia tão surreal quanto parecia, para o que deveria ser como qualquer outro apartamento. Era apenas um arranjo diferente. Taylor se preocupava com a segurança, mas seu pai sempre sabia como dar um passo além. Desde que ela se mudou para Nova York, isso era comum. E na maioria das vezes, eram sempre os mesmos policiais. Jamie podia não saber seus nomes, mas ela definitivamente se lembrava de seus rostos. E eles a conheciam, é claro.

— Boa tarde, Srta. Harington — disse o mais velho, abrindo a porta pesada para ela.

— Obrigada — Jamie respondeu, oferecendo um pequeno sorriso antes de dizer "boa tarde" e então entrar no saguão silencioso. Ela apertou o botão do elevador e, depois que pisou lá dentro, respirou calma vendo os andares piscarem enquanto subia.

Quando as portas do elevador se abriram, ela foi recebida por Greg. Ele estava parado do lado de fora da porta do apartamento de Taylor, como se tivesse a esperando - sempre muito sério. Tinha usado uma chave reserva e a porta estava aberta.

— Ei, Jamie — ele disse, e a inglesa comemorou silenciosamente que os dias dele a chamando de "Srta. Harington" tinha ficado para trás — Eu te vi pelas câmeras.

Claro que ele tinha um visto, ela pensou. Havia câmeras no corredor que separava o apartamento de Taylor do pequeno agregado onde Noel e Greg passavam os dias, se dividindo com outros quatro ou cinco seguranças. Mas também havia câmeras lá embaixo. Sempre havia alguém ali, de olho em tudo. Taylor nunca estava sozinha.

— Taylor está aqui? — ela perguntou, mudando o peso da bolsa no ombro e caminhada em direção a porta.

Greg balançou a cabeça, afastando-se um pouco. Ele estendeu a chave na direção de Jamie, e a garota pegou, enfiando no bolso da calça - aquela era a cópia dela de qualquer maneira, Taylor tinha comentado sobre. Havia outra na mesa de centro, frente aos monitores com as imagens do monitoramento interno e externo. Noel também tinha uma consigo.

— Noel saiu com ela — Greg se apoiou no batente da porta, vendo Jamie colocar os pés no apartamento e apoiar a mala de mão no sofá — Ela está procurando locações para sessão do álbum novo. Foi o que eu ouvi.

Jamie concordou, pensando que fazia sentido. Ela estava vagamente ciente do fato de que Taylor estava correndo por toda Nova York nos últimos dias, tentando montar algo para o lançamento de 1989. Ela tinha ideia na cabeça. Também tinha desenhado como gostaria que a capa do álbum fosse, e com o projeto finalizado - ou pelo menos quase finalizado, já que Jack ainda estava trabalhando em algumas faixas -, ela estava animada para fotografar o conceito. Ela estava animada para tudo, na verdade.

— Bem, eu vou... esperar por ela então — a inglesa sorriu suavemente.

— Claro — respondeu Greg, estendendo a mão para pegar a maçaneta da porta e a fechar — Eu estou do outro lado do corredor, se precisar de qualquer coisa...

— Eu acho que vou ficar bem.

Greg concordou e fechou a porta, deixando Jamie com o espaço todo apenas para si - ou quase isso, já que Meredith estava ali na poltrona, olhando para ela com desinteresse, enquanto Olivia - ou Dibbles, como Jamie e Taylor tinham começado a chamar a gata porque ela mostrava aquela energia - estava inquieta, brigando com a almofada do sofá.

— Ei, crianças — Jamie murmurou, se sentando no sofá e estendendo a mão na direção de Olivia. Meredith piscou preguiçosamente, e mal se mexeu do outro lado, mas Olivia imediatamente começou a cortar a cabeça contra a mão de Jamie, deixando para trás a almofada.

O celular de Jamie vibrou pouco tempo depois, e ela continuou distraída pelas tentativas de Olivia brincar com sua mão, mas dividiu a atenção com a notificação do aparelho, que mostrou as novas mensagens no grupo que tinha com o elenco de GoT.

Kit: Belfast está congelando.
Kit: Isso nem tem sentido.
Kit: Cinco anos aqui e e ainda não me acostumei.
Kit: Como Nova York tá hein?

Ems: A gente deveria começar um grupo de apoio
Ems: EU QUERO VOLTAR PARA O CALOR DA ESPANHA

Mais tarde, depois de algumas horas gastas entre conversas com o irmão, Jamie estava perto do fogão, mexendo uma panela com uma mão e segurando uma taça de vinho meio vazia na outra. Taylor tinha passado mais tempo fora do que tinha imaginado, e a "surpresa" da presença de Jamie acabou não sendo realmente uma surpresa porque Jamie enviou uma mensagem para a mais velha, comentando que estava ali e que estava a esperando para o jantar. Não era realmente uma discussão. Taylor estaria lá para o jantar ainda que tivesse pensado em aceitar o convite de Sarah para ir até um restaurante italiano ali mesmo em TriBeCa.

Quando Taylor chegou em casa, a cozinha tinha um cheiro diferente, como manteiga derretida - havia batatas assadas com manteiga no forno, junto de mais alguns vegetais assados ​​e rosbife. Jamie estava alheia o bastante para não ter escutado o barulho da porta, mas ela não se assustou quando os braços de Taylor deslizaram em volta de sua cintura por trás, o corpo da mais velha pressionado suavemente contra suas costas.

— Ei, você — Taylor sussurrou, sua voz suave e um pouco rouca. Ela apoiou o queixo no ombro de Jamie, espiando ao redor para ver o que estava acontecendo por ali.

— Oi, amor — Jamie devolveu, seus lábios se curvando em um sorriso. Ela levantou sua taça de vinho sem se virar, e a mão de Taylor se estendeu para frente, seus dedos roçando os de Jamie enquanto ela pegava a taça dela.

A garota tomou um gole, e logo devolveu a taça para a namorada, que voltou a apoiar na bancada.

— Senti sua falta.

— Eu também — Jamie respondeu, virando a cabeça apenas o suficiente para encontrar o olhar de Taylor. Elas mantiveram o contato por um momento, daquela maneira. Os dedos de Taylor traçaram a pele da cintura de Jamie, e ela enfiou a mão com cuidado por sob a regata que ela estava usando. Jamie se inclinou para trás, se virando o suficiente para estar de frente para a mais velha.

A garota tinha saído debaixo do chuveiro minutos antes. Ela ainda estava com os cabelos levemente molhados, mas já não estava usando mais a calça jeans de antes. Tinha se enfiado em um short preto da adidas, e regata canelada branca.

— Bem, você está aqui agora. É isso que importa.

Taylor se inclinou na direção da garota, os braços a envolvendo e seus dedos ainda contra o tecido, por baixo da regata de Jamie. Elas se beijaram, mas nada que tenha durado - apesar de ter sido suave e carinhoso. Foi doméstico também, e fácil, e Taylor acabou pensando como aquela era sua versão favorita delas. A vida um pouco mais simples. Apenas as duas ali, em um jantar de meio de semana, depois de um dia bom e produtivo, mas cansativo.

— O que tem para o jantar? — perguntou Taylor quando se afastou, mantendo a mesma posição. Jamie tinha se lembrado de desligar o fogo antes de virar, e na verdade, tudo parecia pronto.

— Nada tão trabalhado — Jamie deu de ombros — Eu peguei as ervilhas congeladas-

— Você odeia isso.

— Mas você gosta — ela continuou — Eu refoguei as ervilhas. Então tem vegetais no forno com rosbife e também tem couve-flor com queijo. O vinho branco acabou.

— É, eu sei. Eu deveria ter resolvido isso ontem. Mas não me importo de tomar tinto — Taylor foi honesta, reparando na garrafa na bancada, ao lado do fogão, que já estava pela metade — Inclusive, parece perfeito... o jantar, eu digo — Taylor se inclinou, apoiando o queixo no ombro da garota enquanto a abraçava. Ela se afastou poucos segundos depois — Eu te amo.

— Também te amo — Jamie respondeu, e viu Taylor se afastar de vez.

A mais velha tomou o restante do vinho na taça, antes de a encher e alcançar uma segunda taça, que terminou sendo arrastada na direção de Jamie pela bancada. Taylor perguntou se Jamie queria ajuda para ajeitar a mesa, mas a inglesa comentou que elas deveriam apenas comer na sala - na mesa de centro, com algo na televisão, baixo o bastante para que pudessem conversar. Porque, e isso Jamie sabia, elas definitivamente não prestariam atenção em televisão alguma, não quando tinham passado alguns bons dias longe e precisavam ter uma conversa além das chamadas de vídeo, as ligações e todas as mensagens.

Uma segunda garrafa de vinho depois, quando o jantar tinha terminado, as duas estavam de volta na cozinha - Taylor ajudando a limpar o que ela tinha sujado. Na verdade, apenas passando um pano pela bancada enquanto a inglesa enfiava as louças na lava louças.

Durante todo o jantar, Jamie ficou empolgada ao falar sobre seus últimos dias gravando em Belfast. Mas ela tinha jurado que não jogaria nenhum spoiler sobre o que tinha gravado, porque Taylor implorou por isso, mas implorou e logo depois se arrependeu. Jamie parecia tão animada gravando aquela temporada que era só mais difícil não conseguir controlar a curiosidade. De qualquer forma, Jamie deixou isso de lado quando ela se apoiou na bancada, segurando sua taça pela metade. Taylor tinha aberto a terceira garrafa de vinho, e elas muito provavelmente acabariam com aquela enquanto esperavam o ciclo de uma hora da lava louças se encerrar.

— Como foi sua tarde? — a mais nova disse.

Taylor estava do outro lado da ilha, com o torso inclinado para frente, os braços apoiados na bancada, enquanto mexia no celular. Mas ela levantou o olhar, e deixou o celular de lado.

— Boa. Longa, mas boa — ela sorriu — Finalmente achei o local para a sessão de fotos do 1989.

— Greg tinha comentado que você e Noel tinham saído para procurar.

— Sim, fizemos isso. E o espaço é perfeito. Tipo, exatamente o que eu estava imaginando. Sarah encontrou, na verdade. Ela estava com a gente hoje.

— Sarah Barlow? — Jamie perguntou, ainda que imaginasse que era sobre ela que estava falando. 

Anos antes, Jamie havia se deparado com o trabalho da fotógrafa. Ela se lembrava de ter mostrado para Taylor quando ainda estavam juntas, namorando, na primeira vez que fizeram isso. Um ano depois e, mesmo com o fim, Taylor entrou em contato com Sarah para que ela pudesse a fotografar para o RED. Ela poderia até tentar dizer que tinha feito isso sem intenção alguma, mas então seria mentira.

— Aham — Taylor concordou — O lugar que achamos, é um prédio antigo, mas foi transformado em um espaço moderno, renovado recentemente. Tem essas janelas enormes que deixam entrar a luz, e o telhado... Meu Deus, Jamie, você deveria ver. Você pode ver toda a cidade, e ele tem esse visual meio desbotado, é quase cinematográfico. Eu amei, Sarah amou e agora estamos fotografando lá em dois dias.

Jamie adorava a maneira como as mãos de Taylor se moviam quando ela falava, como se ela não pudesse deixar de expressar fisicamente sua animação. Quem não a conhecia poderia achar demais - da mesma maneira, quando ela aparecia em compromissos públicos e agia exatamente daquela maneira, os comentários sobre como soava forçada sempre estavam ali. Mas nunca era. Ela só era uma das pessoas mais animadas que Jamie conhecia. Em partes, talvez fosse isso que as aproximava tanto. Elas meio que vibravam em energias diferentes, mas não de um jeito ruim. Muitas vezes, Taylor precisava da calmaria de Jamie, e a situação invertida não era diferente.

— Isso parece incrível — Jamie disse, sorrindo — Você vai levar a equipe toda com você?

— Sim, sim... Sarah está filmando, é claro. Tree também está vindo, vai ser bom ter ela lá, sabe, para lidar com a coisa toda e tudo mais. Essa é meio que a primeira grande coisa que estamos fazendo juntas desde que ela começou. E é diferente. Eu estive com Paula por bons anos, e no fim da coisa toda estávamos desconectadas, mas agora... Com Tree, é como se estivéssemos na mesma página. Ela brigou tanto quanto eu para fazer isso acontecer. Quando eu falei para Scott que eu iria fazer o álbum pop, completamente pop, eu achei que não veria o fim da dsicussão que ele queria criar.

— Bem, é bom que você tenha pessoas ao seu redor que facilitem as coisas.

— Não sei se é para facilitar as coisas — Taylor comentou — Mais como... me ajudar a lutar as lutas que valem a pena nesse trabalho. Eu não ter controle criativo do que produzo é um pouco insano, você não acha?

— Totalmente.

Taylor odiava que toda a situação com Scott era mais do que apenas sobre a música. Era sobre controle, sobre propriedade, sobre o que Taylor tinha permissão para fazer com sua própria voz. Ele tinha enfiado na própria cabeça que ela deveria se ater ao country, porque era sempre uma garantia de sucesso. Mas as coisas não funcionavam exatamente assim, e Taylor sabia naquele ponto que tinha uma base de fãs sólida ou bastante para que tivesse apoio em uma mudança tão grande.

Sempre que ela falava sobre aquilo, acabava se estendendo mais do que talvez devesse. Mas Jamie não se importava. Uma hora depois, quando a máquina de lavar louça parou de zumbir, Taylor abraçou o silêncio outra vez. Ela estava verificando algo em seu celular, mas olhou para cima enquanto o barulho diminuía.

— Vou dar uma olhada nas crianças — ela disse, com a voz mais baixa e menos distraída.

Jamie concordou, depois de murmurar que iria apenas guardar tudo antes de a encontrar no quarto. A inglesa fez o que tinha de fazer, e apagou as luzes antes de sair. As luzes da sala já estavam baixas, com apenas um dos abajures ligados, e ficariam daquele jeito pela noite. O corredor, no entanto, ainda estava iluminado e Taylor estava ali no início, parada, de costas para a parede enquanto observava a namorada se aproximar.

Jamie apenas sorriu, cutucando o ombro de Taylor com o seu enquanto elas caminhavam até entrarem no quarto. Jamie ligou a luz, e ajeitou o ar condicionado. Taylor reclamaria, mas ela colocou na temperatura mais baixa que podia.

Apesar de revirar os olhos ao movimento, Taylor ficou quieta e na verdade, apenas murmurou que estava indo tomar banho. Jamie concordou, observando-a por um momento antes de mergulhar na cama.

Jamie ainda estava lá, esparramada na cama, com a cabeça apoiada na montanha de travesseiros que Taylor insistia em manter, apesar do fato de que nenhum ser humano realmente precisava de tantos travesseiros. Um braço estava sobre os olhos, e ela estava meio adormecida, ou pelo menos, tentando dormir. Mas então, a porta do banheiro rangeu ao abrir, e Taylor atravessou o quarto, já de pijama, com o cabelo preso mais acima. A inglesa espiou por baixo do braço para observá-la. Ela estava com uma camisa que era maior que si, com a imagem gasta de uma turnê do Sixpence None The Richer.

— Sei que você está confortável, mas vamos lá, temos que agir como seres humanos funcionais por pelo menos mais alguns minutos — Taylor disse, caminhando até a cama, estendendo a mão para agarrar com cuidado o braço de Jamie, que apenas resmungou, fechando os olhos — Vamos lá, preguiçosa.

— É difícil me levantar quando na verdade eu já estou dormindo.

— Eu acho que você consegue — Taylor riu.

Com um suspiro mais dramático do que deveria ser, Jamie se sentou, se inclinando para o lado da cama. Estendendo o braço e forçando Taylor a sustentar todo o seu peso enquanto a levantava. A garota se encontrou com Taylor quando se levantou de vez, esbarrando em seu torso e ficando envolvida em um abraço.

A inglesa sorriu, e beijou a mais velha antes de criar coragem até ser arrastada para o banheiro. Taylor a encarou com cuidado quando elas se posicionaram de frente para a pia. Jamie era linda sem muito esforço, e havia sempre um espanto familiar nela quando ela reparava como em qualquer oportunidade Taylor estava ali, apenas a observando, como se estivesse tentando guardar a imagem por completo. Isso acontecia com frequência, ainda mais quando a inglesa estava com o rosto limpo e confortável em qualquer roupa mais leve e simples. Era a coisa toda do momento familiar - Taylor gostava daqueles momentos pelo que eles eram. Era também quase como se sentir normal.

A mais velha se moveu em direção à pia, pegando sua escova de dentes, e Jamie ficou entre ela e o balcão, alcançando também sua escova. A inglesa espremeu a pasta na própria escova, e fez o mesmo na de Taylor.

Então elas ficaram ali, coladas, escovando os dentes sem realmente pressa alguma. O silêncio preencheu o espaço, e quando Jamie terminou primeiros, ela se afastou, depois se inclinou contra o batente da porta do banheiro, observando Taylor com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

As duas se deitaram juntas alguns minutos depois, e Taylor fez questão de juntar o corpo ao de Jamie, passando os pés nos dela.

— Seus pés e estão congelando — Jamie comentou se afastando um pouco.

— Eu sei, eu sei... — Taylor sorriu — E você está quente.

— Mas isso eu sempre sou — a garota brincou, envolvendo o braço em volta da cintura de Taylor, puxando-a para mais perto até que seus corpos estivessem entrelaçados de vez sob os cobertores — A melhor maneira de se aquecer é realmente com o calor humano.

— Fato científico?

— Lei britânica — Jamie revirou os olhos, e então riu — Se sua namorada está fria o suficiente que você quase pode se preocupar se ela está realmente viva-

— Você é uma idiota, cara — Taylor riu.

— É sério — Jamie continuou, ainda sorrindo — Você é legalmente obrigado a tolerar isso. O frio na sua perna. Mesmo que ela faça isso de propósito para te irritar, o que eu bem sei que foi o caso.

Taylor soltou uma risada suave, enterrando o rosto no pescoço de Jamie. Ela respirou o cheiro familiar da pele de da garota, e deixou um beijo ali.

— Eu te amo — a americana murmurou, com a voz baixa, suave. Mas não menos sincero.

Jamie sorriu contra ela.

— Eu também te amo, Teffy.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro