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13 | 𝐅𝐀𝐋𝐋𝐈𝐍𝐆 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐈𝐍 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐒𝐄

▪ TAYLOR SWIFT SAIU PARA JANTAR COM O IRMÃO AUSTIN NO RESTAURANTE THE WORLD'S END EM SYDNEY, AUSTRÁLIA.

▪ TAYLOR SWIFT: "ESTA NOITE ENCERRAMOS UMA TURNÊ DE 13 MESES. FOI UMA LINDA VIAGEM AO REDOR DO MUNDO E EU NÃO TROCARIA ESSAS LEMBRANÇAS POR NADA. OBRIGADA PESSOAL", ESCREVEU TAYLOR EM SUA CONTA NO TWITTER NA NOITE DE DOMINGO, DEPOIS DE SEU ÚLTIMO SHOW NA NOVA ZELÂNDIA.

▪ A ATRIZ JAMIE HARINGTON, 22, FOI FOTOGRAFADA SE DESPEDINDO DE UMA AMIGA NA ESCADARIA DE SUA CASA EM LONDRES. ELA ESTAVA OSTENTANDO UM ESTILO CASUAL, VESTINDO UMA CAMISETA VERDE E CALÇA DE MOLETOM CINZA, ANTES QUE O ATOR PAUL MESCAL LHE DESSE UMA AJUDA PARA CARREGAR SUA BAGAGEM PESADA EM UM CARRO.

▪ JAMIE HARINGTON É VISTA SAINDO DE BRAÇOS DADOS COM PAUL MESCAL DA BOATE 'AVALON HOLLYWOOD' EM LOS ANGELES.

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— Acho que sou como todo mundo no momento — murmurou Jamie — Me tornei um pouco dependente da tecnologia. Agora tenho meu iPad e meu laptop. Fora isso, tenho alguns tipos de objetos que me trazem sorte. Eu tenho uma caneta da sorte, a French Press. Estou começando a colecionar os isqueiros, e todas aquelas velas...

— A caneta, é a mesma que você tem desde criança?

— Sim, é essa. A que eu carrego para todos os lugares — Jamie respondeu à pergunta de Birdie, e encarou a amiga do outro lado da sala.

Birdie estava sentada na poltrona, com os pés na mesinha de centro enquanto bebia uma xícara de chá. Jamie tinha pouco menos de duas horas para terminar de organizar a bolsa e a mala de mão que levaria para sua estada em Los Angeles. Doze semanas, era o tempo que ela ficaria. Ela teria cinco semanas de produção do filme de Destin e depois mais sete semanas de filmagem com Sofia Coppola, no set de Bling Ring. Quando voltasse de Los Angeles, não passaria mais do que duas ou três semanas em Londres, pois teria de retornar a Belfast para a primeira leitura de roteiro da terceira temporada de Game Of Thrones.

— Hm, vou te visitar daqui a duas semanas — lembrou Birdie — Odeio ter que pegar um avião, mas aparentemente vou fazer isso.

— Desde quando você tem medo? — Jamie encarou a amiga por um momento, antes de voltar sua atenção para sua mala.

— Sabe, eu adorava, mas agora imagino estar a 30.000 pés de altura e... cada vez que voo, parece menos natural. Fico mais nervosa.

— Você teve uma experiência de voo ruim que causou isso? Eu realmente não me lembro de ter ouvido nada sobre.

— Não, não, e isso é bizarro — disse Birdie — Eu adorava voar, mas como tenho trabalhado em Phila e viajado muito para a América, fico muito nervosa com isso e não sei por quê. Simplesmente aconteceu — ela deu de ombros — Depois de Los Angeles você volta para cá, certo?

— Por alguns dias, sim — Jamie respondeu — Depois viajo com Kit e Emilia para Belfast. Leitura de roteiro.

Birdie assentiu e comentou qualquer outra coisa sobre a viagem que faria dentro de duas semanas. Uma hora depois, ela e Jamie estavam pedindo comida chinesa de um restaurante não muito distante e, por volta de uma da tarde, estavam se despedindo uma da outra, quando Paul desceu de um táxi estacionado em frente à casa de Jamie.

Nenhum dos três notou os paparazzi do outro lado da rua, pelo menos não imediatamente. Enquanto Paul carregava a mala de Jamie para o táxi e a inglesa parava para se despedir de Birdie, ela viu o homem apontando a câmera na direção da cena. Mas Jamie tentou não pensar nisso. Ela abraçou a amiga e comentou última vez sobre como Birdie deveria deixar as chaves de casa com Deborah. Já que ficaria tanto tempo longe, Jamie tinha pedido para que a mãe cuidasse de sua casa. Apenas o básico. Ela tinha plantas que precisavam de manutenção.

De Notting Hill ao aeroporto de Heathrow demorou pouco mais de quarenta minutos. Depois, de Londres a Los Angeles, mais onze horas. Jamie chegou à cidade à tarde e foi com Paul ao hotel onde ficariam nas próximas semanas, o Chateau Marmont, na Sunset Boulevard.

Naquela tarde, cada um se reservou ao seu espaço. Durante a noite, Paul convidou Jamie para jantar no restaurante do hotel, mas depois os planos acabaram mudando, quando os dois foram para o The Bowery, ali mesmo na Sunset.

No dia seguinte, Jamie acordou muito cedo. Ela não era uma pessoa matinal, mas estava mudando isso. Com a rotina de gravar em Belfast, as viagens constantes e a agenda lotada mudando de um fuso horário para outro, ter uma rotina era realmente algo incrível. Se ela pudesse acordar todos os dias às oito horas, isso significaria felicidade. Era o momento perfeito para começar a manhã. Quando Jamie estava na faculdade, ela ficava acordada a noite toda, indo para a cama às seis, o que geralmente envolvia uma bebida antes de dormir ou uma dose de Nyquil para alergias. Mas, aos 22 anos, ela não aguentava mais essas coisas. Se ela passasse a noite toda acordada por causa do trabalho, isso a transformava em um zumbi total por dias.

Paul mandou uma mensagem pouco antes das oito e perguntou se Jamie ia tomar café da manhã lá embaixo. Ela respondeu que sim. Ela queria passar um pouco mais de tempo nas áreas comuns do hotel, principalmente porque já tinha ouvido falar muito sobre o local. Em menos de um dia, Jamie percebeu como, de alguma forma, o Chateau Marmont parecia único. O Hilton Garden Inn ou o Baymont, com todo o luxo, pareciam iguais, e todos tinham o mesmo cheiro, e todos pareciam um pouco com um hospital. Não o Chateau Marmont.

O Chateau ainda tinha seus quartos com chaves de verdade, nenhum daqueles trágicos cartões de plástico. Os quartos pequenos tinham vista para o pátio interno, os grandes tinham vista para a cidade, com varanda voltada para o pátio do restaurante. Jamie havia se instalado em um dos grandes, que parecia uma espécie de apartamento. E ela ficou encantada com a decoração de tudo. Ainda parecia 1937 e isso era tudo o que ela imaginava de um hotel com as histórias do Chateau Marmont. A ideia de ser uma estrela glamorosa do passado não era tão convidativa, considerando a série de finais tristes, mas o Chateau fazia você se sentir como Anthony Perkis ou Clara Bow, vagando pelos corredores do hotel.

Sobre a mesa da sala havia uma pilha de papéis do hotel com o nome de Jamie impresso no canto. Havia também uma caixa de fósforos com o nome do hotel, bem como um isqueiro da Dunhill, também escrito 'Chateau Marmont'. As portas de madeira com janela de vidro, com vista para o pátio do restaurante, se abriam, e quando Jamie colocou os pés ali pensou como poderia facilmente pular para a morte, como o Jim Morrinson tinha feito - ele não morreu, mas deixou para trás um bocado de lençóis manchados de sangue.

Havia um minibar bem abastecido, um balde de gelo que era reabastecido sob demanda. Palitos com o emblema do hotel estavam em cima do bar, no armário havia um roupão macio e chinelos personalizados, e o banheiro parecia nunca ter sido atualizado, mas era perfeito, lembrando muito o banheiro de uma mansão parisiense.

— Você pode me trazer um desses? — Jamie escutou a voz de Paul quando ela chegou no pátio externo do restaurante. O garçom que estava o atendendo acenou, e então saiu.

Jamie puxou a cadeira de frente para o irlandês, e se sentou. Paul sorriu na direção dela, e arrastou a xícara de chá em sua direção, arrastando a pequena jarra com leite quente também.

— Bom dia!

— Bom dia... — ele devolveu — Eu imaginei que você fosse querer. Chá, leite... — Paul indicou o pequeno pote com cubos de açúcar — Eu não tinha ideia se você gosta de açúcar no chá ou não, mas pedi para trazê-los de qualquer maneira.

— O que você pediu para comer?

— Para mim, um bowl com maçãs e aveia, com um café irlandês — Paul respondeu.

— Café irlandês?

— Uísque, café, chantilly...

— São oito da manhã, Paul.

— Eu sei, eu sei... — Paul deu de ombros, como se não fosse nada — Eu pedi alguns croissants também, e uma omelete com espinafre para você.

— Obrigada — Jamie agradeceu.

— Eu estava pensando — Paul continuou — Temos dois dias livres. Podemos ir conhecer um pouco a cidade, e então depois procuramos um lugar legal para o jantar.

Parecia um plano, e Jamie se rendeu a ele. Ela e Paul tinham um mapa de papel e tudo - esquecendo o celular de lado, como se fosse o século passado outra vez. Os dois seguiram para Venice Beach logo depois do café da manhã. Eles almoçaram em algum lugar em Santa Mônica, e então alugaram duas bicicletas perto de Will Rogers State Beach, onde havia uma ciclovia de 22 milhas à beira-mar. A parada seguinte foi o Getty Center e depois a Rodeo Drive. Eles retornaram para a Sunset não muito tempo depois, e então pegaram um ônibus seguindo por West Hollywood até o Griffith Observatory. Era fim de tarde quando Paul estava comentando sobre como havia um restaurante de comida mexicana, que parecia ser muito bom, seguindo pela Rodeo Drive. Jamie se convenceu com a sugestão, mas os planos mudaram um pouco assim que eles entraram no ônibus de volta para o hotel.

Pelo tempo que tinha estado com Taylor, Jamie tinha conhecido uma quantidade considerável de rostos novos - a maioria de pessoas tão famosas quanto a cantora. Era realmente um cenário novo, e ela tinha se habituado bem. De qualquer forma, de Mariska Hargitay a Blake Lively, ela também tinha saído com Emma Stone e Andrew Garfield - algumas boas vezes, e disso ela se lembrava bem. A um ponto que ela e Emma - Emily, como ela preferia que a chamassem - tinham trocado o número de telefone, e o mesmo aconteceu com Andrew. O segundo era, por sinal, alguém com quem Jamie mantinha certo contato. Eles já tinham se visto em Londres semanas antes, e então se encontram sem querer em um teste em Nova York. Andrew era gentil, e absurdamente animado. Ele estava em Los Angeles, e parecia ter planos, então enviou um bocado de mensagens para Jamie, comentando sobre como estaria com alguns amigos no Avalon Hollywood, uma boate na Vine Street, e que se ela sentia que estava na energia certa para se divertir, seria legal se aparecesse por lá depois da dez. Ele sabia que ela estava na cidade, porque sabia que ela começava a gravar em dois dias.

Jamie acabou aparecendo na Avalon depois da dez. Ela estava usando um vestido no estilo chainmail digno da Paris Hilton, com uma gargantilha combinando e a sombra escura nos olhos, que definitivamente destacava o rosto dela. Do lado, Paul estava usando tênis Adidas brancos, jeans pretos e um pulôver verde-oliva. Eles encontraram Andrew lá dentro, e o ator conversava com três amigos sobre um Q&A que tinha participado antes de chegar na Avalon Hollywood, em um teatro ali mesmo em West Hollywood - algo sobre seu novo filme, 'O Espetacular Homem-Aranha'.

— Estou feliz que não tenha havido tantas perguntas do público — Andrew disse, depois dos abraços, dos acenos e todos os cumprimentos. As seis pessoas se instalaram em uma cabine longe de toda a pista, mais ainda rodeados de gente. Andrew pediu alguns drinks alcoólicos para os amigos, e Jamie o acompanhou, enquanto Paul começou a noite bebendo um drink sem álcool.

— Por quê? — Paul perguntou.

— Eu só fico muito nervoso quando as perguntas começam a chegar. Eu posso passar por cinco ou seis questões, mas não mais que isso — ele respondeu. Um dos amigos de Andrew comentou que estava se levantando, indo para a pista de dança, e os outros dois os seguiram, deixando o ator com Jamie e Paul. Andrew acenou, e continuou falando — Sem contar que depois de um tempo as pessoas mal sabem sobre o que estão perguntando. Hm, eu estava saindo da exibição quando uma garota disse 'obrigada por "Um dia". ' Eu fiquei tipo 'Acho que de nada, mas não fiz esse filme'. Fiquei pensando sobre isso o caminho inteiro, dentro do táxi, do teatro para cá.

— Você está pensando nisso ainda? — Jamie perguntou.

— Não, só pensei agora — Andrew deu de ombros — Vocês chegaram hoje?

— Ontem — Paul respondeu.

— E já viram a cidade?

— Visitamos alguns lugares hoje — Jamie sorriu gentilmente. De canto de olho ela viu um dos garçons se aproximando, com uma bandeja cheia de bebidas. Ele apoiou todas na mesa, e Jamie alcançou o Negroni que tinha pedido, tomando bem mais do que só um gole já de primeira — Passamos o dia fora.

— Hm... — Andrew sorveu parte do seu Martini — Vocês vieram do hotel direto para cá?

— Paramos em uma pizzaria antes — Paul falou — Aquele lugar na Melrose, com as luzes coloridas na entrada.

— Meu Deus, eu adoro esse lugar! — Andrew se animou — Eu conheço o dono. Eu fiz um pedido enorme com ele depois da primeira exibição de 'A Rede Social'. O elenco inteiro se reuniu no Hilton naquele dia. Ei, qual é a cobertura de pizza favorita de vocês?

— Ah, qualquer coisa menos abacaxi — Jamie disse.

— Espere, não — Paul encarou uma amiga.

— Você é um desses? — ela disse.

— Me diga que não — Andrew desviou o olhar para o irlandês.

— Eu gosto da combinação de abacaxi, mel e cebola.

— Puta merda — Andrew murmurou.

— Essa merda me deixou sem palavras — Jamie disse, voltando a beber sua bebida — Eu estou quase com falta de ar.

— Não, é sério. É tão bom.

— Esta é uma conversa para se ter — Andrew comentou — Coberturas de pizza. Você sabe o que estou dizendo? Esta é uma conversa muito adulta.

Paulo comentou qualquer coisa, seguindo com o assunto. Mais drinks chegaram, e então mais drinks. Depois disso, a conversa mudou para um território ainda mais aleatório. Andrew falou sobre a porta branca ali em Avalon, que levava para um camarim antigo, mas que agora estava trancada. Ele disse como tinham transformado a porta em um mural, e então todo mundo que passava por lá - ou pelo menos quem se sentia disposto a isso - escrevia alguma coisa na madeira pintada de branco. Depois, Jamie discutiu por que beber era mais preferível do que ficar chapado, e por volta das onze, ela terminou seu quarto copo de Negroni, e puxou Paul para a pista de dança, depois que um dos amigos de Andrew voltou para a mesa.

Jamie agradeceu a si mesma, e a tudo que acreditava - se é que ainda acreditava em algo -, depois que puxou Paul para dançar, porque ela viu Andrew acenando para alguém, e logo em seguida Emily surgiu com Taylor, e mais outras três garotas. Uma delas, Jamie conheceu como Ashley, mas as outras duas, ela realmente não se lembrava de já ter visto. De qualquer forma, Taylor era cheia de amigos. No meio disso, Paul pareceu ter reparado onde o olhar de Jamie tinha caído, e então ele puxou ela ainda mais para a pista, e a virou para o lado contrário, deixando ela com a vista do palco, onde um DJ que ele não conhecia, começou um set novo. Ele colocou as mãos na cintura de Jamie, e ela fez o mesmo apoiando os braços nos ombros dele.

— Você quer ir embora? — Paul perguntou.

— Eu deveria querer? — Jamie não respondeu, e devolveu a pergunta com outra pergunta. Parecia complicado o bastante, mas ela não via Taylor há algumas semanas, e então queria mesmo fazer aquilo nem que fosse por apenas alguns segundos. Depois, ela sentiu que poderia muito bem fingir que aquele pensamento não tinha existido — Posso te contar uma coisa?

— Estou ouvindo.

— Fiquei muito irritada quando ela terminou comigo.

— O que é compreensível.

— E então, você sabe... Já tem quase um mês que isso aconteceu — Jamie lembrou — Quero dizer, vai fazer um mês amanhã, e agora pensando melhor... a ideia de, não sei, a ideia de ter ela por perto não é tão ruim. Mesmo que seja só como amiga.

— Vocês realmente podem ser apenas amigas? — Paul tinha uma resposta para a própria pergunta, mas estava curioso para saber o que Jamie pensava — Isso não vai te fazer ficar triste?

— Eu já estou triste — Jamie disse, honesta.

— E com o coração partido?

— Ainda desapontada — ela completou — Mas o que eu falei... Não estou dizendo que vamos ser amigas. Estou dizendo que... se acontecesse... se acontecesse, não seria tão ruim.

Paul concordou, e então se limitou ao próprio silêncio. Pelo menos por um momento. Ele suspirou com calma, ouvindo o single recente do Zedd começando a tocar, 'Clarity'.

— Você vai falar com ela?

— Não sei o que vou fazer — Jamie deu de ombros — Bem, na verdade, eu sei. Eu vou lá para trás, porque preciso de um cigarro antes de pensar em qualquer coisa.

— Quer companhia? — ele perguntou, mesmo que já imaginasse que a resposta fosse "não".

— Só alguns minutos sozinha — Jamie falou, e deixou um beijo no rosto de Paul. Antes de se afastar, Paul tirou do bolso de sua calça o maço de Lucky Strike e o isqueiro Dunhill prateado, que era de Jamie, mas estava com ele. Depois, ele viu a amiga sumir por toda aquela gente, e fez o mesmo, dando meia volta e seguindo para a mesa onde Andrew estava. A mesa que Taylor estava.

Jamie foi para uma área dos fundos, que dava no estacionamento coberto. Não tinha ninguém ali, pelo menos ninguém além do segurança parado na entrada, do outro lado, sentado dentro de uma cabine, com o olhar focado no que parecia uma revista. Jamie alcançou um cigarro, e colocou entre os lábios, depois acendeu e então puxou o ar, soltou a fumaça pela boca e foi puxando pelo nariz.

Ela escutou o barulho da porta se abrindo atrás de si, mas não olhou. E quase se arrependeu da decisão de não olhar, quando ouviu a voz de Taylor em um "oi" realmente baixo. Se Jamie fechasse os olhos, ela quase podia imaginar que o tempo não tinha passado, e que ela estava de volta aos dias que passou com Taylor em Londres. Era noite, então Jamie serviria um merlot barato e elas se sentariam por um tempo na sala de casa, conversando sobre qualquer besteira. Taylor estaria com respiração calma e uniforme, como estava. A respiração suspensa.

— Você está bem? — ela disse, de um jeito tão simples que a resposta seguinte parecia óbvia. Jamie diria que estava "ótima", e então a conversa seguiria. Claro, isso aconteceria se elas não estivessem em um espaço tão bagunçado. Jamie queria muito dar a resposta que Taylor talvez esperasse ouvir, mas ela não conseguiu.

— Você não deveria estar lá dentro? — não foi uma resposta, e Taylor deu um passo adiante, parando exatamente ao lado de Jamie. Ela olhou para a garota, mas não ganhou o mesmo olhar sobre si. Jamie soltou a fumaça do cigarro, e pôde ver o olhar de Taylor em cima de si, pelo canto da visão. Mas ela não disse nada.

— Você está bem? — Taylor repetiu a questão.

— O que você espera que eu responda? — ela riu sem realmente graça alguma. Conversando com Paul, com a história toda sobre "não descartar uma amizade" entre as duas, parecia bem mais fácil do que realmente era. Ela esteve irritada, e ela estava irritada. Talvez já muito mais triste do que irritada. Mas não tinha adquirido consciência do sentimento por completo até aquele momento — Vivendo o sonho, Taylor.

O silêncio tomou o espaço por um momento. Taylor pensou sobre o que falaria, mas nada realmente aconteceu. Ela tinha um plano na cabeça, um não exatamente elaborado, que tinha pensado assim que colocou os pés em Avalon e viu Jamie. Mas a inglesa parecia realmente mais afiada do que nunca.

— Eu- — Taylor se interrompeu. Ela suspirou suavemente, e então continuou — Eu senti sua falta.

— Sentiu minha falta? — Jamie levantou a sobrancelha por um segundo, cruzando os braços sobre o peito, depois de se livrar do cigarro, pisando nele — Não parecia quando você me viu saindo pela porta.

— Eu sinto muito por isso — Taylor murmurou — Acho que estou me repetindo, mas realmente sinto muito.

Taylor não estava sozinha nisso. Jamie também sentia muito, mas por motivos diferentes. Talvez no fundo dos recessos de sua mente, ela pensasse que possivelmente se entregar tanto tivesse sido um problema naquele relacionamento.

— Como você se sente em relação a mim? — Jamie perguntou repentinamente, deixando de lado as desculpas.

— Eu via você como um presente inesperado dos céus — Taylor foi honesta — Não sabia ao certo como poderia merecer isso.

— Foi isso que fez você se afastar?

Taylor queria pelo menos uma hora inteira para si antes de responder aquilo, e não porque ela não tinha uma resposta, mas porque tinha exatamente as palavras na ponta da língua, e não queria ser tão aberta com Jamie, não quando já tinha feito besteira o bastante. Tinha se sentido daquela maneira por tanto tempo. De qualquer modo, ela meio que devia aquilo.

— Um pouco — ela murmurou — Mas não apenas isso. Você sabe... — Taylor respirou nervosa — Eu tive esse momento estranho quando estávamos naquele restaurante com alguns amigos meus. Você se lembra?

— Em Nova York? — pela primeira vez, Jamie desviou o olhar para encarar a ex-namorada.

— Sim — ela assentiu — Estávamos lá, e então eu tive aquela coisa de quando você está com alguém... estávamos no meio de mais pessoas, então estávamos conversando com essa outras pessoas, e você estava leve. Rindo e brincando. Brilhando. Eu olhei para você, e você me olhou, e eu pensei que talvez você fosse a pessoa certa para a minha vida. E foi muito engraçado e triste, porque estávamos falando em silêncio, como se fosse um mundo secreto... que existia ali mesmo... em público, um pouco desesperado. Mas não tão secreto, porque eu olhei para fora, e havia tanta gente interessada apenas naquele momento. Parecia tão difícil me concentrar apenas na gente quando havia tanto barulho, assim que eu tomava consciência do que acontecia ao redor.

— Você pensou em terminar comigo depois disso?

— Não, não... — Taylor balançou a cabeça negativamente — Eu não me orgulho da coisa toda, mas pensei nisso antes, e apenas desisti, porque ficar longe de você parecia a pior coisa do mundo.

— O quão antes?

— Estávamos andando de noite e acabamos em uma das pontes sobre um canal em Camden — respondeu Taylor.

— Isso nos leva de volta a dezembro — Jamie comentou, e então reparou na ironia da coisa toda. Ela quase revirou os olhos, mas não fez isso. No entanto, acabou rindo um pouco, com um humor perverso diante daquilo — Sem trocadilhos com sua música.

— É... — Taylor riu suavemente — Bem... naquela noite, quando você segurou meu rosto entre suas mãos... você estava linda, e eu me lembro de ter pensado que você era a garota mais linda que eu já tinha visto na vida. Andando naquele dia, eu me senti como uma verdadeira londrina, ou pelo menos uma garota americana na Europa, amando pela primeira vez. Não apaixonada pela primeira vez. Amando pela primeira vez. Mas aí, tivemos de interromper a caminhada porque os fotógrafos tinham nos seguido, e de repente ficou muito difícil de fingir que aquilo era normal

— Não era.

— Não era — Taylor assentiu — Naquele ponto, éramos como um casal de muitos anos, cansado, que já tinha passado por todas as coisas ruins, recuando para nossas camas, cansadas do mundo. Exceto que tínhamos 21 anos e nos conhecíamos há menos de um ano. Deveríamos ser o oposto disso. Londres ficou estagnada depois daquela noite, porque eu fiquei estagnada depois daquela noite. Então eu quis voltar para casa. Quanto mais tempo isso continuava, essa sensação... mais ferozmente eu queria insistir em estar com você, porque eu acreditava que deveria haver um momento em que a situação fora da nossa bolha se tornaria mais suportável. Não aconteceu.

— Eu tentei — Jamie quis pontuar, porque para ela era tão claro. Mas para Taylor também. Jamie tinha tentado, mas não dependia dela. Tornar a situação "suportável", por si só. Era complicado o bastante.

— Eu sei que sim — Taylor disse — Mas não dependia de você. Era só que... quando eu estava com você, me sentia extremamente viva, e então nos arrancavam da vida "normal" que estávamos tentando ter, e eu me sentia terrível logo em seguida. Quando terminamos, eu me arrependi da maneira como terminamos. Então, eu te liguei, e fiquei pensando: "Ok, essa é a parte onde ela diz: Espere, querida, eu quero tentar de novo. Poderíamos conversar melhor amanhã", ou qualquer coisa assim, e eu diria, "Claro. Eu sinto muito."

— Eu falei que seria definitivo, na primeira vez que o assunto surgiu.

— E então eu entendi que era o melhor — Taylor confessou — Uma parte minha queria escutar exatamente o oposto, mas uma outra, ainda maior, não. Parece difícil entrar em termos com os meus próprios pensamentos, às vezes. Mas eu estou chegando lá — ela brincou — Eu queria que fosse fácil, mas não parece ser. Eu realmente sinto muito... sinto muito, pelo seu aniversário, e por ter ligado, e por ter terminado como terminei. Mas é sobre isso que sinto muito. Eu não sinto muito pelo fim. Não por isso.

— Eu aprecio a sinceridade.

— Eu apreciei sua sinceridade também — Taylor falou, e Jamie franziu as sobrancelhas, tentando entender onde ela estava tentando chegar — Quando você disse que me esqueceria se pudesse.

— Eu realmente quis dizer aquilo — Jamie indicou. Ela estava irritada, claro, mas pensando melhor, não teria voltado atrás no que falou — Independente de como tenha soado.

— Eu te ajudaria com isso, se fosse possível — ela deu de ombros.

— E você... você me esqueceria se pudesse?

— Provavelmente não — Taylor sorriu suavemente — Você era a melhor parte do meu dia.

— E a pior também — Jamie disse, não falando de si mesma, mas do que vinha quando elas estavam juntas — Quero dizer, isso não aconteceu só comigo. A atenção...

— Claro que não — Taylor concordou — Todos os meus romances foram meticulosamente documentados. Só era "demais" quando o assunto era você, porque eu não amei nenhum dos meus ex-namorados. Eu estava apaixonada, claro, mas não era amor. Então... somar "amor" a situação era complicado. Eu quero- — ela se interrompeu — Eu observei ao longo do tempo que se você der às pessoas algo para falar, elas multiplicam por cinquenta e fazem todas essas histórias sensacionalistas sobre você. Então, se você der zero assunto a elas, elas não conseguirão multiplicar. Eu gostaria que as pessoas se concentrassem no que eu produzo, no meu trabalho, mas sei que isso não vai acontecer, de modo que não quero render assunto. Tem complexidade emocional dentro disso, mas eu não quero mais sentir como se eu estivesse sendo sufocada o tempo inteiro. Eu estou me mudando para Nova York, e parece um ótimo recomeço. Eu quero... quero me cercar de amigos, descobrir quem eu sou. Independência, liberdade e todas essas coisas.

— Eu espero que isso dê certo para você — Jamie disse, e foi honesta o fazendo. Ela realmente esperava que as coisas funcionassem, mesmo que os caminhos delas parecessem já não estar mais entrelaçados.

O silêncio caiu entre as duas por aquele tempo. Um minuto se passou, ou talvez mais que isso, mas nenhuma delas estava contando.

— Ei, você quer me ajudar a pensar no que escrever na porta do corredor dos banheiros? — Taylor perguntou, e Jamie se lembrou da porta. Andrew tinha comentado, e ela havia reparado na porta velha, de madeira branca, quando passou perto dos banheiros, para sair rumo ao estacionamento.

— Claro.

Elas caminharam juntas, se enfiando entre as pessoas, até chegarem diante da porta, no corredor adiante, onde a agitação era muito menor. Havia esse apoio na parede, e alguns marcadores. Taylor escolheu o vermelho, e depois de pensar muito sobre o que poderia escrever, ela e Jamie terminaram em uma piada boba sobre o que tinham conversado minutos antes. Taylor riscou de lado, algo como "Isso nos leva de volta para dezembro", e então Jamie completou, entre parênteses, e com o marcador azul: "não estamos falando da sua música". Aquilo deveria ser triste, para qualquer outra pessoa, pelo menos. E de algum jeito, as duas ainda estavam sim tristes, mas não com o coração partido. Ao ponto que brincar sobre era só o jeito de manter as coisas como deveriam ser. Minimamente leves.

Claro, era terrível que eles não tivessem dado certo, mas Jamie preferia se ater a amizade - mesmo que fosse apenas por aquela noite -, do que se apegar a fantasias sobre o potencial romântico desperdiçado. E ela poderia reconhecer que embora amasse Taylor, ela não conseguiria ficar em uma situação dolorosa como aquela. Com o tempo, talvez começasse a pesar para ela também.

No passado, a fantasia teria eclipsado a realidade. Ela poderia acreditar que o amor deixaria tudo mais fácil, e então imploraria para deixar aquilo se arrastar, mesmo que isso fizesse com que ela ficasse irritada e ansiosa - como Taylor já estava há tempos. Mas não ali. Ela conseguiu ver o beco sem saída do qual tinha se desviado. Ainda ressentida pela maneira como acabou, mas não porque acabou. Jamie queria algo consistente, e isso Taylor não poderia oferecer. Depois de tudo, a inglesa estava disposta a esperar alguém que pudesse. E em vez de fracasso, parecia um ato de amor.

Parecia tão óbvio que no início daquela manhã, deixando a Avalon de braços dados com Paul e segurando seus saltos na mão, entrando no táxi de volta para o Chateau Marmont, ela não pôde deixar de se perguntar por que reconhecer aquilo tinha a levado tanto tempo.

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