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10 | 𝐒𝐎𝐎𝐍𝐄𝐑 𝐎𝐑 𝐋𝐀𝐓𝐄𝐑, 𝐈𝐓'𝐒 𝐎𝐕𝐄𝐑

▪ PARA TODOS OS FÃS DE 'JAYLOR', JAMIE HARINGTON FOI VISTA RECENTEMENTE EM NASHVILLE COM SUA SUPOSTA NAMORADA DE DOIS MESES, TAYLOR SWIFT.

▪ TAYLOR SWIFT FOI FLAGRADA TOMANDO CAFÉ COM O IRMÃO NO THE LOCAL CUP, EM SOUTH BEND, INDIANA, E OS FÃS FORAM RÁPIDOS EM APONTAR QUE ELA ESTAVA USANDO A JAQUETA DA 'SORTE' DE SUA SUPOSTA NAMORADA, JAMIE HARINGTON, AUMENTANDO AINDA MAIS OS RUMORES AO REDOR DA RELAÇÃO.

▪ JAMIE HARINGTON E SUA ASSESSORA DE POUCO MENOS DO QUE UM ANO, LIZZIE KERR, ESTÃO SE SEPARANDO. KERR, CUJA KERR PUBLIC RELATIONS, COM SEDE EM LONDRES, CUIDAVA DA IMAGEM DA ATRIZ DESDE O FIM DO ÚLTIMO ANO, INFORMOU À EQUIPE ADMINISTRATIVA DE HARINGTON QUE ELA ESTÁ DEFINITIVAMENTE RENUNCIANDO EM MEADOS DE OUTUBRO. DE ACORDO COM UMA FONTE, HARINGTON TEM COMO OBJETIVO TRAZER TODOS OS ESFORÇOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS INTERNAMENTE PARA A EMPRESA DE GESTÃO DE SEU AGENTE, O LONDRINO CHARLIE HALSTEAD, QUE TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR KIT HARINGTON E EMILIA CLARKE.

▪ QUEM É PADDY YASSEIN? O NOVO ASSESSOR DE JAMIE HARINGTON TEM 36 ANOS, E É CASADO COM O EMPRESÁRIO MUSICAL DEVAN OLIVER. NO ÚLTIMO ANO, PADDY FOI NOMEADO PRESIDENTE DA GLOVER BROTHERS GLOBAL, UMA PRODUTORA DE FILMES INDEPENDENTES. ELE RENUNCIOU A POSIÇÃO HÁ POUCO MAIS DE DOIS MESES E, SEGUNDO A VARIETY, FOI PROCURADO PESSOALMENTE POR JAMIE HARINGTON DEPOIS QUE ELA OUVIU COISAS MUITO BOAS SOBRE SEU TEMPO COMO ASSESSOR DO ATOR BENEDICT CUMBERBATCH, NUM PERÍODO DE TEMPO HÁ TRÊS ANOS ATRÁS.

▪ GYLLENHAAL E SWIFT NAMORARAM POR POUCO MAIS DO QUE TRÊS MESES, COMEÇANDO NO OUTONO DE 2010. NA EDIÇÃO DESSE MÊS DA DA GQ BRITÂNICA, O ATOR FALOU SOBRE SUA EXPERIÊNCIA COM O "CIRCO DA MÍDIA", APÓS SE SEPARAR DA ESTRELA COUNTRY. "É MUITO DIFÍCIL QUANDO ALGO QUE CONSIDERO TÃO PESSOAL SE DESENROLA PUBLICAMENTE", ELE ADMITIU. "O RESULTADO DO RELACIONAMENTO FOI MUITO MAIS DIVULGADO DO QUE O RELACIONAMENTO EM SI. QUANDO ESTÁVAMOS JUNTOS, TOMAMOS MUITO CUIDADO PARA NÃO SERMOS JOGADOS EM UM CIRCO DA MÍDIA. EU NÃO SOU BOM COM ESSA COISA DE SER UMA CELEBRIDADE."

▪ O ELENCO DE GAME OF THRONES TEM FILMADO EM MALTA NOS ÚLTIMOS DIAS. E AS FILMAGENS CONTINUARAM NA QUARTA-FEIRA, QUANDO EMILIA CLARKE, QUE INTERPRETA DAENERYS TARGARYEN, SE JUNTOU A JAMIE HARINGTON (LYARRA SNOW) E IAIN GLEN (JORAH MORMONT) E FOI VISTA NAS LOCAÇÕES DA SEGUNDA TEMPORADA DA SÉRIE DE FANTASIA DA HBO. JAMIE E EMILIA FORAM FOTOGRAFADAS PASSEANDO PELO SET ENQUANTO ESPERAVAM SUA VEZ NA FRENTE DAS CÂMERAS.

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De um momento para o outro, Jamie tinha em seu currículo uma série de muito sucesso e mais duas temporadas confirmadas da mesma série. Assim, um dia, enquanto gravava a segunda temporada desta série, ela estava lá, no estúdio em Belfast, no parque transformado em estacionamento do espaço, em Banbridge, ouvindo música - Change by Blind Melon -, quando Richard abriu a porta do trailer de maquiagem, emendando um assunto no outro, a tal ponto que tudo parecia extremamente difícil de entender.

Era tão cedo - o sol ainda nem tinha nascido. Normalmente, eles acordavam nesse horário e iam para Banbridge quando precisavam filmar cenas usando os primeiros raios da manhã. Então, às três da madrugada aparecendo no relógio, com o cabelo bagunçado e a maquiagem quase pronta, Jamie virou o rosto para encarar o amigo e viu Emilia fazendo o mesmo. Sem surpresa, elas compartilhavam o mesmo trailer de descanso, e geralmente também estavam no mesmo trailer de maquiagem, na maior parte do tempo. Isto quando, claro, Emilia estava em Belfast, porque na verdade, grande parte do tempo, ela estava emendando suas gravações externas em Malta.

— Você ficaram sabendo? — ele perguntou.

— Deveríamos ter ficado sabendo de alguma coisa? — Jamie disse.

Richard tinha dois suportes de papelão nas mãos, da cafeteria que funcionava praticamente 24 horas por dia em frente ao estúdio. Ele havia comprado sete cafés - embora houvesse uma barraca de comida não muito longe do primeiro trailer, que era o trailer de Kit, onde tinha uma máquina de café gigante. Mas Richard gostava do café do outro lado da avenida; Jamie e Emilia também gostavam.

O garoto colocou os porta-copos sobre a mesa, bem ao lado de onde estava a enorme mala de maquiagem e começou a separar o que pertencia a cada um. As duas mulheres da equipe de maquiagem ganharam o café gelado, enquanto as outras duas, que cuidavam do cabelo das meninas, com todos aqueles detalhes da peruca platinada que Emilia usava, pegaram seus drinks gelados - Pumpkin Spice Latte para a Warner e Matcha Latte para Maya. Emilia e Jamie pegaram seus cafés americanos, com pouquíssimo açúcar, e Richard sentou-se no sofá no canto do trailer, tomando seu, também, café americano. No meio de tudo isso, enquanto separava as bebidas, o garoto continuou falando animado, e acabou comentando sobre o que tanto queria. David estava lá no set naquele dia - o que não era uma surpresa, porque normalmente ele e Daniel estavam sempre por lá - mas naquele dia ele estava de pé muito cedo, após uma ligação. Não havia muita certeza, mas ele tinha conversado com Richard minutos antes, sobre como estava certo de que teriam mais duas temporadas assinadas além das outras duas confirmadas.

— O que significa que vamos ter trabalho até as gravações de 2015 — brincou Emília.

— É, eu não poderia dizer o mesmo — Richard deu de ombros — Você está ciente de que ano que vem é meu último ano, certo?

— Três anos, cara — Jamie comentou — Difícil acreditar que isso está passando tão rápido.

— O mais louco de tudo isso é que a sensação é que entre a primeira leitura do roteiro e a gravação do primeiro piloto foram muuuuitos meses. A partir daí, parece que eu ontem mesmo eu estava no final de 2010, vendo Daniel nos parabenizar depois de filmarmos a última cena da primeira temporada, aqui no set mesmo, e aí eu pisquei e... Chegamos aqui — disse Richard — Enfim... Vou sentir falta de tudo.

Ele não seria o único a sentir falta de tudo. Emilia e Jamie pareciam ter aquele emprego garantido por muito mais tempo, mas só de pensar na possibilidade de chegar a um espaço onde aquilo terminaria, a sensação era completamente estranha. De qualquer forma, era também o tipo de pensamento que todos tentavam evitar.

As notícias, no geral, eram boas e, no final daquele dia, todos reservaram um momento para comemorar o sinal verde que receberiam para que mais quatro temporadas fossem realmente confirmadas. Eles se encontraram no bar do Hotel, como sempre, mas enquanto alguns prolongaram o horário até de manhã cedo, outros saíram muito mais cedo. Emilia e Jamie estavam entre as pessoas que foram descansar um pouco mais cedo, pois na manhã seguinte as duas pegariam um voo comercial para encontrar a equipe de produção em Malta. Diretor, diretor de fotografia e basicamente todos os demais responsáveis pela concepção do episódio que estavam gravando.

Mas gravar em Malta não era a única coisa na agenda delas. É claro que, de uma forma muito honesta, as ações de Emilia e Jamie as levaram a vidas completamente diferentes. Antes, elas mal se conheciam – embora morassem consideravelmente próximas uma da outra. E agora elas estavam lá, confirmadas como uma das quatro capas da Entertainment Weekly da próxima semana. Com as duas finalmente filmando juntas em Malta, o tempo era escasso, mas elas encontraram um momento para conversar com um entrevistador da EW antes de um dia agitado de gravações. As fotos da capa foram tiradas semanas antes, ainda no estúdio em Belfast, mas pessoalmente, Mark "algum coisa" - que tinha um sobrenome alemão muito difícil -, sob o nome de EW, fez questão de ir encontrar Jamie e Emilia para aquela conversa.

Quando o sol brilhou em Valletta, capital de Malta, Emilia e Jamie estavam saindo do Hotel em que estavam, e seguindo para o Capri Caffe, cercado pelos edifícios históricos de arenito da cidade. O Capri Caffe abria absurdamente cedo, às 5h30 de segunda a sexta e às 7h aos sábados - ali, era alguns minutos depois das seis da manhã, mas o movimento era grande, e não parecia longe de diminuir.

Também, era uma manhã de sexta-feira especialmente ensolarada em Valletta, e era também o dia de abertura do Parlamento e, por isso, a área estava repleta de guardas malteses vestindo o tradicional uniforme branco de desfile. O Capri Caffe estava cheio de gente, mas havia uma mesa mais afastada, seguindo pela parte lateral do café, e um dos donos, que naquele ponto já sabia muito bem quem eram Jamie e Emilia, fez questão de as acompanhar até a mesa e anotou o pedido das duas - que consistia em basicamente café preto, não tão forte, com muito pouco açúcar, acompanhado de um "café da manhã inglês", mas ao estilo de Malta, em que as salsichas eram substituídas por zalzett tal-malti, uma salsicha maltesa de carne de porco e sementes de coentro, e a torrada saía para dar lugar a algumas fatias de pão maltês, que absorvia os sabores duas vezes melhor. De resto, o bacon, os cogumelos, os tomates e o feijão cozido permaneciam iguais, então era quase como estar em casa.

Quando a comida chegou na mesa em que Jamie estava com Emilia, no mesmo momento o homem que as entrevistaria também apareceu. Ele chegou as cumprimentando com um aceno e então estedeu a mão para um aperto amigável. Logo em seguida ele puxou uma cadeira e acenou para um dos caras no balcão, perguntando se poderia apenas ter o mesmo que as garotas estavam comendo. A conversa começou ali, mas o assunto "trabalho" só chegou à mesa depois do café, quando os três terminaram de comer e pediram uma xícara de espresso. Mark apoiou seu gravador de voz na mesa e começou com perguntas mais simples, como em questões de produção e a experiência de todo o último ano. Mas logo as perguntas começaram a ser feitas mais diretamente.

— Eu sei que tudo é muito secreto quando estamos falando de Thrones... — ele disse, e então tomou um gole do espresso antes de continuar, como se estivesse também tentando elaborar a questão seguinte da melhor maneira possível — Mas acho que preciso tentar, pelo menos, perguntar, o que seus personagens estão passando no início da nova temporada?

— As coisas são meio chatas — Emilia respondeu — Pelo menos para mim, porque quando você viu Daenerys pela última vez, foi como se a magia estivesse despertando e era tudo maravilhoso. Agora, bem, agora ela está completa e absolutamente desesperada. Ela tem dragões, mas eles são minúsculos. Eles são bebês. Ela nem sabe como alimentá-los. Então, ela tem todo o seu pessoal olhando para ela, incluindo Jorah, e ela está perdendo a vontade de ver o que fazer para sair daquela situação.

— No meu caso... — Jamie puxou a atenção para si — A Lyarra ficou a última temporada inteira no Norte, em Winterfell, e a última vez que a vemos é quando Meistre Luwin a conta que Ned foi executado por traição. Então, a temporada começa com ela em um espaço muito dividido, porque ela não quer se esconder da situação que está claramente se montando. Ela parte para encontrar Robb, e eles recebem os relatos sobre Daenerys do outro lado do mar estreito. É quando a aventura dela começa de verdade.

— Partindo desse ponto, o enredo das duas segue basicamente o livro? Quero dizer... Elas se encontram como no livro?

— Eu não quero revelar muito, mas estamos acompanhando os livros sim — Emilia falou — Claro que também existem algumas coisas que são um pouco diferentes. Alguns pontos foram alterados, mas só para dar a Daenerys um pouco mais de profundidade nesta temporada. E agora Dany terá uma pequena ideia do que mais está acontecendo em outras partes do mundo de Game of Thrones.

— Há uma série de surpresas reservadas para todos — Jamie completou.

— E alguma perspectiva romântica para Dany sem Drogo?

— Sinto que o público sabe neste momento que os sentimentos de Jorah em relação a Dany são duvidosos. Não temos certeza de onde eles estão. Seja paterno. Seja sexual. Não temos certeza. E acho que isso é algo que Dany está cada vez mais consciente. Mas eu realmente acredito que ela ainda ama Drogo. E... Claro — Emilia sorriu gentilmente — Ela conhece Lyarra, e elas criam uma certa conexão-

— Especialmente nos momentos de solidão — Jamie disse.

— E Daenerys sente culpa por isso — Emilia completou — Então tem muito diante dessa história, e é parte do que me faz estar tão animada para que as pessoas possam assistir tudo logo.

— Agora, estou morrendo para perguntar isso, qual foi a coisa mais difícil nas filmagens desta temporada? — Mark disse, finalizando de vez seu espresso logo em seguida, no que Jamie acenou questionando se ele queria outro, mas o mais velho apenas balançou a cabeça enquanto dizia que não, querendo continuar a conversa de qualquer maneira.

— Trabalhar com os dragões, no momento, isso é difícil para mim — Jamie confessou — Ainda acho estranho estar com "eles", sabendo que não tem nada ali e que na pós produção vão realmente parecer pequenos dragões.

— E eles fizeram esses lindos modelos de dragões — Emilia disse — Eu estou ficando bastante maternal com eles, se você me perguntar — ela brincou e riu um pouco, no que Jamie também deixou um riso anasalado escapar — Mas não, para mim é a mesma coisa. São realmente modelos temporários que usamos, e eles os levam embora durante as filmagens depois que as marcações são feitas, porque os dragões são inseridos posteriormente usando CGI. E aí, não ver nada... Como atriz, é necessário muito foco e minha imaginação está sendo levada ao limite. Tentando vê-los em minha mente e tentando trabalhar com essa coisa invisível. 

— Eu consigo entender, consigo... — Mark assentiu — Falando um pouco sobre você — o mais velho apontou para Jamie — No set, eu estava falando com um dos produtores, e ele comentou que tinha notado "a postura Lyarra" que você tem desde o início, e ele disse também que foi parte da razão pela qual Nina quis tanto reproduzir sua fita de teste repetidamente para D&D. Como você construiu o personagem?

— É uma espécie de "estar sempre pronta" — Jamie falou — Honestamente, é meio que isso mesmo. A personagem simplesmente tem uma força própria, e ela passou a vida toda tentando chamar a atenção do pai, então eu preciso tentar encontrar a razão verdadeira para isso. Ela e Jon também... Quero dizer, eles não são nada parecidos. Na verdade, eles são os extremos um do outro se você observar a maneira como cada um lida com as notícias que vem do sul. Os dois tinham uma vida, e de repente tudo o que eles conheciam se transformou em outra coisa. No geral, eu sempre tento ter em mente os diferentes tipos de coisas físicas e emocionais que Lyarra enfrenta e que lhe dá um núcleo de entendimento ainda maior do que a vida dela é realmente.

— Eu imagino que, depois dessa primeira temporada muita coisa mudou — Mark deu de ombros — Qual é a ocorrência comum na rua quando vocês são reconhecidas?

— Aconteceu duas vezes comigo — Emilia respondeu gentilmente — Uma vez foi na loja de iogurte onde consegui iogurte de graça, o que é brilhante. Isso fez o meu dia completamente! Tinha acabado de entrar e a garota no balcão disse "Oh! É a garota da Guerra dos Tronos!"

— Se eu estivesse trabalhando em um Starbucks, gostaria de pensar que simplesmente anotaria seu pedido e diria: "Eu te conheço", mas diria isso sendo muito misteriosa e não falaria mais nada — Jamie brincou.

— Isso seria incrível — Emilia riu.

— Mas e com você? — Mark perguntou — Te reconheceram?

— Eu tive um momento breve em que me pediram algumas fotos em Nashville — a inglesa confessou, se lembrando bem da situação. Ela estava com Taylor e, na verdade, a garota estava esperando no carro enquanto Jamie deixava um starkbucks muito lotado. Do lado dela estava Greg reclamando sobre como ela deveria ter apenas ficado no carro também enquanto ele comprava o café, mas o que ela poderia fazer se ainda gostava de sentir que sua vida, de um modo muito honesto, não tinha mudado tanto. E ela só queria ir comprar café para sua namorada, não deveria ser realmente grande coisa — Um grupo de amigos me parou para algumas fotos e... Foi isso. Não foi nenhuma história impressionante — ela riu um pouco.

— E como foi a Comic Con para vocês?

— Ah, foi incrível! Espero que os fãs tenham se divertido como o elenco se divertiu. Mas, bem, pela ocorrência e as reações na Comic-Con, acho que sim, acho que eles se divertiram muito também.

— E no próximo ano, acho que continuaremos fazendo isso... — Jamie falou — Todos os novos personagens são incríveis e eu posso garantir que cada um dos atores está realmente ansioso para pisar naquele palco outra vez.

— Sobre isso, como certos personagens populares não estão mais na série, houve alguma preocupação com a audiência? Eu suspeito que ela vá subir de qualquer maneira.

— Acho que as pessoas estão fisgadas e acho que a curiosidade das pessoas vai levar a melhor sobre elas. E a curiosidade deles vai os fazer ver que tudo está ainda melhor do que a primeira temporada — Emilia disse — Mas eu estou batendo na madeira para não trazer má sorte. Essa é a minha previsão, espero que siga exatamente assim.

A entrevista deveria ter acabado ali, mas Mark tinha tanta coisa para perguntar, que em determinado momento a coisa toda virou uma grande conversa, com ele questionando tudo que poderia - no limite do que as duas poderiam responder - sobre a nova temporada. Ele chegou a desligar a gravação lá pelo fim, quando Jamie comentou por alto que em trinta minutos ela e Emilia precisariam estar entrando em um táxi e seguindo de volta para o Hotel, antes de saírem para mais um dia cheio gravando no meio do deserto.

Antes que elas pudessem fazer isso - entrar em um táxi -, Emília comentou que iria no banheiro. Então, Jamie aproveitou o momento para pagar a conta do café, enquanto que Mark, de um jeito muito torto, aproveitou o momento para se esgueirar entre questões que ele mesmo sabia que talvez não devesse fazer.

— Não sei se já te perguntaram isso... — o mais velho começou.

— Oh, ainda estamos fazendo isso — Jamie sorriu de maneira gentil, mas não foi um corte. Pelo contrário. Ela acenou na direção dele e murmurou para que ele continuasse.

— Eu estive apenas muito curioso sobre a maneira com a qual você tem lidado com a fama — ele falou — A coisa toda sobre sua namorada... Você saiu de ser uma garota divertida da turma de teatro de Trinity para estar ligada a Taylor Swift , o que, honestamente... — Mark abaixou a voz, como se estivesse prestes a contar o maior segredo de toda sua vida — Não é realmente um caso incrível, quando estamos falando de um início de carreira. Quero dizer, atrai atenção... Mas o quanto de atenção é atenção demais?! Ainda mais falando de Taylor.

— Isso é uma pergunta? — Jamie disse — "O quanto de atenção é atenção demais"?

— É, bem- — ele se interrompeu, um pouco desconcertado.

— Você sabe, uma coisa importante... — Jamie suspirou sem realmente um pingo de preocupação aparente — Eu não acho que quero começar a falar sobre minha vida quando deveria estar falando sobre trabalho.

— Eu entendo, mas-

— Eu preciso ir — a inglesa foi honesta quanto a isso, porque viu pelo canto de olho, Emilia deixando o café. O que a deu a deixa perfeita para se levantar e sair, sem muito mais do que um aceno educado. Ela talvez devesse ter qualquer outra reação se não aquela, como a de se levantar e sair como se estivesse fugindo. Mas não estava pensando, ela não queria mesmo que seu relacionamento fosse o ponto focal de toda entrevista que fosse conceder, e não por ela. Aquilo era muito mais por Taylor. Tirar a atenção do que elas tinham, parecia como o cenário perfeito e, talvez apenas ela tivesse consciência do quanto estava trabalhando para que conseguisse fazer aquilo

Uma semana adiante, com cinco dias longe do set em Malta, Jamie voou para Londres. Ela chegou no início de uma manhã de quarta-feira e, sem realmente plano algum, acabou com Paul em um pub à beira do Tâmisa, depois que o garoto enviou uma mensagem sobre como estava por perto. Um dia antes, em uma das conversas por mensagens que tinha tido com ele, tinha também comentado sobre a viagem de volta para casa. Ele apenas ligou uma coisa a outra.

— Vinho? — Paul perguntou — Branco ou tinto?

— Para mim é sempre tinto — Jamie respondeu — Apesar de que ultimamente eu ando tomando muito vinho branco.

— Tinto para nós dois — ele se levantou e caminhou até o balcão do lado de dentro do pub, apenas para sair minutos depois, com uma garrafa de vinho e duas taças. Paul apoiou tudo na mesa e colocou uma das taças na frente de Jamie, antes de abrir uma garrafa e servir apenas um pouco de vinho em ambos os copos.

Os dois quiseram se sentar em uma das mesas do lado de fora e, naquele horário, sem realmente nenhuma surpresa, o pub já estava movimentado. Em qualquer outro lugar, talvez não fosse a hora exatamente perfeita para uma parada no pub, mas ali, especificamente em Londres - aquilo era o ponto de encontro para qualquer momento. Ou, também, apenas o lugar perfeito para quem queria um pouco de paz. O cara sentado na mesa do outro lado comprovava isso, já que ele estava sozinho, bebendo cerveja, fumando um cigarro e apenas encarando a Tâmisa.

Paul estava com sua câmera sobre a mesa e, ocasionalmente, ele a levantava para tirar uma foto ou outra. Às vezes das pessoas ao redor, às vezes da paisagem, e muitas outra vezes de Jamie do outro lado da mesa. Fotografia para Paul era realmente algo, e ele estava rindo de forma autodepreciativa por se achar muito ruim tirando fotos, mas o irlandês tinha uma câmera analógica e gostava de brincar com ela.

Jamie acendeu um cigarro e despejou a cinza num cinzeiro de vidro que estava ali na mesa mesmo. A garota não cheirava a fumaça, nunca. Ela nunca cheirava a fumaça, e sempre tomava cuidado com isso. Paul também alcançou um cigarro, mas ele colocou no canto da boca, entre os lábios, e não o acendeu, pelo menos não de imediato. O garoto deixou a câmera de lado, a guardou de volta numa capa com alça que vivia carregando, e então pegou o isqueiro de Jamie, que ainda estava ali na mesa.

— Acho que o escrutínio o afetou porque ele gostava de estar online e acho que ele viu que não seria capaz de lidar com isso e estar com ela, porque as pessoas fizeram do relacionamento um show — Paul disse, em meio a uma conversa que tinha se estendido por todos aqueles minutos anteriores. Ele estava falando de um roteiro que recebeu dias antes, e Jamie apenas o ouviu — Não é surpresa, no passado ele diz que o encontro com ela seria terrível. Mas talvez ele, talvez, precisesse tentar e ver por si mesmo. Entende...?

— Isso é bem Notting Hill — Jamie comentou.

— Eu sei — ele se animou — Mas eu não sei se sou o cara certo pra isso. É um conceito complicado... Não sei, imagine ser uma pessoa normal e então, do nada, você está saindo com essa pessoa e ela é tão conhecida que o seu mundo vira de cabeça para baixo. Eu mal sei por onde começar.

— É só me perguntar — Jamie alcançou sua taça, e tomou um gole do vinho antes de apagar o cigarro no cinzeiro. Ela sorriu gentilmente e Paul riu.

— Claro... — ele acenou de um lado para o outro com o rosto — Você tem uma namorada que... Certo, você sabe o que eu estou tentando dizer.

— Não é tão ruim, se você me perguntar — ela disse, dando de ombros.

— Taylor provavelmente é uma ótima namorada — Paul falou — Muito bonita, engraçada, inteligente... Quero dizer, o que vem com isso, eu imagino que você consiga lidar com a coisa toda. E, vamos lá, não é como se você fosse uma desconhecida também.

— Mas é diferente — Jamie confessou — Eu não sou desconhecida, mas a Taylor, a marca com o nome dela... — ela abaixou a voz, como se não quisesse que ninguém além de Paul escutasse o que queria tanto dizer — A figura extremamente pública é um grande problema. Mas eu posso ignorar o barulho-

— O elefante na sala — Paul comentou.

— Eu posso ignorar o elefante na sala.

— Bem... — ele começou — Eu nunca poderia negociar algo assim. Eu sei que minha privacidade é tudo para mim, e eu não aguentaria uma semana de histórias fabricadas e paparazzis me seguindo por todos os cantos. Acho que por isso também escolhi o teatro.

— Sendo honesta, eu não tinha ideia de que poderia lidar com isso também, mesmo dando todas as garantias que sim — Jamie confessou — Só que eu realmente gosto de estar com a T. Não sei... Algumas pessoas não conseguem lidar com essa parte da vida dela, ainda mais hoje em dia. Ela sempre comenta sobre como às vezes é complicado até para amigos, mas eu acho que estou me saindo bem.

— Uma curiosidade — Paul levantou uma das mãos, como um aluno ansioso para fazer uma pergunta no meio da sala de aula — Como você descobriu que gostava dela?

— Eu me lembro vividamente da primeira vez que a vi, no bar de um hotel em Los Angeles, na After Party do Oscar — Jamie falou — Eu fiquei meio impressionada com essa garota alta e absolutamente deslumbrante com esse senso de humor perverso. Nós nos tornamos amigas muito rapidamente. Ela me chamou para sair e tem todo uma história sobre isso, mas a coisa é que... A coisa é que, eu gostei dela logo de cara. Na segunda vez que nos vimos eu sabia que estava disposta a mergulhar na vida dela, se precisasse fazer isso, ainda que eu não tivesse ideia do quão maluca a situação fosse.

— É uma coisa legal de se dizer — o garoto confessou.

— É, eu tento imaginar que sim — Jamie murmurou — Mas eu também, quero dizer... Como eu poderia saber que a garota é famosa para caralho? — ela deixou um sorriso irônico escapar — Pensando bem foi muito mais ignorância do que coragem.

— Bem que falam que às vezes ignorância é uma benção — Paul disse e bebeu o resto do vinho em sua taça — Thomas Gray estava certo.

Paul ainda fez mais um comentário ou outro, e então voltou a puxar o assunto anterior, focando no roteiro de um filme que, muito provavelmente, ele não faria. Mais tarde, um pouco antes do horário de almoço, o irlandês se despediu da amiga depois que eles seguiram juntos até a estação Westminster.

Naquela tarde, Jamie se encontrou com o irmão mais velho - John - em um café em Kensington. Depois, durante a noite, eles foram para a casa dos pais, e Kit apareceu pouco tempo depois. O jantar daquele dia foi "bangers" com purê, o que era basicamente salsichas de porco produzidas com condimentos à base de ervas. O nome, "bangers", era porque elas "batiam" na frigideira e ficavam prontas muito rapidamente. Por cima também, Deborah preparou um molho de cebola, enquanto o purê amanteigado e cremoso ficou na conta de John, já a sobremesa - Welsh Cakes -, foi Jamie quem preparou, usando uma receita que tinha aprendido da avó paterna alguns anos antes.

Naquela semana, e, na verdade, pelo resto do mês, Jamie falou com Taylor apenas em trocas de mensagens e ligações diretas. O mês de outubro então chegou, e Jamie, que já tinha deixado Londres, passou mais duas semanas em Malta, antes de voltar para Belfast. No mês de novembro, na primeira semana ela gravou nos estúdios em Belfast, mas depois fez algumas externas na Espanha, junto de Emilia e parte do núcleo de Essos. Era dia 18 de novembro quando Jamie gravou sua última cena presente na segunda temporada de Thrones. Dois dias depois, ela desembarcou em Nova York, na véspera do primeiro de dois concertos no Madison Square Garden, que fazia parte do encerramento da etapa americana da turnê de Taylor.

Diferente das outras vezes em que esteve na cidade com Taylor, Jamie não ficou no apartamento de Blake. Muito porque, Blake estava na cidade com o namorado de alguns meses, Ryan Reynolds, e também porque Taylor costumava realmente ficar junto da equipe nos hotéis das cidades em que passava. Não foi diferente em Nova York. Ela estava em um Hotel cinco estrelas na quinta avenida, e na noite em que Jamie chegou, a loira tinha ido com sua equipe para o MSG, para uma passagem de som. Mas a inglesa seguiu para o Hotel e ela estava lá, deitada na cama do quarto enquanto lia 'Rebecca' de Daphne Du Marier, que antes estava ali apoiada na mesa de centro da sala de estar - porque Taylor estava lendo aquele livro desde a última semana.

O quarto era realmente grande e, na verdade, eram dois ambientes que se separavam por uma porta enorme de correr. Na sala, havia um sofá enorme, bem como uma mesa de centro e um piano de cauda logo de frente para uma das janelas, oferecendo a vista de parte da cidade. Quando Taylor voltou do ensaio, Jamie estava sentada de frente para o piano, brincando enquanto tocava uma melodia qualquer. Taylor parou se apoiando na porta, e ela ficou ali por um momento, até que Jamie a viu pelo canto do olho.

— Certo, isso realmente pareceu muito bom — a americana comentou depois de dar seus passos em direção a garota mais nova. Jamie puxou a tampa do piano para baixo, o fechando, e quando Taylor estava ao seu lado, ela apenas arrastou o banco em que estava sentada um pouco para trás e deu espaço para que a mais velha se sentasse ali, no piano — Eu não acho que você tenha comentado sobre isso, pelo menos não comigo.

Jamie apoiou uma das mãos na perna de Taylor, e se inclinou. A loira levou a mão direita até o rosto de Jamie, que agora estava a olhando de baixo, e elas apenas sorriram entre si, antes que a inglesa pudesse falar qualquer coisa.

— Eu tive uma banda na escola — ela deu de ombros — Durou duas semanas, mas tocamos em um evento da família de um dos garotos da minha turma. Eu sei enganar com o violão também — Jamie falou, mas logo continuou, mudando o assunto — Como foi o ensaio?

— Bom, muito bom... A Selena estava lá — Taylor respondeu — Então foi divertido. Ensaiamos 'Who Says' e a produtora do John Rzeznik ligou para a minha equipe confirmando que ele vai estar lá amanhã, no primeiro show. Acho que vamos ensaiar pela manhã, então preciso descansar. E você... — ela traçou uma linha invísivel pelo braço de Jamie, apoiado em seu colo, sem realmente perceber — Como foi a última semana em Belfast?

— Eu estava na Espanha, na verdade — Jamie corrigiu — E foi esquisito, acabei de gravar minha última cena da temporada. É tudo tão cheio, o cronograma, mas eu gosto de estar gravando com a equipe de Thrones. Então... Acho que vou sentir falta disso nos próximos sete ou oito meses...

Taylor queria muito continuar a prestar atenção no que quer que Jamie tivesse para dizer, mas ela parecia, honestamente, tão linda naquela luz suavemente baixa, com o barulho da cidade agitada vindo lá de baixo, que começou a parecer realmente muito difícil concentrar o foco. Taylor também não queria interromper o fluxo de conversa da garota, então ela ignorou o próprio pensamento - até que começou a parecer complicado demais fazer isso.

A ação seguinte veio sem aviso algum. Taylor estava observando Jamie falar, e os dedos da inglesa então tocaram a parte interna de sua perna, sem pretensão alguma. Ela parou por um momento, e mal pensou. Quando viu estava deixando um pedido baixo escapar pelos seus lábios. Ela estava falando sobre como queria que Jamie a beijasse, e em uma fração de segundo a garota estava ali, levantando e se inclinando na direção da loira. Ela ainda estava sentada no piano, e agradeceu pela estabilidade embaixo de si quando sentiu Jamie beijando seu pescoço.

Não tinha planejamento algum por ali, e enquanto os beijos deixaram o pescoço, passando para os lábios, a mais velha sentiu uma das mãos de Jamie deslizando para debaixo de seu vestido. Ela respirou pesadamente, e então arrastou a outra mão dela, segura em sua cintura, mais para baixo. Tudo parecia caminhar com tanta pressa, muito porque as duas não estavam tentando pensar nos passos do que estavam fazendo, mas também porque estavam a tanto tempo sem se ver, que ali, com o relógio marcando o fim da noite, e o início da madrugada, elas estavam fodendo em cima de um piano, com as mãos de Taylor se agarrando de maneira suave no cabelo de Jamie, e sua boca agarrada ao ombro da mais nova, mordendo o espaço e tentando abafar um gemido - o que, definitivamente, deixaria uma marca. A coisa toda ficou demais, e aí Taylor apoiou uma das mãos no piano, se envergando para trás. Pouco mais do que um minuto depois, as duas estavam ofegantes no pescoço uma da outra. Mais um minuto adiante e Jamie ajudou Taylor a se levantar, para que elas pudessem se deitar no sofá - no sofá, e não na cama porque, de maneira muito honesta, Taylor sabia que mal conseguiria caminhar até lá. Depois, a loira deitou com a cabeça no peito de Jamie e escutou seu coração bater enquanto sentia os braços da garota entre eles.

— Você viu o que o NY Post falou sobre a gente? — Taylor disse depois de um tempo, e então fechou os olhos, se culpando um pouco por puxar aquele assunto. Ela queria quebrar o silêncio, mas logo pensou que talvez tivesse feito aquilo da maneira errada.

— É o tipo de coisa que vale a pena? — Jamie murmurou.

— Não realmente — Taylor confessou — Mas eu quero te contar...

— Então eu estou ouvindo.

— Eles falaram sobre eu ter conhecido sua mãe. O que, bem, para o NY Post parece muito como o meu "power move", no sentido de que aparentemente eles mantêm a conta de todas as mães de ex-namorados que eu já conheci — ela falou — É uma conta baixa, eu preciso dizer.

— Eles te amam — Jamie brincou, e Taylor riu um pouco. Logo em seguida ela suspirou, o tipo de suspiro audível que parecia uma frase completa.

— Bem, eles são os mesmos que falaram que eu vou chegar aos trinta anos ainda acumulando ex-namorados — ela murmurou — Eles devem me adorar mesmo.

A palma da mão de Taylor estava apoiada no esterno de Jamie, e ela podia sentir seu peito subindo e descendo, calmamente, acompanhando sua respiração. Jamie brincou sobre qualquer coisa, e de um momento para o outro, ela e Taylor estavam falando sobre os dois dias seguintes e esquecendo qualquer merda que o NY Post pudesse ter publicado.

No dia seguinte, Jamie tinha poucas horas de descanso em sua conta, mas ela mal se importou, e terminou acompanhando Taylor pelo dia inteiro. Nos últimos ensaios, até os momentos antes do primeiro show no MSG, e então o pós, quando Taylor foi encontrar alguns fãs na T-Party, na sala de Meet and Greet. Jamie se manteve por perto, e ela estava ali, ao lado de Andrea, e com Greg a observando como se ela pudesse fugir a qualquer momento. O segurança estava apenas fazendo seu trabalho, e Jamie já tinha aceitado. Quando ela estava com Taylor, Greg era praticamente seu responsável, e ela não poderia dizer que ele era ruim nisso. Muitas semanas antes, Jamie tinha brincado com ele que se o trabalho dele era não era a perder de vista, então ele estava mesmo fazendo aquilo da maneira certa. No que ele respondeu que era surpreendente que estivesse, levando em conta que Jamie era exatamente o tipo de pessoa que às vezes esquecia que não era mais uma garota comum de Londres - ela era famosa também, e só precisava se acostumar com isso.

De qualquer forma, Jamie ficou com Taylor até o fim da T-Party, e ela até acenou para alguns fãs - mesmo que a maioria parecesse receosa demais para trocar olhares com ela. Depois, as duas seguiram de volta para o camarim da americana, sozinhas, e ficaram lá, uma de frente para outra, com as pernas entrelaçadas, sentadas no chão, sobre um tapete felpudo dos anos 70, dividindo uma refeição do Shake Shack, que Noel tinha ido comprar pouco tempo antes.

Eles foram, na verdade, uma das últimas pessoas a deixarem a arena. Quando fizeram isso, caminharam de mãos dadas pelo estacionamento, depois de passarem pelos corredores cobertos com os banners da turnê de Taylor, até um SUV.

No dia seguinte, depois de 80 shows com ingressos esgotados, Taylor finalmente encerrou a etapa norte-americana de sua turnê mundial, diante de uma multidão gritando pela segunda noite seguida, no Madison Square Garden. E, claro, Jamie estava lá.

O show em si era um espetáculo de nível do Cirque-du-Soleil, mas Taylor tinha uma rara habilidade de infundir sinceridade em seu espetáculo, e ela cantava com sua bela voz o tempo todo. Ela definitivamente estava cantando ao vivo. E, claramente, Taylor queria ter certeza de que encerraria aquela parte da turnê da maneira certa – ela ainda tinha seis datas finais em março na Austrália e na Nova Zelândia, mas nada antes disso e depois, muito provavelmente, estaria focada em seu próximo álbum. De qualquer forma, no MSG, Taylor trouxe Selena Gomez e juntas, as duas cantaram "Who Says" para um mar de adolescentes chorando.

Mas, um convidado não era suficiente para o show final, e durante seu encore, Taylor contou uma história sobre cantar "Fire and Rain" em sua aula de coral da quinta série e como ela tinha realmente recebido o seu nome por conta de James Taylor, e então, o que se poderia esperar? Claro, o próprio James Taylor subiu ao palco para cantar "Fire and Rain", uma música que atingiu um lugar muito bom na voz pequena, mas doce de Taylor.

Naquela noite, tudo parecia caminhar da maneira certa. Um número alarmante de pessoas mostrou seu apoio a nova gatinha de Taylor - não tão nova assim, porque Meredith já estava com a loira a quase um ano -, mas, de qualquer maneira, lá estavam alguns fãs, fantasiados como gatos ou segurando seus cartazes com imagens de Meredith.

Em algum momento, uma menina, que parecia ter 13 anos, tinha uma placa com luzes de Natal que dizia "Ainda acredito em me apaixonar!". Além disso, havia uma centena de fãs com aqueles letreiros luminosos malucos. Jamie ficou com Andrea em uma seção privada lá em cima, e no balcão ao lado estavam Emma Stone e Andrew Garfield cantando ao som de todas as músicas. E a figura incógnita no moletom com capuz à espreita no palco, no backstage, era definitivamente Justin Bieber, que tinha ido acompanhar a namorada, Selena Gomez, mas também prestar apoio a Taylor, já que em sua última turnê - Fearless -, o garoto tinha se apresentado como ato de abertura, e eles ainda se consideravam amigos.

Do meio para o fim do concerto, Jamie deixou o espaço onde estava, e com Greg em seu encalço, fez todo o caminho para o backstage. Além de Justin e Selena, Blake também estava por lá, e pela primeira vez a inglesa pôde finalmente trocar mais do que algumas poucas palavras com a atriz. Elas tinham se falado uma ou duas vezes, e então tinham se visto em uma das idas de Jamie para Nova York, mas sempre encontros rápidos, acenos breves e cumprimentos que duravam um minuto ou dois.

— Como tem sido? — Blake disse quando ela e Jamie se apoiaram no corredor que levava para parte de trás do palco. Taylor ainda estava lá em cima, e o som ainda era muito alto, mas elas estavam numa distância boa o bastante para que não precisassem levantar a voz — Você e Taylor?

— Absolutamente fantástico — Jamie disse — O que é interessante porque obviamente há coisas diferentes escritas sobre isso, sobre nós, todos os dias. Mesmo que não façamos nada publicamente, alguém sempre inventa algo.

— E ela está planejando falar sobre isso?

— Não acho que estamos fazendo isso, mas também não estamos escondendo nada — ela deu de ombros — Sei lá, acho que para ela já é muito com tudo sendo apenas especulação, mas... Bem, você tem que encarar como as coisas são, ou seja, a vida dela é uma notícia que as pessoas lêem, mas simplesmente não é a vida real, porque só a gente sabe o que acontece longe de tudo.

— Você sabe, eu estou namorando o Ryan... — Blake comentou, e Jamie esperou que ela dissesse o que parecia querer dizer — E já é uma bagunça completa quando estamos falando da percepção da mídia sobre o que a gente tem.. Quando o assunto é Taylor-

— É tudo muito pior — Jamie confessou — Mas tudo bem, para mim, poderia ser mil vezes pior do que é e eu ainda ficaria extremamente feliz com ela — ela deu de ombros, uma segunda vez, sem realmente reparar — Então estou bem com isso.

Voltando um pouco, sobre como Jamie tinha dito que ela e Taylor não estavam falando sobre o que tinham, mas também já não estavam escondendo nada - bem, aquilo não era mentira alguma. No dia seguinte ao último show de Taylor nos Estados Unidos, com a turnê de seu terceiro álbum, ela e Jamie decidiram passear por Nova York depois de acompanharem Andrea até o aeroporto - a mãe de Taylor estava voando para Indiana, para alguns dias com Austin.

Então, Jamie e Taylor se enfiaram em seus jeans claros e seus casacos escuros - um sobretudo preto alongado no caso de Jamie, e um cardigan combinado a um casaco de inverno como escolha de Taylor. Jamie vestiu uma camisa de futebol, da seleção inglesa, um uniforme de 97/98, enquanto Taylor estava com essa camisa preta da turnê de 78 de Billy Joel. A americana optou por um par de tênis, mas Jamie se enfiou em um par gasto de Doc Martens. Elas foram tomar café da manhã no Caffè Reggio, em Greenwich Village. O lugar era super conhecido, muito porque estava em funcionamento desde 1927, mas ao mesmo tempo, o público em si eram as pessoas da cidade - poucos turistas, o que era um toque diferente.

Depois, elas pegaram um táxi e desceram perto da Catedral de St. Patrick, para então andarem por pouco mais do que doze mintuso pela Madison Avenue até chegarem perto de uma das entradas do Central Park. Contrariando o óbvio, naquele dia elas estavam por conta própria, sem Noel ou Greg por perto. Mas não estavam totalmente sozinhas. Além de todas as outras pessoas andando pelo parque, havia também alguns paparazzis - parte tentando se esconder, enquanto outros estavam apenas ali, documentando a coisa toda como uma história própria.

Jamie tinha o braço direito sobre os ombros de Taylor, enquanto sua mão esquerda estava entrelaçada com a mão esquerda da mais velha. Elas estavam e praticamente grudadas - e Taylor até queria colocar a "culpa" no frio que tinha tomado a ciadade naquela época do ano, mas a verdade é que ela gostava de contato, o quanto pudesse ter. Com Jamie não era diferente.

— Por que seu cheiro mudou? — Taylor perguntou enquanto ela e Jamie seguiam pelo caminho que contornava um lago.

— Isso é ruim? — a mais nova sorriu um pouco.

— Não, é só diferente — ela deu de ombros — O que você usou hoje?

— Eu usei um shampoo Philip Kingsley, e como parei de usar tanto condicionador, passei uma manteiga Redken e depois uma pasta fosca, antes de secar o cabelo — Jamie disse — Meu cabelo está com um cheiro diferente. Mas é, hm, passei um perfume Le Labo logo em seguida.

— Aquela marca sobre a qual você comentou?

— Sim, eles abriram uma loja no Bowery e eu passei lá no dia que cheguei aqui — Jamie disse — Você prefere isso ou o perfume de sempre?

— Eu prefiro quando você está cheirando a todos aqueles sabonetes chiques da Harrods — Taylor brincou — Mas não, esse perfume é bom. Combina com você.

— Fico feliz que você tenha gostado, porque comprei um bocado de velas com a mesma fragância, e acho que vou enfiar todas na sala da minha casa, em Londres, e então manter uma no seu apartamento em Nashville.

— Isso é algo que vai ser discutido? — Taylor sorriu gentilmente, mas manteve o tom leve porque estava claramente brincando — Como em "ok, o apartamento é seu Taylor, então eu posso colocar essa vela na sua mesinha de centro?".

— Hmmm... — Jamie fingiu pensar por um momento, e então terminou balançando a cabeça para cima e para baixo — Na verdade, não. Não estamos discutindo isso — ela riu e ouviu a risada de Taylor de volta — Falando sério, eu amo velas e me acostumei a ter uma comigo agora que estou gravando por todos os lugares. Meio que me faz sentir "em casa", o que é irônico porque desde que eu mudei de vez para minha casa em Notting Hill, eu passei mais tempo viajando do que por lá realmente.

— Então é difícil entender o que é casa — Taylor comentou.

— Algo assim — a inglesa acenou suavemente — Mas é, eu estou acumulando velas, principalmente aquela Diptyque Fig. Eu deixo elas nos quartos dos hotéis, nos camarins, trailers... Só para dar essa sensação caseira. O único problema é que, depois de apagar a vela, eu tenho que me sentar e esperar que ela seque antes de enfiar de volta na minha mochila. É um trabalho, T.

— Eu imagino — Taylor sorriu, e então riu um pouco — Eu tirei todas as velas do meu apartamento depois que minha mãe comentou que eu poderia queimar o lugar. Quero dizer, não era realmente uma possibilidade, mas ela parecia muito séria falando sobre isso e eu não quis pagar para ver.

— E ela tem um ponto — Jamie disse — Você é um pouco desligada, T.

— Não sou — a loira tentou se defender — Pelo menos não sempre.

— Claro... — Jamie riu, e então suspirou por um momento, antes de desviar o assunto — Eu acho que vou comprar uma máquina de café Nespresso quando voltar para Londres.

— Ok, você girou o assunto totalmente.

— É que eu queria mesmo falar sobre minha máquina de café, que ainda não foi comprada, mas será — ela disse — Eu sempre começo minha manhã com um expresso, e depois tem o café do final da tarde, que normalmente é um americano, depende sempre do buzz que eu preciso para encerrar o dia. E eu meio que cansei de ficar comprando café, e também vi o Iain usando uma prensa francesa e selecionando grãos, moendo e fazendo um monte de processos que eu ainda não entendi, mas achei super divertido.

— Espera, então você quer uma prensa francesa?

— É, talvez eu compre uma prensa francesa para sair levando para todo canto que eu for, e então a máquina Nespresso para a minha casa.

— Eu tenho uma máquina de café na minha casa em Los Angeles — Taylor falou — Muito porque eu ainda não entendo muito da coisa toda do café de LA. Lá você ouve todo tipo de coisa... "choco-loco-choco-mocho" e sei lá mais o quê. No geral eu gosto do meu café o mais simples possível.

— Com muito açúcar — Jamie pontuou.

— Eu ainda sou americana, Jamie... Isso não deveria ser um julgamento — ela brincou — Eu achei que você me entendia.

— E eu entendo — Jamie concordou — Sem julgamentos. Mas, de qualquer maneira, eu vou comprar uma máquina de café, e então comprar uma televisão para o quarto e buscar de vez meu tocador de vinil na casa dos meus pais, e aí ajeitar a sala de música.

— Você vai passar muito mais do que uma semana em casa agora que as gravações terminaram, é tempo o bastante para fazer tudo isso — Taylor lembrou — E desde quando você tem uma sala de música?

— Desde que comprei um violão Lowden e meu irmão me presenteou com um piano de cauda Steinway, 1913. Eu também tenho uma Telecaster guardada no fundo do armário do meu antigo quarto na casa dos meus pais, então... Estou tentando montar o espaço.

— 1913? — Taylor apontou o que realmente tinha chamado atenção, e Jamie entendeu de imediato.

— Eu sei, eu sei... — a mais nova assentiu — Mas não foi por querer.

— E o que é um violão Lowden? Acho que nunca ouvi falar dessa marca.

— É uma marca irlandesa — Jamie falou — Então, meio que quero manter os instrumentos na sala de música e então decorar o lugar, e enfiar os discos por lá e também o tocador de vinil... E todas essas coisas.

— Eu sei que você ama comprar discos novos como se estivesse mesmo nos anos 70 e, de verdade, eu meio que adoro suas sugestões, então o que você tem escutado? Porque ultimamente eu tenho me repetido entre os mesmo artistas sem parar. Preciso de sugestões novas.

— O último disco que comprei foi o The Stranger do Billy Joel, porque é um disco super conhecido e, por qualquer motivo, eu ainda não tinha ele. Então... Não estou ouvindo nada de novo — Jamie foi honesta, mas ela precisou se interromper por um momento, como se tivesse lembrado de algo — Na verdade, eu comecei a escutar esse garoto de Halifax. Ele tem apenas um EP lançado, e eu comprei o EP no iTunes, e agora a música dele, "Be Like You", não sai da minha repetição.

Taylor comentou que queria ouvir a música, por curiosidade e, alguns minutos depois, ela e Jamie estavam se sentando nesse café Australiano, saindo do Central Park. Era um lugar muito pequeno, com assentos limitados, mas adorável. A maioria das mesas eram na calçada, e Jamie se sentou com Taylor por sob um daqueles guarda-sol acoplados à mesa. Elas pediram seus copos de café, e a inglesa tirou o celular do bolso, encaixando o fone de ouvido nele e então dividindo o fone com Taylor. "Be Like You" tomou os ouvidos das duas logo em seguida, e então Taylor terminou questionando quem era a pessoa cantando. Jamie deu de ombros, dizendo que era um cara chamado Ed Sheeran, e que ele estava começando a chamar a atenção em Londres. Jamie também comentou sobre como ele tinha um show no Notting Hill Arts Club no início de dezembro, e o lugar era basicamente cinco minutos andando de sua casa, então, se Taylor pudesse estar em Londres no início do próximo mês, elas definitivamente tinham planos.

As duas ficaram ali por pelo menos uma hora, enquanto Jamie via Taylor passar o olhar atento por toda sua biblioteca de música, fingindo não ligar para o paparazzi que estava tirando fotos sem parar do outro lado da rua. No dia seguinte, as duas estavam viajando juntas para alguns dias em Nashville e depois indo para Londres, a tempo do show de Ed - show que elas assistiram do fundo do Arts Club, tentando não chamar tanta atenção.

Depois, elas estavam lá, fazendo brownies na cozinha recém-renovada de Jamie, e depois dividindo uma lata de um vinho muito barato enquanto montavam um trampolim em miniatura no jardim de trás da casa, e depois se divertindo construindo Legos juntas na sala de casa, com o fogo da lareira mantendo o ambiente quente.

Por aquele momento... A vida quase parecia normal.

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