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10 | PROCURANDO JACK


FECHO MEUS OLHOS, espalmando as palmas das mãos na bunda da morena a minha frente. Acabei de a colocar de quatro, está totalmente empinada para mim. Sinto a maneira que meu pau pulsa ardentemente, implorando para fode-la. Assim faço, me encaixo na entrada de sua buceta — não medindo esforços, na hora de penetrar.

Ela se curva para a frente, um gesto automático de seu corpo na tentativa de fugir de mim. É o tipo de coisa que acontece, quando não aviso meu ato a seguir.

Seu gemido invade meus ouvidos, conforme aumento a velocidade das estocada dentro de si. Ela resmunga, suas mãos tentando segurar meu pulso, porém a mantenho presa abaixo de mim. O rosto enfiado no colchão, os fios de cabelo bagunçados e as mãos presas nas costas.

A seguro com mais força. Fechando os olhos, implorando para o orgasmo chegar logo.

Porém, isso não acontece.

Não gozo da maneira rápida que gostaria, da mesma forma quando apenas queria sentir aquele prazer momentâneo. Não, conforme continuo metendo e ouvindo meu nome ser chamado, não consigo gozar.

— Algum problema?

Ela me pergunta, virando o rosto em minha direção. Balanço a cabeça em negação, mas ela é mais rápida e tira meu pau de dentro de si.

— Não quer ir para outro lugar? — a malícia transborda por suas palavras — Sua casa?

Eu tinha acabado de...

— Minha casa? — franzo meu cenho — Não. Não mesmo.

A confusão é estampada em seu rosto, porém não permito que ela diga mais alguma coisa. Puxo meus jeans que estavam em meus tornozelos e volto a vesti-lo.

— Ei...

Suas mãos agarraram meu pulso, na tentativa de me segurar. Porém, as desfaço rapidamente. Saindo do quarto barato, da rua 103.

Já fazia muito tempo que eu não tinha uma boa noite de transa e isso estava começando a me deixar mais frustrado que o normal. Tentei me convencer que era por conta do que aconteceu com a mãe e o Cass, mas agora o anjo estava de volta e nada tinha melhorado em meu desempenho sexual.

Claro que tínhamos outros problemas agora, como o sumiço de Jack e a forma como Sam estava ansioso nos últimos dias atrás da criança. Confesso que isso também me deixou incomodado, pois o ambiente em casa mudou totalmente. Castiel sumiu já a alguns dias, atrás de Jack. Ou seja, sem estar em meu campo de visão novamente.

Nosso último caso tinha sido o de Salém, a cinco dias atrás. Tudo que aconteceu naquele dia fez com que a única presença feminina que tínhamos no bunker começasse a se dissipar. Não que eu me importasse com tal coisa, até que era gratificante poder andar pelos corredores sem pensar em ganhar uma ereção do nada. Mas, isso também me deixa incomodado.

Quando estacionei a baby na garagem, meus olhos percorreram o banco traseiro. Estiquei meus braços, puxando o objeto em mãos e a sacola escura.

Fazia mais de vinte e quatro horas que eu não a via. Isso significava que fazia mais de vinte e quatro horas que eu ansiava pelo momento que fosse ter seus olhos em mim. Então, procurei a desculpa mais barata para fazer isso acontece. Mesmo que estivesse morrendo por dentro.

Odiava quando me diziam obrigado. Ou a forma como as pessoas me olhavam após ser salvas, pois aquilo me deixava constrangido, apesar de gostar de saber o quão bom eu era.

Toc, toc, toc.

Meus dedos bateram na porta de número 13, comecei a me arrepender instantâneamente. Querendo jogar o que estava segurando fora ou correr para meu quarto e fingir que nunca estive ali.

Merda. Porra. Merda. Porra.

Antes de me virar nos calcanhares a porta foi aberta. Tomei um leve susto, pois não estava definitivamente preparado.

Uh, er, Oi.

Seus olhos me fitaram por meio segundo, como se me analisasse. A escuridão de suas órbitas me deixava meramente perdido. Será que eu estava cheirando a transa barata?

Oi, Dean. — sua voz sai pacífica. Olhos fitando os meus.

Me amaldiçoou ao sentir como meu nome soar de sua boca me afeta.

— Algum problema? — Mavis termina de abrir a porta, cruzando os braços frente ao peito.

Está usando uma camisa do Led Zeppelin verde escura. Novamente está ultrapassando o short, se é que ela está usando um. O cabelo está uma bagunça. Isso começou a me fazer imaginar certos tipos de coisas...

— Encontrei isso daqui. — estiquei o que estava segurando — Achei que fosse ser útil para você.

Não consigo decifrar sua expressão facial. Ela reluta antes de pegar o cavalete em mãos. Se vira, anda até a cama, o coloca lá e depois volta para a porta. Vejo por cima de seus ombros a televisão na parede, dou um sorriso satisfeito. O dia que coloquei ela ali, soei que nem um vagabundo —, quebrando a cabeça para descobrir onde cada parafuso ia.

— Obrigada Dean.

Umedece os lábios, me dando um sorriso amarelo. O controle que tomo de meu corpo nesse exato momento é o maior esforço que já fiz, tudo para não entrar para dentro daquele quarto e a foder de um jeito que ninguém havia feito antes...

Encerro meus próprios pensamentos ruins. Repetindo para mim mesmo que ela é uma criança, assim como Jack e que aquele tipo de coisa não deveria nunca acontecer.

— Já faz um tempo desde que pintei com tintas. — comentou, olhando por cima dos ombros o cavalete — Quando eu terminar o primeiro desenho te mostro.

Não consigo evitar a forma como o sorriso ganha meus lábios.

— Alguma coisa sobre Jack?

Seus olhos me analisam, sérios e preocupados. Endireito minha postura, engolindo em seco antes de responder.

— Não. Nada.

E a decepção que imaginei que ganharia sua feição, estava ali. Perfeitamente estampada.

{...}

Quando entro em meu quarto, tiro toda a roupa do meu corpo. Ando pelado pelo cômodo por alguns minutos, vendo tik tok e procurando uma cueca limpa. Após rolar minha for you por cinco minutos inteiros, fiquei preso em vídeos de dança asiáticas. Finalmente entro no banheiro, ligando o chuveiro deixando a água aquecer antes de entrar.

A playlist que escolhi não é lá muito diferente das que ouço na baby. A única diferença é que uso o Spotify, me redi quando Sammy assinou uma conta família. Todavia, a sensação da água quente acertar minha pele é prazerosa. Fecho os olhos, me enfiando totalmente embaixo do chuveiro. Começo a relaxar conforme os minutos se estendem.

Não preciso me forçar a nada, os pensamentos vêem naturalmente.

O fato de Castiel estar sumido já a alguns dias. Minha mãe está supostamente morta. Jack está desaparecido também. E claro, Mavis fica aparecendo em meu subconsciente vez ou outra. Antigamente eu não me importaria com essa coisa, teria a fodido no exato instante em que senti vontade pela primeira vez. Mas, não era desse jeito que as coisas funcionavam agora.  Sam nutria um tipo de sentimento por ela, não sei se da mesma forma que nutria por Jack. Porém, sei que existe algo. E eu nunca, em hipótese nenhuma furaria os olhos de Sammy.

Mavis não faz meu tipo. Não. Ela é muito jovem, dezessete anos mais nova que eu. Sua personalidade ainda é indefinida para mim, não consigo prever suas ações ou a maneira que irá reagir a certos tipos de situações. Não. Ela é completamente indecifrável.

O diário que encontramos de sua mãe não tinha muita coisa específica sobre o que ela de fato era. Mas, como era muita papelada, Sammy ainda estava estudando.

Eu sei que ela é alguma coisa. Só não sei o que.

Quando torno a abrir meus olhos, vejo que meu pau está duro. Talvez tenha sido a água quente... Pelo menos tento me convencer disso.

Começo a me forçar pensar em outras coisas. Um novo caso para encontrar, pistas do filho do diabo, abrir a fenda para o outro lado. Porém, nada disso é suficiente. Ainda continuo duro.

Me sinto mentalmente fraco. Relutando antes de iniciar o que pretendo. Movo minha mão direita sobre meu pau, enrolando meus dedos. Há décadas não preciso fazer isso, décadas que me masturbei. Porém, o sentimento de ter brochado mais cedo me faz me sentir patético. A água quente ajuda bastante, conforme movimento a mão, para cima, para baixo, envolvendo com todo a pressão que consigo.

Encosto a testa no box do banheiro, quando o pensamento sobre ela me vem à cabeça.

— Não, não. — nego de prontidão.

Eu não iria fazer aquilo. Não ia bater uma para uma garota que tinha a metade da minha idade.

Mas meu pau... Argh... Latejava.

Me permito pensar em Mavis por poucos segundos. Ninguém iria saber, seria só bem rapidinho...

Acelero o movimento de minha mão, subindo e descendo, imaginando seus dedos finos envolta de meu pau. Me tocando, sentindo a forma como me deixava.

E se ela colocasse a... Boca?

A imagem atinge meu cérebro. Gemo em resposta a minha própria imaginação. Aumento a velocidade de meus dedos, o grito preso em minha garganta, o maxilar trincado. A água quente me faz sentir excelente. Então, a eletricidade me atinge. O orgasmo dança por minhas veias ao mesmo tempo em que minha porra acerta a parede do banheiro.

Vejo o líquido branco espesso escorrer até o ralo.

Minha respiração está entre cortada. Consigo sentir meus batimentos descompensados.

— Que merda. — me amaldiçoou novamente, ao ver a cagada que tinha feito.

Jogo água sobre minha gozada maluca na parede, três vezes até sair completamente.

— Dean. Dean.

Repito meu nome em voz alta. Como se isso fosse me fazer ter consideração por algo.

Havia acabado de bater uma para a garota que tinha metade da minha idade.

🔥

— Bom dia.

A voz de Sammy acerta meus ouvidos no segundo em que entro na cozinha. Resmungo um bom dia, sem prestar muita atenção nas coisas à minha volta. Dormi que nem uma princesinha, como não fazia a dias.

Coloco bacon em meu prato, ovos mexidos, panqueca e pego a caixinha de cereal azul.

Isso me fez acordar um pouco e lembrar de Jack. O dia do supermercado quando arranquei a caixa de cereal daquele homem estúpido. 

— Bom dia, Dean.

Tomo um pequeno susto ao colocar o prato sobre a mesa e ver que os olhos achocolatados de Mavis observavam meus movimentos.

Engolo em seco, antes de dizer.

— Bom dia.

Será que ela sabe? Será que alguém ouviu? Por que ela tá me encarando assim? Não. Não. Ela não sabe. Ninguém ouviu. Não. Não tinha como saberem.

— Tá tudo bem? — Mavis pergunta, colocando o canudinho do suco na boca — Tá fazendo umas caras estranhas.

— O bacon ficou ruim? — pergunta Sam, se virando para mim.

Balanço a cabeça em negação, forçando uma risada anasalada. Há situação parece piorar para meu lado a cada segundo que me permito ficar naquele ambiente.

— Tem notícias do Castiel? — pergunto ao meu irmão.

Sammy havia acabado de abrir o notebook sobre a mesa do café da manhã, recebendo uma revirada de olhos da garota entre nós.

— Sim, ele está procurando Jack. Analisando uma pista em Tucson. — respondeu.

Mavis ergueu as sobrancelhas, mordendo o último pedaço de bacon de seu prato. Percebi esse gesto muito rápido, porém antes que tivesse tempo o bastante para observá-la mais, — o som alto de meu celular irradia a cozinha.

Ao ver o nome de Jody deslizo a chamada para o lado verde.

— Fala, Jody.

— Oi, Jody. O que houve?

Sammy fecha a tela do notebook, apoiando as duas mãos sobre o objeto, se inclinando para a frente —, onde acabei de apoiar o celular, colocando no auto falante.

Oi rapazes. Eu tenho uma coisa para vocês. — soou do outro lado da linha — Um amigo da policia de Bismarck me ligou com uma pista. Um artista local achado morto...

Mavis espetou outro pedaço de panqueca com o garfo, enfiando na boca, com os olhos presos e atentos em meu celular.

{...} com os olhos queimados.

Meu olhar é tomado pelos de meu irmão. Ambos chegando à mesma conclusão.

— Coisa de anjo. — balbucio.

É, foi o que eu pensei, mas havia uma testemunha, a namorada da vítima, ela viu alguém no local e deu uma descrição para a polícia.

Fez um segundo de silêncio do outro lado da linha, como se ela estivesse fazendo alguma coisa a mais com o aparelho celular agarrado a orelha.

— Eu acho que é o seu garoto.

Sinto a forma como Mavis muda a postura ao meu lado. Os olhos estão apreensivos, os próprios dedos entrelaçados, demonstrando sua ansiedade. Era nossa primeira pista sobre Jack a dias, isso a deixou esperançosa.

Término de agradecer a Jody pela ligação, enfiando meu celular no bolso novamente.

— Vamos até lá? — perguntou Sam, atento a mim.

Enfio o bacon na boca, mastigando, balançando a cabeça em concordância.

{...}

— Pode ser uma pista falsa, não tem necessidade de você ir.

Estou repetindo pela milésima vez a Mavis, que ela não irá. Não tem motivos. E outra, não sabemos o tipo de coisa que Jack está envolvido. Talvez ele tenha finalmente se juntado a Lúcifer, e se isso tiver acontecido o último lugar que quero que ela esteja é no meio.

— Eu já disse que vou. — rebateu novamente.

Suas sobrancelhas estavam franzidas. Os braços cruzados em frente ao peito, a mochila pendia em um lado só do ombro. Estava brava.

— E eu já disse que não.

Refutei mais uma vez, adorando a forma como aquilo a irritava. Ela revirou os olhos, se virando para Sam que acabava de entrar na garagem.

— Sam, relembra o Dean que ele não manda em mim. — sua voz soou manhosa.

Os olhos de Sammy pousaram sobre mim, confuso sobre a razão por estarmos debatendo algo daquela forma.

— Cara, você não pode impedir. — diz ele, passando por nós e entrando no banco do passageiro.

Vejo o sorriso triunfante tomar conta dos lábios da mais nova à minha frente, se sentindo vitoriosa.

— É o meu carro e eu decido quando...

— Cala a boca, Dean. Estamos atrasados, bora bora.

Mavis bateu as mãos no ar, em forma de protesto. Se jogando no banco de trás da baby. Sinto a irritação tomar conta de meus ossos, porém me dou por vencido. Entrando logo em seguida, sentindo todo aquele ar de ironia a minha vida.

Assim que ultrapassamos Nebraska comecei a sentir o efeito que estar sentado a horas na mesma posição me proporcionava. No relógio do meu pulso esquerdo marcava quase uma da tarde, indicando que já estávamos na estrada a tempo suficiente.

Sam estava concentrado em alguma coisa na tela do notebook ao meu lado, vejo que tem dois fones bluetooth um em cada orelha. Olho para o retrovisor e vejo Mavis dormindo, capotada. Há algo sobre viagens de carro que não consigo compreender, ela sempre dorme.

Aperto meus dedos com mais força ao redor do volante ao pensar nela. Flashs do meu momento íntimo no banheiro da noite passada acertam meus pensamentos. Me sinto péssimo, mas o que mais tenho que fazer? É o tipo de sentimento que faz você se sentir um lixo, mas que logo em seguida se transforma em prazer.

Era prazeroso pensar nela. E faz muito tempo que algo me dava essa sensação, apenas em pensamentos.

Levo o indicador até o rádio, na tentativa de focar em outra coisa. Logo Bon Jovi começa a soar em meus ouvidos, me fazendo cantarolar e esquecer minha culpa.

🔥

Menos de dez horas e a viagem tinha sido concluída.

Quando estaciono a baby no primeiro hotel que vejo, ouço o espreguiçar de Mavis no banco traseiro e Sam finalmente tirar os fones de ouvidos. Meu relógio marca quase três da tarde, isso indica que teremos tempo parar vermos os corpos no IML.

Somos ágeis na hora de tiramos as mochilas do carro, fazermos check in e entrarmos no quarto. Fiquei até impressionado com o quão rápido fomos.

— Quanta bizarrice. — murmurei baixo.

Havíamos acabado de confirmar que realmente era Jack, tinha se passado por um comprador. Mavis ficou no hotel, enquanto eu e Sam vinhemos conversar com a namorada da vítima, Derek.

O lugar era cheio de quadros. Uns piores do que os outros.

— Ele tinha muita imaginação. — apontou Sammy, para um dos quadros.

— Ele odiava essa palavra.

— Qual? bizarrice? — perguntou Sam.

— Imaginação.

Sua resposta atraiu minha atenção por completo, porém não pude evitar de revirar os olhos. Esse tipo de coisa me deixa entediado.

Ouço a voz de Sammy se aprofundar nos burburinhos da garota, dizendo que o namorado era andante em sonhos. Me viro de costas começando a mexer nas figuras já prontas ali, penso que talvez Mavis fosse gostar de alguns daqueles quadros bizarros. Já que eles dizem que um artista entende o outro.

Enquanto esse pensamento ganhou poder em meu consciente, meus olhos se perdem no último quadro da fila. Há quatro estacas centralizadas, tons escuros como marrom, preto e cinza dançavam pela tela. Aquele lugar parecia terrível... E isso me fez saber exatamente do que se tratava. Era o outro mundo.

Senti a forma como as pontas de meus ficaram geladas. O pior pensamento me atingiu. Então, de fato Jack estava atrás do pai. Isso não estava em meus planos e com certeza também não onde Sammy, vejo a maneira como o desapontamento toma conta de sua feição. Porém, ele não diz nada. Permanece quieto. Imagino que está preso nos próprios pensamentos como eu, é uma tortura.

{...}

— A crença popular sobre andar em sonhos é bem inconsistente.

A voz de Mavis atinge meus ouvidos no exato segundo em que entramos no quarto de motel. A noite havia chegado rápido, perdemos muito tempo com a namorada de Derek e no IML que fomos depois. Os fios de cabelo da garota estavam desgrenhados, como se ela tivesse passado horas deitada de mau jeito. Estava usando um moletom vermelho vinho, as coxas estavam desnudas, provavelmente usava um short extremamente pequeno — tentei não olhar muito naquela direção. E meias cinzas dançavam em seus pés.

Sam a cumprimentou, apoiando a mão direita sobre o topo de sua cabeça, ganhando um sorriso enorme em resposta. Logo, ele passou para o banheiro, querendo fugir do assunto que sabia que eu falaria.

— Há histórias em vários...

— Mavis, temos que falar sobre isso.

Ela estava ajoelhada sobre a cama principal, segurando o diário de meu pai em mãos e os olhos cheios de esperança. Porém, foram se dissipando ao começar compreender minhas palavras.

— O que foi? — perguntou, apreensiva.

Seus olhos me analisaram. As pupilas dilatadas, largou o diário sobre a cama e ficou quieta. Odiei aquilo com todas minhas forças.

— Parece que... — penso um pouco em minhas palavras, não querendo soar grosso nem nada parecido — Jack desistiu de nós e está atrás do diabo.

Um sorriso maroto brota em seus lábios, como se tivesse achado que aquilo era mais uma de minhas piadas. Como não ousei falar mais nada, seu semblante se torna sério diante de mim.

— Não, Dean. Ele não...

— Um cara morreu. — a corto — Daqui para frente é melhor estarmos preparados.

O silêncio se instala pelas paredes frias do quarto de hotel. Ela umedece os lábios, antes de falar.

— Jack não faria isso.

Sua voz sai baixa, cansada e com medo. Pelo menos é o que parece para mim. Ela se levanta da cama, enfiando os pés de meia no chinelo, saindo do quarto logo em seguida.

Não sei se bateu a porta de propósito ou o que ocorreu. Mas o estrondo foi alto. Sinto um revirar na boca de meu estômago, como se quisesse vomitar o café que tinha tomado mais cedo. Retiro o paletó, dobrando e apoiando sobre a cadeira. De relance — pelo canto de meu olho direito —, vejo um caderno azul escuro sobre a escrivaninha do quarto.

Já vi Mavis o carregando para cima e para baixo, sempre aumentando minha curiosidade sobre o que tinha ali. Por isso, quando dou por mim já estou com o caderno em mãos. Ele é pequeno, quase cabe totalmente em minha mão. Sei que invadir a privacidade pessoal é errado, mas bater punheta para ela também foi errado e mesmo assim eu fiz. Então, abro o caderno.

Há muitos desenhos ali, um mais diferente do que o outro. Porém, meus dedos param ao encontrar a figura conhecida de meu irmão. O desenho está todo feito em lápis, os detalhes...

Isso faz com que o enjôo em meu estômago fique pior. É uma sensação horrível que não sei descrever. Fecho o caderno com força, colocando de volta na mesa.

{...}

Não sei a hora que Mavis voltou para o quarto, pois quando Sammy saiu dizendo que iria até o restaurante buscar nossos jantares — entrei no chuveiro e definitivamente fiquei ali por vários minutos. O calor da água quente acertando meu corpo era sempre calmante, meu corpo inteiro se relaxa e consigo acalmar meus pensamentos um pouco.

Estou seriamente preocupado com o destino que as coisas estão seguindo por conta de Jack. Se for realmente verdade, estamos ferrados. Mas, daremos um jeito. Sempre damos um...

Meus pensamentos são interrompidos pelo barulho da porta sendo aberta bruscamente, a maçaneta bate contra a parede. A primeira coisa que entra em meu campo de visão é vermelho. Sangue pingando no assoalho do banheiro. Levanto meus olhos, vendo a garota enfiar a mão esquerda embaixo da torneira — onde o sangramento não para.

Porra, Mavis.

Desligo a água, balançando meu rosto para tirar os vestígios de pingos. Ela finalmente nota minha presença, os olhos estão marejados, provavelmente com dor. A mão direita segura a esquerda com força, como se isso fosse impedir alguma coisa.

Quebro a distância que há entre nós dois, pegando em sua mão machucada.

— O que foi que aconteceu? — indago, puxando a toalha de rosto e pressionando sobre o ferimento.

O corte era um pouco fundo, bem reto. Não há nada que alguns pontos não possam melhorar, mas se não fosse estancado...

— O copo ele...

Porém, ela não termina sua frase. O achocolatado de seus olhos pairam sobre os meus e juro por Deus que ela deve ter percebido o quão patético devo estar parecendo agora, nem conseguindo disfarçar o pavor que aquilo me deu.

— Tá doendo muito? — pergunto, levantando um pouco a toalha sobre o machucado.

Suas pupilas se dilatam, sem quebrar o contato visual de meus olhos. Suas bochechas começam a ganhar uma cor avermelhada, ela pressiona os lábios um contra o outro e finalmente move os olhos, — por segundos, para baixo.

Desgraça.

Me dou conta do que está acontecendo aqui em instantes.

Merda.

A empurro para fora do banheiro da forma mais desastrosa possível, tentando não a derrubar no piso molhado entre uma mistura de sangue e água.

Movo meus olhos para baixo, vendo meu pau semi duro. A razão de meus pensamentos mais vergonhosos e obscuros havia acabado de me ver totalmente pelado.

🔥

— Ahm... — limpo a garganta, forçando uma tossida falsa — Me deixa ver isso aí.

Demorou alguns minutos para mim sair totalmente do banheiro. Com o cabelo ainda molhado, me agachei em frente a cama onde ela estava sentada. Suas bochechas ainda vermelhas, evitando me olhar.

— Eu já... Já coisei.

Pego em seu pulso, girando o corte para cima para que eu consiga ver com clareza. O contato de meus dedos com sua pele me deixava em êxtase, mesmo quando abri a caixinha de primeiro socorros de Sammy sobre a cama — e estava concentrando na sua ferida —, conseguia sentir seus olhos em mim.

Comecei a ficar duro.

— O que é coisar? — pergunto, na tentativa de focar em outras coisas.

Vejo a forma como ela umedece os lábios, pensativa antes de me olhar novamente. Começo a enfaixar sua mão esquerda, erguendo meus olhos brevemente para ela.

O achocolatado está mais claro agora do que antes. Seus olhos parecem nervosos, ou posso estar confundido isso com vergonha. Meu pau pulsa no jeans, implorando para sair. O quarto a minha volta começa a ficar sufocante, sinto que a qualquer momento serei capaz de começar a suar.

Concluo de enfaixar seu machucado, porém, não solto seu pulso. Invés disso giro sua mão para baixo, o suficiente para que meus dedos toquem seu braço totalmente. O calor que emana daquela parte de seu corpo me excita. Ergo meus olhos para ela.

Sua pupila está dilatada. Os lábios entre abertos e atentos a cada movimento meu e juro por Deus que aquilo a afetou tanto quanto eu, pelo menos é o que estou tentando me convencer. Me ergo um pouco do chão, deixando meu rosto totalmente na altura do seu.

Há algo ali que não sei definir...

Estou duro, completamente. Pronto para a foder.

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