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03 | O QUE VEM DEPOIS?

O CLIMA DENTRO desse carro estava extremamente sobrecarregado de más energias, e suponho que a maioria dela vinha de Dean Winchester e sua feição negativa perante a tudo.

O Impala ganhou o estacionamento de uma das lanchonetes de beira de estrada e Sam foi quem deslizou para fora, no intuito de ir até lá e conversar com algum dos atendentes.

Permaneci sentada no carro, sem mover um músculo. Mas, o Winchester mais velho saiu do automóvel e andou até sair completamente da minha vista.

— O que eu tô fazendo...

Murmurei para mim mesma, fechando os olhos com força.

A coisa ou sei lá o que quer que fosse que havia me levado até aquela cabana, encontrado Castiel e me metido em toda aquela confusão envolvendo o filho de Lúcifer —, parecia estar se perdendo em algum lugar do vento.

Três minutos depois vejo a imagem do loiro voltando para o carro, balançando a mão direita como se sentisse alguma coisa. Demorou um pouco para eu notar o sangue em seus dedos, ele foi até o porta-malas, sendo observado por meus olhos e depois deu um gole em uma garrafa de álcool, jogando o líquido na mão.

— O que houve com sua mão? — perguntei, apoiando as mãos sobre a janela, analisando.

Dean bebeu mais um gole da garrafinha marrom, relutando me olhar. Isso levou três segundos, até ter sua atenção sobre mim. Seus olhos que anteriormente, desde o exato segundo em que o vi estavam negros e sombrios, agora se encontravam mais calmos. O suficiente para eu ver que eles eram claros, e não escuro como parecia.

— Nada. — foi ríspido.

— Bateu em alguma coisa? — balbuciei, com a atenção presa a ele — Não é muito bom descontar a raiva dessa maneira.

Dean revirou os olhos.

— E o que você sabe? — apoiou a mão esquerda sobre a lataria do carro — Tem só quinze anos.

Me senti ofendida.

— Sei muitas coisas. — refutei — E tenho mais de vinte, para seu governo.

Ele sustentou nossos olhares por breves segundos, até notarmos Sam voltando para o carro.

— Descobriu alguma coisa? — indagou Dean, assim que o irmão entrou no carro.

— Sim. Descobri onde ele está.

Sam se ajustou no banco do passageiro, olhando brevemente para mim por cima do ombro esquerdo. Senti minhas bochechas se esquentarem.

Não demorou muito para chegarmos na pequena delegacia da região, onde supostamente Jack estaria. Desci com os meninos preparada para ver o filho de Lúcifer, a energia que emanava daquele ambiente era surreal. Antes de entrarmos totalmente dava para ver as luzes piscando e se estourando no lado de dentro. Isso fez com que apressamos os passos, Dean e eu entramos pela porta da frente e Sam fora pelos fundos.

As luzes estouravam sob nossas cabeças, de uma maneira dramática. Comecei a sentir minha cabeça girar, ficar meramente tonta, como se aquilo me afetasse.

Um minuto depois o ambiente se tornou tão pesado que mal consegui respirar, era Jack cambaleando até nós dois. No instante em que seus olhos foram postos em mim e em Dean, eles se tornaram amarelados — da maneira que ficava quando se sentia ameaçado. Porém, antes que pudesse fazer alguma coisa, seu corpo caiu no chão tremendo e bem atrás dele, segurando uma arma de choque estava Sam.

— Belo tiro. — saldou o Winchester mais velho, se aproximando do corpo do Nefilim desacordado.

Também me abaixei na altura do corpo de Jack, preocupada com o que pudesse ter sido afetado dele. Só que antes que nós três tivéssemos a chance de encostar no garoto, uma voz nos impediu.

— Não. O que está acontecendo aqui?

Olhamos ao mesmo tempo na direção, bem ali do outro lado do cômodo e encontramos pares de olhos extremamente cautelosos. Era a xerife.

☄️

O encostar do aço das algemas em meus pulsos estava tornando quase impossível aguentar aquele objeto ali. Era a primeira vez que era algemada daquela forma, nunca fora preciso anteriormente. Sinceramente, faz menos de 72 horas que estou longe de casa e esse tipo de coisa está ocorrendo. Nunca imaginei que um dia estaria na presença daquelas coisas que era acostumada a ler quando mais nova, para falar a verdade nunca cogitei a ideia de que minha mãe pudesse estar certa. Sempre achei que sua fascinação por mitologia, astro, Deuses e demônios fosse algo pessoal —, não uma coisa que realmente existisse no mundo real.

Paro no tempo ao lembrar desse tipo de coisa e da forma pesada em que ela me punia quando eu não acertava uma das questões. Estando onde estou agora, consigo relembrar dos momentos com mais detalhes e ver coisas que não vi na hora exata em que aconteceu.

Por exemplo, um dia antes de nossa casa pegar fogo ela fez um questionário para mim sobre as coisas da bíblia. Fiquei quarenta minutos estudando na sala de estar, após ter errado duas questões. Essas pequenas coisas, suas fascinações me deixam completamente embasbacada agora. O que Castiel de fato sabia para ficar tão ansioso e nervoso ao me ver pessoalmente? 

— Me desculpe. — a voz da Xerife me trouxe novamente a realidade — Repete por favor.

Movo meus olhos para o homem ao meu lado, que se encontra algemado da mesma forma que eu.

— Meu nome é Dean Winchester. — foi sincero — O grandão ali é meu irmão, Sam. A gente caça e mata monstros.

Um segundo de silêncio se instalou no ambiente. Senti meus olhos arderem, antes de ver a balançada de cabeça que a mulher a minha frente dera.

— Monstros? — indagou — Tipo...

— Já viu filmes de terror? — Dean não a deixou finalizar a frase — Daquele tipo.

Ela balançou a cabeça, pensativa, antes de continuar.

— E você é o que? Um tipo de super-herói?

Novamente, o silêncio constrangedor. Porém, dessa vez ouvi a maneira que Dean se remexeu na cadeira ao meu lado — antes de responder.

— Eu só faço o meu trabalho.

Sua voz saiu arrastada e cansada. Mesmo ele evitando mover seus olhos em minha direção, sei que estão negros como na noite anterior. Há alguma coisa escura nesse homem, algo que talvez eu nunca seja capaz de descobrir. Não que eu queira tal coisa, apenas acho intrigante.

—Então, o garoto que está ali, ele não é... — sua voz perdeu gradualmente o tom conforme falava.

— Não é humano?

— Não exatamente.

Apertei os olhos, impressionada com a capacidade daquela mulher levar as coisas tão na boa, diferente de todas as outras pessoas.

— Então, uh, o que ele é? — pergunta receosa — E o que você é?

Sua atenção é totalmente minha agora e isso atrai também os olhos do loiro para mim.

— Bom, — Dean foi quem respondeu — Jack é um nefilim. — moveu os olhos brevemente para mim — Ela é só uma garota.

Não gostei da maneira que suas palavras soaram sobre a minha pessoa, como se eu não passasse de um nada. Só que esse tipo de sentimento já deveria ser comum para mim, afinal era esse o tipo de coisa que sempre ouvi das poucas pessoas que se mantinham ao meu redor ao longo da minha vida. Um nada, algo invisível, que não somava na vida de ninguém. Essa era a forma com que eu estava acostumada a lidar com as coisas da minha existência, mas ouvir da boca dessa cara que eu sou apenas uma garota —, me deu uma pontada de raiva.

Sinto a maneira que o ambiente fica pesado. As ondas que me levaram até Castiel começam a ficar mais forte.

Quando a Xerife nos libera, sigo Dean para dentro das celas. Ali está mais frio do que o restante da delegacia, porém, tento ignorar. Na segunda cela está Sam, bem perto da grade e mais para trás está Jack. É a primeira vez que consigo observá-lo com mais precisão. Ele está sentado, encarando o chão —, como se estivesse preso nos próprios sentimentos. Reconheço essa sensação.

— Jack não é do mal. Ele é só um garoto.

Sou puxada para o presente novamente pela voz de Sam, advertindo o irmão.

— Você é... — Dean rosna — Esse garoto é filho do Lúcifer.

— Nós precisamos dele. — contradiz Sam novamente.

Estou por fora da conversa, sinto que não devo expor minha opinião. Já notei a maneira que o Winchester mais velho não respeita as opiniões alheias e não vai ser eu quem vai o estressar mais, não.

Socorro!

Minha cabeça gira automaticamente para o pedido de ajuda. Sem tirar os dois de dentro da sala, acompanho Dean até o outro lado. A primeira coisa que vejo é o filho da Xerife sendo feito de refém. Há uma espada metalizada pontuda apontada para o pescoço do garoto. A áurea que emana daquela garota me faz adivinha que ela não é humana. O jeito como Dean está rígido ao meu lado, apenas comprova isso. Há barulhos ocorrendo do outro lado da cela, onde Sam Jack estão. Então, os próximos segundos acontecem rápidos demais. A mulher esfaqueia o garoto, ele caiu no chão. Minha primeira atitude é deslizar sobre o chão até estar ao lado do ferido, sua mãe faz o mesmo.

— Liga para a ambulância. — alarmo a ela.

Bem ao fundo do meu campo de visão Dean está levando uma surra da desconhecida, ela parece ter o dobro da sua força. A Xerife segue meu conselho e pede por socorro. Dean segue apanhando. Olho na direção em que Sam e Jack estão e me sinto tentada a correr até lá, não posso deixar que levem o garoto, não depois de termos tido tanto trabalho para o encontrar.

Ajudo a Xerife a estancar o sangue do filho, para pelo menos conseguir controlar o sangramento até a ajuda chegar. Há muito sangue dançando pelos meus dedos, conforme pressiono o ferimento. Ao fundo vejo Dean conseguindo segurar a mulher, o que parecia estarem conversando em ameaças. Típico dele, suponho. Da posição em que estou não consigo os ouvir, mas bem no exato segundo em que tudo parece ter se aquietado —, ouço o barulho da cabeçada que ela dera nele. Deixando um machucado feio em sua boca.

— Não tira a mão. — peço a Xerife, me levantando.

Meus pés trabalham rápido até chegarem as celas, e o que encontro é Sam, Dean e a mulher. Ambos estão no meio dela, prontos para a pegar. Jack está beirando a grade, observando a cena.

— Se não pudermos ficar com ele, ninguém fica.

No momento seguinte ela enfia a espada contra a grande, bem no meio do peito de Jack. Ele caí de joelhos no chão. Sam a esfaqueia, emitindo uma áurea azulada diante nossos olhos. Atravesso o mais rápido que consigo, passando pelos irmãos e me ajoelho ao lado do garoto. Pela forma como estão o olhando, sugiro que aquela espada é mortal.

— Jack... — apoio a mão direita em seu ombro.

Seu rosto está pálido, porém confuso. Ele não entende a situação e isso me da um pesar absoluto.

— Mavis?

Meu nome ecoa de seus lábios. Sei que a minha feição agora deve estar a maior interrogação possível, pois até aquele instante não havia conversado com Jack em nenhum segundo. Por isso não fazia sentido ele saber o meu nome, não era algo com sentido. Ele puxou a espada do peito, com meus olhos atentos a cada movimento seu —, havia sangue ali, porém ele não estava completamente ferido como os meninos pareciam achar. Não, Jack estava bem.

Se não fosse pela feição confusa em seu rosto, eu poderia jurar que ele sabia de alguma coisa. Mas não. Então, aquilo que era de fato ser filho de Lúcifer. Ele não se machucava. Ele era imortal.

☄️

Se tinha alguma coisa que eu sabia naquele instante era que Dean não gostava de Jack. Isso era perceptível em sua cara, porém, eu não conseguia distinguir o que ele achava da minha pessoa — já que evitava me olhar.

Jack me fez companhia no banco traseiro.

O silêncio ainda era absoluto entre nós quatro.

Quando voltamos para a cabana, eles prepararam o funeral de Castiel. E eu nunca havia presenciado tal coisa antes, tal sentimento sucumbido e horrível. Pensei que já tinha um escudo blindado ao meu redor, depois de ter visto minha própria mãe morrer. Porém, não.

A maneira que as chamas queimaram o corpo do anjo, do único que poderia me ajudar, me fez sentir dor física. O garoto ao meu lado não conseguia esboçar reação nenhuma, suspeito que seu sentimento era o mesmo que o meu.

Castiel era nosso guardião. E ele não estava mais ali. Não tinha nada que eu ou qualquer um desses caras pudesse fazer para mudar tal fato. Mas eu tinha uma certeza, enfrentar aquilo com esses desconhecidos era melhor do que ficar sozinha.

Jack dormiu com a cabeça encostada na janela, fiz a mesma coisa do outro lado. A maneira que o carro roncava abaixo de nós, era de alguma forma aconchegante. Mas, não dava para descansar totalmente. Quando acordei cem por cento, o Impala estava estacionando em um hotel na beira da estrada. Sam fez o check-in, sendo observado por Jack. Logo nós quatro já estávamos a caminho do quarto.

— Parar num muquifo desses, era melhor ter continuado na estrada. — resmungou Dean.

Inalei o cheio de poeira do corredor. As paredes vermelhas tornavam aquele lugar parecido com o hotel de o iluminado, mas esperava que nada acontecesse de mirabolante ao decorrer da madrugada —, pois preciso urgentemente de uma cama para dormir.

— Cara, você estava alucinando com ovelhas na estrada. — comentou Sam, girando a chave do quarto nos dedos — Precisamos de algumas horas.

Observei esse movimento. Ele estava bonito.

Assim que a porta fora destrancada minha visão foi tomada por azul. Todas as paredes eram nessa cor escura, com móveis marrons quase avermelhados. Tinha um sofá no canto da parede, uma minicozinha no outro canto, uma mesa com três cadeiras.

— Que legal. — Jack sorriu, olhando a sua volta.

— Beleza. — falou Sam — Vamos proteger o quarto, comer, dormir algumas horas e depois pegar a estrada logo cedo.

Balancei a cabeça em concordância. Me sentando no sofá. Vi Jack fazer o mesmo, porém na cama do canto. Ele se sentou e ligou a televisão, onde passava Scooby-Doo.

— Isso é maravilhoso.

Era a primeira vez que eu o via sorrir. Isso me fez pensar, se ele era mesmo de fato filho do diabo.

— Ou, pode parar. — bramiu Dean.

Ele caminhou até lá, se deu o trabalho, desligando a televisão.

— Qual foi? — perguntei — Ele ver desenho afeta sua vida como?

Dean moveu os olhos para mim. Pude apostar que estava pensando nas milhares de más respostas que poderia me dar, porém ele não disse nada. Pegou a bíblia e jogou nas mãos de Jack.

— Lê um livrinho aí, vai ficar melhor pra você.

Jack pegou o objeto em mãos, se sentando no sofá e abrindo a bíblia como foi falado para fazer. Dean agindo daquela maneira parecia minha mãe, quando me fazia ler e reler a mesma parte bíblica até decorar.

Isso me fez desgostar dele um pouco mais.

{...}

Quando o delivery chegou, Sam foi quem correu até a porta para pegar nossos sanduíches. Jack se sentou na poltrona ao lado de Sam, fiz companhia para Dean no sofá. Apoiamos os sanduíches, batatas e as cervejas na mesinha de centro.

Havia muitos roxos no rosto do Winchester mais velho. Apostei que era por conta da pancada que tomou mais cedo, porém não comentei e falei nada. Quando todos terminamos de comer, comecei a juntar os lixos, enquanto Sam preparava as camas para dormirem.

De relance de olho vi Dean juntar as garrafinhas de cerveja em um canto, sem falar nada, como se quisesse ajudar. Terminei de limpar a mesa central e peguei a garrafinha vazia que estava na beirada do sofá, que ele não viu.

— Aqui. — estiquei o objeto.

Os olhos agora normais do Winchester pousaram sobre mim, ele se moveu e pegou a garrafinha. Mas, não antes de minha mão segurar a sua brevemente, ao passar o objeto. E no exato segundo que isso aconteceu, talvez ele não tenha sentido, mas dá posição em que eu estava consegui notar os roxos e os cortes nos lábios sumir pouco a pouco, como magia.

Meu mundo desabou. 

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