Capítulo 9 - Como um Isqueiro
Oiii meus amores, tudo bem? Espero que sim!
Mas um Capítulo quentinho para vocês. Espero que gostem.
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Boa leitura!
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Estou encolhida dentro de uma banheira deixando a água fria bater em minhas costas. Aquela visão foi intensa demais, real demais, eu estava lá em meio a chamas e acordei em meio a elas. Ouço batidas na porta e tudo que consigo fazer é me encolher mais dentro da banheira. Logo o cheiro amadeirado daquele perfume se mistura ao cheiro de queimado impregnado no banheiro. Tom desliga o chuveiro, me cobre com uma toalha e me entrega uma blusa de moletom cinza-escuro. Ele me estica a mão como apoio para me levantar e se vira para me deixar vestir com certa privacidade. Me visto sentindo o cheiro forte que aquela roupa tinha, sou puxada para fora da banheira e sentada na tampa do vaso. Tom fica parado à minha frente, ajoelhado na altura da minha visão. Levanto meu olhar, encontro o do moreno em mim e seu rosto sem expressão alguma, tomo a coragem de finalmente dizer o que precisava em voz alta.
- Eu posso ver o futuro e o passado.
- Eu sei. - me responde ainda sem expressão.
- Sim, eu sei que você já sabe como o seu irmão e o meu primo Draco. - Tom agora parecia um pouco surpreso- Mas o que você viu agora?
- Eu vi o futuro
- O que acontece nele?
- Tudo vai virar cinzas. - Tom se senta no chão à minha frente.
- Como assim Adhara?
- Eu não sei explicar, minhas visões nem sempre são claras.
- E o fato de você ter posto fogo no meu quarto?
- Sinto muito por isso, Tom. Eu não sei explicar isso também, mas não é a primeira vez que isso acontece.
- Calma, você pegou fogo outras vezes?
- Com essa é a quinta vez, minha sorte que nas outras vezes eu não estava sozinha também e comparado com o que houve aqui foram só um fósforo aceso.
Dou um riso para descontrair e Tom faz cara de desaprovação, creio que eu deva ter destruído o quarto todo dele. Me levanto do vaso, destranco a porta, mas antes que eu possa abrir, Tom bloqueia o caminho e me olha como se esperasse que eu contasse para ele o que eu vi. Eu não quero relembrar, os gritos, o choro, a dor. Sinto meu corpo tremer, com um impulso, empurro Tom que não faz objeções, entro no quarto, vejo Draco e Mattheo, observo o estado que estava o quarto e começo sentir meu estômago contorcer. Draco dá alguns passos em minha direção falando algo que não consigo entender, meu peito dói como se tivesse um peso me esmagando e tudo que consigo fazer é correr dali.
Corro pelos corredores da Hogwarts, não sei que direção tomar, meu corpo ainda treme, meu estômago se contorce e meu peito dói, o que me faz chorar sem entender o que está acontecendo comigo. Me viro rápido em um corredor e bato com tudo em alguém que me faz cair de bunda no chão, não consigo ver bem quem era, mas o cheiro era familiar. Me levanto em um pulo e me agarro a figura que me cobre e me tira do corredor que estávamos.
- Adhara, o que aconteceu com você?
- E-eu não s-sei.- O respondo entre lágrimas e soluços, me surpreenderia se ele me entendesse.
- De onde você saiu? - Fala me colocando em um banco e deixando sua capa em cima de mim. Me encolho dentro da capa ainda tremendo e com dificuldade de respirar
- D-do qua-quarto d-do T-Tom. - Ouço algo que parecia ser vidro batendo com violência.
- Beba, vai te ajudar com a crise. - O mestre das poções me entrega um copinho com cheiro horrível e gosto pior. - O que você fazia no quarto do Tom?
- Ele apenas me ajudou. - consigo falar sem soluçar e me sentindo melhor.
— Outra visão, presumo.
— Sim, a pior que tive até o momento.
- Sua mãe também tinha essas crises após algumas visões. - O professor Snape pega meu copo e limpa sua bancada. - Você precisa aprender a conviver com isso.
- O senhor já me disse isso. - Me levanto e entrego sua capa. - Eu não estava preparada para o que vi.
- Sua mãe também não estava.
- Mas eu não sou minha mãe. - Apenas falo deixando a tristeza vir até mim.
O Professor Snape apenas acena com a cabeça sem me dizer mais nada. O mestre das poções vinha me ajudando com minhas visões a pedido de Dumbledore, mas pelo fato que algumas me causavam algum problema físico e também para me manter em segurança de pessoas curiosas. Ele como Tom, Mattheo, Draco, Dumbledore e Mama eram os únicos que sabiam do fato de eu ter visões.
Estava cansada demais, física e mentalmente para conseguir discutir sobre o que aconteceu minutos atrás, também vinha cansada de um ano inteiro sendo forçada a controlar o que não podia e ser comparada com minha mãe. Dou alguns passos em direção a porta, me viro para agradecer ajuda, mas sou cortada.
- Eu tenho plena consciência que você não é sua mãe. Vocês são totalmente distintas, apesar de você ser a cara dela. - Ele fala cruzando os braços e olhando algum ponto além de mim. - Helena era uma pessoa única, seria impossível chegar ao nível de conhecimento dela. Mas você também é única, entenda isso e verá que não é a sombra de sua mãe.
(...)
Algumas horas já haviam se passado desde o incidente no quarto do Tom. Arrumei minhas coisas e estava devidamente trocada com calça jeans, blusa e roupa íntima. Agora me encontrava de baixo de uma árvore de frente ao lago negro ouvindo o balançar das folhas, a sensação de déjà-vu me bate e eu sei que já vi cenas parecida com aquela em minhas visões, creio que vou passar muito tempo nesse lugar pelos próximos anos. Pego algumas pedrinhas e vou tacando na água apenas para passar o tempo, evitando pensar em qualquer outra coisa, mas logo ouço vozes conhecidas chegando mais perto me viro apenas a tempo de ser pega pelas costas em um abraço de urso.
- Finalmente te achamos criatura anã. - Fred, me balançava no ar me fazendo parecer uma boneca de pano.
- Onde você se escondeu? Já passou da hora de a gente ir para Hogsmeade, agora vai ser meio difícil passar pelo túnel. - George para na nossa frente com o Lino ao lado.
- Eu tive... dá para me pôr no chão? - Fred me solta, mas continua atrás de mim e coloca as mãos no meu ombro rindo. - Como estava falando, eu tive um imprevisto com fogo e anã é a senhora vossa mãe, seu adotado.
- Ow, eu não te fiz nada - George se defende e Lino ri
- Você não se faz de inocente não, eu me lembro quando me chamou de elfo doméstico, mais de uma vez.
- É meus caros, não tem como defender os dois. - Lino fala cruzando os braços
- Que amigo você, hein? - Fred e George falam juntos.
- Mas enfim, vamos que ainda dá tempo de comprar algo e voltar antes do pôr do sol. - Fred me dá uma apertada no ombro e em seguida me dá o braço. - Senhorita?
- Senhor Weasley. - Cruzo meu braço no dele e viro para os outros. - Senhor Weasley e Senhor Jordan, vamos que hoje o Senhor Weasley aqui vai pagar cerveja para todos.
- Tá louca mulher? O George paga.
- Eu? O Lino tá devendo para gente, ele paga.
- Estou devendo meu ovo...
- LINO! - Os gêmeos falam juntos, com Fred tampando meus ouvidos e George a boca do Lino.
Depois de tudo parecia que o dia estava ganhando seus traços de normalidade novamente e isso me dava uma sensação estranha de desconforto. Me agarro a cópia ruiva ao meu lado, permitindo sentir seu cheiro de roupa limpa e o seu perfume. Fred me aperta em um abraço de lado com o seu braço direito e me olha com um sorriso levado que eu poderia jurar que iria aprontar algo a qualquer momento. A diferença de altura era inegável entre nós dois e por mais que eu tivesse crescido, batia em seu peito com meus 1,58 de altura.
Levanto a cabeça novamente, procurando seus olhos enquanto andávamos, Fred me olha levantando uma sobrancelha, lhe dou o meu melhor sorriso inocente, em seguida mordo a altura de seu peito e saio correndo. Passo pelo Lino e George, não antes de morder o braço do Lino e dar um tapão na bunda do George. Quando vejo, estamos todos correndo empurrando uns aos outros e rindo.
— Adhara! - a voz familiar me chama com um tom de repreensão
Me viro e vejo Professor Dumbledore, Professora McGonagall, Senhora Amélia, Lucius Malfoy, um homem que não conheço e Mama Antônia, todos me encarando com caras de espanto, desaprovação e alguns com riso contido. Eu e os meninos nos ajeitamos como podemos, encaro cada um das pessoas presente, com os meninos meio que em minha frente, como se fosse me proteger dos adultos ali. Toco no George pedindo passagem e sinalizando com a cabeça que estava tudo bem. Vou para a frente, dos meninos e me dirijo aos adultos:
- Vocês demoraram para virem me contar.
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O que acharam meus amores?
O que sera que Adhara viu?
O que esta por vir? rsrsrsrsrs
Não esqueçam de votarem e comentarem.
Bom final de semana.
Beijos
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