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3° Dica: Vá Aos Lugares Que Ele Vai

— Eu só tô dando uma ajudinha. — Falou Soyeon com a voz tranquila e com um sorriso ladino.

— Ajudar com o quê?! Não tem nada que você precise ajudar, Soyeon! — Minho bufou alto bagunçando o cabelo, a expressão cansada e suas olheiras entregavam a noite mal dormida, Minho passara a noite em claro e o motivo para tal coisa tem nome e sobrenome, Hwang Hyunjin. Minho pensou e repensou em tudo que havia vivido ao lado de Hyunjin até o dado momento, os sentimentos que forçou-se a enterrar no mais profundo canto de seu coração. — Porra, Yeon, nós já conversamos sobre isso. — O mais novo suspirou pesadamente, sabia que a amiga tinha boas intenções, mas ainda não conseguia evitar ficar frustrado.

— E naquela conversa eu percebi que tinha que dar um empurrãozinho. — Soyeon optou por não contar dos sentimentos de Hyunjin para Minho, se o loiro quisesse que Minho soubesse por terceiros, já teria pedido a Lisa ou Jennie, se ele não fez isso, não seria ela que contaria.

— Aquela conversa foi há três ou quatro anos, até eu já tinha esquecido dela. — Estalou a língua no céu da boca, comeu mais um morango voltando a olhar para o filme que passava na televisão. — Você sabe que não precisava fazer isso... né? — Agora a voz de Minho estava mais amena, seus dedos brincavam com seus sedosos fios negros. A Jeon observou o rosto deitado sobre seu braço, que estava encostado na parte superior do encosto do sofá, os olhos fixados na tela da televisão.

— Eu sei, mas eu quis fazer isso, eu quis dar uma força ao meu parceiro de skate. — Soyeon apoiou seus braços na parte superior do encosto do sofá, os fez de travesseiro deitando seu rosto delicado sobre os mesmos. Os doces olhos castanhos da coreana passearam pelo corpo de Minho até a televisão. — Mas se você não quiser que eu me meta, eu paro. — Deu de ombros com um suspiro fraco fugindo entre os lábios entreabertos.

— Podemos só não falar disso por enquanto? — Pediu com a voz baixa e expressão caída. Soyeon voltou a olhá-lo pensando que era a hora perfeita para lhe entregar algo, aproveitando que isso iria para animá-lo.

— Ei, uma amiga me deu dois ingressos de um show na cidade vizinha, ela ia com outra pessoa mas mudaram de planos, e aí? O que me diz? Topa? — O sorriso de canto de Soyeon entregava que ela já sabia a resposta do amigo, só precisava de algo a mais para convencê-lo de vez. — E é um show da One Ok Rock.

[…]

Horas antes.

— Ei, Hwang! — Hyunjin parou de andar ao ouvir a voz de Soyeon, olhou para trás e a viu aproximando-se com seu skate. — Consegui algo que você vai curtir. — Anunciou parando seu skate, apoiou um pé no chão jogando seu peso para aquela perna. — Consegui em um sorteio, toma. — Entregou um ingresso para um show da banda One Ok Rock a Hyunjin que conseguira em um sorteio qualquer do Instagram. — Uma amiga me deu dois, vou levar Minho comigo, vai ser na cidade vizinha, não fica muito longe de daqui. — Passou os dedos entre as mechas de cabelo enquanto estourava uma bola de chiclete na boca. — Não me importa como você vai pra lá, apenas vá. — Destacou suas últimas palavras antes de ir sem ao menos esperar uma resposta vindo de Hyunjin.

— Que? Ei! Espera! — Gritou, mas Soyeon já estava distante. — Ahn... obrigado! — Gritou o mais alto que conseguiu, o que acabou atraindo olhares de outros universitários que ainda estavam no campus. Um longo suspirou saiu entre seus lábios ao olhar para o ingresso em sua mão. — Como que vou arrumar um jeito de ir pra Pluvia tão em cima da hora e voltar ainda hoje? — Perguntou para si mesmo passeando seus olhos verdes pelas informações no ingresso. Ele até conseguiria ir para lá, mas duvidava muito que conseguiria voltar de madrugada, e não estava afim de ficar a madrugada sozinho esperando ônibus com chances de ser assaltado, e pagar um hotel para passar a noite estava fora de questão. Além de não ter dinheiro para isso, tinha que estar na cidade a tempo para ficar de babá de seus sobrinhos.

— Você disse ir pra Pluvia hoje? — Uma voz soou sobre os ombros de Hyunjin, o garoto se virou para trás em um pulo e viu Lisa ali, rindo de sua reação exagerada.

— Porra, Lisa! Não chega assim de fininho. — Bufou revirando os olhos.

— Desculpa, mas voltando ao assunto, você disse ir pra Pluvia?

— Sim, tenho que arrumar um jeito de ir hoje.

— Olha, eu vou pra Hiems com a Pharita e vamos passar por Pluvia no caminho, posso te dar uma carona se quiser. — Ofereceu andando para fora do campus junto de Hyunjin.

Lisa e sua irmã mais nova iam para o show da OOR, mas cancelaram o programa entre irmãs por causa da viagem para a casa da avó que está doente e de cama, então deu os ingressos a Soyeon. Sabia que ela estava querendo juntar Hyunjin e Minho e aproveitou da situação para dar uma força também, uma vez que queria o mesmo que ela.

— Mas o problema vai ser voltar, tenho que estar em casa ainda nessa madrugada. Minha irmã vai trabalhar tarde, então fico de olho nos filhos dela. — Explicou Hyunjin com a voz desanimada. Só queria poder curtir uma noite na cidade vizinha ouvindo músicas que gostava enquanto dá em cima do crush — nos dois sentidos, se possível.

— Minha prima vai também, ela já tá na cidade e vai voltar ainda essa madrugada. — Lisa pegou seu celular e abriu logo na conversa com Nour.

— Não, Lisa, não gosto de- — Hyunjin nem teve tempo de negar, pois Lisa o interrompeu ao se despedir e sair andando mais rápido, já mandando mensagem para a prima. — Por que as garotas saem desse jeito sem deixar a gente falar?! — Perguntou para si mesmo vendo Lisa atravessar o portão do campus.

[…]

"Hidoku itamu kodō wa hayaku
Tōnoku keshiki o
Kono te de tsukamo u to shita

They are the weakest
And don’t even know
Anything they say
Will never break our hearts of gold"

A voz de Taka soava alta pela casa de shows — por mais que sua voz fosse um pouco abafada pelas vozes do público — assim como os instrumentos de Ryota, Toru e Tomoya. Várias pessoas cantavam junto de Taka, já outras conversavam entre si entre um copo de bebida ou outro.

Hyunjin passou os dedos entre seus fios castanho-escuros, os olhos verdes varreram o local entre a multidão. Luzes vermelhas, verdes e azuis iluminavam sua pele. Ele se enfiou novamente no mar de pessoas que cantavam e pulavam animadamente.

"When you’re standing on the edge
So young and hopeless
Got demons in your head
We are, we are

No ground beneath your feet
Now here to hold you
‘Cause we are, we are
The colors in the dark"

A música que misturava o inglês e o japonês podia ser ouvida em todos os cantos da casa. Hyunjin até estaria cantando junto se não estivesse procurando um certo alguém, um alguém de belos olhos e de adoráveis sardas que invadia seus sonhos. Suspirou, parando perto do palco, estava perto de desistir da procura por ora e curtir o show, já estava ali e gostava da banda de qualquer jeito.

— Never tell yourself, you should be someone else. Stand up tall and say, I'm not afraid, I'm not afraid! — A pessoa na frente de Hyunjin cantava animadamente enquanto pulava, tão entregue ao momento que não percebeu Hyunjin atrás de si e acabou esbarrando nele. — Ah, desculpa aí. — Virou um pouco o rosto para trás ao se desculpar mas não tirou os olhos do palco, então nem notou em quem esbarrara, ao contrário de Hyunjin que reconheceu o garoto em questão de segundos.

— Minho?! — Sorriu ao finalmente achar quem tanto procurava.

Minho franziu o cenho ao ouvir seu nome, olhou para trás e o viu. Vestindo camisa preta com estrelas rosas estampadas, calça tactel azul marinho e uma jaqueta vermelha xadrez amarrada na cintura, sim, era Hyunjin ali com seus típicos brincos de cruz e sorriso brilhante, sorriso que o garoto sempre dava quando via Minho.

— Hyunjin...? — Sua voz saiu como um sopro, indo embora junto da música que estava chegando ao fim.

— Hyunjin tá aqui?! — Soyeon perguntou se aproximando com um copo de Vodka com leite condensado e tang de morango. Sabia que Hyunjin viria, mas Minho não precisava saber que ela sabia dessa informação, muito menos que foi ela quem forneceu o ingresso a ele.

O loiro nem sequer ouviu Soyeon, na verdade, o Hwang não prestava atenção em nada além de Minho. Analisou o mais novo de cima a baixo: as orelhas cheias de piercings, o cabelo solto levemente bagunçado e com alguns fios sobre seu rosto, a calça jeans preta rasgada nos joelhos e com correntes penduradas, a blusa cinza estampada com frases escritas provavelmente era uma das poucas coisas que se destacava entre o preto do visual de Minho, diferente de sua jaqueta de couro com correntinhas, que também era da cor preta, assim como seu discreto delineado. Seus lábios estavam em um tom avermelhado pelo lip tinta — assim como os de Hyunjin —, uma das poucas coisas coloridas no visual do Jeon. “Perfeito de qualquer jeito”, Hyunjin pensou analisando Minho, que em nenhum momento aparentou estar desconfortável com a presença de Hwang, muito pelo contrário. Minho havia mergulhado na imensidão escura que eram os olhos de Hwang

"I'm telling you
I softly whisper
Tonight, tonight
You are my angel

Aishiteru yo
Futari wa hitotsu ni
Tonight, tonight
I just say"

Uma música mais calma começou, tirando os garotos de seus curtos transes. Minho sacudiu a cabeça desviando o olhar, voltou a olhar para o palco vendo Taka cantar mais calmamente, assim como as pessoas.

"Wherever you are, I always make you smile
Wherever you are, I'm always by your side
Whatever you say, kimi wo omou kimochi
I promise you forever, right now"

Minho prendeu a respiração ao finalmente prestar atenção na letra da música. Foi a primeira música da banda que escutou, ainda se lembra de quando sentou ao lado de Hyunjin na arquibancada da escola. Ele havia colocado os livros sobre o colo e o celular sobre os livros, dividindo com Hyunjin o fone que estava conectado ao celular, que por sua vez também havia gostado da música, principalmente quando a música ficava animada.

— Então... Bom... O que acha de alguns drinks? — Sugeriu Hyunjin com meio sorriso nos lábios, esperançoso que o outro aceitasse.

[…]

Silêncio.

Não no local, na verdade, a casa de show estava bem animada, a música estava alta e as pessoas cantavam a todo vapor junto de Taka.

O silêncio encontrava-se entre Hyunjin e Minho. Ambos sentados lado a lado no open bar do local, o mais novo encarava o copo d'água na tentativa de não focar naquele silêncio desconfortável. Hyunjin também não estava falando nada, desistindo após tentar puxar assunto e começando a gaguejar demais.

— Eu nunca.

— Como? — Os dois perguntaram juntos erguendo os olhares ao barman.

— Se não conseguem engatar em uma conversa, algumas partidas de "Eu Nunca" podem ajudar. — Dez copos de shot foram postos na bancada, cinco de frente para Minho e cinco de frente para Hyunjin. — Trabalho como barman há dois anos, vi isso surtir efeito então sei que pode ajudar. — Pôs Vodka nos dez copos, sorrindo para os garotos antes de ir atender outra pessoa.

Um suspiro saiu dos lábios de Minho após murmurar algo que Hyunjin não conseguiu entender.

— Eu nunca... — Para a surpresa de Hyunjin, Minho foi quem começou. Não imaginava que o mais novo concordaria com isso. — ...eu nunca segui alguém pra descobrir algo.

Hyunjin abriu os lábios diversas vezes na falha tentativa de falar algo, aquilo havia sido alguma indireta?

— I-isso... Que tipo de pergunta é essa, Minho? — Riu nervoso desviando o olhar, mas logo suas orbes verdes voltaram a mirar no mais novo. Sua expressão era neutra e ele olhava para Hyunjin esperando uma resposta. O Hwang estalou a língua, pegou o copo e virou de uma vez. Fez uma careta sentindo a bebida descer rasgando. Minho, observando Hyunjin com olhos atentos e julgadores, arqueou uma sobrancelha e soltou ar pelo nariz. Hyunjin olhou para os quatro copos com bebida a sua frente tentando ignorar o olhar sobre si. — Certo, minha vez... ahn... eu nunca chamei o nome errado durante o sexo! — Falou convicto, sorrindo, e voltou a olhar para o Lee, que agora tinha a expressão fechada.

— Sério mesmo?

— Que é? É uma pergunta, e o que importa é que eu nunca... fiz... espera aí... oh, droga! — Xingou ao lembrar que já havia sim feito isso, ofendendo a si próprio mentalmente enquanto bebia outro shot.

Minho riu anasalado, balançando a cabeça em negação. Céus, “Hyunjin não tem jeito mesmo”, pensou divertido.

— Acho que já sabemos quem vai ganhar. — Cantarolou mudando sua atenção para os copos, por isso não percebeu a alegria de Hyunjin por fazê-lo rir, mesmo que pouco. — Eu nunca me arrependi de fazer algo.

— Ah, pelo amor, né? Todo mundo já se arrependeu de fazer alguma coisa. — Deu de ombros, bebendo outro shot, fazendo careta ao ver que agora tinha apenas dois copos sobrando. Notou que Minho não bebeu e franziu o cenho. — Nem vem, Minho, todos já se arrependeram de fazer algo.

— Eu não. — Deu de ombros, fitando o mais velho. — Eu me arrependo de não fazer algo, e não de fazer.

O olhar de Hyunjin sobre si estava carregado de confusão e curiosidade. Ele queria saber mais sobre Minho e isso atiçou sua curiosidade.

— E o que você deixou de fazer que se arrependeu? — Assim como seu olhar, a voz de Hyunjin saiu curiosa e interessada no assunto. Sendo fraco para bebidas, o pouco que bebeu fora o suficiente para lhe deixar mais corajoso ao fazer mais perguntas.

— ...sua vez de perguntar. — Desconversou o mais novo, apoiando seu cotovelo sobre a bancada e seu rosto em seu punho. — Melhor pensar em uma boa ou vai perder.

— Não importa o resultado, eu já ganhei. — Respondeu sorrindo. Para Hyunjin, estar conversando com Minho já era um prêmio, pena que Minho não sabia e por isso lhe olhou confuso. — Eu nunca me apaixonei no primeiro beijo.

Nenhum dos dois encostou nos copos.

E realmente, nenhum deles se apaixonou ao beijar a pessoa pela primeira vez, e sim, antes de beijá-la.

— Eu nunca escondi alguma marca suspeita no pescoço com uma blusa de gola alta ou maquiagem. — Pontuou Minho com um sorriso confiante, se divertindo com a expressão fechada de Hyunjin.

— Você não presta. — Revirou os olhos, bebendo do penúltimo copo.

Os dois eram bem próximos e tinham brincadeiras íntimas anos atrás. Em uma dessas brincadeiras, Minho marcou o pescoço de Hyunjin com um chupão, e então ele passou a usar maquiagem e gola alta até aquela marca sumir.

— Eu nunca dirigi após ter ingerido bebida alcoólica. — A expressão de surpresa do mais velho foi imediata ao ver Minho virar seu primeiro shot. Lee Minho? Dirigindo depois de beber algo alcoólico? Nem sabia que o garoto sabia dirigir!

— Eu nunca mergulhei de roupa na piscina em uma festa.

— Ei, ei, ei, e essa história aí de você dirigir bêbado? Nem sabia que sabia dirigir.

— Eu tinha só dezessete anos e nós já estávamos distantes, por isso não sabe, esquece isso. — Abanou com a mão em sinal para que ele esquecesse, mas Hyunjin apenas ficou mais chocado e curioso.

— Minho! — Exclamou o nome do outro indignado, queria saber a história, oras! Ele não podia simplesmente jogar na roda e sair como se nada tivesse acontecido. O espírito fofoqueiro e curioso de Hwang Hyunjin precisava saber pelo menos do contexto.

— Eu tava muito mal com algo, então Lisa e Kyunjin me levaram pra distrair a cabeça com alguns amigos, me convenceram a beber... não lembro muito o que aconteceu, só lembro que saí dirigindo um carro alcoolizado em plena madrugada enquanto chovia. Desisti de fazer o que iria fazer e parei não sei onde pra ficar chorando no meio da estrada. Depois disso, Jennie me buscou muito revoltada pela minha imprudência e me levou pra casa de Lisa, já que minha mãe me mataria caso me visse naquele estado. Ah, e o carro era da Soyeon.

Hyunjin não falou nada, não conseguia, mas sua expressão já dizia tudo. O choque era evidente, e não era para menos. Qualquer um que conhecesse o básico sobre Minho saberia que o garoto fazia mais o tipo responsável.

— Caralho. — Foi o que conseguiu falar, e as perguntas que pairavam em sua mente eram: o que Minho viu que o fez ficar tão mal ao ponto de fazer isso? E o que ele iria fazer que acabou desistindo?

Hyunjin iria fazer essas perguntas se não fosse por Minho, que refez sua pergunta anterior. Ele imaginou que o outro iria perguntar sobre isso, então voltou ao jogo rapidamente.

— Ahn, não, não, nunca mergulhei de roupa na piscina, mas... isso parece algo legal de se fazer, sei lá. — Deu de ombros. — Parece legal nos filmes e séries, principalmente quando é com alguém e à noite.

— Um desejo meio estranho.

— Não é estranho, só... aleatório. — Suspirou, vendo o único copo cheio à sua frente. Felizmente, não haviam apostado nada. — Eu nunca fiz sex call com alguém. — Perguntou algo aleatório e novamente se surpreendeu com a resposta. — Não brinca...

Minho colocou o copo sobre a mesa após beber a vodka do recipiente. Isso só fez Hyunjin perceber que o que dizem é verdade: os que parecem anjinhos são os piores.

— Sério isso, Minho?

— Tive minhas experiências. — Hyunjin fechou a cara com a resposta, sentindo uma enorme onda de ciúmes lhe invadir. Eles não tinham nada, e talvez para Minho teria sido apenas uma experiência, mas Hyunjin não pôde evitar o sentimento e o embrulho no estômago. — Eu nunca tive um sonho significativo com alguém daqui.

— O que isso quer dizer? — Hyunjin tentou não soar hostil, mas o sentimento de ciúme ainda estava presente ali.

— Se você teve algum sonho com alguém, um sonho com um significado importante, seja casando com essa pessoa ou sei lá, viajando com ela. Qualquer coisa, desde que tenha um significado importante.

— Que específico. — Comentou, pegando o último shot e bebendo-o. Mas não ficou desacompanhado; Minho também bebeu um shot. — Então quer dizer que não sou o único que sonhou algo com o outro aqui... — Sorriu minimamente, analisando o rosto do mais novo, que tinha seus olhos vidrados no copo.

— Eu disse alguém que está aqui. Pode ser você, a Soyeon, a Lisa, a Jennie... não falei que era sobre o outro, mas se quiser achar assim... — Deu de ombros, pondo o copinho na mesa. — Não tô muito no clima de show, tô indo pra casa. — Nem olhou para Hyunjin ao sair. Depois, avisaria a Soyeon sobre sua saída.

Hyunjin trincou o maxilar, observando o outro sair. Isso só podia ser brincadeira. Ele se esforça, se dedica, vai até outra cidade para ir atrás de Minho, mas tudo o que o outro faz é sair, se afastar, não dar bola.

"I move along
Something's wrong
I guess
A part of me
Is gone

Skies are gray
Start to fade
I guess
I threw it
All away"

Uma nova música começou e todos cantavam junto de Taka, então Minho nem ouviu Hyunjin o chamando enquanto o seguia. O Hwang já havia ido até lá, não iria deixá-lo ir assim.

"Sometimes
I just wanna quit
Tell my life
I'm done with it
When it feels
Too painful"

A terceira estrofe de "Broken Heart Of Gold" foi a última coisa que Yuri ouviu ao sair da casa de show, ironicamente a letra se encaixando em como sentia-se. Bufou ao perceber que chovia, as gotas grossas escorriam pela jaqueta de couro e o rosto delicado, odiou mais ainda quando as gotas invadiram seu tênis preto, odiava ter que ficar com as meias molhadas.

— Minho! — Hyunjin gritou alto, mas ele não parou, continuou a andar depressa sem olhar para trás. — Minho, para de fingir que não tá me ouvindo! — Segurou o pulso alheio, fazendo o mais novo parar bruscamente.

— O que que você quer?! — O rosto delicado e molhado virou-se para trás, o peito subia e descia em descompasso enquanto os olhos escuros encaravam os de jabuticaba de Hyunjin. — É sério, o que que você quer? É na faculdade, é em casa, é aqui! Você sempre tá lá!

— Eu quero que você pare de fugir! — “Eu quero você”, essa era a resposta que Hyunjin pensou em falar, ela já estava na ponta da língua mas optou por outra resposta. — Quero que pare de me evitar, de ir embora a qualquer aproximação minha!

Minho engoliu em seco sem pronunciar uma palavra, o vento gélido acariciou suas bochechas avermelhadas e molhadas pela chuva. Hyunjin nem ligou para o frio que estava sentindo, a única coisa que fazia era analisar o rosto de Minho, agora suas orbes transmitiam dúvida e confusão, além do olhar mais calmo, diferente de segundos atrás que estava mais firme e irritado.

— Por que, Minho? Por que sempre foge de mim? Por que sempre me evita? — Perguntou com a voz baixa se aproximando mais do corpo alheio, se não fosse pela aproximação, Minho não teria ouvido por causa do barulho das gotas grossas batendo nos carros, telhas e chão. — Eu sinto sua falta... — Revelou com a voz quase inaudível, tanto que Minho quase nem conseguiu escutá-lo. Hyunjin soltou seu pulso devagar, com as mãos trêmulas segurou o rosto do menor com delicadeza, como se fosse quebrá-lo caso o toque fosse bruto. — Por favor... Volta... Volta pra mim. — Pediu apoiando sua testa com a do outro, suas últimas palavras saíram fracas e trêmulas, talvez fosse o efeito do álcool lhe dando coragem para pôr isso para fora, ou talvez o fato de que não tinha certeza que Minho se lembraria disso no dia seguinte, mesmo que o mais novo não tenha bebido o suficiente para se esquecer de tal acontecimento.

— Você sabe bem porque me afastei. — Apesar de mais firme que a de Hyunjin, a voz de Minho também estava trêmula e baixa, estava com os olhos fechados e o rosto inclinado para baixo ainda com a testa colada na de Hyunjin. Seu coração batia forte e os pelos de seu corpo se arrepiaram por inteiro, tanto pelo frio quanto pelas palavras de Hyunjin que o acertaram de um jeito que quase fez todas as barreiras que construiu por anos desabarem, como que simples palavras poderiam causar efeito? Ah, claro, não eram só as palavras, mas a pessoa que as falou também contava muito.

— Eu sei, eu fui um idiota, mas Minho... eu mudei, por favor, só me dê uma chance. — Pediu fazendo carinho na bochecha gordinha do Yoshihara com o polegar.

Tinha total noção do quanto havia sido idiota no ensino médio, se deixou influenciar pelas más companhias e afastou seus amigos, falou coisas que não deveria, magoou o garoto que tanto gostava - e que ainda gosta -, até suas notas despencaram. Mas ele mudou! Seus amigos viram que ele mudou novamente, viram que ele melhorou e deu a Hyunjin uma nova chance, por que Minho não o dava uma segunda chance também? Hyunho se arrependeu e melhorou, então por que é tão difícil para o Lee aceitá-lo em sua vida novamente?

— Me deixe fazer parte da sua vida mais uma vez, Lino... — Usou o antigo apelido que usava com Minho, aquele doce apelido que Minho tanto amava e se derretia quando era chamado por tal.

Um suspiro saiu entre os lábios avermelhados do menor e sentiu seu corpo amolecer com o apelido e com o carinho na bochecha. Em um ato inconsciente, inclinou o rosto contra a mão de Hyunjin e esfregou a bochecha na mão que lhe acariciava, uma ação leve e sutil, mas que arrancou um sorriso dos lábios do Hwang.

Minho estava em uma batalha interna, Hyunjin estava apenas pedindo uma chance, e ele realmente parecia estar sendo sincero, mas a mágoa e o medo de se machucar novamente gritavam alto dentro de si, gritavam para tomar cuidado.

A respiração do mais velho estava tão próxima que podia senti-la bater contra seu rosto, o ar quente fazendo contraste com o vento gelado. O nariz alheio enroscando no seu, os lábios trêmulos, a chuva encharcando ambos... uma típica cena de filme clichê adolescente, ou pelo menos seria se Minho não tivesse se afastado.

— Desculpa, eu realmente preciso ir, não tô muito bem, é melhor se secar logo ou vai se resfriar. — Afastou-se de Hyunjin jogando as mechas molhadas para trás.

— Então vai mesmo fugir de novo? — Perguntou frustrado e magoado, a expressão triste digna de pena mexeu com Minho, que já estava vulnerável desde que Hyunjin dissera aquelas coisas ao segurar seu pulso.

— Não. — Negou com a cabeça levemente, a voz soou fraca mas ainda audível. — Apenas preciso de um tempo.

— Mais do que já teve?

—... até mais, Hyunjin. — Se despediu, a voz agora chorosa. Virou-se se afastando de Hyunjin, o corpo sumiu na escuridão da noite após se afastar alguns metros.

As lágrimas de Hyunjin se misturaram com os pingos de chuva que deslizavam pelo rosto definido, céus, por que Minho sempre tinha que complicar tudo?! Era só uma chance, não estava o pedindo em casamento, era só uma chance. Pelo menos ele disse que iria pensar, seria isso um bom sinal? Hyunjin não sabia, e sinceramente, nem queria pensar nisso, apenas voltaria para dentro, beber e curtir o show. O Lee já lhe roubava as noites de sono, não iria fazer o mesmo com aquela noite, por mais que Hyunjin só estivesse ali por causa dele. Mas só por pelo menos algumas horas queria tirar o nome "Lee Minho" da mente.

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