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PRÓLOGO

PRÓLOGO
"Ninguém pode escolher por quem se apaixona.
Ou quando se apaixona, ou como se apaixona, ou por que.
Eu, bem, eu me apaixonei por você e eu devo esperar.
É só uma questão de tempo."
Us the Duo - I Will Wait For You

            Joe contou uma piada boba e eu me apoiei no corrimão das escadas da varanda, sentindo meu corpo extremamente leve pela bebida. Ele me amparou, rindo da própria piada.

Sua mão segurou meu cotovelo com cuidado e ele me apoiou até terminarmos de subir os degraus. Tentei enxergar com pouca iluminação, mas estava difícil. Quando saímos para a área externa, havíamos esquecido as luzes apagadas, então a cabana estava no breu.

Joe abriu a porta e, antes mesmo de conseguir entrar, tropeçou no tapetinho. Eu gargalhei com a visão, apoiando-me no batente.

– Fala sério, nem bebemos tanto assim – falou risonho. – Gabriel colocou alguma coisa naquela bebida.

– Eu acho que é culpa daquela mistura doida que fizemos – falei, ainda sorrindo, enquanto o seguia até a cozinha.

Eu sentia o meu corpo leve demais e já sabia que era hora de parar de beber. Mesmo que estivéssemos entre amigos, as chances de passar vergonha eram muito grandes. Fora a possibilidade de passar mal no dia seguinte... Céus, eu nem queria pensar nisso.

Joe cruzou a cozinha, até a porta que levava aos fundos, para buscar lenha no lado de fora. Enquanto esperava, sentei à bancada e apoiei meu rosto nas mãos. Minha cabeça já estava começando a latejar um pouco e eu suspirei, massageando as têmporas e pensando se teria algum remédio por ali.

– Você está bem? – Ouvi Joe perguntar após um tempo, deixando a lenha que segurava no vão da porta e vindo até mim com uma feição preocupada, enquanto limpava as mãos na bermuda.

– Mais ou menos... – murmurei. – Sabe se tem algum analgésico aqui?

Ele assentiu e foi até uma das gavetas do armário, remexendo em algumas coisas até encontrar uma cartela de comprimidos. Pegou um deles e um copo de água, logo entregando-os a mim. Engoli o remédio rapidamente e bebi toda a água.

– Não acha melhor deitar um pouco? – ele perguntou.

– Não, eu estou bem. Quer ajuda com a lenha?

Ele aceitou e eu desci do banco, seguindo-o até a porta. Joe começou a separar alguns pedaços de madeira para me entregar, mas minha atenção foi capturada pela lua. Ela estava perfeitamente redonda e prateada no céu escuro acima de nós, iluminando parcialmente o local.

– Ela parece tão grande e brilhante vista daqui – falei distraidamente. – Não acha?

Ouvi Joe deixar a madeira no chão e logo parar ao meu lado. Quando o olhei, vi que o menino também observava a lua com uma expressão contemplativa. Seu olhar encontrou o meu e ele sorriu, assentindo fracamente.

– Uma vez ouvi um caso muito engraçado, sobre uma família que viu a lua em um tamanho anormal da varanda de casa e ficaram muito surpresos – falei, sorrindo ao lembrar repentinamente da história. – Enquanto isso, um deles foi até a cozinha, e pela janela, que tinha vista para o outro lado, ele viu a lua no tamanho normal. Então, ele voltou correndo avisando que aquilo que estavam vendo não era a lua...

– Harper...

– E todos ficaram confusos, até que várias luzes acenderam ao redor do que eles achavam que era a lua – falei rapidamente, rindo com a lembrança. – Juravam que era uma nave especial, com extraterrestres e essas coisas...

– Harper, eu...

– Não é engraçado? – Voltei a olhá-lo, vendo que Joe tinha seu corpo totalmente voltado para mim e me olhava com um semblante angustiado. Desmanchei meu sorriso no mesmo instante, preocupada. – O que houve? Está tudo bem?

Ele balançou a cabeça fracamente e seus lábios ficaram entreabertos. Parecia prestes a dizer algo, mas nada saia. Arqueei uma sobrancelha, totalmente confusa com a sua reação. Toquei seu braço levemente, me aproximando.

– Joe, o que houve? – perguntei baixinho. – Você também viu alguma coisa estranha na lua?

Ele riu fracamente, fechando os olhos enquanto passava uma mão nos cabelos, e umedeceu os lábios. E então, sem qualquer aviso prévio, ele se aproximou de mim... Mais do que o normal. Paralisei, sem conseguir ter reação alguma, enquanto via o seu olhar castanho oscilar entre os meus olhos e os meus lábios.

Senti meu estômago revirar dentro de mim e meu coração bater com força. Minha mão, que ainda segurava o seu braço, apertou-o levemente de forma involuntária. Foi então que, nesse momento, Joe quebrou a distância entre nós dois e colou seus lábios nos meus.

Seus lábios eram macios. Eu fechei os olhos, inebriada com o perfume de limão que me envolveu. Suas mãos quentes seguraram o meu rosto delicadamente e seus lábios moveram-se, acariciando os meus, antes de aprofundar o beijo. Suspirei fracamente ao sentir uma de suas mãos me segurar pela cintura, puxando-me para si.

Naquele momento, parecia que nada mais existia. Joe era tudo o que a minha mente e o meu corpo assimilavam. O seu gosto, o seu toque suave e quente em minha pele, a sua forma de me segurar contra si. A sensação dos seus cabelos macios entre os meus dedos, o seu abraço quente e seu coração batendo com força contra o meu peito...

Então, algo estalou em minha mente e eu abri os olhos, interrompendo o beijo no mesmo momento. A imagem de Adel inundou os meus pensamentos e eu senti meu coração apertar.

Empurrei Joe rapidamente, sem pensar muito no que fazia, e vi sua expressão confusa. Seus olhos, ainda entreabertos como se ele estivesse inebriado, analisavam o meu rosto.

– O que...? – Lutei para a minha voz sair e passei uma mão nos cabelos, me afastando de Joe. – Por que você...?

– Harper, me desculpe, eu...

– Não deveria ter feito isso! – Praticamente gritei, sentindo minhas mãos tremerem e meu coração bater mais acelerado do que o normal. – Por que fez isso? Não sabe que...? Droga, Joe!

Minha mente estava uma bagunça. Eu engoli em seco e desviei o olhar, sem conseguir suportar a sua atenção sobre mim. Dei-lhe as costas e entrei na cozinha, me preparando para subir para o quarto o mais rápido possível, mas Joe me alcançou e me segurou pelo braço, impedindo-me de continuar.

– Me desculpe, eu não queria chatear você – ele dizia, tentando me fazer olhá-lo. – Harper, olha para mim... Eu não queria que fosse assim, pensei que você também quisesse e...

– O que o fez pensar que eu queria? – perguntei duramente, olhando-o nos olhos e puxando meu braço para me desvencilhar do toque dele. – Por que eu iria gostar de você?

Eu só percebi o quanto as minhas palavras foram cruéis, quando vi a sua expressão ir de preocupação a dor em segundos. Mordi minha língua, enquanto meu peito apertava ao ver o modo como ele me olhou e, em seguida, desviou o olhar de mim.

Passei uma mão no rosto, sentindo o arrependimento me corroer de dentro para fora, enquanto Joe dava um passo para trás e passava as mãos no tecido da bermuda de forma ansiosa, parecendo querer fugir daquela situação tanto quanto eu também queria.

– Me desculpe, você tem razão – respondeu seriamente, sem voltar a me olhar nos olhos.

Senti as palavras presas em minha garganta, o pedido de desculpas me sufocando, fazendo tudo doer dentro de mim. Joe passou por mim rapidamente e pude ouvi-lo subir as escadas. Me apoiei na ilha da cozinha e respirei fundo, com o coração ainda a mil e minha cabeça dando voltas, rebobinando tudo o que havia acontecido nos últimos minutos.

Levei as pontas dos dedos aos lábios inconscientemente, ainda tendo a sensação dos lábios dele nos meus. Senti um arrepio percorrer a minha espinha e balancei a cabeça, sabendo que aquilo era loucura.

Por que Joe fez aquilo? Em que momento aquilo passou pela sua mente e eu não percebi? Em momento algum eu lhe dei qualquer tipo de brecha, nunca fiz ou falei algo que pudesse ser mal interpretado ou... Droga, por que ele fez isso?

Pensei em voltar ao lago, eu precisava conversar com Adel sobre tudo isso, mas... Aquela sensação excruciante, de que eu havia feito algo muito errado, me assolou novamente. Eu não teria condição alguma de falar sobre isso agora, muito menos com ela.

Acabei subindo para o meu quarto, me trancando. Joguei-me em minha cama, sentindo minha cabeça latejar ainda mais e o meu coração me sabotar, fazendo-me sentir culpa... e algo que eu definitivamente não deveria estar sentindo, a cada vez que lembrava da sensação de Joe Stewart me beijando sob a lua cheia.

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