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Capítulo 37



Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa


Ângela estava há cerca de meia hora parada à porta do apartamento que até poucos meses antes era o seu lar, e onde fora muito feliz. Ela vestia jeans, camiseta e seu velho All Star, numa tentativa de ficar mais confortável. Seu cabelo havia secado ao vento e estava um pouco bagunçado. Ela não estava maquiada e havia roído todas as unhas até chegar ali.

Lá de dentro vinham muitas vozes e seu rosto ardia ao pensar no que estava por vir. Ela estava apavorada e tentava se convencer, já que estava ali, de ir até o final. Eram 10 horas da noite e dali a poucas horas Marcos iria embora.

Sentindo que não ia conseguir, ela soltou a maçaneta e olhou para trás. Ao voltar-se para a frente, num ímpeto de coragem, entrou, sentindo as pernas amolecerem assim que fechou a porta atrás de si. Estar ali novamente lhe trazia dolorosas recordações, que tornavam tudo mais difícil. Todos os convidados estavam bem-vestidos e pareciam descontraídos, ao contrário dela.

Nervosa, ela foi entrando aos poucos e ganhando terreno milímetro a milímetro.

Logo na entrada da sala, alguns rostos conhecidos começaram a aparecer. Ao ver Marcos do outro lado, conversando com Fabrício e outro homem que só podia ser o seu irmão, sentiu-se tonta e se apoiou na parede. De repente não parecia uma boa ideia ter aparecido ali, e incapaz de avançar ou recuar estacou, com os ombros encolhidos, atrás de um grupo de homens mais velhos que conversavam entre si.

Algum tempo depois um barulho atraiu a atenção de todos. Era Melinda que batia em uma taça de champanhe com um talher.

— Boa-noite, amigos. Gostaria de um minuto da atenção de vocês para propor um brinde ao meu filho brilhante.

Todos ficaram em absoluto silêncio. Marcos olhava para a mãe, e de onde estava não podia ver Ângela, o que significava que ela ainda tinha chance de correr dali sem ser vista. Ninguém havia se dado conta de sua presença até então.

— Filho, você sempre me deu muito orgulho. Tenho certeza de que obter sucesso não será problema para você. Por isso, o que desejo é que seja feliz. Onde quer que esteja seu coração, é para lá que deve ir, pois é onde a felicidade está.

Ela ergueu a taça e todos a acompanharam.

— Ao Marcos! — disseram em uníssono.

— Eu também gostaria de propor um brinde — disse Fabrício, que estava levemente enciumado com o súbito aparecimento do irmão dele e queria se exibir. — Cara, você é meu brother há muito tempo — disse ele. — Trabalhamos juntos e já passamos muita coisa por esse mundo afora. Você é um cara do bem, um bom amigo e, como tem se revelado, um paizão também. Tenho certeza que, se o seu filho falasse, ele diria que está orgulhoso de você, assim como todos nós.

Ele ergueu a taça e todos brindaram novamente. Marcos ficou sério. O brinde de Fabrício havia sido muito bonito, mas era golpe baixo falar de Vítor quando ele estava prestes a partir para tão longe dele.

— Se alguém mais quiser dizer algo, a hora é essa — disse Melinda, olhando em volta.

Aquela era a deixa para Ângela. Ela quis dizer algo, mas não conseguiu. Ainda não tinha forças para encarar Marcos e dizer o que sentia. Estava ali para isso e não sabia como fazê-lo.

— Eu quero — disse uma voz feminina. E então Ângela a viu.

Não pode ser!

Nicole surgiu do outro lado da sala. Ela era a última pessoa que Ângela esperava ver ali, e quando ela olhou brevemente em sua direção, soube que seria humilhada publicamente. Encolheu-se ainda mais enquanto a modelo caminhava com elegância até Marcos e sussurrava em seu ouvido.

— Quem? — ele perguntou. Não dava para ouvir o que diziam e Ângela estava tão encolhida na parede que sequer conseguia vê-los. Ela olhou novamente para a porta e calculou por alguns segundos se deveria sair correndo ou não. Era tarde demais, pois, no instante em que virou o rosto, percebeu que as pessoas começavam a tomar consciência de sua presença e abriam caminho até que ela e Marcos estivessem em linha reta um com o outro.

Por alguns segundos ninguém disse nada e os dois apenas se olharam. Com o coração acelerado, Ângela se viu obrigada a desgrudar da parede e se colocou ereta. Deu alguns passos na direção dele, lentamente, e ele fez o mesmo, olhando-a com uma expressão confusa, as mãos enfiadas nos bolsos do jeans escuro que usava com uma camisa preta.

— O que você está fazendo aqui? — ele perguntou, interrompendo o silêncio.

— Eu... precisava te ver disse ela, soando muito nervosa.

— Algum problema com Vítor?

— Não, Vítor está ótimo. O problema sou eu.

— E qual é o seu problema? — ele perguntou reparando nela. O que quer que ela fosse dizer era importante, estava escrito em seus olhos.

— Você — Ângela respondeu.

— Eu? — Marcos cruzou os braços no peito e afastou ligeiramente as pernas, olhando sério para ela. Ângela desviou os olhos por um momento e quando olhou novamente para ele, estava mais determinada.

— Não sei como dizer o que vim dizer, mas vou tentar e peço que me escute — pediu.

Ela poderia simplesmente dizer que o amava, mas como aquela era sua única chance, teria de ir além. Precisava dar o melhor de si por eles, por Vítor, por Melinda, e por seu pai, que sempre desejara que ela encontrasse o amor e fosse feliz.

— Estou ouvindo — ele disse com um olhar indecifrável, as sobrancelhas levemente franzidas.

Ela respirou fundo e começou:

— Hoje, pela primeira vez, eu entendi o Ícaro.

— Quem?

— O Ícaro, da mitologia grega, aquele da estátua — ela explicou. — Você não se lembra? Falamos sobre ele quando nos conhecemos.

Ele pensou um pouco e assentiu.

— Eu costumava chamá-lo de "Mané de Asas", mas hoje sei que não foi tão fácil para ele fazer o que fez e se aproximar do sol. Você me disse uma vez que o motivo de ele ter ignorado todas as regras foi o poder que o sol exercia sobre ele, mas percebi que o que aconteceu teve a ver com coragem. Ele foi atrás do que queria sem se importar com o que podia lhe acontecer — afirmou, fazendo uma pausa. As pessoas em volta não faziam a menor ideia do que ela estava dizendo, mas ele fazia e prestava atenção em cada palavra. — A Mané sou eu — ela continuou, erguendo os ombros. — Ele teve coragem logo na primeira vez, mesmo sabendo que iria se machucar, enquanto eu fugi tantas vezes quanto pude. Me escondi atrás do meu pai, de falsas certezas e de uma mentira. Quando te conheci, você me perguntou onde eu me imaginava em cinco anos e eu não soube responder, porque ao olhar para a frente não via nada. Meu prazo acaba hoje, e só agora eu percebi que o maior erro que cometi durante esse tempo foi ter escolhido o medo ao invés da coragem. Hoje, cinco anos após ter te conhecido, eu me fiz novamente essa pergunta, e ao olhar para a frente vi duas realidades: na primeira eu continuo levando a vida como estou acostumada, batalhando sozinha, incompleta e me escondendo do mundo. Na segunda eu vejo você, e a vida maravilhosa que podemos ter se ficarmos juntos. O que vivemos aqui foi real! Fizemos muito um pelo outro e crescemos juntos. Não sei o que você sente, nem o que pensa sobre nós, o que sei é que quero passar os próximos cinco anos, e todos os outros, com você, porque eu te amo. Eu demorei muito para entender a dimensão dos meus sentimentos por você, mas a verdade é que eu te amo, sempre amei, e desconfio que sempre vou amar — finalizou com os olhos marejados.

Houve um momento de silêncio.

Marcos não sabia o que dizer. De um lado, seu coração pulou no peito com a linda declaração que acabara de ouvir, mas do outro sentiu uma grande onda de irritação. Quem Ângela pensava que era para chegar assim, quando ele estava prestes a partir, e virar novamente sua vida de cabeça para baixo? Ele estava bem, organizando a vida, se acostumando a viver sem ela, e de repente ela aparecia e fazia tudo desabar em um piscar de olhos. Como ela podia mexer tanto com ele com apenas um olhar? E como ele havia se apaixonado por aquela garota simples, desarrumada, que o irritava e confundia, a jovem mãe do seu filho, que era guerreira e ao mesmo tempo sensível, que o apoiava e se apoiava em seu peito, que roubava sua poltrona, enchia sua geladeira de verduras, se vestia de algodão doce no inverno e tinha sempre um sorriso no rosto?

Sacudindo a cabeça, ainda carrancudo, ele avançou um passo em direção a ela, mas parou ao se lembrar de um detalhe importante.

— E quanto a Eduardo? — inquiriu.

Ângela meneou a cabeça negativamente e olhou para ele.

— Nós nunca voltamos, somos apenas amigos — declarou.

— Mas você disse...

— Eu menti.

— Por quê?

— Porque não suportei sua rejeição. Quando você disse que iria se mudar, e que o que havia acontecido entre nós tinha sido um erro, partiu meu coração. Eu precisei mentir porque era o único jeito de conseguir ir embora daqui.

Aquela confissão o abalou, deixando-o com dificuldades para raciocinar. Sua mente vagou até aquele dia, quando desceu do avião, decidido a ficar com ela. Havia ligado para casa, e como ela não atendeu, imaginou que ela estivesse no parque. Foi quando a viu com Eduardo. Eles estavam próximos, ela tinha lágrimas nos olhos, e ele a tocava no rosto. Em seguida eles se abraçaram. Naquele momento, de coração partido, deu as costas e saiu sem ser visto. Em seguida foi para um bar, onde bebeu a noite toda. Acreditando que eles estivessem juntos, foi para casa com raiva, magoado, e a tratou com frieza para que ela não percebesse como estava arrasado. E quando estava quase abrindo o coração, por medo de perdê-la, ela confirmara suas suspeitas, dizendo-lhe que voltaria para o ex.

— Eu vi vocês no parque — ele confessou com uma expressão confusa. — Vocês estavam juntos.

— Não! Você entendeu errado — disse ela. — Naquela tarde ele foi me encontrar para me contar que ia se casar. Nós conversamos bastante, ele me falou sobre a Lúcia, e eu falei de você. Na última vez em que o vi, há alguns dias, ele me contou que vai ser pai em alguns meses.

Marcos abriu e fechou a boca sem dizer nada, sentindo-se um idiota por ter deixado o ciúme lhe cegar. Ângela se sentiu do mesmo modo por ter mentido e alimentado o mal-entendido dele.

— Marcos... O que você foi fazer no parque aquele dia? — ela quis entender.

— Eu fui te ver — ele admitiu a contragosto.

— Por quê?

— Por que você acha? — ele respondeu, irritado. — Fui me encontrar com você para te pedir uma chance.

— Que era tudo que eu mais queria — ela completou, com a voz embargada. Seus olhos marejaram novamente ao pensar em como ele deveria ter se sentido quando ela disse que havia voltado com o ex e partiu levando o filho deles. Sabia agora que um dia ele a havia amado, mas temia que já não amasse mais. Afinal, Marcos era muito fechado e devia ter sofrido um bocado para tomar aquela decisão, para depois se decepcionar de tal forma. — Eu estraguei tudo, não foi? — perguntou pesarosa, assumindo toda a culpa.

— Foi — ele respondeu no mesmo tom. Os dois permaneceram em um longo silêncio, de cabeças baixas, pensando no sofrimento que poderiam ter evitado se tivessem dito o que sentiam e não tivessem dado tanta atenção ao medo.

— Eu sinto muito — disse ela. — Cometi um grande erro ao mentir para você.

— É mesmo, você foi burra — ele afirmou com a expressão séria, sem admitir o quanto também havia sido. Ângela olhava para os pés quando ele tornou a falar: — Que tal compensar essa burrice toda voltando para cá com o "meu filho" e começando tudo de novo? — perguntou em voz alta.

Ângela levantou os olhos sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. Lá estava ele, o homem caloroso por quem havia se apaixonado, com aquele sorriso fácil, lhe pedindo que voltasse.

— Como assim? — ela perguntou para se certificar de que havia ouvido direito. Queria muito voltar, mas precisava que tudo ficasse claro desde o início para evitar confusões posteriores.

— Como assim o quê? — ele rebateu.

— Você me perguntou se eu quero voltar, mas em que termos quer que eu volte? Qual será o plano?

Ele franziu as sobrancelhas e respirou fundo, depois a olhou sério, lembrando-se do discurso que havia preparado para a noite em que a perdeu.

— Bem, o plano será o seguinte: eu não vou mais para Nova iorque, pelo menos não agora, porque quero ver aonde isso vai dar — ele fez um gesto, abrangendo-os, e continuou: — Você vai voltar pra cá com o Vítor e faremos uma nova experiência, dessa vez com menos confusão e mais contato físico.

Ela riu, e as pessoas a volta deles também. Não era uma proposta muito romântica, mas o que importava era que ele a queria, a ponto de desistir dos seus planos profissionais para ficar com ela. Com o tempo — imaginou —, talvez ele se abrisse mais e chegasse a amá-la tanto quanto ela o amava.

— Está dizendo que vai ficar? — ela perguntou, estalando os dedos para não se jogar no pescoço dele.

— Estou.

— Mas não terá problemas por isso?

— Acredito que não. Vou pedir ao meu chefe que me dê um ano, que é o suficiente para eu resolver algumas pendências, como matar a saudade do meu filho, e me casar com a tonta da mãe dele.

— O quê... você disse? — Ela perguntou, sentindo as pernas fraquejarem e o coração acelerar ainda mais.

— Esse é o plano — ele começou, enlaçando-a finalmente pela cintura e puxando-a para si. — Vou me casar com você e virar um desses pais de família chatos que assistem futebol e brigam para não ir ao supermercado. Vou levar nosso filho, e os próximos, para a escola, e os ajudarei com a tarefa. Vou cuidar de você e te amar para sempre. O que acha desse plano?

— É o seu melhor plano — ela respondeu com um sorriso, despejando as lágrimas que havia lutado para segurar a noite toda. Após o nascimento do filho, aquele foi o momento mais feliz de sua vida. Não conseguia acreditar que Marcos havia acabado de pedi-la em casamento, parecia um sonho.

Marcos também não acreditava, mas no momento em que ela se declarou, soube que não poderia perdê-la novamente. Naquele tempo em que ficou sem ela, pensara em tudo que eles haviam vivido juntos, especialmente aquela última semana em que acabaram se separando. Ao se lembrar da proposta despretensiosa que pretendia fazer naquela noite, sentia raiva de si mesmo por oferecer tão pouco a ela. Agora sabia que na época não estava pronto, e que provavelmente teria posto tudo a perder se ela o tivesse aceitado. Tivera que perdê-la novamente para descobrir o quanto a amava. E foi por amor que em todos aqueles meses não venceu o orgulho e correu atrás dela, pois acreditava que ela estivesse com alguém melhor do que ele. Agora sabia que ninguém poderia fazê-la mais feliz do que ele.

Sem dizer nada ele limpou as lágrimas de seu rosto, a tomou nos braços, e a beijou como desejava havia muito tempo, repleto de amor e sem bloqueios. Ela correspondeu da mesma forma, com a certeza de que eles finalmente estavam curados.

Os convidados os aplaudiram e as mulheres choraram.

— Eu te amo — Marcos sussurrou com a testa colada à dela, antes de se afastar.

— Eu também te amo — Ângela respondeu, e com os corações acelerados pela emoção eles se abraçaram.

Quando o barulho à volta deles diminuiu, um som ecoou da multidão. Os dois se viraram ao mesmo tempo para ver o filho nos braços de Malu. Marcos o pegou no colo e voltou para perto de Ângela. Vítor tocou em seu rosto, rindo, e depois beijou a mãe, fazendo gracinhas. Ele era apenas um bebê, mas compreendia que seus pais o amavam e que eles eram uma família.

— Gostaria de propor um brinque à minha linda nora — disse Melinda. — A mulher que fez o meu filho voltar a acreditar no amor e que nos deu Vítor, a maior alegria de nossas vidas.

Todos brindaram a ela.

Marcos apresentou o pai à futura esposa.

— Não é à toa que você conquistou o meu filho — disse ele, admirado com tudo que ouvira. Eles se abraçaram e ele sussurrou em seu ouvido: — Obrigado por consertar o que eu quebrei.

Os amigos os cumprimentaram e começaram a partir.

— Você foi muito corajosa — disse Nicole à Ângela, com a maquiagem ligeiramente borrada. — Sinto muito pelo que disse aquele dia. Seu filho é lindo e você é uma mulher incrível.

— Obrigada — disse Ângela.

As duas se abraçaram brevemente, depois Nicole cumprimentou Marcos e deu um beijo na cabeça de Vítor. No fundo, o que ela queria era romper suas barreiras como eles haviam rompido as suas. Atualmente estava saindo com um publicitário bem-sucedido e dessa vez estava levando o relacionamento a sério.

Ângela ainda conheceu Ricardo Andrade, o irmão de Marcos. Ele, que há pouco tempo havia perdido a mãe, se disse feliz por ganhar uma nova família.

— Você conseguiu! — Disse Melinda a ela. — Estou muito orgulhosa de você, filha.

— Eu não teria conseguido sem você. — Ângela abraçou a sogra com carinho.

— Eu é que tenho que agradecer — disse a sogra, e apontou para o trio Vítor-Marcos-Felipe. — Você uniu essa família e nos devolveu uma felicidade que pensávamos estar extinta. Infelizmente não conheci os seus pais para agradecê-los pela pessoa maravilhosa que puseram no mundo. Gostaria de dizer a eles que, apesar de terem tido pouco tempo com você, fizeram um ótimo trabalho!

Malu foi a última a abraçá-la

— Agora eu sei que você será feliz — ela disse entre lágrimas. — Seu pai deve estar orgulhoso de você!

— Obrigada, Malu. Você é mais que uma amiga pra mim, é uma irmã. Obrigada por todas as vezes em que segurou a minha mão.

Logo Ângela, Vitor e Marcos estavam sozinhos no apartamento.

Enquanto ela fazia o filho dormir pela primeira vez em seu próprio quarto, Marcos chegou sorrateiramente por trás dela e a abraçou. Ela sorriu e aninhou-se no ombro dele, deixando-se envolver por seu calor.

— Nem acredito que quase não demos uma família a ele — ela comentou com pesar, acariciando o rosto do filho.

— Na verdade, foi ele quem deu uma família para nós — ele respondeu com sabedoria. — Ele foi o instrumento que o destino usou para nos unir, e ainda assim não foi fácil. Mas não tem problema, porque, apesar de termos feito tudo ao contrário, foi no tempo certo.

Ângela virou o rosto para ele e depositou um beijo leve em seus lábios.

— Eu te amo, Marcos.

— Eu te amo, futura senhora Andrade.    


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Até que enfim, até que enfim..

Quem se emocionou, grita: EU!

Eu não disse que tinha alguma coisa estranha? Marcos viu Ângela com o Edu e tudo desandou. Mas como ele mesmo disse, precisou perdê-la mais uma vez para saber a dimensão dos seus sentimentos.

Aproveitem o epílogo!

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