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Capítulo 1

Música: Falling In Reverse - Chemical Prisoner

Aurora Williams

Dois anos depois.

— O que está fazendo? — Jennifer pergunta-me como se eu estivesse colocando fogo na casa.

— Dever de casa. — Disse o óbvio com os papéis nas mãos e erguendo os mesmos para ela poder enxergar.

Jennifer é minha melhor amiga, desde o acontecido comigo há dois anos. Além dela ser uma garota muito estranha, meio que madura demais, ela é muito inteligente e me ajuda muito nas atividades escolares. Então isso já é mais-que-perfeito para mim.

Acredito, que por muito ter acontecido, que boas pessoas distanciaram de mim. Boa parte dos lugares que vou, tratam-me como uma criança machucada e preciso fingir que as suas atitudes grotescas sejam normais.

Não choro por todos terem se afastado, na verdade, não os culpo, eu me afastaria de mim se fosse possível.

— Até parece. — Ela sorriu semanticamente e dou de ombros. — Seremos boas detetives, eu prometo, mas agora vamos. — Ela puxa o meu braço e faço careta. — Vamos logo! — Bufo e vou atrás.

Em tempos como esse, a cidade entra em choque por ser pequena, e digamos, meia pacata. Um assassino em série (com costumes muitos estranhos) ataca a cidade e ninguém tem pista de quem seja, apenas que ele escolhe vítimas com o perfil de moças jovens, na base. Um tanto clichê, eu diria, nada que já não tenhamos visto em jornais e em séries polícias de TV.

Acreditei que para uma cidade como essa, assassinos teriam mais criatividade visceral, talvez eu tenha me enganado a esse ponto, talvez.

Dias atrás encontraram o corpo de uma aluna daqui da escola. Mayor Adam, uma idiota de classe baixa. O diretor chamava bastante a atenção dela por andar com gente como o playboyzinho do Nathan Bruce, outra ovelha negra da escola.

A primeira pessoa de quem eu e todos suspeitamos foi de Nathan e o seu grupo de esnobes mariquinhas incubados, afinal, a garota foi encontrada longe de casa, a cabeça estava separada do corpo, os olhos faltavam e tufos de cabelo foram arrancados da cabeça, assim como boa parte da pele do rosto.

Cena de filme de terror, eu diria. Vi com os meus próprios olhos o estado do corpo dela. A polícia quando me viu não me deram nem oportunidade de tirar uma foto, mas ao menos as minhas lembranças são úteis para algo.

A segunda parte interessante é que, dois anos atrás, três garotas foram mortas de maneiras similares, com quase nenhuma alteração, exceto pela terceira que teve sinais de luta na sua casa. Essa, no caso, morreu às 21:23 — disse o legista que avaliou a sua morte.

Essa era minha irmã, Sarah, ela ficou sozinha em casa, e que eu sei muito bem que estava com o namorado, que está desaparecido até então. Eu estava num “show” naquela noite com a minha amiga, já que eu não quis visitar a minha avó naquele final de semana, que começaria por volta desse horário.

 A partir disso, eu presumo que ela já havia se tornado um alvo a muitos dias atrás do acontecido. Alguém vinha observando a nossa casa, nossos passos, nossa vida. Esperou o momento exato, quando julgou que ela estava sozinha em casa, atacou, mas o infeliz do namorado dela praticamente mora connosco, os nossos pais são tão negligentes que nem ligam.

Ah! Eu nem mencionei a diferença da morte dela para as outras. É bem simples, a cabeça dela foi encontrada na porta de casa, o seu corpo foi completamente destruído, digo, feito em pedaços, como se um animal de grande porte tivesse o feito. Mas eu sei que foram utilizadas garras e não objetos cortantes como ferros, foi pura força física.

Fui a primeira a encontrar ela, afinal, tive muito tempo para observar cada desmembramento, cada rasgo na sua pele, e tudo foi feito como se tivessem puxado os seus braços, pernas, abdômen, pescoço… Tudo com uma força monstruosa. E digamos que esse animal, estava com muita raiva e sem o seu total controle, se é que eles possuem um.

Pela primeira vez na minha vida, eu senti a sensação de medo.

O namorado dela tornou-se outro suspeito, mas eu conheço aquele inútil, ele é tão imbecil que não conseguiria nem descascar uma banana direito. Enquanto ele estiver desaparecido, a polícia ainda tem o seu principal suspeito. Apesar de que eu tenha a certeza de que fora um animal, não um humano, digamos.

Não ligo muito para como a nossa família está abalada com a nossa perda, estão da mesma forma quando Lit morrera quando éramos crianças (o cão da família), então não irei importar-me com um sentimento que durou míseros doze dias. Conheço-me bem para esse tipo de sentimento. Encontrei um novo objetivo para o meio desse ano: descobrir quem é, como ele mata e por que justo a minha casa, minha irmã.

Faz dois anos que tento encontrar, e todas as minhas conclusões vêm de animais selvagens, que no caso ainda não achei uma pista se quer de animais comuns, ou até mesmo pessoas que usam todo o sangue de outra pessoa para algum tipo de ritual, já que todas elas foram encontradas sem sangue nas veias. E isso intrigou-me bastante.

Não consigo esquecer aqueles arranhões, aquelas mordidas, e ainda insatisfeitos com o ato, esquartejaram ela e espalhou por toda a nossa casa, como um quebra cabeça humano. Passamos quase dois dias para conseguir limpar aquela sujeita e até hoje posso sentir o cheiro da morte naqueles cômodos.

— Aurora? — Ouço Jennifer chamar-me e viro-me para ela com um olhar confuso.

— Que é?

— No que está pensando? — Ela pergunta rindo e dou de ombros olhando para o espelho do seu carro. — Aposto que é sobre a Sarah. — Ela levanta o queixo.

— Não sei como sempre consegue adivinhar o que penso. — Olho para frente.

— Não se preocupe, vamos achar quem fez isso, e os colocaremos na cadeia.

— Não sei bem se foram humanos…

— Chegamos. — Ela sorriu, animada, parando o carro e sou bruscamente jogada para frente.

Não sei como ela sempre consegue fazer eu mudar o assunto quando chego na parte de "Não foram humanos que mataram a minha irmã". Sempre me dou por vencida que ela tenha medo, ou até mesmo que não queira conversar sobre coisas que tiro da minha cabeça, mesmo sendo a lógica dos fatos ocorridos.

Não sou uma garota crente, mas também não sou considerada alguém que fuja dos fatos ocorridos.

— Belo lugar. — Faço um "eca" com a boca e ponho a língua para fora quando olho a escola de longe.

— Estamos no último ano e quase terminando, vamos logo. — Ela sai do carro. Deve ser legal para ela ser maior de idade, dezoito anos e no último ano. Parece mais o meu guarda-costas do que a minha amiga.

— Vamos. — Digo sem animação saindo do carro.

Levanto o queixo e passo a mão no rosto encarando as horas no celular e repugnando o quanto de tempo que sentarei numa cadeira e escutarei os professores dizerem coisas que aconteceram a mais de não sei quantos séculos antes.

— Aurora? — Ouço Jennifer chamar-me e saio dos meus pensamentos a seguindo. — Se você quer ser alguém na vida, olhe para frente e levante o queixo, mesmo que não goste. Se fosse fácil, não estaríamos aqui. — Ela diz novamente como se estivesse lendo a minha mente.

As vezes essa garota deixa-me assustada.

— Você é muito estranha. — Digo a apertar a alça da mochila nas minhas costas e passando por ela sem olhá-la.

Determinada a passar o restante do dia longe de problemas, caminhei rapidamente na direção dos outros alunos de Grenoble School.

Passei as três primeiras aulas quase dormindo, o abrir e fechar de boca que os professores faziam divertiam-me, além disso, quem vai querer ouvir sobre histórias religiosas que aconteceu a mais de mil anos atrás? Estava interessada em saber o que acontece a seguir, e para isso não devo saber do passado, a única coisa desse meio tempo que quero descobrir é sobre o assassino da minha irmã.

— Aurora? — Ouço alguém chamar pelo meu nome e viro-me para minha amiga que escrevia algo no seu caderno, irritantemente concentrada.

— Que é? — A olho revirando os olhos e ela levanta o rosto encarando-me confusa com os seus olhos supercastanhos claros, arregalados.

— O que foi? — Ela convence-me de que não fora ela que me chamou e aperto a minha testa causando ondas nas mesmas tentando raciocínio lógico para quem deveria ter chamado-me.

— Nada… — Cochichei virando-me e olhando para professora de quase cem anos conversar sobre algo que tentarei ouvir, já que ouço coisas demais hoje.

— No distúrbio psiquiátrico da licantropia, acreditam que exista um transtorno do senso de identidade própria segundo a definição de Scharfetter. É encontrado principalmente em transtornos afetivos e esquizofrenia, mas pode ser encontrado em outras psicopatias...

Começou, estreitei os olhos um pouco impaciente e encostei-me na cadeira.

— Quer falar a minha língua, professora? — Levanto a voz e ela vira-se para mim, encarando o meu ato de pela primeira vez levantar a voz na sala de aula. — Ou vai dizer que lobisomens existem? — Vejo Jennifer levantar a cabeça me encarando já que a mesma se sentava quase do meu lado.

— Sra. Williams, há lendas, mitos e até mesmo histórias atuais que diz respeito a esse tipo de comentário, porém, como eu disse, há distúrbios mentais e psicológicos a informar serem apenas pessoas que acreditam ser lobisomens! — Ela explica-me.

— Está dizendo-me que não existe, então?

— Eu acredito que existam lobos maiores que os outros da espécie, e são raros, mas não posso afirmar com as minhas palavras sobre homens que se transformam na lua cheia em animais! — Ela olha-me confusa com a minha pergunta e ri discreta.

— Porque aprendemos algo que não existe, então?

— Aurora! — Jennifer repreende-me e a ignoro.

Levanto o meu olhar para os olhos mortos da professora e ela abre um sorriso, calmo, me encarando.

— No folclore, licantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma num lobo. Então devemos saber sobre tais coisas para que não fiquem confusos. — Ela diz novamente e observo a mesma nervosa, batendo os dedos na mesa e se virando para se sentar.

— Você está bem? — Franzi a testa e ela ignora-me.

— Com licença, vou ao banheiro! — Diz e se vira para a porta, estava pálida e os seus olhos quase estavam fechados.

Jennifer se levanta, encarando como se eu tivesse matado alguém e anda até a porta atrás da professora Simone.

— Aonde vai? — Inquiri levantando-me e indo até ela.

— Vou ver ela. Fica aí. — Ela sai e fico na porta a observando sumir da minha vista.

Ou ela é como a minha mãe (autoritária), ou realmente tem algum problema mental. Eu ri a pensar nisso.

— Siga-a.

Virei o meu corpo de uma vez para trás na intenção de descobrir quem me chamava, a sala estava num completo silêncio mórbido. Cambaleei os meus olhos para a mesa da professora Simone e senti o frio no meu peito, depois arrastei a minha visão para a janela e um pássaro negro pulava de um lado para o outro.

Deixei os meus lábios entreabertos para dar um passo na direção da porta, foi quando o pássaro virou imóvel e virou o bico negro rumo ao meu corpo. O barulho sobressaiu do seu bico com um som alto e agonizante, pendurando os meus ouvidos. Abaixei a minha cabeça e segurei-me fechando os olhos, depois os ergui e observei toda a sala olhar-me, confusos e atentos.

Estava começando a ficar louca, sei como a mente humana funciona e eu estava no estágio da insanidade. A minha consciência estava falando comigo como se estivesse do meu lado como pessoa. Seguir, era o que queria e boa parte de mim, lutava para continuar esperando por minha amiga e respeitar a sua privacidade.

Quem estou tentando enganar? Ergui o queixo, não controlando a vontade imensa de obedecer à voz na minha cabeça e dei o primeiro passo para frente.

— Não estão no banheiro, estão no quarto de limpeza. — Diz a minha consciência, ou seja, lá o que fosse.

Não tenho muito medo de dizer que ouço vozes, isso não é novidade, desde o acontecido com a minha irmã, vem acontecendo coisas muito estranhas, então essa de hoje vai para a lista.

Dois dias depois do acontecido, tive que passar o dia tomando banho com a sensação do sangue no meu corpo. Eu sabia que ela morrera de uma forma brutalmente possível, mas ao anoitecer todo o sangue e a dor reagia nas veias do meu corpo como faísca queimando-me por dentro.

Boa parte de mim, desejava que fosse comigo ao invés de alguém como ela, repletas de planos para a vida. Fiquei com as sobras alucinadas daquela noite e não posso negar que isso tenha mudado-me de muitas maneiras.

— Só posso estar louca. — Disse seguindo até a sala de limpeza da escola.

Andei pé ante pé até chegar na porta, coloco as minhas mãos na maçaneta e penso em abrir.

— Ouça.

Como um arrepio na espinha, virei o meu corpo para trás com a sensação de que alguém me observava. Só naquele momento, pude perceber ser uma voz masculina. Não me deixei levar e baixei a minha cabeça para a porta fechada e poder ouvir algo.

— Tem que se acalmar, Simone… — Ouço as vozes e sabia ser de Jennifer. — Temos que protegê-la, você sabe disso.

Tentei ouvir mais e então aproximei-me da porta apoiando as minhas mãos na mesma com os meus ouvidos prontos para escutar a sua conversa que para mim até agora estava mais que estranha.

Num sobressalto, a porta foi escancarada e quase caiu para a frente em cima de Jennifer, cambaleando o meu corpo, e a professora Simone com um pano molhando nas mãos. "Estou encrencada".

— Estava ouvindo atrás da porta? — Ela encara-me e fico a observando sem reação. — Vamos.

Jennifer começa a puxar o meu braço com a autorização que ela tinha sobre mim que nem eu mesmo saberia explicar. Arrastava-me entre os corredores como se eu fosse uma criança de cinco anos que acabara de fazer algo errado e escondido dos pais.

O seu cabelo estava sacudindo nas costas e o meu rosto fechado, confusa com o que tenha acontecido. Parei de correr e puxo o meu braço enquanto ela me olha surpresa.

— Quem tem que proteger quem? — Pergunto e ela me olha como se eu a estivesse enfiado uma faca no seu peito.

— Você quase mata a professora falando aquelas imundices. — Ela muda o assunto, porém, não irei deixar esse assunto morrer como os outros.

Arqueei as sobrancelhas e a olhei com desdém.

— Não foi isso que perguntei. — Bradei, deixando-a levantar as sobrancelhas admirada e em choque com a minha reação. — Quem tem que proteger quem? — Repito mais alto do que deveria.

O silêncio havia pendurado no local, então a minha amiga voltou a agarrar o meu braço e fui arrastada novamente, fortemente irreversível. Parei-a outra vez apertando os pés no chão. Jennifer tinha uma força de três homens se alguém fosse medir.

— Me diz. — As minhas palavras saem mais como reprovação do que confiança a ela.

— Não vou dizer aqui! — A minha amiga puxa-me entre os corredores.

— Jennifer! — Berrei.

— Quer saber da verdade? Então venha.

  

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