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Capítulo 18

A melodia harmoniosa das teclas do piano no Palco Robbins fez London parar por uns segundos para apreciar o músico se apresentando. A música era parecida com uma que não ouvia há muito tempo, dedilhada pelas mãos de Dahlia em um passado recente. A maioria das músicas instrumentais era bastante similar aos seus ouvidos, embora o garoto pudesse tocá-las com a convicção de um músico, mas ele conseguiria reconhecer uma música tocada pela irmã em qualquer momento, porque foram raras as vezes que ele pôde apreciá-las.

Athena viu London parado na frente do palco da cafeteria quase que de imediato. Ela tinha começado a captar a presença dele mais rápido nos últimos dias, embora não soubesse o motivo. Pensou que talvez fossem os reflexos de usar a máscara, que ficavam mais velozes ao captar as cores verdes do inimigo desconhecido todas as vezes que ia para uma batalha.

Durante a semana em que levou para processar a perda de Ashlynn, Athena se agarrou a London. Ele era o único de seus amigos mais próximos que conhecia aquela dor, entranhada em seu corpo como a raiz de uma árvore era próxima do solo. Ela pensou que, o que começou com um questionamento, tinha se tornado uma âncora.

Os dois se aproximaram do balcão.

– Descobri mais coisas – London informou subitamente.

Athena colou uma nota na janela da cozinha e foi guardar o pagamento no caixa.

– Estou ocupada, Gray – respondeu.

London observou pelo canto do olho um livro de brochura guardado estrategicamente longe das bebidas e das migalhas do balcão, escondido para que Marcus não reclamasse. Ele deduziu pelo desenho na capa que o livro era sobre a Grécia Antiga e se perguntou por que Athena se daria ao trabalho de ler aquilo se não estava relacionado com o conteúdo recente da aula de história na escola.

– Então não quer saber o que descobri?

Embora quisesse manter a postura séria, Athena estava curiosa. Entretanto, o plano de arrecadar dinheiro para voltar para Manhattan dependia do foco no trabalho.

– Não posso conversar com os clientes. Não dá para esperar até o meu turno acabar?

– Okay.

London virou de costas e deixou Athena trabalhar, mas não foi embora. No silêncio da cafeteria, o garoto começou a assobiar, entediado.

– Você não tem nada para fazer, não? – ela perguntou. – Não precisa trabalhar?

– Não. Eu não preciso trabalhar.

Athena revirou os olhos. Às vezes parecia que London vivia em um mundo totalmente diferente.

– Acho que você não conseguiria trabalhar em um lugar como esse, de qualquer forma – ela provocou.

London virou-se e apoiou os cotovelos no balcão, capturado na armadilha da garota.

– Como é?

– É muita pressão trabalhar aqui, Gray. Tem muito trabalho a ser feito, entende? – Ela recolheu o pedido pronto na cozinha e entregou ao cliente esperando na mesa, então retornou ao balcão. – Você não conseguiria.

London finalmente notou a provocação ousada.

– Vamos testar, então, não? – Ele esticou a mão, demandando. – Me dê um avental.

Athena riu, desacreditada no tédio do garoto. Ela deslizou um avental pelo balcão e observou com interesse enquanto London amarrou-o nas costas.

– Por onde eu começo?

Athena deu algumas breves instruções e deixou London trabalhar, esperando que fosse péssimo no novo emprego temporário por ter pouca experiência. Porém, em poucos minutos, todos os clientes estavam com os pedidos prontos.

– De nada, Bill – ele agradeceu de volta ao cliente. – Tenha uma boa tarde.

Athena franziu o cenho.

Bill?

London retornou e depositou algumas notas no jarro ao lado do caixa.

– Ele e Martha nos deram gorjetas – disse. – Não é incrível?

Martha?

– É melhor não falar sobre Martha quando ele voltar aqui amanhã com a esposa.

Athena ficou boquiaberta. Não queria admitir, mas London era excepcionalmente bom naquele trabalho. Era ágil e perceptivelmente amigável com os clientes. Tinha até conseguido alguns trocados com pouco esforço.

– Parece que eu me enganei – Athena falou.

– Como assim?

– Não é nada. – Ela não admitiria que havia subestimado-o. – A mesa ainda está suja, Gray.

– Estou indo, chefe!

No intervalo, eles encostaram no balcão e suspiraram de cansaço.

– Não é tão fácil quanto eu imaginei – London admitiu.

Athena abriu um sorriso. Se ele achava aquilo difícil, com certeza não demonstrava em suas habilidades.

– Então, o que você descobriu? – perguntou.

London estava levemente cansado de limpar mesas e servir os clientes, mas se divertiu tanto que esqueceu do motivo de aparecer na cafeteria em primeiro lugar.

– Ashlynn Johnson não trabalhava na Companhia Gray – revelou. Não era incomum para ele memorizar o rosto dos trabalhadores, e a confirmação de que nunca tinha visto Ash na empresa foi revelada quando ele invadiu o escritório do pai na tarde anterior e verificou o histórico de funcionários. – Não existe nenhum registro dela como funcionária.

– Então ela mentiu sobre isso também – Athena disse. Ela adicionou aquela mentira à sua lista, que ficava maior a cada dia, percebendo que não conhecia Ashlynn tanto quanto imaginava conhecer.

London percebia a tristeza no rosto da garota, pensando se deveria se calar, mas tinha certeza de que a verdade era mais importante para ela do que guardar informações sobre Ash, e por isso continuou:

– Eu também investiguei o documento que você me mostrou e encontrei um grande investimento destinado para Nova York na mesma data descrita na folha. Pode ser que Ash não tenha trabalhado para meu pai aqui, mas talvez eles tenham trabalhado juntos de alguma forma em Manhattan, em alguma filial ou algo parecido.

Ele continuou falando, porém Athena estava silenciosa, mais silenciosa do que deveria estar ao receber aquelas informações, ouvindo as palavras dele se transformarem em sussurros sob a música de fundo do pianista.

– O que foi? – London perguntou.

Fazia algum tempo que Athena estava se sentindo estranha. Parte dela tinha esquecido, ou apenas jogado mais para o fundo de sua memória, sobre o documento encontrado na foto com os pais. Queria que tivesse sido uma memória ruim ou um sonho.

– Eu deveria ter escutado Ash desde o começo e não ter começado a questionar nada... – ela sussurrou.

London tomou a cadeira do lado dela, fazendo contato direto com os olhos dela.

– O que aconteceu, Fallon?

As palavras saíram com alívio:

– Eu não quero mais investigar.

London então percebeu que estava errado sobre Athena. Talvez não saber fosse tudo o que ela desejava.

– Por quê?

– Eu percebi que não me interessa o que ela estava ou não fazendo.

London franziu o cenho.

– Mas você parecia tão animada para saber mais.

– Esse é o problema, Gray. Eu queria saber mais sobre a Ash, mas agora não importa. – Ela balançou a cabeça com força. – Independente do que eu descobrir sobre ela, verdade ou mentira... Não quero descobrir alguma coisa decepcionante. Não quero descobrir coisas que não vou conseguir discutir com ela. Ash não está mais aqui, então qual é o sentido?

London deu de ombros. Ele entendia o motivo do recuo dela, mas esperava mais.

– É só que você não me parece o tipo de pessoa que deixaria algo assim de lado.

Athena balançou a cabeça.

– Eu preciso ser. – Ela imaginou se ele sabia que tinha resgatado-a de um lugar ruim. – Mesmo assim, obrigada por não me fazer desistir.

– Sem problema – ele respondeu.

Athena espalmou as mãos no balcão, frustrada. Ela conseguia sentir a marca na mão se formar novamente, porém já não era mais um processo doloroso. Ela conseguia controlar seu aparecimento à sua vontade, e logo desfez a marca, antes que London percebesse.

– Eu sinto muito por desistir, Gray – disse. – Fiz você perder seu tempo me ajudando e agora você está aqui...

– ...me fingindo de atendente?

– Sim.

London deu de ombros.

– É meio divertido, na verdade. Bill e Martha me mantêm entretidos.

Para sua própria surpresa, Athena começou a rir. Ela sabia que London estava tentando aliviar a tensão no ar, e tinha, estranhamente, funcionado.

– Eu precisava disso – ela admitiu.

– A qualquer hora, Fallon.

Athena levantou para atender um cliente e deixou London cuidando dos preparativos de um pedido, já que se divertiu tanto. Ele notou o hábito dela de franzir levemente a testa ao anotar os pedidos, e escondeu uma risada. Não seria ele a avisá-la, ainda mais quando achava aquele hábito, embora curioso, fofo.

– Lonnie?

Ele ergueu os olhos para a voz, nervoso.

– Dahlia!

London alternou o olhar entre a irmã, que ergueu uma sobrancelha para o avental que ele usava, e as órbitas azuis de Athena, pairando nele com curiosidade.

– O que você está fazendo? – questionou Dahlia.

– Ah, bem, eu...

– Estávamos precisando de um modelo para testar um novo avental masculino, então pedi a ajuda dele, não é, Gray? – Athena interrompeu, cutucando-o com o cotovelo.

– Isso! É isso mesmo, eu estava servindo de modelo para a cafeteria. – Ele desamarrou o avental com rapidez e entregou-o nas mãos de Athena. – Acho que vou recusar a oferta.

– E o modelo precisa ficar atrás do balcão?

– É para ele entrar no personagem – Athena disfarçou.

London estava suando frio.

– O que você está fazendo aqui?

Dahlia ergueu a sobrancelha ainda mais alto. Ela sentou-se na cadeira mais próxima e deixou passar a mentira dos dois.

– Não vai me apresentar à sua amiga?

London lembrou das palavras de Dahlia em seu quarto, quando disse que gostava que ele escolhesse os próprios amigos. Ele confiava que ela não contaria nada sobre Athena para Seamus, então apresentou as duas.

– Essa é Athena Fallon.

A garota abriu um sorriso brilhante e Dahlia retribuiu o gesto. A mais velha recordou o nome da mais nova se repetindo na boca do irmão antes.

– O meu nome é Dahlia. Sou a irmã mais velha de Lonnie.

Era notável a semelhança. Os traços distintos estavam nos mínimos detalhes faciais e, provavelmente, na personalidade. Dahlia tinha a expressão mais fechada, séria, e os ossos do rosto mais protuberantes, enquanto London tinha um rosto simples, jovial e simpático. Ambos pareciam bastante próximos também, não como Athena e Will, mas como dois indivíduos que se cuidavam mutuamente com denotação nos laços familiares.

– Como a flor – Athena murmurou, contente. – Eu não sabia que você tinha uma irmã, Gray.

– Não encontrou na internet quando você pesquisou sobre mim?

Sob a música da risada melodiosa, Dahlia deu de ombros, indiferente.

– Eu uso o outro sobrenome de Lonnie, Rivera.

London captou a curiosidade de Athena e confirmou com a cabeça.

– Seamus e Dahlia não se suportam.

Athena deu uma risada fraca. Embora London falasse sobre a família com a expressão animada, havia certa comoção no tom de voz.

Alguns clientes entraram na cafeteria, interrompendo a conversa.

– Com licença – pediu Athena. – É um prazer conhecê-la, Dahlia.

– Digo o mesmo, Fallon.

Athena se surpreendeu. Não sabia até que parte da conversa ela tinha escutado, porém teve uma estranha impressão sobre o modo como ela falou seu sobrenome. London que tinha o costume de chamá-la daquela forma. Mesmo assim, ela deixou passar.

London voltou a atenção da irmã para si.

– Estava com saudade. O que veio fazer aqui?

– Eu estava te procurando, Lonnie. Você não tem aparecido em casa durante a tarde já faz dias. É isso o que esteve fazendo? Trabalhando?

London ruborizou.

– Eu não trabalho aqui.

– Não brinca! Que seja, se fazendo de modelo ou trabalhando. – Dahlia juntou as mãos debaixo do pescoço. – Não me diga... Está passando mais tempo com Athena?

– Eu sei para onde vai essa conversa, Dahlia. Somos só amigos.

– Você diz isso com bastante frequência.

– Porque, com bastante frequência, é verdade.

– E quanto a todas aquelas pobres meninas apaixonadas que Seamus arruma para sair em encontros com você?

– Eu não saio em um encontro arranjado há alguns bons meses, Dahlia. Enganei o meu pai ao dizer que estava conversando mais com Bella.

– E está?

– Não mais do que falava antes. Agora chega dessa conversa porque não vamos chegar a lugar algum. Como você me encontrou aqui?

Dahlia deu de ombros.

– Keaton me contou.

– Desde quando vocês conversam?

– Queremos a mesma coisa quando se trata de você. De que outra forma eu posso ficar sabendo da sua vida, se Seamus não me conta?

– Entendi.

Dahlia levantou quando Athena se aproximou com o bloco de notas, cheia de pedidos para cumprir. A mais velha pegou o avental verde e jogou de volta, piscando para o irmão.

– Pode voltar ao trabalho, Lonnie. Athena precisa da sua ajuda.

Os dois adolescentes ficaram confusos, mesmo quando era simples de entender. Dahlia não parecia ligar onde o irmão estava, desde que estivesse feliz.

Assim que London amarrou o avental nas costas e foi recolher os pedidos na cozinha, a irmã chamou a atenção de Athena.

– O que quer com o meu irmão? – questionou, a voz um tom mais ácido.

– Como assim?

– Do que vocês estavam conversando?

Athena franziu a testa. Alguma coisa em Dahlia fazia a garota ser cuidadosa com todas as respostas, e nenhuma das duas estava brincando.

– Por que não me diz o que está pensando? – ela sugeriu.

Dahlia levantou o canto do lábio.

– Cautelosa, entendi. – Ela ergueu o olhar para a adolescente. – O meu irmão não fala com qualquer pessoa com tanta naturalidade quanto pareceu agora. Para falar com você com tanta intimidade, me pergunto há quanto tempo se conhecem.

– Imagino que esta conversa venha de uma irmã mais velha preocupada.

– Eu quero o bem dele – Dahlia admitiu. – Tenho motivos para acreditar que você não veio atrás do meu irmão, mas do sobrenome dele. Estou certa?

– O Gray é uma ótima pessoa.

– Sei disso. É por isso que deve manter seus assuntos longe dele, Fallon.

Athena confirmou o pressentimento de antes.

– Conheceu os meus pais?

– Depende da sua próxima resposta. – Dahlia deu de ombros. – Vai deixar Lonnie fora disso?

Athena sabia que a irmã mais velha de London tinha conhecimento de algo que ela não conhecia, e isso a incomodava.

– Depende do que me contar – disse.

Dahlia riu de leve; estava começando a se divertir.

– Me encontre neste endereço em alguns dias. – Ela deslizou o guardanapo pela mesa. – Se manter meu irmão longe de você durante esse tempo, então terá as respostas que deseja.

Athena ficou chocada com o pedido, questionando o motivo da condição. Ainda assim, embora ela tivesse acabado de cancelar a investigação de Ashlynn com London, parte dela queria saber, precisava saber o que estava escondido, e Dahlia parecia ser a única disposta a responder suas dúvidas. London não era parte daquilo, ele não precisava se envolver.

– Aceito – respondeu.

– Ótimo. Lembre-se da minha condição: mantenha Lonnie fora disso.

Dahlia escutou a melodia do piano flutuar com nostalgia e se contentou em admirar o som das teclas sem levantar o olhar satisfeito para o músico. Ela levantou, colocou um sorriso no rosto, acenou para o irmão e foi embora pouco antes do ataque de Esmeralda na biblioteca de Lumina Valley fechar a cafeteria.

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