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Capítulo 17

Azura entrou como um furacão pela janela, avisou aos Robbins que tinha chegado por mensagem, desativou o orbe e trancou a porta. Desse jeito ninguém a veria chorar.

Ela guardou o orbe atrás dos livros, derrubando alguns no chão com as mãos trêmulas.

Esmeralda tinha matado sua irmã.

Ashlynn estava morta.

Athena queria encontrar Esmeralda, gritar e tirar a dor do peito, mas não podia soluçar alto demais ou se permitir sentir a tristeza profundamente por causa dos ouvidos naquela casa, então ela deslizou no tapete e apertou os joelhos contra a cabeça, se permitindo um momento de dor silenciosa.

A marca apareceu na mão direita e começou a ir e vir sem aviso, mas já não queimava mais. Athena não sabia como controlá-la ou o que significava, e nunca poderia saber, porque Ashlynn nunca mais poderia ensinar nada. Não existia mais Instrutora.

Uma luz vermelha se aproximou das casas, tremeluzindo entre os telhados.

Athena levantou em um sobressalto. Não poderia ser, mas parecia. Por algum motivo, Escarlate estava indo em sua direção, se aproximando da janela cada vez mais rápido.

Athena correu para a cômoda e colocou uma luva para esconder a marca, e enquanto ouvia a batida na janela, secou as lágrimas e esperou que seu rosto não estivesse tão acabado quanto seu coração. Deveria fingir que estava tudo bem.

Escarlate bateu na janela mais uma vez. Athena respirou fundo e se virou, pronta para apresentar sua melhor atuação. Ela pareceu confusa ao abrir a janela para que ele entrasse.

– Athena Fallon? – ele perguntou.

Ela assentiu, incerta em como ele sabia seu nome.

– O meu nome é-

– Eu sei quem você é – ela disse, constatando o óbvio. – Todo mundo sabe.

O herói olhou em volta, meio distraído, parecendo muito inquieto e nervoso, e coçou o cabelo, meio cabisbaixo pela notícia que deveria dar.

– Imagino que você tenha muitas perguntas agora.

Athena tentou ao máximo não parecer abalada.

– Não é todo dia que um herói aparece na minha janela. O que você está fazendo aqui?

– Eu... sente-se. Tenho uma coisa importante para dizer.

Ele sentou na cama dela como se fosse a coisa mais normal do mundo receber a visita de um mascarado, e esperou que ela sentasse para contar uma notícia terrível, a confirmação de que Ashlynn estava morta, mas que tinha falecido como uma heroína, salvando a cidade de Esmeralda e que ela era, surpresa, a Lança Solar. Mentiu que o último desejo foi para que ele procurasse por Athena e contasse a notícia antes do resto do mundo contar.

E depois de contar, Escarlate buscou um lenço para Athena, que começou a chorar de novo, porque as palavras vindas da boca dele tornavam tudo mais real. Estava revivendo pela segunda vez a morte de Ash e não tinha mais que esconder a tristeza.

– Eu não consigo entender como isso aconteceu – murmurou Athena entre soluços. Ela tinha consciência de que a força de Ashlynn se refletia na máscara amarela que ela costumava usar, mas também sabia que tanto ela quanto Escarlate não conheciam a força de Esmeralda.

O mascarado vermelho levantou abruptamente, mais para esconder a frustração do que para se afastar da garota.

– Eu deveria ter feito mais por ela – irritou-se Escarlate. – Se eu fosse um pouco mais forte, mais rápido... Nada disso teria acontecido, não é? Poderíamos ter derrotado Esmeralda e a Instrutora ainda estaria viva... Eu poderia ter impedido isso.

Athena não se importou com as aparências no momento em que levantou e se juntou à Escarlate no meio do quarto, permitindo que a luz da lua preenchesse o espaço entre eles. Não havia nada que eles pudessem fazer. A armadilha tinha sido colocada para afastar ela e o herói da batalha, para que chegassem mais tarde. Mas ela não podia consolá-lo dessa forma.

A garota optou por abraçá-lo e ele imediatamente retribuiu o gesto.

Bem como Athena, Escarlate também tinha perdido Ashlynn naquela noite. Não estava em luto sozinha, e era quase reconfortante, se não fosse tão doloroso. Era como London tinha falado no Palco Robbins: ao menos eles estavam amaldiçoados juntos. E Athena precisava terrivelmente de alguém com quem conversar, alguém que entendesse o que havia acontecido naquela noite com os mesmos olhos que os seus.

Escarlate era a única pessoa no mundo que poderia compreender.

– Como você está? – Athena perguntou, secando as lágrimas dos próprios olhos.

– Eu?

A garota se afastou do corpo dele e procurou seus olhos castanhos marejados.

– Sim. Aparentemente Ash era uma heroína o tempo inteiro, então... mesmo no final, vocês devem ter se conhecido. Você também perdeu ela, não é?

Escarlate não estava mais chorando. Ele não entendeu como Athena, que não conhecia ele de maneira alguma, ou pensava que não conhecia, estava fazendo-o compartilhar as suas dores. Não acreditava em como ela estava confiando suas emoções a um completo estranho e em como era fácil conversar sobre a situação. Já a parte dele chamada de London, por outro lado, a conhecia e não se abalou. Era o comportamento de Athena Fallon se manifestando.

– Não se preocupe comigo – disse.

Ele permaneceu com Athena durante o tempo que se passou entre as perguntas dela e as respostas dele. Ele a aninhou em seus braços quando apenas o lenço não foi suficiente. Ele esperou Athena secar as lágrimas do rosto e decidir que podia, sim, fazer uma coisa por Ash.

Ela se levantou subitamente, pegou um casaco no armário e cobriu-se.

– Onde você vai? – Escarlate perguntou.

– Ela me disse que eu deveria tentar falar com o meu avô. É a única coisa que eu posso fazer por ela agora. – Ela apontou para a janela, recuperando um pouco de motivação para sair no meio da madrugada. – Saia por ali, por favor.

Mas Escarlate não obedeceu. Ao invés, ele colocou as mãos dela em volta do próprio pescoço e puxou o corpo dela para cima, firmando as mãos embaixo das pernas dela.

– O que você está fazendo?

– Eu vou te levar.

E Athena ficou olhando para aquele estranho familiar, que não a conhecia em nenhum aspecto, exceto pela metade mascarada, e que estava disposto a oferecer solidariedade.

Quando chegaram no hotel em que Abraham Fallon estava hospedado, Athena não se demorou muito. A conversa não foi longa e nenhuma discussão aconteceu. A garota disse que tentaria aceitar o avô de volta e ele prometeu que tentaria estar presente, mas não falou o que ela mais queria ouvir.

E quando Athena saiu, Escarlate ainda estava lá fora, esperando no frio da madrugada para levá-la de volta para casa.

O clima nublado e o céu cinzento de Lumina Valley manifestaram o humor da cidade quando o dia amanheceu.

* How - Elina :) * 

Athena estava com dificuldade para levantar da cama. Era a mesma dor, o sentimento de perda, as mesmas horas com o olho ardendo sem a sensação de terem se fechado durante uma hora sequer. Era como se o dia após o incêndio em Manhattan se repetisse, porém havia uma coisa diferente: a garota não podia duvidar do que aconteceu porque tinha acontecido na sua frente.

Ash tinha falecido como uma heroína. Ela era a Lança Solar para os civis, a Instrutora para Azura e Escarlate, Ashlynn Johnson para todo o mundo.

E Athena carregava seu legado na palma da mão.

Sem conseguir dormir durante a madrugada, após voltar para a casa dos Robbins com Escarlate, Athena traçou o Infinito na mão, imaginando há quanto tempo Ash guardava aquele segredo sozinha. Ela não descobriu muito sobre a marca, mas de algum jeito tinha conseguido fazê-la desaparecer e aparecer novamente. Ela tinha treinado o movimento de novo e de novo, mantendo a mente distraída da dor enquanto o fazia repetidas vezes na tentativa de anestesiar as lembranças.

Quando pegou o orbe azul desativado atrás dos livros da estante, foi surpreendida com a marca, que se formou rapidamente e sugou a esfera para dentro da mão dela. De repente, ela percebeu como fazia sentido que Ash nunca tivesse aparecido com nenhuma daquelas esferas quando ela estava por perto: a marca funcionava como um armazém. Entretanto, ela descobriu somente essa informação escassa.

Enquanto descia as escadas, Athena escutou as vozes no noticiário dizendo as mesmas palavras que Escarlate tinha dito a ela na noite anterior, quando apareceu na janela dela e deu a pior notícia que podia.

A garota parou ao pé da escada e absorveu a mudança na expressão dos Robbins.

– Mãe – Will apontou para a imagem na televisão –, não é a...?

Anna terminou de montar a mesa do café da manhã e se aproximou da tela.

– Ashlynn. – Ela cobriu a boca com as mãos, absorvendo de uma vez a notícia de que a heroína era sua conhecida e que tinha falecido. – Ah, Ash...

Robert pousou a mão no coração e colocou um braço ao redor da esposa.

– Não pode ser... Ela era a Lança Solar? – disse. – Meu Deus...

Will se encontrava em choque e afastado da televisão. Não havia a mínima pontada de alegria em seu rosto por conhecer uma mascarada, não quando o restante da reportagem era tão cruel.

Athena cruzou os braços. Ela tinha aprendido muito com a vida secreta de Ashlynn na cidade. Além das máscaras, a mudança para Lumina Valley e a amizade com Anna, Robert e Will eram coisas que as duas compartilharam. Mas comparando ela com os Robbins, Ashlynn era o que as partes tinham em comum.

Athena sentia o coração apertar e os sentimentos flutuarem como um satélite em torno de outro planeta, outra pessoa, e então a dor não era somente dela. Todos naquela família, e muitos outros, sentiam o mesmo, e isso fazia a tristeza ser menos intensa, de alguma forma.

– Todos lamentamos essa perda – disse Robert.

Mesmo Will, um grande fã dos heróis de Lumina Valley, não sorriu pela descoberta da identidade secreta da Instrutora. Ele não conseguia acreditar que a heroína tinha partido.

– Ela era a Lança Solar? – sussurrou.

Athena se aproximou dos Robbins e focou na televisão. No lado esquerdo estava a foto da carteira de motorista de Ash, e no lado direito, uma foto tirada poucos minutos antes de sua morte, ainda no uniforme da Lança Solar, no topo da roda gigante, iluminada pelas luzes que agora pareciam seu tributo, enquanto Esmeralda permanecia na escuridão.

– Aparentemente era, sim – ela respondeu. – Quem diria, não é?

– Ai, meu Deus! – Anna liberou o sotaque português na frase. – Ninguém fazia ideia... E ela foi enfrentar a Esmeralda!? Isso foi perigoso... Eu sinto muito mesmo pela sua perda.

Athena se aproximou e abraçou o próprio corpo, buscando o calor da família.

– Como você está? – Anna perguntou.

Will chegou perto da adolescente, quieto, junto com Robert.

– Não precisa ir para a escola se não estiver se sentindo bem, garota – disse.

Athena balançou a cabeça.

– Eu vou. Eu... não posso ficar trancada no quarto.

Aquela sensação desamparada era familiar. Na primeira vez, a perda de um membro da família era desconhecida. Na segunda vez, tinha se tornado uma experiência, e nada naquele processo era menos doloroso do que Athena se lembrava.

– Eu não estou bem – admitiu. Ela balançou a cabeça e sentiu uma ardência subir aos olhos, entretanto não houve uma cascata inicial. – Eu não sabia que... que ela era... eu não...

Ela não conseguiu terminar a frase, admitir em voz alta que Ash era a Instrutora e que estava morta, porém continuou tentando, mesmo quando as lágrimas ofuscaram a visão e uma mão puxou-a para o conforto de um abraço. Instintivamente, ela reconheceu o calor de Anna e se aninhou.

– Eu não entendo... – Athena murmurou.

– Sei disso – respondeu Anna. – Não dá para entender.

Um corpo maior envolveu as duas, e então Athena começou a soluçar mais forte. Anna secou as próprias lágrimas e olhou para o rosto do marido, que parecia ter a mesma expressão inquebrável, porém reconfortante, que pensou que encontraria nele.

Quando Will, por fim, se juntou aos outros três e agarrou o corpo de Athena, ela sentiu que não poderia sentir mais falta de Linda, Nicholas e Ashlynn do que naquele momento.

A escola estava diferente quando Athena chegou. Ela se separou de Will na entrada e foi encontrar-se com o grupo de amigos, porém percebeu a mudança assim que atravessou os poucos metros do lotado pátio na entrada. Parecia que a escola inteira e algumas pessoas de fora tinham se reunido ali, em volta de alguma coisa no centro.

Athena passou a frente da multidão, curiosa, e o que viu quase a fez chorar.

Vários cartazes esticados no chão ditavam a vida de Ashlynn Johnson, a Lança Solar, a heroína da Cidade das Máscaras, em caligrafias diferentes, adicionada de fotos da mascarada.

Então Athena compreendeu e admirou a importância que a escola tinha atribuído à sua melhor amiga, prestando uma homenagem significativa como aquela para Ash. Os portões da escola tinham sido abertos aos habitantes de Lumina Valley, transformando a instituição em um pequeno museu para os dispostos a reviver a memória da Instrutora.

Ela se perguntou quem era o responsável por organizar algo daquela dimensão.

Athena enxugou os olhos, sentindo-se entorpecida. Parecia estranho, diferente, ter toda aquela multidão sentindo uma tristeza parecida com a dela. E então ela percebeu o impacto de um herói na população.

Ao longo do caminho até os amigos na sala de aula, Athena recebeu muitas palavras e contato físico de pessoas que ela nunca tinha cruzado os olhos, mas que sabiam quem ela era por causa da proximidade com a heroína falecida. Ela ficou admirada e verdadeiramente grata pela empatia dos desconhecidos. Nenhuma das pessoas tirou vantagem do conhecimento dela naquela situação ou tentou abordá-la para perguntar sobre a heroína. Na verdade, os gestos trocados não esperavam uma resposta da parte de Athena; eram mensagens de simpatia.

Ela foi recebida com um mar de abraços e "sinto muitos" dos amigos, e acenando para dizer que estava bem, na medida do possível, dispensou a queimação surgindo no rosto. Não queria chorar mais uma vez.

London observou Athena se recompor e pensou em como foi irresponsável na noite anterior. Escarlate tinha aparecido na janela de uma civil qualquer e, sem mais nem menos, avisou a ela, antes que o resto do mundo o fizesse, curto e direto, que Ashlynn estava morta. Tinha certeza de que Azura daria uma lição nele se soubesse o que tinha feito, mas, quando desviou a rota da mansão para a casa dos Robbins, ele não estava pensando em muita coisa. Porque conhecia a dor da perda e do luto, e sabia que Athena também a conhecia, não queria que ela sofresse a cascata sozinha. E por isso, a primeira parada do mascarado na manhã tinha sido o escritório da diretora na escola.

O evento organizado em homenagem à Instrutora estava lindo.

Quando foi sua vez de se pronunciar, ele ofereceu suas condolências e a gentileza e o aquecimento de um abraço sincero. Athena ergueu os olhos e aceitou o gesto em silêncio. Ele tinha o jeito certo de confortá-la, como o herói de vermelho em sua janela na noite anterior.

MJ foi outro ombro amigo. Ela estava cumprindo o papel de confidente de Athena e se ocupou em ficar com a amiga durante as aulas, mas a garota sabia que ela já tinha planos, que estavam organizados desde que as duas haviam se conhecido. Ela tocou o ombro da amiga.

– Eu estou indo para a biblioteca – MJ avisou. – Sabe que pode me ligar se precisar de mim, não é?

Athena fez que sim com a cabeça. Ela se lembrava vagamente do anúncio do protesto.

– ...ou eu posso ficar aqui. – MJ deu de ombros. – Não tem problema algum.

– Não precisa fazer isso. – Athena precisava daquela distração e queria apoiar a amiga, então suspirou fundo e apertou de volta a mão em seu ombro. – Eu vou te encontrar lá depois do meu turno.

O sinal do meio-dia tocou, finalizando as aulas do dia.

– Eu só preciso resolver umas coisas primeiro – falou.

Ela despediu-se dos amigos e seguiu até o endereço indicado por Ash antes de falecer.

O apartamento de Ash cheirava a poeira. Era composto pelo piso de tábuas escuras e paredes amarelo escuro. O pouco de luz que emanava através das cortinas claras iluminava as partículas de pó em suspensão, fazendo Athena tossir quando entrou.

Ela olhou em volta, mas não havia muito para se ver. A sala de estar tinha apenas uma televisão, um sofá-cama forrado com lençóis e caixas de comida de delivery organizadas em um canto. O banheiro continha produtos de limpeza e um aspecto mais limpo, mas o quarto da moradora estava completamente vazio. Athena não soube dizer se alguém tinha chegado antes dela e limpado o lugar ou se Ash vivia daquele jeito, carregando quase nada consigo.

Ela voltou para a sala, ouvindo o salto da bota devolver seus passos em altos ecos nas tábuas, e não entendeu como Ash poderia ter vivido daquela forma por tanto tempo. Parecia que Ashlynn tinha simplesmente morado ali, sem mesmo se instalar na cidade nova.

Ela tinha explicado que mudar de cidade foi sua forma de seguir em frente, um modo de se desprender dos Fallon porque se sentia culpada, mas aquele vazio não se parecia com a moradia de quem tinha seguido em frente.

Athena pensou, estranhando o caminho tomado pela imaginação, que era quase como se Ashlynn não tivesse vivido ali por tanto tempo quanto havia dito.

Ela sentou no sofá e respirou fundo. Não sabia como lidar com a perda, como ficar de luto novamente. Tudo tinha sido tão inevitável que ela nem soube o motivo de estar naquele eco de uma vida, esperando que Ash tivesse deixado alguma coisa para trás, como tinha dito antes de falecer.

Mudar de cidade, ter uma nova vida, tudo não passava de uma mentira.

Mas Athena não esperava muita coisa de Ash.

Ela murmurou suas preocupações: como alguém tão próxima poderia ter escondido ser uma heroína, ainda mais quando Ash sabia a forma que ela se sentia quanto aos heróis. Como poderia tê-la escolhido como Azura, apesar de tudo? Pela proximidade? Porque, dessa forma, Athena teria que permanecer em Lumina Valley? Ela conhecia os heróis da Cidade das Luzes? E por que tinha escondido tudo? Athena implorava por respostas ao silêncio. Mas tinha sido a especialidade de Ashlynn desviar de suas perguntas, e agora, nunca seriam respondidas.

No sofá, Athena tateou um pequeno caderno de couro desbotado entre as almofadas. Um símbolo igual ao que tinha sido marcado em sua mão na noite anterior estava desenhado na primeira página, despertando a curiosidade da garota. Ela folheou rapidamente as páginas, a maioria rabiscada, confusa e incompleta. As folhas legíveis, entretanto, continham rabiscos de orbes que Athena desconhecia, e várias setas apontavam para fora dos mesmos. Parecia um um caderno onde Ash anotava coisas dos orbes, coisas sobre, Athena pensou com dificuldade, ser a Guardiã do Infinito, o que quer que aquilo significasse.

Àquela altura, Athena imaginou que os rabiscos eram o motivo do pedido de Ash para que visitasse o apartamento. Mas qual o motivo de esperar pela morte para dizer aquilo? Por que esconder sobre os orbes? Como Ash se envolveu com a máscara, em primeiro lugar?

Essas são as respostas para as minhas perguntas, hein? – Athena zombou.

Ash sempre reclamava da curiosidade da garota, sempre querendo saber mais. Naquele momento, apertando o caderno contra o peito, Athena não queria descobrir nada.

Quando saiu e avisou à equipe de mudança esperando do lado de fora para esvaziar o apartamento, ela entendeu que não era somente o caderno que Ash tinha deixado para trás. Ela observou a marca se formar na palma da mão e entendeu que a memória da amiga estava em suas mãos.

Ela era o legado que Ashlynn Johnson tinha deixado para trás.

How - Elina

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