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24 | fuga

CANADÁ, 01 de outubro de 2015
Narrado por Harper

— Você vai sair essa hora? — Sarah questionou enquanto eu calçava meus tênis, a poucos passos de distância da porta.

— Não vou demora, prometo. Posso? — Perguntei enquanto segurava as chaves do carro.

— Com uma condição: não faltar a aula amanhã.

— Tudo bem. — Dei de ombros. Ir a escola não é sinônimo de assistir a aula, mas ela não precisava saber disso. — Antes da meia noite eu volto.

— Harper. — Me chamou. — Aonde você vai? — Meu sorriso contido por uma mordida no lábio inferir respondeu silenciosamente a sua pergunta. — Vai ver Shawn?

— Sim, mas ele não sabe. — Abri a porta de casa, jogando meu celular e as chaves no bolso da calça de moletom azul marinho. — Te amo.

— Eu também. Não demore porque Jessie não vai gostar de saber que está saindo às nove horas de casa. — Murmurei um "Tá" em resposta, pronta para sair de casa. — Harper, cuidado no trânsito, se você morrer, eu te mato.

— Eu não dirijo tão mal assim! — Ri fechando a porta.

O caminho até a casa de Shawn foi breve, e eu agradeci o horário pois não tive de me importar com ser parada pela polícia, uma vez que não tenho carteira de motorista — aparentemente, não saber a diferença entre esquerda e direita é um grande problema. Não me surpreendi quando, depois de caminhar algumas quadras porque estacionei a duas quadras de distância, as luzes do andar de baixo estavam apagadas.

Por sorte, ou um indicativo de muito azar e de que as coisas não estavam tão boas quanto Shawn tentava demostrar, uma luz fraca saia do seu quarto. Aproveitei a árvore que, infelizmente não era grande o suficiente para me deixar na janela dele, para chegar à altura desejada e depois de me esgueirei pelo telhado, graças a habilidade que de fugir que desenvolvi no orfanato.

Meu corpo tremia em um misto de nervoso e medo, apesar do quarto dos pais de Shawn serem voltados para rua, eu poderia, facilmente, me envolver em grandes problemas. Meus dedos facilantes digitaram "abre a janela, garoto perfeição", e em poucos segundos Shawn me encarava pelo vidro, acredito que pensando se deveria ou não abrir. Mas ele abriu, cedendo espaço para que eu entrasse e me ajudando.

Meus lábios rapidamente avançaram contra os seus, o surpreendendo com ação. Segurava possessivamente seu rosto, desejando que qualquer espaço entre nós inexistisse, Shawn se afastou quando percebeu a minha intenção.

— Você não deveria estar aqui. — Sussurrou, indo em direção a porta e a trancando.

— Mas você gostou que vim.

— É claro. — Riu fraco, voltando o corpo na minha direção quando notei uma marca em seu olho direito que não estava ali na tarde anterior. O seu pijama simples, uma calça de moletom cinza e uma camiseta do que reconheci ser Doctor Who, permitiu que eu me atentasse mais em seu corpo branco, que exibia algumas marcas mais recentes do que gostaríamos. — Mas temos aula amanhã e já está tarde.

— Está convidando a sua quase-namorada para se retirar ou é impressão minha?

— Você está, realmente, obcecada com namorar. — Riu, logo voltando a sua expressão neutra. — Mas você pode ficar um pouco, desde que não faça muito barulho.

— Relaxa, Shawn, eu sei ficar quieta quando é preciso. — Ri maliciosa e o observei negar com a cabeça. Em poucos instantes, nossos lábios estavam colados e meus dedos já brincavam dentro da camiseta de Shawn enquanto eu rebolava em seu colo, mas o nosso contato foi irrompido quando uma voz grave atravessou a porta.

— Shawn? — A voz de Manuel ecoou. — Você já foi dormir? Estou vendo a luz acessa.

— É... Eu estava vendo TV, pai, desculpa. — Disse eufórico e dando a pior justificativa possível.

— Você vai precisar aprender a mentir melhor para se tornar um bom advogado. — Disse em seu ouvido.

— Não estou ouvindo o barulho da TV, Shawn. — O tom de sua voz mudou. O barulho da maçaneta tentando ser aberta chamou nossa atenção. — Ah, já entendi o que estava fazendo. — Riu pelo nariz. — Espero não ter atrapalhado seu momento. — Escárnio e malícia se embolavam na sua voz. — Quando acabar aí, é pra ir dormir, não vou conseguir te acordar amanhã porque meu plantão começa às quatro e meia.

— Tá, tá bom. Boa noite. — Disse envergonhado. Segurei a risada, mas não pude impedir o meu corpo de se contrair silenciosamente.

— Seu pai acha que você tá batendo punheta. — Ri, em um esganiçado baixo.

— Cala a boca, Harper. — Respondeu, visivelmente irritado com a brincadeira, meu rosto se contorceu em uma careta que rapidamente, junto com a sua expressão, se derreteu em risadas e um conforto mútuo.

— Vamos para minha casa.

— Você está maluca, Harper, de verdade. Se o meu pai descobrir que eu sai para...

— Shawn. — A voz do mais velho reverberou de novo, assim como a maçaneta. — Shawn, você sabe onde sua mãe colocou meus remédios pra dor de cabeça? Aquela cadela não atende o telefone. — Neguei com a cabeça quando notei que Shawn ia respondê-lo. — Shawn! — Estremeceu enquanto batia na porta. — Esse imbecil deve ter dormido com a porta trancada, mas é um inútil mesmo... — Ouvimos a sua voz se dissipar em alguns minutos.

— O seu pai não vai descobrir, Shawn. Vem comigo. — Pedi em um fio de voz. — Por favor. — Olhei em seus olhos, notando o medo, a tristeza e raiva por ter de passar por toda essa situação.

Quando seu corpo permaneceu imóvel, soube que era hora de ir, e logo senti a brisa fria da noite quando passei pela janela. As ruas estavam escuras e eu caminhava em passos apressados para o carro, afinal, faltavam vinte e cinco minutos para a meia noite e Jessie com certeza não estava feliz comigo saindo aos domingos, ainda mais de carro.

— Harper. — A voz de Shawn fez com que eu olhasse para trás. — Me espera. — Sorriu.

— Fugindo de casa, Mendes... Quem te viu, quem te vê.

— Dizem que quando estamos apaixonados somos irracionais. — Meus lábios desenhavam um sorriso involuntário sempre que chegávamos nesse assunto.

— O senhor irracional pegou até a mochila. — Ri.

— Espero que a Maggie não se importe em me dar um carona.

— Se importar ela vai, é claro. Mas como eu vou pedir, ela te leva.

— Oh, muito obrigada. — Destranquei o carro me acomodando no banco do motorista. O caminho foi curto, com algumas reclamações de Shawn sobre como eu dirigia, o que apenas me instigava a continuar dirigindo da mesma forma. — Suas mães não vão se incomodar?

— Não, elas são de boa com isso. Eu acho, você é o primeiro garoto que eu trago em casa.

— Harper, então...

— Pare de sofrer por antecipação, Shawn, não é como se elas fossem se incomodar que dormiu aqui sendo que sabem que estamos saindo. — Revirei os olhos antes de abrir a porta de casa. — Cheguei! — Gritei.

— Vinte e sete minutos atrasada. — Jessie me repreendeu, e supôs, pela altura do som, que elas estavam no quarto, mas com a porta aberta. Estavam me esperando.

— O Shawn tá comigo, ele vai dormir aqui. — Continuei falando alto para que elas pudessem me ouvir. — Tira o sapato, por favor, se não elas fazem um escândalo. — Joguei meu tênis embaixo do móvel em que ficavam alguns livros, Shawn fez o mesmo, só que colocou os seus na sapateira.

As duas desceram as escadas, e o olhar de Sarah me repreendeu por eu tê-lo levado sem avisar, mas ela não deixou com que ele percebesse seu incômodo, sendo extremamente receptiva, apesar de brevemente, pois alegou que precisavam ir dormir.

— Eu quero a porta aberta, dona Harper. — Exigiu Jessie depois de nos desejar boa noite.

— Aí é você quem tá pedindo. — Brinquei antes de entrarmos nos respectivos quartos, fechando a porta do meu assim que elas fecharam a do seu. — Meu Deus. — Comentei abismada com a bagunça do meu quarto, o que destoava completamente do moreno.

— Você realmente é uma pessoa muito organizada, Harper. — Colocou sua mochila ao lado da minha, e começou a me ajudar, colocando as coisas nos lugares em que julgou correto.

— Obrigada.

— Obrigada você por ter me salvado. — Comentou, atribuindo um sentido duplo a frase. Nossos olhos se fixaram enquanto aproveitávamos um ao outro no mesmo colchão.

— Shawn. — O chamei. — Acho que gosto de você, mas mais do que a palavra gostar pode expressar. — Puxei meus lábios os pressionando de nervoso. Seus olhos esboçavam a mesma felicidade que os meus em uma expressão clara de reciprocidade.

Incrível como as coisas mudam em uma velocidade surpreendente, assim como as estações mudam, e as vezes, são essas mudanças que nos permitem florescer e apreciar as belezas. Só espero que o futuro não mude nossa estação para um inverno infinito quando eu fizer o que sinto que é certo, denunciar Manuel.

olá!

duas att. no mesmo dia AAAAAAAA o milagre, meu pai. a verdade é que eu estou muito empolgada com a fic, e essa semana estou numa maré de sorte... então nada mais justo do que recompensá-los!!

obs.: só mais 10 capítulos para que as cicatrizes na alma se curem... : ))

beijinhos! espero que gostem. não se esqueçam de votar e comentar. amo vocês!

valentina,
01 de julho de 2021

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