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17 | a tona

CANADÁ, 27 de setembro de 2015
Narrado por Harper

Bati na porta duas vezes, com força, apesar de já saber que não havia alguém em casa. Contei até três por pura precaução, não seria interessante ser pega invadindo propriedade particular.

Pisquei o olho no exato segundo em que ouvi o barulho da maçaneta. Realmente, planos perfeitos não existem.

— Oi, tia! — exibi meu sorriso mais falso e estático possível.

— Harper. Você não deveria estar no colégio?

— Eu acabei me atrasando, e era aula de história, então... Juntei o útil ao agradável! — sorri de desespero para ela que negou levemente com a cabeça.

— E como você veio parar aqui? — abri a boca para responder, mas pela inexistência de uma resposta que pudesse ser aceita naquela situação divaguei o olhar pelo meu campo de visão, em busca de qualquer outra coisa que me livrasse de tal situação.

Cruzei meus braços em uma ação involuntária ao notar manchas rochas em seu braço direito. Dei um passo à frente e, devido a iluminação, pode notar a maquiagem em seu rosto.

— Posso entrar?

— Claro. — me deu passagem e eu entrei em sua casa, notando a arrumação perfeita da sala.

Qual o problema desse homem?

— Você quer alguma coisa? Eu fiz um bolo de chocolate que está uma delícia.

— Acho que vou aceitar. — a acompanhei até a cozinha, agindo com a mesma falsidade que ela me era receptiva.

Sentei no balcão enquanto ela me servia. Comi a encarando, e por segundos, todos os gritos que vieram até mim tiveram que ser calados. Eu não posso, simplesmente, querer que alguém adote a mesma medida que eu em situações extremas, mas eu ainda posso fazer as coisas por mim.

— Shawn me mostrou o trabalho de artes que você fez. Ficou muito bom, você desenha muito bem.

— Obrigada, tia. Acho que a única matéria que eu realmente gosto além de educação física é artes.

— Seus pais não são rígidos com você em relação à escola? — questionou ajeitando o cabelo na frente dos hematomas do pescoço, uma vez que não haviam sido cobertos totalmente pela maquiagem.

— Minhas mães não são. A Jessie é mais brava, eu diria que chata em relação a isso. — ri anasalado. — Mas com o tempo elas compreenderam que essa é quem eu sou, e que eu não tenho aptidão, nem saco, para ser perfeita.

— Você não se preocupa com a faculdade?

— Preocupo. — dei de ombros. — Mas não é como se a minha vida se resumisse a isso. Talvez eu entre, talvez não, faz parte. Como diria minha avó, "Só quem morre na véspera é o peru", acho que é muito cedo para já me preocupar com isso.

Seus olhos focaram nos meus, como quem busca compreender o motivo de tal desleixo com algumas coisas. Mas não era como se ela fosse conseguir achar uma justificativa para tal.

Me levantei e levei o meu prato e talher até a pia. Seus olhos me supervisionavam em toda ação entre a bucha e a louça. Eu definitivamente não sou a nora dos sonhos dela, mas não é como se eu me importasse com isso.

Girei meu corpo em sua direção e toquei com calma seu braço, ela se afastou levemente devido a temperatura da minha mão e a surpresa.

— Tia, eu posso fazer algo por você?

— E o que seria? — meneei a cabeça e me estiquei contra a bancada fria para alcançar meu celular.

A encarava enquanto esperava ser atendida pelo médico da família de Maggie. Dei as costas a ela assim que atenderam, falar no telefone na frente dos outros é vergonhoso.

"Consultório do Doutor Wilzans. Como posso ajudar?"

"Bom dia. É... Eu gostaria de agendar uma visita domiciliar. Quais os horários disponíveis para hoje?"

"Nós temos as 10:30, 14:30 e as 16:30, que é o último horário do Doutor."

"Pode ser 10:30. O endereço é Sapphire Drive, 2713. Qual o valor mesmo?"

"350 dólares."

"Ah. Tá certo, então. Muito obrigada"

"Obrigada você."

Desliguei o telefone e voltei a cozinha, onde Karen continuava estática.

— Chamei um médico. — disse sem rodeios. Seu rosto se contraiu e mudou de feições em segundos. — Eu sei o que aconteceu aqui, e eu não gosto de me fingir de cega para certas situações.

O silêncio foi quebrado quando seus passos se tornaram duros até mim. Ela estava com raiva, e eu não tirava esse direito dela.

— Eu não preciso de ajuda.

— Então não vejo isso como uma ajuda, simples. — dei de ombros. — É o que eu posso e vou fazer por você.

— Está gastando o seu dinheiro à toa.

— E você está gastando a sua vida a toa, ao lado de um doente que bate em você e seu filho.

— Eu não te dou o direito de falar assim do meu marido. O Manuel é um homem bom, ele só tem... — começou a falar mas parou quando viu o olhar que eu direcionava a ela. Eu estava certa, e ela, cega por procurar motivos em uma relação como essa.

Seus olhos embaçaram, e eu sorri complacente a ela, na tentativa de passar amparo. Ela precisava disso, e eu precisa fazer isso por ela, então, puxei seu corpo para um abraço, senti suas lágrimas quentes tocarem meu ombro desnudo, mas não me importei.

Passara-se alguns minutos desde que Karen permitiu se abrir em silêncio para mim, e por mais que eu não entendesse, ou visse justificativa lógica para que seu casamento durasse, dei-lhe todo o carinho e amor que sabia que ela merecia.

Nos separamos violentamente no instante em que a campainha tocou.

— Deve ser o médico, deixa que eu abro. — pisquei um olho para ela, que enxugou as lágrimas e sorriu tentando reconstruir sua postura complacente.

Doutor Wilzans a examinou e prescreveu alguns medicamentos para dor, segundo ambos, não havia sido nada grave, mas apenas eu parecia ter real discernimento da gravidade da violência que ocorria naquela residência. É claro que o médico estava se permitindo enganar, uma vez que ela dera a desculpa de ter caído da escada. Fala sério, tem que ser muito insensível para acreditar que uma queda da escada deixaria marcas, roxas, de dedo em um pescoço.

Mas não era a primeira vez, e não seria a última. Quantos não sabiam da situação em que Karen e Shawn se encontravam e escolheram ignorar? Porém, acredito que essa falsa crença não durará por muito tempo, caso meu planos se concretizem.

— Obrigada. — Karen murmurou assim que o médico fora embora. — Acho que agora vejo o que Shawn viu em você. — sorriu, e involuntariamente acompanhei, porque Shawn estava falando de mim para mãe.

— Eu ainda vou fazer tudo que estiver ao meu alcance. — proferi uma sentença com aquela frase. Era uma promessa, mesmo que minha relação com qualquer figura religiosa fosse quase nula. Dentro de mim algo havia mudado desde que soube o que ocorria na casa quase perfeita, e conheci o garoto perfeição.

quem é vivo sempre aparece não é mesmo 🤪

to meio enferrujada nessa escrita adolescente, e digamos que, até engraçada, mas eu amo essa história de paixão e tava com saudades da harper ;)


espero que gostem! <3

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