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09 | aparências

CANADÁ, 22 de setembro de 2015
Narrado por Harper

— Eu nunca mais vou naquele lugar. — Maggie tentava me convencer a não ir comer um cachorro quente de 1 dólar no centro da cidade. Até porque a minha ida implicava na dela.

— Ué, mas por quê?

— Caguei até as tripas depois, eu passo.

— Não moral, até o seu estômago é de rica. Alta sensibilidade.

— Seu estômago que é de ferro.

— Seu amor chegou. — apontei para Amélia que caminhava com a sua típica cara de "odeio todos".

— Pois você vai ficar bem aqui.

— Na verdade não, tenho que ir. Biologia, sabe como o professor é um fofo e eu preciso ser uma boa aluna.

— Ele só faz biologia ser um pouco mais suportável.

— O que é impossível. Nós vemos na aula de inglês.

— Não fiz o trabalho. — sussurrou baixo. — MERDA! Eu não fiz o trabalho, puta que pariu, Harper. Me diz que você fez.

— Qual?

— Olha pra quem eu to perguntando!

— Você me respeita! — bati, com a cartolina enrolada, que segurava em sua cabeça — Você acha que eu to carregando uma cartolina por que eu gosto?

— Põe meu nome atrás.

— Isso vai te custar um engradado de cervejas, e não me venha com as da promoção. Eu quero aquelas artesanais que seu pai compra pro natal.

— O que você me pede rindo que eu não faço chorando?

— Algo me diz que essa frase tá errada, mas tudo bem. Tchauzinho. — dei um beijo na cabeça dela e sorri para Amélia.

Ajeitei a minha coluna após sentir dor, dica do dia: não faça os desenhos do trabalho deitada na cama. Ainda mais se a sua cama for um colchão velho jogado no chão.

Apertei mais a cartolina por ter que passar pela multidão. Ou eu apertava a cartolina ou a cara de casa um que me olhasse feio por causa das minhas tatuagens e cicatrizes; mas diferentemente do que eles imaginam eu não tenho vergonha de quem eu sou, de quem eu fui e de de quem eu sou.

"Deixe o seu passado te fazer melhor, não amarga"

As tatuagens que tenho são muito mais do que coberturas de tentativas falhas de expurgar a dor, mas são lições e memórias diárias que me trouxeram muitos aprendizados.

— Me desculpa, apesar de você estar errada. — revirei os olhos e encarei Shawn, por qual motivo no universo nossos corpos tem que ficar colidindo tanto?

E não é da maneira mais prazerosa, inclusive foi bem doloroso sentir seu cotovelo no meu peito.

— Você é egocêntrico.

— O que?

— Você acha que o mundo está certo e você errado!

— Acho que você quis dizer o contrário. — me entregou a cartolina que tinha rolado para debaixo do banco.

— Noites mal dormidas. — dei de ombros e os ouvi estralar. Nota mental: comprar outra cama.

— Foram por uma boa causa?

— Eu considero não ficar de recuperação em inglês um ótimo motivo pra uma noite mal dormida.

— Gostei do seu vestido, você fica muito bonita nele. — o encarei, que olhava para mim, mas que segurava a barra da sua camisa.

Aquilo me estressou um pouco, mas acho tolerável uma pessoa como ele ter esses "tiques". Ele já tem que suportar e engolir tantos sapos em casa que as vezes deixar o corpo fazer o que quer é uma liberdade.

— Obrigada. — sorri largo, evidenciando todos os meus 28 dentes. Meu lado consciente sussurrou um sentimento diante tal reação mas eu apenas voltei a encarar os olhos castanhos dele.

— Não sabia que você tinha tatuagens, ainda mais no plural. E que plural!

— Não costumo vir de vestido por causa da reação das pessoas, mas eu não vou deixar de viver pra agradar meia dúzia de babacas que não lavam o saco, não é?

— Parece que o seu passado realmente te fez uma pessoa melhor.

— É uma das minhas favoritas. — me referi a tatuagem.

— Esse negócio de favorita é difícil pra mim. — ri. — Tenho 12, e algumas estão em lugares estratégicos. — brinquei e pisquei um olho. — Mas acho que de todas, essa ganha. — apontei para a frase em árabe na minha clavícula.

— É bonita mesmo, mas eu não faço a mínima ideia do que esteja escrito. — riu de nervoso.

— Eu sofri. Eu aprendi. Eu mudei.

— Você é muito mais do que eu imaginava.

— Isso é um elogio.

— Dos maiores que eu poderia fazer. — sorriu e fez um carinho rápido na minha bochecha. — A gente se vê. — deu um beijo na minha bochecha e saiu andando.

[...]

— E ele disse isso mesmo? Com essas palavras? — Maggie intercalava enfiar, compulsivamente, o garfo com purê de batata e falar.

— Caraca, nem sabia que o maluco falava. — Amélia deu de ombros e voltou a mexer no macarrão com queijo, como se buscasse forças pra comer.

— É. Ele disse nessas palavras. Vocês não vão dizer nada?

As encarei angustiada, eu precisava de conforto mesmo sem saber o porquê.

— Não faço a mínima ideia. O Shawn é tipo essa sua tatuagem em árabe, ninguém sabe o que significa.

— Pode significar que ele quer transar com você. — Maggie a repreendeu com o olhar. — Qual é? Ele teve que olhar pro seu corpo pra ver as tatuagens.

— Metade da escola fez isso, não quer dizer nada. Além do mais, ele tem cara de virgem.

— Ser virgem não reprime a vontade de transar. Porque se fosse assim todos morreríamos virgens.

— Faz sentido.

— Mas mudando de assunto, eu estava pensando em irmos pra minha casa do lago. O que vocês acham?

— Sem tempo, irmão. Vou fazer uns trabalhos, alguém precisa pagar o aluguel e no caso sou eu.

— Eu nunca diria não, você sabe. Até porque a sua casa no lago é quase um oásis de tão lindo.

— Curtam por mim. E o final do almoço também, esse macarrão com queijo não vai descer nem na volta de Jesus.

Encarei, mesmo sem querer, elas dando um beijo rápido de despedida. Talvez eu esteja naquela época de desespero por namorar e ter alguém.

— Você quase não falou o almoço inteiro. O que aconteceu?

— Sei lá. — enfiei a colher no purê de batata e senti meu estômago revirar.

— Posso? — apontou pro purê e eu concordei com a cabeça. Logo a encostando na mesa no intuito de não ter que encara-lá, até porque ela consegue me desmontar em um olhar. — Você vai falar o que está te deixando assim ou eu vou ter que dar uma de investigadora?

— Você não pode descobrir algo que nem eu sei.

— Ah, eu posso. Eu sou sua melhor amiga, eu sempre sei.

— Sei lá, só não to me sentindo muito bem.

— Te vi sorrindo no corredor mais cedo e você parecia toda feliz.

— Tá me seguindo agora?

— A culpa não é minha que você decidiu andar que nem uma lesma no corredor. Acabei vendo você e o Senhor Perfeição, e você estava muito bem antes disso.

— Talvez seja ele.

— Eu tenho certeza.

— Acho que eu já vou pra casa.

— Agora a escola virou várzea?

— Sempre foi. — dei de ombros. — Se bem que eu tenho duas de matemática, Deus me leva.

— Eu posso te levar, já que Deus não vai querer te levar. — sorriu e se levantou da mesa, pensei em responder que eu já tinha desistido de ir embora, mas se eu a visse comer mais purê como uma troglodita com certeza vomitaria.

— Na verdade acho que não vou mais embora.

— Eu poderia ter terminado de comer.

— Nem cabe tanta comida assim dentro de você. — neguei com a cabeça e voltei a atenção ao meu armário.

O destranquei e encarei as fotos na parte de dentro da porta, algumas com a minha família, algumas de coisas que eu acho bonita e várias do Justin Bieber.

Devo admitir que Justin Bieber é o meu ponto fraco e relativamente infantil, principalmente quando alguém fala que é fã dele e eu fico querendo provar que é poser, sendo que as vezes nem é.

Tirei as coisas de matemática dali e vi um post-it azul caído no chão.

"A sua tatuagem do mundo, nas costas, também é muito bonita, não tinha reparado.  

E o vestido também, você ficou linda nele — não que não fosse linda.

Sua coragem só deixou tudo mais bonito e harmonizado. Você realmente me surpreendeu!

Shawn"

— O que tem nesse bilhete? É da loteria? Tá sorrindo como se tivesse no dentista.

— Na moral, você é intrometida, hein. — revirei os olhos e entreguei na mão dela o papel.

— Nossa. — me devolveu o post-it. — Que parte da história que eu perdi que vocês estão íntimos?

— Nenhuma, você sabe de tudo, ué.

— Eu não sei o que se passa na mente dos dois, e pelo visto eu fiquei bem atrás nesse quesito.

— Tanto faz. — dei de ombros e fechei o meu armário. Logo a encarando, que sorriu fraco e esbugalhou os olhos, neguei com a cabeça e apontei paras as salas. Ela deu de ombros e sorriu triste de lado, depois entrelaçou seu braço no meu e começou uma conversa super animada sobre a nossa viagem para sua casa do lago.

[...]

— Oi. — Jessie. abriu a porta do meu quarto e entrou, parei de desenhar e virei a cadeira giratória na sua direção. — Você não vai descer pra jantar?

— Não estou me sentindo muito bem, sei lá.

— Comeu aquele cachorro quente de novo?

— Pior que não, acho que é psicossomático, sei lá.

— Se você desconfia que é psicossomático sabe a causa.

— Mas eu não sei como parar.

— Talvez você não tenha que, e possa aproveitar o momento. — piscou um olho pra mim. — Acho que é melhor te deixar sozinha com os seus desenhos.

— Valeu. Você sabe que isso é o melhor remédio.

— Uma mãe deve conhecer sua cria. — beijou o topo da minha cabeça e saiu do quarto.

Me virei na cadeira giratória voltando a encarar o desenho na folha A2, era um homem. Neguei com a cabeça e me joguei na cama mesmo estando de all star e vestido.

Precisava de um tempo pra pensar, mesmo já sabendo a conclusão que eu chegaria depois de várias sinapses.

A de que eu estou apaixonada pelo Senhor Perfeição.

E isso me faz ter vontade de vomitar, não de nojo, mas sim de nervoso. Minha gastrite é o meu calcanhar de aquiles.

Olá, galerê!

Dessa vez eu não demorei tanto, eu ouvi um amém!?
É porque eu fiquei muito feliz com os comentários do último capítulo e eu estou doida pra escrever um capítulo do roteiro então estou dando uma agilizada hahahah.

Obrigada por tudo. Por lerem, por deixarem seu voto, por comentarem, na moral: eu amo vocês!

obs: gente eu fiquei muito tempo sem atualizar a fanfic e acho que a minha maneira de escrever acabou mudando um pouco em relação aos primeiros capítulos. eu estou um pouco insegura com isso apesar de sentir que a minha escrita evoluiu, então se vocês opinarem eu iria para o céu, podem ter certeza.

Mais uma vez, porque Harper está apaixonada e amor nunca é demais, eu amo vocês!

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