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03 | consequências

CANADÁ, 16 de setembro de 2015.
Narrado por Harper

— Oi, mães — dei um beijo na loira, Sarah e baguncei o cabelo da morena, Jessie.

— Não foi trabalhar hoje?

— Não. Não tive como, peguei detenção... — Jessie me encarou feio e eu dei de ombros — O que vamos jantar?

— Detenção, de novo? — Sarah me olhou decepcionada, evitei seus olhos para não sentir culpa.

— É, um garoto bateu em mim no corredor e começamos a discutir.

— Você se machucou? — me abraçou e beijou meu cabelo.

— Você ainda acredita nisso, Sarah? Aposto que você estava cabulando aula e deu azar de bater como ele.

— Eu não mentiria pra vocês, principalmente no porquê eu peguei uma detenção — menti, era óbvio que eu estava mentindo, mas eu já era tão ligada a elas que já não as enganava, principalmente Jessie, até porque sou muito parecida com ela.

— Sério? — Jessie riu — É que as suas histórias de "como fui para na detenção" são tão, hm, inverossímeis.

— Lembra a da ervilha? — Sarah comentou e começou a rir.

— A da ervilha é a minha favorita. Mas a da privada entupida também está no top 5.

— Você é muito criativa, — Sarah brincou — mas pode ser honesta. Foi realmente isso que aconteceu?

— Sim. A única coisa que eu...

— Tá vendo, Sarah, ela não consegue admitir!

— Eu estou admitindo. Eu estava cabulando a aula de geografia e um garoto bateu em mim, daí começamos a discutir e acabamos na detenção.

— Vocês não estavam se atracando no banheiro, né? — sugeriu Jessie com um sorriso que me constrangeu, fiz uma careta para ela e neguei com a cabeça.

— Eu não me atracaria com o Shawn.

— O senhor melhor amigo da Maggie? — indagou Jessie, concordei com a cabeça, me desvencilhei da minha mãe e abri o frizzer, irei fazer batata fita.

— Jantar de batata frita? — segurei o pacote e sorri, recebi um sorriso de orgulho de Sarah e um de desejo de Jessie.

Me entretive na fritura enquanto elas foram tomar banho. Minhas mães são completos opostos, Sarah é calma, em tudo, no jeito de falar até para fazer as coisas, o que as vezes irrita Jessie, mas nada de mais. Jessie é mais ativa, eu diria que uma típica escorpiana, mesmo eu não sendo filha biologia delas, ou só de uma, e tendo convivido apenas 5 anos com elas, eu sou uma "versão mentirosa compulsiva e desenhista da Jessie". Ao menos é assim que a minha avó me classificou, e eu não discordo.

Sorri para minha família quando sentamos na sala para jantar. Elas estavam lado a lado, e o relacionamento delas é, com certeza, o que eu mais admiro. Até onde eu sei, elas mudaram muito para darem certo, as duas. Elas realmente querem estar juntas, e acima disso, me querem com elas, o que para mim é relativo a tudo.

Depois de jantar ouvindo as histórias do dia de trabalho delas, elas têm uma cafeteria no centro da cidade, fui para o meu quarto, ainda tenho que fazer a tarefa da detenção.

CANADÁ, 17 de setembro de 2015.
Narrado por Harper

— Olha isso! — Maggie começou a cutucar e apontar para Shawn que estava na fila da comida, o encarei rapidamente e como não vi nada de mais voltei a encarar o macarrão.

— Olhei, e...? — a encarei sem nenhum interesse.

— Você vai ver quando ele passar pela gente.

— Mas ver o que, garota?

— Além do fato dele estar de cachecol em plena primavera, ele está de moletom e, bem, você vai ver.

— Tá — dei de ombros e voltei a prestar atenção na minha comida. Quando Shawn passou por nós o encarei, por alguns segundos nossos olhares de encontraram e trocaram um sorriso. Mas o que me chamou a atenção não foi o sorriso dele, mas sim o seu nariz que tinha um curativo, sua boca com alguns cortes e o olho inchado. Engoli a minha comida e senti algumas lágrimas de formarem.

"Meu pai vai brigar comigo"

Ouvi a sua voz e senti a culpa. Não era pouca culpa, era muita culpa, até porque qualquer pessoa com mais de dois neurônios chega à conclusão que eu cheguei: violência doméstica.

— Pela sua reação acho que você viu, né?

— Você...? — perguntei sem querer verbalizar aquela ideia, porque do fundo do meu coração queria que fosse mentira.

— Sim. E você também.

— Será que foi por causa de ontem? — ela concordou triste com a cabeça e começou a alisar a minha mão esquerda — Meu Deus fui tudo culpa minha — apoiei minha cabeça nas mãos.

— Não exagera. Se isso aconteceu mesmo, já acontecia antes...

— E como você tem certeza disso?

— Por que você acha que o treinador fala com ele depois de toda aula de educação física? Porque toda vez que ele põe a roupa, os hematomas ficam aparentes... — começou a alisar o meu cabelo, me senti mais segura, mas ainda sim, culpada.

— E se o treinador percebeu por que nunca fez nada?

— Eu percebi, você também, e todos que estão nesse refeitório. Você acha que alguém vai fazer algo a respeito?

— Acho! — ela me encarou séria e negou com a cabeça.

— Pois eu tenho certeza que ninguém vai fazer nada.

— Mas alguém tem que.

— E quem seria esse alguém?

— Não sei, não me interessa e tenho raiva de quem sabe! — larguei a sua mão bruscamente, enxuguei minhas lágrimas, e levantei da mesa antes do fim do almoço e que ela me respondesse — Nós vemos na saída — sai rápido do refeitório e ela se entreteve com seu telefone.

[...]

— Sabia que ia te encontrar aqui — Maggie abriu a porta do almoxarifado, eu estava lá, sentada em uma pilha de papel higiênico.

— Até por que se você não soubesse, quem saberia?

— Você sempre vem pra cá quando se sente mal, — encostou a porta e se sentou no chão, bem na minha frente — o que te fez se sentir mal hoje? O senhor meu melhor amigo? — sorri fraco.

— Ele mesmo — fechei os olhos e tombei a cabeça para trás.

— Por?

—Porque ele está sofrendo.

— E quem não está? — a encarei feio — Ok. Não tá mais aqui quem disse, — levantou as mãos em rendição — eu só disse isso para você se sentir menos culpada.

— Não colou — fiz uma careta.

— Se você está sofrendo porque ele está sofrendo, por que não toma alguma atitude?

— É que... É... Por que eu?

— Quer uma frase clichê e idiota, ou que eu seja dura com você?

— Eu quero é que você se exploda — sorri sínica.

— Poxa, não vai rolar — fez um bico.

— Então eu posso escolher a opção "C"? Nós esquecemos esse assunto?

— Você não vai esquecer. Aposto que vai chegar no trabalho e ficar desenhando a fuça do senhor melhor GPA do universo — dei risada pelo jeito que nós o "apelidamos".

— Eu não faria isso.

— Uhum, então deixa eu ver seu caderninho.

— Só por cima do meu cadáver!

— Então o galã de grease, vulgo seu tatuador com cara de abusador pode ver seu caderninho — sorriu maliciosa.

— Você sabe o que significa cadáver, senhorita que perdeu a eleição para presidência do grêmio estudantil? — ela bufou e revirou os olhos.

— Você estava morta de prazer. — gargalhamos — Mas agora falando sério, — ficou em pé para me encarar — você tem que fazer algo a respeito de Shawn.

— Eu? Por que eu?

— Por que você, Harper?

— É! Por que eu?

— Levanta! — obedeci — Tira o casaco.

— Eu sei que nós nos conhecemos porque você me queria, mas eu não gosto de mulher — respondi com deboche e fiz bico quando terminei de falar.

— Não estou brincando, e agora o meu negócio é a Amélia.

— Ela não é lésbica, você sabe disso.

— Somos todos bissexuais em potencial. — piscou um olho para mim — Agora tira o moletom, é sério — revirei os olhos mas tirei meu moletom verde, com um boneco de neve estampado.

— Feliz agora?

— Nós estamos falando de um assunto sério — segurou a minha mão direita e passou o dedo indicador pelo meu pulso — Você sabe me dizer o que é isso?

— Maggie, não — respondi firme.

— Não, você, Harper, você está tendo a oportunidade de ajudar alguém que sofre, assim como você sofreu e está preferindo fugir dessa situação.

— São cortes — disse de olhos fechados.

— E por que você os fez?

— Porque eu, eu, eu... — respirei fundo — Porque eu sentia raiva de mim, raiva do mundo, eu não me sentia bem, feliz, e suficiente. Eu só queria pensar que isso ia acabar.

— E isso? — largou meu braço direito e fez a mesma coisa com o esquerdo, só que dessa vez, não eram pequenas e muitas cicatrizes, mas sim uma grande, que tinha o comprimento do meu antebraço — Por que você fez isso, Harper? Por que?

— Porque eu queria que a minha vida acabasse.

— E por que você fez essas tatuagens que cobrem suas cicatrizes? — abri meus olhos e encarei meu pulso direito, que tinha a frase "but without the dark, we'd never to see the stars" = "mas sem a escuridão nós nunca conseguiríamos ver as estrelas".

— Porque eu já não me via como a pessoa que pensava aquilo. Eu me tornei uma pessoa nova, assim que sai daquele hospital e depois, quando Deus me deu outra chance, quando eu finalmente fui adotada. — virei a cabeça para o meu braço esquerdo, eu tinha transformado a cicatriz numa flecha, e embaixo tinha a frase "let your past make you better, not bitter".

— Harper, quem salvou a sua vida?

— O médico e as minhas mães.

— Você acha que se você não os tivesse conhecido, você estaria aqui hoje?

— Eu tenho plena consciência que a minha segunda tentativa teria dado certo — seus dedos secaram as minhas lágrimas.

— Sabe aquela frase, "seja quem você precisa quando era mais novo"? — concordei com a cabeça e vesti meu moletom novamente — Você está tendo a oportunidade agora, não a desperdice.

— Maggie, você tem que...

— Eu não tenho que nada. Você viveu com a dor da sua vida durante 14 anos, como foi? E se alguém tivesse percebido e te ajudado? E se alguém tivesse te acordado no começo desse pesadelo e você nunca tivesse chego a beira do penhasco? Você nunca vai saber como teria sido com você, mas agora você tem a oportunidade de saber como isso seria com Shawn.

— Violência doméstica não é o mesmo que depressão e se sentir deprimido.

— E o ruim e o péssimo. Mas sabe o que é pior? — a encarei — Você escolher não fazer nada a respeito. Logo você. Que teve a sua vida salva por terceiros — puxei o máximo de ar que eu consegui e raciocinei, Maggie, além de certa, está sendo duramente realista. Caso eu não o ajude, ele pode não se tornar nada, porque algum familiar pode roubar a sua vida de si.

— O meu passado me fez alguém melhor, e por causa disso eu vou ajudar os outros a verem suas estrelas — fiz uma analogia as frases das minhas tatuagens.

— Eu sabia que ia fazer a escolha correta, — me deu um beijo no topo da cabeça — eu te amo, tá bom? Mais que tudo nessa vida. Eu te amo.

— Eu também te amo, senhorita minha melhor amiga — brinquei e saímos do almoxarifado, sai de lá diferente do que entrei. Sai com força para viver, e não só viver por mim, mas pelos outros. Viver o que gostaria de ter vivido com os outros. Eu ajudarei Shawn, porque assim como eu, ele tem cicatrizes na alma.

Olá, pessoinhas, como vão?

Quero dizer que estou muito feliz com vocês interagindo na fanfic, isso me faz querer atualiza-lá umas 5x por dia, mas não posso hehehehe.

Obrigada pelos comentários, amo vocês!

Eu quero dizer um pouco de como vai funcionar as postagens, eu escrevo de madrugada e postarei no período da manhã ou da tarde.

Eu vou tentar atualizar todos os dias (não atualizei ontem e antes porque tirei a madrugada para fazer o roteiro), mas não será só "cicatrizes da alma", todo dia trarei uma atualizada de uma fanfic diferente. Rntão pode ser que demore um tiquinho, ou não, os comentários de vocês me motivam muito!!!!

Caso vocês queiram mais sobre a minha escrita tenho mais 2 fanfic publicadas com o senhor melhor amigo da Maggie, vulgo Shawn Mendes.

Bom, é isso. Amo vocês,

Valentina.

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